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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

DISTRITO FEDERAL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÂO A DISTÂNCIA – 1/2007
Unidade 3 – Aprendizagem e Tutoria
Professora-tutora: Lanara Souza

Organização de Unidade de Estudo em Ambiente Virtual de


Atividade do Período
Aprendizagem

Andréia Santiago de Paulo Chagas de Carvalho


Grupo Áquila Oliveira Vera Lúcia Tibúrcio da
Kelly Ramos de Souza Silva

CURSO DE FOMAÇÃO CONTINUADA PARA TUTORES EM EAD


Proposta de trabalho
Módulo I: Políticas Públicas em Educação a Distância

Especializandos do Curso: bacharéis, licenciados e pedagogos que atuam


Público-alvo
na área de educação

A educação a distância (EAD) vem sendo anunciada como a grande solução


para os desmandos educacionais com os quais convivemos há décadas. São
as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) que difundem a
idéia, ao alardear sua capacidade de intensificação da contenda
educacional e ampliação do alcance social.
Sob esta perspectiva de eficiência tecnológica, faz-se mister avaliar projetos
Justificativa de ensino a distância inseridos em políticas educacionais autodenominadas
inclusivas, promovidos por agências financeiras multilaterais, por
organismos públicos ou por empresas privadas. No contexto educacional
brasileiro uma avaliação dessa monta convém ser iniciada a partir do
interesse do MEC em criar uma política de EAD. Interesse claramente
motivado pela preocupação de fazer chegar aos menos favorecidos, as
mensagens pedagógicas necessárias à sua formação sócio-política.
O MEC, em diferentes momentos da vida brasileira, interessou-se pela
criação de uma política de EAD. Desde o início o objetivo foi o de ampliar
a oferta e democratizar o acesso ao ensino superior. Entretanto, o que se
extrai dos discursos em torno da democratização do ensino, das
oportunidades de acesso ao sistema educacional e da justiça social, é o
mascaramento do real sentido dos investimentos privados. Sobram
evidências de ele tem “servido como expediente ideológico para
viabilizar a aceitação e a expansão do ensino pago no país”. Mediante
programas públicos oficiais de ensino a distância, a rede privada amplia-
se geometricamente em diferentes direções.
Não há dúvidas que a educação a distância reúne condições de se
transformar em uma excelente forma de democratização do ensino no
país. Mas ao ser considerada como um produto em expansão, como vem
sendo, sua eficiência decai, pois fica sujeita às formas ortodoxas de
apropriação da economia de mercado. “A apropriação privada dos
implementos técnicos, dos canais de acesso e de veiculação do ensino a
Introdução distância comprometem sua destinação social. A apropriação privada
distorce proposições formais de universalização do ensino através das
novas tecnologias educacionais”. Ignorado sob as asas da iniciativa
privada, sem priorizar o acesso indiscriminado à educação, o ensino a
distância fatalmente tornará mais profundo o fosso da exclusão social.
São preocupações iguais a estas que deverão orientar os debates deste
módulo de ensino. É imprescindível que se inclua na pauta das
discussões as razões que têm levado a eficiência técnica ser adotada
como parâmetro de qualidade para a valorização do ensino a distância.
Uma enorme contradição, pois as decantadas condições técnicas, que
deveriam ampliar o acesso à educação pública, quase sempre se
transformam em instrumentos que interferem nas ações educacionais.
“Ao invés de se somarem às tentativas de superação de carências
educacionais transformam-se em fontes de investimento privado, de
restrições impostas pelo ensino pago e de aumento de disparidades
sociais”.

Objetivo Geral
• Avaliar as políticas do governo federal, implementas pela
Secretaria de Educação a Distância (SEED), ao fomentar o
desenvolvimento desta modalidade de ensino no país.

Objetivos Específicos
Objetivos
• Enumerar programas em desenvolvimento de EAD, frente ao
cenário atual da modalidade;
• Relacionar cursos de educação a distância e instituições de
ensino onde são oferecidos;
• Analisar estudos que registrem o interesse e a receptividade de
aprendizes por cursos de educação a distância.

Neste curso de especialização, os aprendizes normalmente evitam tratar das


políticas públicas voltadas para a EAD, evidenciando o propósito de não
colocar em dúvida a competência dos órgãos públicos em universalizar a
educação.
Descrição do A recusa em debater poderá se converter em um ato danoso para o futuro
problema profissional. Sem relacionar os cursos existentes com as instituições que os
oferece, deixa de aprender a avaliar, por exemplo, que as corporações
transnacionais estão constituindo redes de ensino de alcance global,
configurando um amplo mercado educacional graças à educação a distância
– o que fatalmente aumentará as disparidades sociais.
No ambiente virtual de aprendizagem Moodle, as políticas públicas em EAD
serão abordadas de acordo com as habilidades do domínio cognitivo. E, por
conveniência de acesso, os recursos selecionados para o exercício nesse AVA
serão:
• o Fórum – idealizado para ser utilizado colaborativamente,
Descrição da solução visando a interação e participação dos alunos no AVA, e
• o Relatório – recurso onde o aluno registrará suas reflexões,
considerando o conteúdo desenvolvido e a aprendizagem com ele
conquistada.
A mídia impressa (textos acadêmicos selecionados) foi eleita como principal
ferramenta de interação.

A avaliação do desempenho ocorrerá de forma processual, observando a


participação do aluno nas atividades propostas. Neste momento, quando
Avaliação de os grupos formados se exercitam em um ambiente virtual de aprendizagem
Desempenho (AVA), os alunos que participarem do processo ensino-aprendizagem
considerado, serão avaliados qualitativamente, de modo positivo ou
negativo, de acordo com a performance apresentada por cada um.

ALMEIDA, M. E. B. (2002). Educação a distância no Brasil: diretrizes políticas,


fundamentos e práticas. Disponível em: <
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CORRÊA, J. & CORDÃO, F. A. (2004). Política e legislação nacional de EAD.
Curso de Especialização em Educação a Distância: e-book. 1 CD. Senac
Nacional, Rio de Janeiro.
OLIVEIRA, L. M. P. (2002). Educação a distância: novas perspectivas a
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fundamentos e práticas. Campinas, SP: UNICAMP, NIED.
SHIROMA, E. O.; MORAES, M. C. M. & EVANGELISTA, O. Política Educacional,
Rio de Janeiro: DP&A Ed., 2000.

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