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RELATÓRIO

Supressão de Vegetação
Reservatório

UHE TIBAGI MONTANTE


Rio Tibagi, Paraná

Setembro, 2019

UHE Tibagi Montante Relatório Final Supressão de Vegetação Reservatório


S u m á rio
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
2. EMPREENDEDOR ...................................................................................................................... 3
3. EQUIPE TÉCNICA....................................................................................................................... 3
4. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
5. MÉTODO EXECUTIVO DA SUPRESSÃO...................................................................................... 5
5.1 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ..................................................................................... 5
5.2 SEGURANÇA ..................................................................................................................... 6
5.3 ACESSOS ........................................................................................................................... 7
5.4 CORTE E DERRUBDA DE ÁRVORES ................................................................................... 8
5.5 TRANSPORTE E DESTINAÇAO DE RESIDUOS VEGETAIS .................................................... 9
5.6 ÁREAS DE ESTOCAGEM DE MATERIAL LENHOSO E CUBAGEM ...................................... 11
5.7 RETIRADA DE BENFEITORIAS .......................................................................................... 12
6. ANEXO .................................................................................................................................... 14

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório, denominado Relatório de Supressão de Vegetação -


Reservatório, tem por objetivo apresentar ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP
os resultados alcançados das atividades de supressão da vegetação nativa,
florestal e campestre, localizadas na área de inundação do reservatório da UHE
Tibagi Montante.

As atividades seguiram as observações e condicionantes da Autorização Florestal


nº 39.928 de 17 de junho de 2019 (Processo nº 15.068.609-1) bem como as
condicionantes da Renovação da Licença de Instalação nº 23.038.

2. EMP REENDEDOR

Razão Social: Tibagi Energia SPE S.A.

CNPJ: 23.080.281/0001-35 - Inscrição Estadual: 002611498.00-50

Endereço: Av. Getúlio Vargas, 874 - 10º andar - sala 1006- Belo Horizonte MG

Representante Legal: Rodrigo Furst Gonçalves Silva

e-mail: tibagi@minaspch.com.br

3. EQUIP E TÉCNICA

Alexandre Piló Ribeiro Penna – Gerente do Contrato

Nereu Ribeiro – Coordenador de Campo

Wilson Cesar Huchla - Responsável Técnco

Maira Ávila Fonseca - Coordenação resgate de fauna

4. INTRODUÇÃO

No âmbito do licenciamento ambiental da UHE Tibagi Montante foi emitida em


17/06/2019, pelo Instituto Ambiental do Paraná –IAP, a Autorização Florestal nº
39.928, para supressão de vegetação nativa, florestal e campestre, localizada na
ADA do empreendimento.

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A Autorização Florestal emitida para supressão de vegetação típica do Bioma
Mata Atlântica FOM Floresta Ombrófila Mista antropizada, com característica de
Floresta secundária, totalizando 197,80 hectares assim distribuídos:

• Floresta secundária estágio médio/avançado..................................167,38

• Floresta estágio inicial de desenvolvimento........................................22,59

• Vegetação de savana..........................................................................7,83

A área de vegetação mínima que deverá ser objeto de corte raso de mata nativa,
conforme consta na Autorização Florestal, Ofício nº 203/2019/IAP/DIALE e
Parecer Técnico nº 27/2019 do DGA/Seção de Limnologia, é o cenário C
apresentado no Relatório Modelagem Matemática da Hidrodinâmica e da
Qualidade de Agua da UHE Tibagi Montante. Desta forma o quantitativo mínimo
a ser cortado de vegetação nativa é de:

• Supressão - Corte raso...................................................................89,52ha

• Supressão – Algamento...............................................................108,28ha

Além da vegetação nativa o Cenário C engloba a supressão de todo


reflorestamento na área do reservatório. Portanto para o cenário C temos:

• Floresta Ombrófila Mista – Estágio Inicial 6,36ha

• Floresta Ombrófila Mista – Estágio Médio 73,36ha

• Nascente Difusa 1,97ha

• Savana 7,83ha

• Reflorestamento 33,36ha

• Total 122,88ha

A delimitação das áreas a serem suprimidas (corte raso e alagamento) são


apresentadas no Anexo 1.

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No decorrer das atividades de supressão, foi verificado que algumas áreas
apresentaram dificuldades operacionais à execução da supressão vegetal e desta
forma, para compensar essa permanência foi efetuado o corte em outra área do
reservatório de forma a realizar a supressão por corte raso de no mínimo da
mesma quantidade determinada na Autorização Florestal. No item 5.4 deste
relatório é apresentado a justificativa, o quantitativo compensado e os locais.

5. MÉTODO EXECUTIVO DA S UP RES S ÃO

As atividades de supressão de vegetação na área do reservatório iniciaram no dia


18 de junho logo após a obtenção da autorização florestal e foram finalizadas em
10 de agosto de 2019. O NA do reservatório bem como a APP de 80 metros já
estava previamente delimitado, possibilitando o início imediato dos trabalhos.

As atividades foram divididas em frentes de trabalho, concentradas na margem


esquerda do rio e no braço do arroio Passatempo, sendo que todas as atividades
foram supervisionadas pela Tibagi Energia contando para tanto com um
supervisor de campo e um técnico de segurança, além de serem acompanhadas
por biólogos, veterinários e auxiliares da SOMA Consultoria Ambiental. No total
foram três frentes de trabalhos, uma na margem direita e duas na margem
esquerda do rio Tibagi.

As atividades foram desenvolvidas dentro dos critérios estabelecidos no Programa


de Limpeza da Área do Reservatório – Supressão da Vegetação apresentado no
Projeto Básico Ambiental e aprovado pela emissão da Licença de Instalação
23.038 e também com as observações contidas na Autorização Florestal nº
39.928 emitida pelo IAP em 17 de junho de 2019.

Essas atividades são detalhadas a seguir e demonstradas com apoio de imagens.

5.1 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

As atividades de topografia foram realizadas com a materialização, por meio de


estacas pintadas, delimitando a cota de inundação (721m) a Área de Preservação
Permanente de 80 metros, assim definida no licenciamento e os limites da
propriedade do empreendedor ao longo de toda área onde ocorre a supressão. A
seguir apresentamos as fotos da delimitação.

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Figura 5.1-1 Delimitação do limite para supressão Figura 5.1-2 Equipe de topografia no campo

Figura 5.1-3 Delimitação da APP Figura 5.1-4 Corte respeitando a delimitação do NA do


reservatório

5.2 SEGURANÇA

As frentes de trabalho contaram com uma ambulância e enfermeiro socorrista,


para possíveis resgates e remoções de trabalhadores. Contaram também com a
presença permanente de um técnico de segurança do trabalho, orientando os
trabalhadores quanto às normas de segurança. As refeições foram no refeitório
da obra. Toda frente de trabalho contava com um banheiro químico. As frentes de
trabalho contavam também com kits de precaução quanto a possíveis vazamentos
de óleo oriundos dos equipamentos.

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Figura 5.2-1 Ambulância na frente de trabalho Figura 5.2-2 Banheiro químico na frente de trabalho

5.3 ACESSOS

Os acessos, sempre que possível, foram utilizados estradas ou caminhos já


existentes. Onde não existiam, os acessos foram construídos com remoção
mínima de solo e preferencialmente na área do futuro reservatório ou APP que
será recuperada, observando sempre que possível em curva de nível, evitando
assim erosão. Esses acessos foram utilizados para remoção do material lenhoso
para as áreas de depósito e remoção da galhada para a APP. Essas operações
de remoção do material suprimido foram acompanhadas pelas equipes de resgate
de fauna e resgate de flora.

Figura 5.3-1 Acesso aberto em área de inundação Figura 5.3-2 Aspecto de acesso aberto em área de
inundação

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Figura 5.3-3 acesso aberto em área de propriedade da Figura 5.3-4 Acesso aberto em área a ser inundada
Tibagi Energia

5.4 CORTE E DERRUBDA DE ÁRVORES

Após a demarcação das áreas a serem suprimidas com a delimitação do NA do


reservatório e APP de 80 metros além das áreas de propriedade da Tibagi
Energia, foram realizadas as operações de corte e derrubada da vegetação com
a utilização de motosserras e o bosqueamento foi feito com foices, facões,
motosserra e com trator de esteira, quando necessário, sempre com
acompanhamento de equipe de resgate de fauna. Após a derrubada foi feita a
separação do material lenhoso (toras e lenha) e da galhada. Essa operação foi
realizada com escavadeiras e com motosserras naquelas áreas onde o relevo não
é adequado para as escavadeiras. Nas áreas próximas ao leito do rio Tibagi foi
utilizado com escavadeira de concha evitando com isso risco para o operador e
que a árvore não tombasse para o leito do rio. A supressão foi desenvolvida em
linhas paralelas ao eixo do rio e afluentes de maneira, sempre que possível,
uniforme e contínua, partindo da margem do rio para a cota de inundação.

Figura 5.4-1 Árvores cortada com moto serra Figura 5.4-2 Retirada de espécies exóticas
(reflorestamento da área de inundação

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Figura 5.4-3 Área na margem direita do arrio Passatempo Figura 5.4-4 Vegetação derrubada aguardando a retirada
limpa do material lenhoso

Alguns pontos dentro do cenário C não foram suprimidos, devido restrições


operacionais como grande declividade, com riscos para a segurança da equipe,
impossibilitando o acesso de equipamentos e mão de obra e áreas de banhado
também sem acesso de equipamentos para retirada da vegetação. Essas áreas
dentro do Cenário C que não foram suprimidas totalizam 6,74 ha. De forma a
manter o quantitativo mínimo aprovado pela Autorização Florestal e Parecer
Técnico nº 27/2019do DGA/Seção de Limnologia, a Tibagi Energia suprimiu áreas
adicionais já dentro do Cenário B, totalizando 14,71 ha. Tanto as áreas que não
serão suprimidas quanto aquelas que serão acrescidas podem ser vistas na figura
a seguir. Ao final, o total suprimido foi de 130,85 hectares, 7,974 hectares a mais
do proposto par ao Cenário C, garantindo os critérios mínimos previstos para a
qualidade de água. Para o arroio Passatempo, conforme determinação do Parecer
Técnico 27/2019 DQA/Seção de Limnologia, foi realizada, após a supressão, a
remoção não só de troncos, mas também de folhas e serapilheira.

5.5 TRANSPORTE E DESTINAÇAO DE RESIDUOS VEGETAIS

Resíduos vegetais são matérias lenhosos com menos de 10 cm de diâmetro, sem


valor comercial, proveniente da supressão, tais como galhadas finas, arbustos,
tocos, fustes podres, etc. Esse material após a derrubada é separado na área de
supressão e carregado por carregadeira com implemento florestal (garras) e
transportado por caminhão caçamba e disposto nas áreas de APP sem cobertura
vegetal.

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7279000 7280000 7281000 7282000 7283000 7284000 7285000 7286000

1.000 500 0 1.000 M


558000
559000
560000
561000

Reservatório

Cenário C (Risco de Segurança) 6,74 ha


562000

Cenário C (Corte Raso) 116,14 ha

Corte Raso Adicional ao Cenário C 14,71 ha


Corte Raso Total = 130,85 ha
Os resíduos da exploração florestal serão dispostos em montes aleatórios
(corredores), com aproximadamente 20,00 metros de largura intercalado com
plantio tradicional de mudas. Além de criarem condições microclimáticas
especiais, esses materiais trarão consigo sementes e outros micro-organismos e,
com o passar do tempo, entrarão em decomposição e incorporarão a matéria
orgânica ao solo afetado. A adoção deste método possibilitará a rebrota e a
germinação de espécies vegetais, além de servir de abrigo para fauna e auxiliar a
dispersão natural de sementes. Essas ilhas deverão ocupar 50% da área a ser
restaurada. Na figura abaixo um croqui da disposição da galhada em conjunto
com o plantio. Nas figuras seguintes apresentamos tanto o transporte como os
locais de disposição dessa galhada.

Figura 5.5-1 Modelo ilustrativo para implantação do projeto de recuperação da APP com faixas de plantio e nucleação

Figura 5.5-2 Carregamento de resíduos lenhosos Figura 5.5-3 Transporte de resíduos lenhosos para a APP

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Figura 5.5-4 Limpeza de área suprimida com escavadeira Figura 5.5-5 Disposição da galhada na APP com plantio
com garra florestal de mudas

5.6 ÁREAS DE ESTOCAGEM DE MATERIAL LENHOSO E CUBAGEM

Em atendimento as condicionantes da RLI nº 23.038 e AF nº 39.928 todo material


lenhoso (toras e lenhas) estão sendo destinados a pátios provisórios fora da área
do reservatório e da APP de 80 metros. Esses depósitos provisórios são em áreas
de propriedade da Tibagi Energia. Após o término da supressão, esse material
está sendo organizado (enleirados) em pátios e posteriormente será realizado por
um técnico florestal e matreiro da região, a identificação das toras e sua medição
(cubagem), sendo levantado as medidas dos diâmetros das duas pontas e o
comprimento da tora com a identificação da espécie. As lenhas serão medidas
após empilhadas, medindo-se altura, largura e comprimento da pilha, e
apresentado o resultado em metro estéreo (mst).

Figura 5.6-1 Transporte de toras para os pátios Figura 5.6-2 Pátio de torras na propriedade da Tibagi Energia
marginal a APP.
Atualizar as fotos

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Figura 5.6-3 Depósito temporário de lenha em área de
propriedade da Tibagi Energia

5.7 RETIRADA DE BENFEITORIAS

Das vinte e oito propriedades atingidas pelo reservatório, apenas 6 possuíam


benfeitorias atingidas pelo reservatório e ou faixa de servidão. Essas benfeitorias
foram demolidas e os resíduos retirados da área do reservatório e APP. A seguir
apresentamos imagens dessa retirada.

Figura 5.7-1 ME 06 Angela Elisabeth de Geus demolição Figura 5.7-2 ME 06 Angela Elisabeth de Geus áreas de
das benfeitorias demolição limpa

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Figura 5.7-3 ME 10 Francisco Rocha demolição das Figura 5.7-4 ME 10 Francisco Rocha área da benfeitoria
benfeitorias limpa

Figura 5.7-5 ME 11 Claudinei Navarro benfeitorias a serem Figura 5.7-6 Claudinei Navarro benfeitorias demolidas
demolidas

Figura 5.7-7 ME 12 Antônio Carlos Teixeira Benfeitoria Figura 5.7-8 ME 12 Antônio Carlos Teixeira área da
demolida benfeitoria limpa

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Figura 5.7-9 ME 13 Elisabete Dias Annes Figura 5.7-10 ME 13 Elisabete Dias Annes área da
demolição limpa

Figura 5.7-11 MD 03 Alberti Agropecuária demolição das Figura 5.7-12 MD 03 Alberti Agropecuária área de
benfeitorias demolição limpa

6. ANEXO

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ANEXO 1 - MAPA DE SUPRESSÃO 'CENÁRIO C E ALAGAMENTO

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7272000 7274000 7276000 7278000 7280000 7282000 7284000 7286000

BR
-1
53
556000
558000
560000

Legenda
Acesso Local
562000

Rodovia Estadual

Rodovia Federal

Supressão Corte Raso

Supressão Alagamento

Reservatório

Escala: 1:20.000

1.000 500 0 1.000 M


564000

SISTEMA DE PROJEÇÃO:
UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM
SISTEMA DE REFERÊNCIA: SIRGAS 2000 FUSO 22S

EMPREENDEDOR: EMPREENDIMENTO:
UHE TIBAGI MONTANTE
REFERÊNCIA:
SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO

EXECUÇÃO: TÍTULO DO MAPA:


MAPA DE SUPRESSÃO 'CENÁRIO C' E ALAGAMENTO
LOCALIZAÇÃO: RESPONSÁVEL TÉCNICO: DATA:
Tibagi - PR Angelo Hartmann Pires 26 de Julho de 2019
CREA 127.090 D/PR

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