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APOSTILA DA DISCIPLINA:
CARGA HORÁRIA: 20
horas/aula
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INSTRUTOR :
GCM Mário Delaiti
SUMÁRIO
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⦁ Conceito
⦁ Funcionamento
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No Sistema Aberto existe um movimento de entrada e saída
de elementos através das fronteiras. O sistema aberto recebe
do ambiente: novos elementos, matéria prima, energia,
informações (input) e devolve ao ambiente, produtos do
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sistema (output). O sistema aberto orienta-se no sentido de
consecução de objetivos.
Fig.02
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Fig.03
5
Fig.04
Sistema Social
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Fig.05
Examine o exemplo:
Fig.06
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uma “informalidade institucionalizada” fundada em diferentes
lógicas, muitas vezes criando conflito entre as instituições –
que, em tese, teriam um mesmo objetivo a ser compartilhado –,
e causando, assim, a ineficiência do conjunto do sistema. O
alto grau de desconfiança e a diferença de “prestígio” entre os
órgãos, associados à demanda por eficiência, levaria o sistema
de justiça criminal a funcionar com base em “padrões
cartoriais” (RATTON; TORRES; BASTOS, 2011), que
configurariam uma “justiça de linha de montagem” (SAPORI,
2006) muito distante de responder às demandas substantivas
da população diante do crime e de outras formas de
violências”.
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Nenhum sistema pode funcionar bem, sem que todos estejam
envolvidos em fazê-lo funcionar bem, interagindo com os
demais. A posição simples de que: “estou fazendo a minha
parte”, não garante que o sistema funcione.
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Fig.06
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⦁ Um sistema geralmente funciona tão bem quanto
permite a sua parte mais fraca;
⦁ Soluções óbvias não funcionam para ossistemas;
⦁ Página 6
⦁ Para que qualquer sistema flua naturalmente as partes
precisam se comunicar bem;
⦁ É preciso compreender que cada um dos integrantes
enfatiza uma parte do sistema.
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Fig.07
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isto porque na própria formação do policial militar esses
conteúdos são vistos de forma apressada e sem significado
para o exercício de suas atividades, pois não lhes pertence tal
atuação. Limita-se ao campo teórico, pois é algo que será
exercido pela polícia civil. É comum na cena do crime o
amontoado de gente por todo lado vendo o cadáver e
passando por cima das eventuais provas, alterando todo o
local.
⦁ Boletins Policiais mal feitos ou incompletos, como peça
introdutória para orientações ou pistas para atuação das
atividades de polícia civil;
⦁ Nas Delegacias - de posse dos Boletins de Ocorrência, e
nas muitas vezes em que não se decide pela confecção do
Flagrante Delito, adiam-se as atividades para a feitura de um
inquérito policial com rito normal comum que depois de iniciado
duram cerca de 30 ou no máximo 60 dias para ouvida das
partes, coleta de provas, investigações, captura de foragidos, e
finalização com a remessa da peça (puramente informativa) ao
Ministério Público, a quem cabe oferecer ou não denúncia à
Justiça de que houve crime ou não. Diga-se das dificuldades
muitas vezes de remontar a cena do crime quando as provas
no local do crime não foram coletadas corretamente ou foram
apagadas.
⦁ O ministério Público examina a peça e muitas vezes
constata a falta de provas suficientes, falta de perícias, ou seja,
inquéritos mal feitos ou insuficientes para o oferecimento de
denúncia - resultado: a sensação de impunidade aumenta pela
ineficiência das polícias.
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Campo vasto para discussão perpassa por pressões de uma
população sequiosa de segurança e certa ciumeira por parte
das polícias militares nos Estados, avocando- se até decreto
Lei nº 667 de 02 de julho de 1969 que trata da exclusividade da
atividade. Diga-se também o quanto nesse processo de
Eleições 2018 o tema assumiu importância na agenda dos
candidatos.
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A resolução do problema pela ótica de "mais polícias" tem se
mostrado ineficaz no controle da criminalidade apontando para
soluções complexas que vão além da repressão e exigem
planos articulados, previsão orçamentária, foco na prevenção,
articulação com um sistema de justiça criminal, inclusão das
penitenciárias e sua eficácia na reeducação, resocialização ou
reintegração à sociedade, pois os modelos que ai estão
somente geram desconfiança e acostumamo-nos a não querer
enxergar que estão falidos.
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Há um espaço que é único e indisputável que cabe ao
município e seus órgãos de segurança, seja qual denominação
se adote - Guarda ou Polícia - o espaço da prevenção, que
como um "dever de casa" deve-se refletir, se essa tarefa está
sendo cumprida.
Leia mais:
Projeto permite que guardas municipais sejam chamados de policiais
municipais. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/559850-
CCJ- APROVA-PROPOSTA-QUE-PERMITE-QUE-GUARDAS-MUNICIPAIS-
SEJAM-
CHAMADOS-DE-POLICIAIS.html> . Acesso em 10 fev 2021.
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Governo Federal, vamos esclarecer que é algo contínuo e em
desenvolvimento. Vejamos um pouco da história
contemporânea.
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Na apresentação do Plano, a constatação das barreiras de
comunicação entre as polícias: “O que se constata atrás do
federalismo – que funciona como um biombo, neste caso – é o
individualismo exacerbado das instituições policiais, a começar
pela dificuldade de relacionamento em muitos Estados entre as
próprias polícias civil e militar de uma mesma unidade
federativa”.
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No corpo do texto do Plano a pretensa criação de um:
(Transcrição Literal)
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PÚBLICA - As
propostas apresentadas neste capítulo destinam-
se à construção de uma base de dados mais
sólida, por meio da criação de um sistema
nacional de segurança pública que aprimore o
cadastro criminal unificado – INFOSEG, e da
criação do Observatório Nacional de Segurança
Pública, dedicado à identificação e disseminação
de experiências bem sucedidas na prevenção e
no combate da violência”.
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viabiliza a mudança institucional reduzindo traumas e
evitando interromper a continuidade operacional, que seria
muito grave na área da segurança pública. Parte-se da
integração entre ambas as polícias, de suas estruturas,
rotinas e procedimentos para, de uma forma paulatina e em
médio prazo, criar-se uma ou mais instituições de ciclo
completo.
⦁ Página 12
⦁ Unificação progressiva das academias e escolas de formação
A unificação progressiva das academias e escolas de
formação não se limita à integração dos currículos. É
preciso que as polícias civis e militares, da base operacional
aos setores intermediários e superiores, sejam formadas em
uma
⦁ Integração territorial
Para integrar a atuação operacional de ambas as polícias
serão criadas em todas as unidades da Federação as Áreas
Integradas de Segurança Pública (AISPs), dividindo o estado
em circunscrições territoriais, cada uma sob a responsabilidade
do comandante do batalhão local da Polícia Militar e dos
delegados titulares das delegacias distritais. A superposição
entre as esferas de responsabilidade de ambas as
instituições – mesmo respeitando a independência
constitucional de cada polícia, cuja subordinação hierárquica
se restringe à linha de comando cujo vértice é ocupado pelo(a)
secretário(a) de segurança e pelo(a) governador(a) – impõe o
trabalho cooperativo cotidiano, desde o momento inicial, de
análise atenta da dinâmica criminal, até o momento da
avaliação comum do desempenho policial, passando pela
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implementação operacional dos métodos de ação
consensualmente adotados. O que parece óbvio se reveste de
grande originalidade, dado o grau de atraso organizacional da
segurança pública: o planejamento e as ações policiais devem
passar a ser compartilhados, de forma descentralizada,
estimulando-se as iniciativas policiais locais, sem prejuízo da
supervisão centralizada, necessária para o enfrentamento de
certas práticas criminais, cujo âmbito de incidência ultrapassa
o nível local. A experiência cooperativa servirá para derrubar
tabus corporativistas e para demonstrar as virtudes da
integração entre as diversas etapas do ciclo policial.
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segurança, saúde, transporte e desenvolvimento econômico;
[...]
e) ampliar as iniciativas do PRONASCI para permitir mudanças
substantivas nas polícias estaduais com a incorporação
crescente da problemática dos Direitos Humanos na formação
policial e em suas práticas cotidianas;
Política
de
Segura
nça
Pública
[...]
⦁ criar o Fundo Constitucional de Segurança Pública para,
progressivamente, instituir e subsidiar o piso salarial nacional
das policias civis e militares até 2016, quando os Estados da
Federação passarão a ser responsáveis integralmente pelo
cumprimento do piso.
⦁ Estender de forma completa, o PRONASCI para os 27 Estados
brasileiros.
⦁ Página 14
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⦁ SENASP publica o LIVRO AZUL DAS GUARDAS
MUNICIPAIS (PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DA
SEGURANÇA PÚBLICA MUNICIPAL), documento
técnico, que contribui na orientação dos gestores em
sua nobre missão de zelar pela segurança de suas
cidades e reafirma seu entendimento sobre a
importância dessa primeira frente de proteção da
população brasileira.
⦁ Conceito de Integração
⦁ Página 15
⦁ A informação à sociedade das ações que vem sendo
desenvolvidas para que haja controle social;
⦁ O planejamento integrado e elaboração de um Plano de
Ação, orientando a implementação das políticas públicas
para o setor.
⦁ A internalização pelos participantes da necessidade de
integração das ações.
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Define que As guardas municipais são instituições de caráter
civil, uniformizadas e armadas conforme previsto em lei, e tem
a função de proteção municipal preventiva, ressalvadas as
competências da União, dos Estados e do Distrito Federal.
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Aprofunde a leitura da Lei nº 13.022, sobre as competências geral e específicas
das Guardas Municipais, de forma a dirimir dúvidas sobre qual é o maior
patrimônio a ser preservado no município?
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Conforme registros históricos, até o final da década de 90, o
governo federal pouco atuava na área da segurança pública
local, deixada sob responsabilidade dos governos estaduais.
Nesse período foi criada a Secretaria de Planejamento de Ações
Nacionais de
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Segurança Pública -SEPLANSEG, sucedida pela atual
Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP.
No ano de 2000 o governo federal propõe uma nova agenda
para a segurança pública nacional e lança o Plano Nacional
de Segurança Pública PNSP e o Fundo Nacional de
Segurança Pública - FUSP). O governo passa a priorizar a
prevenção da violência e criminalidade, a segurança cidadã
em substituição ao modelo tradicional de polícia
essencialmente repressiva.
Passados três anos e com a criação do Sistema Único de
Segurança Pública - SUSP, a Senasp passa a ser o órgão de
execução dos programas do SUSP, com a tarefa de planejar,
implementar e avaliar todas as políticas públicas do governo
federal para o setor. Deve promover programas de gestão
integrada dos órgãos de segurança, processo de caráter
participativo entre União, Estados, Municípios.
Deve ainda incentivar a elaboração de planos estaduais de
segurança nos moldes federais e a criação de conselhos
municipais de segurança. Tais metas seriam implantadas
através do FUSP.
Além disso, o envolvimento da sociedade, do terceiro setor,
do meio acadêmico, e dos próprios profissionais de segurança
na elaboração e condução desses planos é fundamental
para que se tenha uma política pública implementada a partir
da interação entre sociedade e governo, com ênfase na
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participação do público alvo do programa.
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Como resultados dessa política, Pernambuco apresentou uma
taxa média de homicídios por 100.000 habitantes de 50,40
durante o período compreendido entre 2000 e 2011,
segundo os dados do Sistema de Informação de Mortalidade
do Ministério da Saúde (DATASUS, 2013). Entre os anos de
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2000 e 2005, a média foi de 54,13 enquanto que entre 2006
e 2011 a média da taxa de homicídios foi de 46,67.
Houve, portanto, em Pernambuco no período compreendido
entre 2007 e 2011 uma redução de 26,26% nas taxas de
homicídio, com uma redução média de 5,25% ao ano,
segundo os dados do sistema de informações da
Secretaria de
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As diretrizes do Pronasci são: promoção dos direitos humanos;
desarmamento; pacificação de áreas afetadas pela violência e
criminalidade; combate ao crime organizado; à corrupção
policial; integração dos jovens (15 a 29 anos) às políticas
sociais do governo; modernização das instituições de
segurança pública e do sistema prisional; valorização do
profissional da segurança; estímulo à qualificação profissional
através de cursos à distância com bolsa de estudos; projetos
de ressocialização dos egressos do sistema prisional e dos
apenados. Para a implementação do Pronasci houve a
realização de convênios municipais e
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realizadas no Auditório República Pernambucana, no Centro de
Convenções de Pernambuco Olinda/PE.
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como um fórum deliberativo e executivo composto por
representantes do poder público das diversas esferas e por
representantes das diferentes forças de segurança publica com
atuação no Município. O GGI-M opera por consenso e sem
hierarquia, não cabendo a nenhum de seus integrantes a
função de determinar ou decidir qualquer medida, devendo
haver respeito às autonomias de cada uma das instituições que
o compõem.
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O GGI-M é uma ferramenta de gestão que reúne o conjunto de
instituições que incide sobre a política de segurança no
município, promovendo ações conjuntas e sistêmicas de
prevenção e enfrentamento da violência e criminalidade e
aumentando a percepção da segurança por parte da
população.
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Atividade de Reforço da aprendizagem:
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O Conselho Comunitário de Segurança é uma entidade de
apoio às polícias estadual. Em outras palavras, são grupos de
pessoas de uma mesma comunidade que se reúnem para
discutir, planejar, analisar, e acompanhar as soluções de seus
problemas, o qual se reflete na segurança pública. São meios
de estreitar a relação entre comunidade e polícia, e fazer
com que estas cooperem entre si. Cada CONSEG
realiza reuniões ordinárias mensais, normalmente no período
noturno, em imóveis de uso comunitário, segundo uma agenda
definida por período anual. A Secretaria da Segurança Pública
tem como representantes, em cada CONSEG, o Comandante
da Polícia Militar da área e o Delegado de Polícia Titular do
Distrito Policial.
Quem participa?
Leia Mais:
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Página 23
<http://www.conseg.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=4>
Atividade de Reforço da aprendizagem:
Pesquise na Internet, ou nos órgãos Governamentais (Prefeitura – Sec. Municipal
de Seg. Pública – ONG’s – Impresa, etc.) e descubra: Goiana tem CONSEG?
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Theophilo, a entrega da publicação é um marco para a
segurança pública do país. “Como sempre destaco, a
segurança pública começa no município. E, se os municípios
brasileiros não se preocuparem com isso, nós não teremos
uma segurança efetiva nem no estado, e, consequentemente,
nem em todo o território nacional. Por isso, nós temos que
incentivar a criação das Guardas Municipais, oferecendo
uniforme, equipamentos e todo o suporte”, afirmou.
Página 24
<https://www.novo.justica.gov.br/news/livro-com-diretrizes-
para-criacao-guardas- municipais-e-lancado-pelo-mjsp>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
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INTERNET:
Página 25
PERNAMBUCO 2010. PACTO PELA VIDA: plano estadual
de segurança pública, 2007. Disponível em:
<https://www.senado.gov.br/comissoes/documentos/SSCEPI/DOC%
20VCM%20034
%20Anexo%2004.pdf > Acesso em: 10fev2021.
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