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Temas Assembleia Janeiro 2020
Temas Assembleia Janeiro 2020
no Novo Testamento
Falar da Igreja como de um “povo sacerdotal” provavelmente
não soe familiar a todo mundo. O que queremos dizer quando
falamos de um povo sacerdotal?
Um povo sacerdotal
Un sacerdócio real
para oferecer sacrifícios espirituais
O Sacerdócio de Cristo
Para entendermos tanto o sacerdócio batismal como o ministerial,
precisamos em primeiro lugar entender o sacerdócio de Cristo. Na
Sagrada Escritura, apenas na Carta aos Hebreus, vemos Jesus
sendo chamado de sacerdote (cf. Hb 2,17; 3,1; 4,14; 5,10). De
fato, Ele não se aproxima da concepção sacerdotal do Antigo
Testamento: sua família pertence à tribo de Judá (Lc 1,27; Hb
7,14). Todavia, as narrativas sobre a sua morte na Cruz o
apresenta dentro de uma concepção de sacrifício onde Jesus é, ao
mesmo tempo, a vítima e o sacerdote (Mc 14,24; Mt 26,28; ICor
5,7). A Epístola aos Hebreus vai entender a morte de Jesus como o
sacrifício aceito por Deus. Realmente, o sacerdócio de Cristo se
realizou num caminho de resposta à vontade de seu Pai,
enfrentando as adversidades que se apresentavam. Esta vida
oferente de Jesus, que encontra seu ápice na Cruz, é a oferta que
Ele fez de si mesmo para a salvação dos homens. Cristo é o
sacerdote na medida em que se entrega, no amor, ao Pai pela
salvação dos homens (Hb 7,26-27).
Os fiéis e a Liturgia
O Vaticano II na Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium
n. 14 deseja que “todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente
e ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza
da Liturgia exige e a qual o povo cristão, ‘raça escolhida, sacerdócio
real, nação santa, povo adquirido’, tem direito e obrigação, por
força do Batismo”. Na Liturgia, por meio da Palavra de Deus e dos
Sacramentos, os fieis são inseridos na comunhão de vida com Jesus
e de lá partem para viver no mundo o testemunho cristão (cf. SC
48 e CIC nº 1273).
Os fieis e as celebrações
Com a indicação conciliar da vivência sacerdotal do batizado,
ocorreu uma abertura da prática celebrativa eclesial em duas
pontas. A primeira em relação ao cuidado e ao incentivo da
participação dos fiéis através das aclamações, das respostas, da
salmodia, das antífonas, dos cânticos, das ações, dos gestos, das
atitudes e do silêncio sagrado (cf. SC nº30). Com isto se ressalta o
aspecto dialogal do rito das celebrações litúrgicas favorecendo com
que os batizados entrem em comunhão com Deus. A segunda em
relação à participação dos fiéis em certos ministérios na celebração,
tais como o de leitor e o de acólito. Deve-se destacar que o que o
CV II queria recuperar a vocação e a dignidade própria do fiel leigo
no mistério de Cristo.
CNBB, Documento 106, Cristão Leigos e Leigas na Igreja e na
Sociedade. Sal da Terra e Luz do Mundo.
Povo sacerdotal