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Onisciência

Introdução: Mas o que exatamente é ser onisciente? As


palavras latinas do termo raiz são "omni" (todos) e
"scientia" (conhecimento), e estas sugerem uma definição
de onisciência áspera do leigo como "conhecimento de
tudo". No entanto, embora essa definição possa ser um
tanto útil, há várias questões que a definição sozinha não
aborda.
1 - Primeiro, existe a questão geral sobre o que é
exatamente o nosso conhecimento humano e se uma
compreensão do conhecimento humano pode ou não ser
aplicada a Deus. Por exemplo, Deus tem crenças? E que
tipo de evidência Deus precisa para essas crenças contar
como conhecimento?
Há também a questão de exatamente o que significa
"tudo" na definição.
2 - Deus sabe tudo o que é real, mas não tudo o que é
possível? Deus sabe o futuro e, se sim, como exatamente?
Esta última questão é uma dificuldade perene e exigirá
uma investigação completa.
Deus é dito não apenas conhecer as atividades diárias de
suas criaturas, mas conhecer até mesmo seus
pensamentos. Deus, como criador, conhece os céus, a
terra e todo o cosmo físico.
Embora seja discutível que todas as crenças que contam
como conhecimento devem ser baseadas em boas
evidências, todo conhecimento é usualmente pensado
como uma crença verdadeira que é ou baseada em
evidência suficiente (ou uma base apropriada) ou é
formada do modo correto.
Alguns argumentam que, estritamente falando, no fundo,
não são as crenças verdadeiras; em vez disso, são frases
ou proposições. Quando acreditamos que “a neve é
branca”, acreditamos que essa frase (ou proposição) é
verdadeira.
Mas qual a melhor maneira de descrever as crenças de
Deus?
Os pensadores admite que esse modo de conhecer é
muito misterioso e nunca seremos capazes de entender
adequadamente como é que Deus sabe de tudo.
Para os humanos, não temos entendimento até
começarmos a separar nosso conhecimento das coisas
conhecidas e separar a cena em um conjunto distinto de
fatos.
Se alguém hesita com a idéia da simplicidade divina, há
um segundo argumento para o porquê o conhecimento
de Deus não é proposicional. Nós humanos somos
limitados. Não podemos compreender nenhuma coisa
concreta sem abstrair e formular proposições sobre suas
características abstratas.
Uma crença é verdadeira se a proposição considerada
verdadeira corresponder a algum fato. “2 + 2 = 4” é
verdadeiro se for um fato que 2 + 2 = 4
Na maioria das vezes, quando pedimos evidências para a
crença de alguém, é uma evidência proposicional que
estamos pedindo. Estamos pedindo razões proposicionais
para acreditar em algo. Muitas vezes, usaremos nossas
crenças de que certas proposições são verdadeiras como
evidência para algumas de nossas outras crenças. Usar
crenças como evidência para outras crenças é usar
evidências inferenciais. Aqui está um exemplo. Para Jane
justificadamente acreditar que Brutus matou César, Jane
talvez precise saber que o livro de história que ela está
lendo foi escrito por um historiador de credibilidade. Para
saber que os cigarros causam câncer, talvez Jane
precisaria saber que os estudos mostraram que isso é
verdade. Quando estamos raciocinando inferencialmente,
estamos empregando argumentos. Assim, a evidência
inferencial pode vir como um argumento dedutivo,
indutivo ou abdutivo.

Raciocínio Abdutivo
Um argumento abdutivo é um argumento para a melhor
explicação. O conhecimento inferencial de uma
proposição através de um argumento abdutivo seria tal
que a conclusão produz uma explicação verdadeira e
epistemicamente plausível para os fatos fornecidos nas
premissas.

Exemplo:
1. Existem coisas que surgiram.
2. O que vem à existência é causado a existir por uma
coisa ou outra.
3. Não pode haver uma série infinita de causas passadas.
4. Portanto, houve uma primeira causa não causada.
5. Assim Deus existe (porque a melhor explicação para
essa primeira causa é Deus).

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