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Ecossistema

ATIVIDADE ASSÍNCRONA 1

O ecossistema (eco = oikos, casa + systema = sistema), são formados pela parte
biótica (viva), constituída pelas comunidades e pela parte abiótica (não viva), representada
pelos fatores químicos e físicos, grande parte dos ecossistemas encontra-se em equilíbrio
dinâmico. No entanto, um impacto ambiental pode interferir de várias maneiras nos processos
ecológicos dos ecossistemas, seja alterando as relações entre os organismos (interações
bióticas) ou modificando as condições ambientais. Pode-se citar como exemplo o dano
causado ao ecossistema terrestre: a poluição do solo, uma das principais ameaças globais que
afeta os processos e componentes naturais dos solos, proveniente de substâncias ou agentes
em níveis acima daqueles considerados.
No ano de 2015, observou-se na cidade de Mariana e as regiões ao seu redor, a
presença de rejeitos de mineração, formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama,
proveniente do rompimento das barragens do Fundão e de Santarém, teve-se como agente
poluidor desta situação um metal e as substâncias adicionais para sua extração (amido e
amina). O rejeito vazado pelo rompimento da barragem associada à baixa porosidade e
presença de concentração ferruginosa quando ressecado, originou uma barreira local, que
impedirá o desenvolvimento de muitas espécies vegetais, devido ao aumento na concentração
de ferro, manganês e alumínio, e um ambiente sem oxigenação para os micro-organismos,
alterando também, o pH do solo (4,5 para 8,9) e causando a desestruturação química do solo.
O ecossistema também é atingido pela poluição atmosférica, constituída por
substâncias produzidas direta ou indiretamente por processos antropogênicos e que não são
constituintes naturais do ar atmosférico (N2, O2, Ar, CO2, entre outros). Os efeitos desta
poluição foram observados também no ano de 2015, num incêndio no terminal portuário
Alemoa, da empresa Ultracargo, em Santos, litoral Sul de São Paulo, onde tanques que
armazenavam etanol, gasolina, etilato dicloroetano, acrilato de butila, pegaram fogo, após
grandes explosões, atingindo cinco mil m² de área de explosão a 800ºC. O monóxido de
carbono e outras substâncias (SO2, H2S, NOx), existentes na fumaça tóxica, causaram a morte
de toneladas de peixes, ocorrendo também alertas para a possibilidade de chuvas ácidas,
estimam-se que a área contaminada de precisara- de 5 a 10 anos para se recuperar.
Observa-se também que a alta concentração de gás carbônico na atmosfera, está
modificando as características dos ecossistemas presentes na floresta amazônica. A longo
prazo, isso pode indicar que a floresta corre o risco de perder grande parte da sua
biodiversidade, no ano de 2019 durante a estação de seca na região, tem-se a redução da
umidade, que favorece incêndios florestais de grandes proporções, relacionados diretamente
ao desmatamento (perda de 1.698 Km2 de cobertura vegetal), o ar da região tornou-se mais
poluído do que o encontrado na cidade de São Paulo. As emissões de queimadas trazem
vários efeitos ao equilíbrio climático e biogeoquímico, além do agente poluente CO 2
encontram-se nas emissões metano (CH4 ) e NOx, que contribuem para aumentar o efeito
estufa na atmosfera, visto que, sem o oxigênio liberado pelas plantas não há como diluir os
poluentes, ameaçar os plantios, aumentar as doenças sobretudo respiratórias, a combustão
incompleta produz substâncias como o benzopireno, produto altamente cancerígeno e reduzir
a resiliência da floresta, que fica mais suscetível danos provocados por patógenos.
O ecossistema aquático, também se encontra constantemente exposto a um grande
número de substâncias tóxicas, gerando alteração física e química da água, oriundas de
diversas fontes de emissão. Em 2018, milhares de litros de óleo vazaram de um duto da
Transpetro, em Magé, região Metropolitana do Rio, na Baía de Guanabara, lançando
toneladas de metais pesados, fruto dos efluentes industriais, contaminando o manguezal da
região. O derramamento de óleo na água provoca a manifestação de uma película que envolve
as raízes das árvores, impermeabilizando-as, desta forma, a planta não consegue mais
absorver oxigênio por suas raízes aéreas. E atualmente, segundo, o Instituto Estadual do
Ambiente (Inea), ocorreu um aumento de resíduos sólidos na Baía de Guanabara durante
isolamento social, onde resíduos partem das residências e seguem para as redes de águas
pluviais e desembocam nos rios, provocando a contaminação por resíduos sólidos e efluentes
líquidos (chorume do lixo diluído em água, esgotos domésticos e industriais), nas últimas
décadas, têm sido verificado em peixes de águas doce e salgada alta incidência de neoplasias
em espécies coletadas em correntes poluídas por despejos provenientes da industrialização e
urbanização.
No ano de 2019, o ecossistema aquático sofreu sérios impactos, em virtude do
vazamento de petróleo no litoral do Nordeste brasileiro. A mancha de petróleo que se propaga
pelo mar, além de contaminar a água, mata milhares de aves, animais marinhos e corais, a
presença do petróleo impedir que o fitoplâncton realize fotossíntese e intoxicar os animais
marinhos, nota-se assim, que cada vez mais são liberadas grandes quantidade de poluentes
prejudiciais ao ecossistema.
REFERÊNCIAS

BOECKEL, C. Poluição por lixo doméstico na Baía de Guanabara cresce durante


isolamento social. G1, Brasília, 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-
janeiro/noticia/2020/06/11/poluicao-por-lixo-domestico-na-baia-de-guanabara-cresce-
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CIOTTI, C. S.; SANTOS, V. R.; NECKEL, A.; BIANCHINI, G. A.; BRANDLI, E. L.;
Acidente Ecológico na Baía de Guanabara: O direito ambiental e a tragédia envolvendo sua
sustentabilidade. III Encontro de Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí, Abril de
2009.

LOPES, L. M. N. O rompimento da barragem de Mariana e seus impactos socioambientais.


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NUNES, M. Mais uma tragédia ambiental na Baía da Guanabara provocada por


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https://conexaoplaneta.com.br/blog/mais-uma-tragedia-ambiental-na-baia-da-guanabara-
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