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PROCESSO MIG/MAG

DESCRIÇÃO DO PROCESSO

Processo de soldagem baseado na fonte de calor


de um arco elétrico mantido entre a extremidade de
um arame nu consumível, alimentado
continuamente, e a peça a soldar.

PROTEÇÃO
Atmosfera protetora de gás inerte
(Ar ou He) ou ativo (CO2) ou
mistura deles.

DESCRIÇÃO DO PROCESSO

Processo automático:
Movimento da tocha feito por uma máquina.
Processo semi-automático:
Quando a tocha é conduzida manualmente pelo
soldador.

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FUNDAMENTOS
PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO
O processo incorpora alimentação automática de
um eletrodo consumível contínuo protegido por um
suprimento externo de gás.

EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTO BÁSICO
Fonte de energia;
Alimentador de arame;
Tocha de soldagem;
Fonte de gás de proteção.

TRANSFERÊNCIA DO METAL

Quatro meios básicos sob os quais o metal é


transferido do eletrodo para a peça de trabalho são
observados:
Transferência por curto circuito;
Transferência globular;
Transferência spray;
Transferência por arco pulsante.

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TRANSFERÊNCIA DO METAL

O tipo de transferência é determinado por um


grande número de fatores. Os que mais influenciam
são:
Intensidade e tipo de corrente de soldagem;
Tensão do arco elétrico;
Diâmetro do eletrodo;
Composição do eletrodo;
Extensão do eletrodo (Stick out);
Gás de proteção.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência por curto-circuito
Eletrodos de pequenos diâmetros;
Baixos valores de corrente (menores que a globular);
Qualquer tipo de gás.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência por curto-circuito - Características
Gota crescente na ponta do arame eletrodo;
Transferência da gota para a peça;
Ruído característico.

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TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência por curto-circuito
Adequada para todas posições;
Recomendada para chapas finas;
Baixa penetração;
Nível elevado de respingos;
Arco instável.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência globular
Corrente relativamente baixa, independente
do gás de proteção;
Gota com diâmetro maior que o do eletrodo.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência globular – Características.
O glóbulo se forma na ponta do eletrodo, atinge
grandes diâmetros, desprendendo-se da ponta do
arame e transferindo-se para a poça;
Não possibilita a soldagem em todas as posições,
devido ao difícil controle da poça de fusão.

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TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência globular
Altas tensões podem gerar:
Falta de fusão;
Falta de penetração;
Reforço excessivo.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência por spray (pulverização)
Elevadas densidades de corrente;
Argônio ou misturas ricas;
Menor diâmetro da gota;
Adequado para chapas grossas;
Penetração elevada;
Arco suave;
Posição plana.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência por spray – Características
Apresenta alta taxa de deposição, podendo chegar
a 10 kg/h;
Devido à grande quantidade de material fundido,
este modo de transferência restringe-se à posição
plana.

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TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência com arco pulsado
Mantém um arco de corrente baixa como elemento
de fundo e injeta sobre esta corrente baixa, pulsos
de alta corrente ⇒ Dois níveis de corrente (corrente
de base e corrente de pico);
A transferência do metal de adição é pelo jato de
gotículas durante esses pulsos.

TRANSFERÊNCIA DO METAL
Transferência com arco pulsado – Características
Soldagem na posição vertical (uso de arames de
diâmetros grandes);
Para se obter este modo de transferência deve-se
utilizar fontes de energia especiais, capazes de
fornecerem correntes pulsadas, com períodos de
pulsos controláveis.

TRANSFERÊNCIA DO METAL

Tipo de Gás de Posição de Energia de Penetração Estabilidade


transferência proteção soldagem soldagem do arco
Globular Todos Plana 1,2 1,2 Intermediário
Curto-
Todos Todas 1,0 1,0 Ruim
circuito
Pulverização Ar e PeH 1,8 1,8 Boa
misturas
Arco pulsado
ricas em Todas 1,2 – 1,6 1,2 – 1,6 Boa
Ar

Tabela 1 – Comparação qualitativa dos modos de transferência metálica.

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VARIÁVEIS DO PROCESSO
Corrente de soldagem;
Tensão de soldagem;
Gás de proteção.

VARIÁVEIS DO PROCESSO
CORRENTE DE SOLDAGEM
Grande influência no modo de transferência;
Penetração;
Largura e reforço do cordão;
Taxa de deposição.
Em função
Espessura das peças;
Diâmetro do eletrodo;
Geometria desejada para o cordão de solda.

VARIÁVEIS DO PROCESSO
CORRENTE DE SOLDAGEM
Corrente Contínua Polaridade Reversa – (CC+):
Mais utilizado;
Maiores penetração e estabilidade de arco.
Ar ou mistura rica em Ar pode-se ter os quatro modos
de transferência;
Para CO2 ou misturas ricas em CO2, He e misturas
ricas em He:
Transferência globular (He, CO2);
Transferência curto-circuito (CO2).

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VARIÁVEIS DO PROCESSO
CORRENTE DE SOLDAGEM
Corrente Contínua Polaridade Direta – (CC-):
Transferência instável;
Aumentar a velocidade de deposição.

VARIÁVEIS DO PROCESSO

CONSUMÍVEIS
São todos os insumos utilizados e que são consumidos
no processo:
Material de adição (arame);
Gases de proteção.

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DESCONTINUIDADES
Falta de fusão
Corrente baixa.
Falta de penetração
Corrente baixa ou velocidade de soldagem alta.
Porosidade
Falta ou excesso de gás de proteção;
Bocal de pequeno;
Corrente de ar;
Contaminação da superfície.

DESCONTINUIDADES
Mordedura
Corrente alta ou velocidade de soldagem baixa;
Tensão do arco elevada.

VANTAGENS

Processo semi-automático bastante versátil,


podendo ser facilmente automatizado;
Alimentação contínua do eletrodo;
Soldagem em todas as posições;
Elevada velocidade de soldagem;
Taxa de deposição elevada;
Não há formação de escória;
Facilidade de execução da soldagem;
Treinamento do soldador.

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DESVANTAGENS

Operação difícil em locais de acesso restrito;


Projeção de gotas de metal líquido;
Grande emissão de raios UV;
Complexidade do equipamento de soldagem;
Proteção do arco das correntes de ar que
possam dispersar o gás de proteção.

CARACTERÍSTICAS

Fácil automatização.
Taxa de deposição: de 1 a 15 Kg/h
Espessuras:
3 mm – mínima para soldagem semi-automática.
1,5 mm – soldagem automática.
Diluição: 10 a 30%.
Intensa emissão de radiação ultra violeta.

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