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CANCÊR DE PELE:

A neoplasia de maior incidência no Brasil é o câncer de pele, o qual representa 30% dos
tumores malignos (VELOSO et al., 2019) onde as pessoas com pele clara e que possui mais de 40
anos é mais comum desenvolver, sendo raro em negros e crianças (PIRES et al., 2018). Essa
incidência é maior em indivíduos que tem o fototipos I (albinos e ruivos) e II (cabelo loiros
naturais, pele clara e olhos azuis ou verdes), quando acometem negros ocorre em áreas não
pigmentadas, como planta do pé e palma da mão. (PURIM; WROBLEVSKI, 2014).

A radiação ultravioleta (UV), proveniente do sol, é não ionizante e através da excitação


eletrônica é capaz de acometer o DNA ocasionando o câncer de pele. Com isso, gera uma oscilação
entre multiplicação celular e apoptose. Dessa maneira, ocorre o crescimento incontrolado e
desorganizado das células que são capazes de causar metástase. (SANTOS; SOBRINHO; OLIVEIRA,
2018).

Como é um carcinógeno completo a UV, existe uma combinação estabelecida entre a UV


(particularmente a ultravioleta-B (UV-B)) e a incidência de câncer de pele por meio da facilitação
de mutação genica e da ação da resposta imunológica cutânea. (URASAKI et al., 2016). As
manifestações cutâneas aparecem como um espectro evolutivo, nesta ordem: queimadura,
espessamento da pele, mancha hipercromias (escuras), rugas, ceratose actínica (área escamativa)
e câncer de pele. (BARDINI; LOURENÇO; FISSMER, 2012)

O câncer de pele é dividido em dois tipos: melanoma e não melanoma (Carcinoma Basocelular
ou Carcinoma Epidermoide). (PIRES et al., 2018). O melanoma tem baixa incidência e alta
letalidade, sendo considerado o mais grave em razão da grande possibilidade de metástase, por
isso o prognostico é bom quando encontrado nos estágios iniciais. O melanoma cutâneo tem
origem nas células produtoras de melanina (melanócitos), onde pode acometer tanto a pele como
mucosas no formato de pintas, manchas ou sinais (VELOSO et al., 2019) e é classificado em grupos:
melanoma disseminativo superficial, melanoma em lentigo maligno, melanoma acral lentiginoso e
melanoma nodular. (PIRES et al., 2018). O tipo não melanoma é o mais frequente, sendo um
tumor de lento crescimento e baixa mortalidade, porém a demora no diagnóstico é capaz de
causar ulcerações e deformidades físicas graves. (VELOSO et al., 2019). O Carcinoma Basocelular é
o mais comum e acometem principalmente as áreas mais expostas ao sol, como na região da
cabeça e pescoço, tronco, mãos e pernas. Sua classificação é baseada nas características
anatomopatológica e clínicas, divididos em: nodular, superficial, ulcerado, esclerodermiforme e
metatípico. O Carcinoma Espinocelular é consequência da radiação solar acumulativa da vida toda
que pode surgir de lesões não invasivas como Queilites Actínicas, Leucoplasias Orais, Ceratoses
Actínicas e Radiodermites Crônicas. (PIRES et al., 2018).

O fator de risco primordial para o surgimento do câncer de pele do tipo não melanoma é a
exposição crônica e excessiva ao sol. Em comparação ao melanoma um risco maior abrange, além
da exposição intensa e esporádica ao sol decorrente de queimadura solar com vários episódios, o
histórico familiar ou pessoal de melanoma. Além disso, para todos os tipos de câncer de pele,
incluem outros fatores de risco como: doenças imunossupressoras, sensibilidade da pele ao sol e
exposição solar ocupacional. Por manifestarem diminuição no controle carcinogênico da pele,
pacientes imunodeprimidos apresentam maior risco para o desenvolvimento do câncer de pele do
tipo não melanoma. (COSTA 2012).

O diagnóstico do câncer de pele é realizado especialmente através do exame clínico, que


envolve a examinação visual da pele e a biópsia (analise histopatológica) da lesão. As técnicas que
podem ser usadas de auxilio no diagnóstico do câncer de pele é a microscopia confocal e a
dermatoscopia. (COSTA 2012).

A prevenção primária contra o câncer de pele é a fotoproteção, onde a proteção mais utilizada
pela população é o uso de protetores solares. (COSTA 2012). É imprescindível a criação de hábitos
que necessitam ser introduzidos diariamente na rotina da população para a diminuição da
incidência do câncer de pele, sendo elas: usar calças, camisas de manda longa, utilizar boné ou
chapéus, óculos de sol, evitando a exposição direta ao sol. Assim, o diagnóstico precoce e a
prevenção são essencial na diminuição da sua morbimortalidade e, como resultado, redução do
impacto na saúde pública. (CORTEZ et al., 2015).

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