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F ascículo 1
P refácio para os Médiuns do Vale do Amanhecer
Caro Médium:
Este folheto é dirigido a você como Médium da Corrente. No momento que
você recebeu sua emanação, no seu primeiro dia como principiante você já se
tornou Médium do Templo do Amanhecer.
A partir desse ponto, seu problema é desenvolver suas qualidades
Mediúnicas. Estas Instruções são para lhe ajudar de maneira prática e objetiva.
Elas lhe ensinarão como se movimentar no Vale e no Templo, como usar seu
uniforme e como se adaptar no quotidiano da vida Mediúnica.
Naturalmente, seu desenvolvimento não vai depender de coisas escritas,
de leituras e aulas. Este trabalho apenas irá complementar as coisas que você vê
e ouve no decorrer de seu desenvolvimento.
Use-o como um livrinho de bolso, para você ler na condução ou nos seus
momentos de folga. Se houver mais alguma coisa que você ache que está
faltando, procure seu instrutor ou qualquer Mestre mais experiente. Temos
certeza que alguém irá lhe informar o que você pretende.
Temos à sua disposição 7 fascículos (Instruções Práticas para os Médiuns)
que deverão ser adquiridos de conformidade com as orientações dos Mestre
Instrutores, bem como os livretos de Pequenas Histórias e outras obras publicadas
sob os olhos da Clarividente Neiva, doutrinariamente destinadas a somar valores
essenciais ao seu melhor posicionamento. Os títulos são:
- O Vale do Amanhecer;
- Tia Neiva - Autobiografia Missionária;
- Série Pequenas Histórias (Fascículos 1 ao 7)
- Mensagens de Pai Seta Branca
- Luz do Amanhecer
- Hinos Mântricos e Preces
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(em memória)
Caro leitor:
Este folheto é dirigido aos Médiuns do Vale do Amanhecer.
Embora não haja objeção que seja lido por outras pessoas, apenas
queremos lembrar que ele será mais bem assimilado por quem estiver
participando das atividades Mediúnicas do Vale.
Na verdade ele é apenas um registro das posições básicas do Vale do
Amanhecer mostrando suas finalidades posição técnica, doutrinária e mística.
É também verdade que nossos Médiuns não dependem de material escrito
para sua participação, uma vez que o conhecimento da Doutrina do Amanhecer é
adquirido mais pela Mediunidade que pelo intelecto.
Sem dúvida existe um aprendizado inicial, no qual entram os processos
imitativos e sensoriais. Mas, tão pronto o Médium se familiariza com o sistema ele
aperfeiçoa mais a percepção Mediúnica que a sensorial.
Por meio de "Mantras", "chaves", cantos, gestos, indumentárias, e horários,
tudo formando um conjunto ritualístico, se estabelece um intercâmbio
ectoplasmático entre o Médium e a Corrente. Isso muda seu teor fluídico e o
impregna com as energias espirituais manipuladas no Templo.
O resultado é o clareamento fisiológico que abre a percepção extra-
sensorial. O Médium passa a perceber as coisas de seu campo consencional que
antes não eram registradas pelo seu "eu".
Por esse processo ele se torna esclarecido sem artifícios, de acordo com
sua formação psíquica e sua cultura, sem falsas submissões à dogmatismos que
produzem dúvidas e angústias.
Só o mediunismo sem retoques ou superstições garante o respeito ao livre
arbítrio, e toma possível a modificação do individuo de dentro para fora, a única
mudança de comportamento que se faz sem criar dependência e que permite o
equilíbrio Individual.
Esse é o motivo básico pelo qual não se sujeita o Médium do Vale do
Amanhecer a leituras obrigatórias. Mas, uma vez aprendido o sistema do Vale,
nada há que se objete à leitura, que sempre pode acrescentar algo à
personalidade. Essa é a razão deste manual prático, que vamos colocando nas
mãos dos leitores em capítulos, para não se tornar cansativo.
Boa Sorte!
O Editor
3. O começo do desenvolvimento
Por isso não convém que você continue freqüentando como cliente
passando pelos Setores de Trabalhos. Você só deve fazer isso se tiver um motivo
muito forte e assim mesmo mediante orientação. Desde o momento em que se
tornou Médium, tudo que você precisa deverá ser obtido pela sua Mediunidade e
não pela mediunidade dos outros.
5. Horários
6. A sirene do Templo
Depois que ela toca você tem sempre 15 minutos para se apresentar ou
para encerrar seu trabalho.
7. O ritual básico
8. Ritual de abertura
Cada um que passa pela Pira faz a chave de preparação: "Senhor, Senhor,
faze a minha preparação, para que neste instante possa eu estar contigo", segue
depois para a frente da mesma e, abrindo os braços diz: "Meu Senhor e Meu
Deus". Segue depois para a base da mesa triangular e, abrindo os braços de
frente para a Pira repete: "Meu Senhor e Meu Deus".
9. Mediunização
Para você entender bem a mediunização é preciso que você saiba algo
fundamental sobre você mesmo. Procure nos seguir com sua imaginação.
Um dia, na Eternidade, seu espírito foi criado por Deus. É como se Deus
fosse uma nuvem muito grande, uma dessas nuvens de chuva e seu espírito fosse
uma das gotas de chuva que caiu da Nuvem Deus. É lógico que essa gota de
água-chuva é feita da substância da Água-Nuvem-Deus.
Só que, uma gota de água é água, mas não é a água. Entendeu? A gota é
água, mas não é toda a água. A gota é um pouco de água individualizada.
Como uma gota de chuva que cai sobre terra, seu espírito iniciou uma
trajetória, um caminho, um destino.
Agora pense quanta coisa pode acontecer com uma gota de água!
Ela pode se dissolver na terra, cair sobre uma planta e ser sugada por ela,
misturar-se com outras gotas e se tornar apenas água. Ela pode se sujar, se
colorir, ser mais transparente ou mais opaca, etc...
Depois ela pode virar vapor e subir de novo para a nuvem. Em seguida ela
pode descer de novo e tornar a subir. Mais ou menos assim é a vida do seu
espírito! Talvez você tenha mais imaginação e possa arranjar uma comparação
mais feliz. Mas cremos que você entendeu a idéia, não é verdade?
Seu espírito está em alguma parte deste Universo e seu sonho é voltar
para Deus. Provavelmente ele estará em "alguma morada do Pai" como disse o
Mestre Jesus no seu Evangelho. Mas, desde o momento que você, ou melhor, seu
espírito partiu de Deus, ele se arranhou, empoeirou, sujou e se poluiu. Para voltar
para Deus ele terá que se purificar de novo, ficar transparente, límpido como a
gota d'água em seu estado inicial.
Para esse fim o espírito se equipou com um corpo e, para operar esse
corpo ele utiliza uma alma. Assim como um motorista que adquire um carro e o
enche de gasolina. O motorista é o espírito, a gasolina é a alma e o carro é o
corpo. De acordo com o estado que esse espírito iniciou suas viagens ao Planeta,
ou melhor, pelo Planeta, tantas e de tais qualidades são suas encarnações.
Como não bastou uma, ele teve várias e é por isso que se costuma dizer
que uma pessoa é um espírito reencarnado. Assim como cada ano ou cada época
a gente pode ter um carro diferente, cada encarnação a gente forma uma nova
personalidade.
Nessa altura meu caro Médium principiante, você tem duas coisas
diferentes para entender, que você é basicamente: a individualidade do seu
espírito e a sua personalidade atual. Naturalmente você já percebeu que a sua
individualidade é coisa antiga, tão antiga que você nem sabe quando ela começou
a existir. Mas a sua personalidade é recente, pois tem exatamente sua idade!
Sobre a sua personalidade você sabe quase tudo. Você sabe do que gosta
e do que não gosta. Na verdade você tem até mesmo certa admiração por você
mesmo! Pode até acontecer de você ter mágoa de não ser bonito, mais charmoso
ou mais alto...
Ao mesmo tempo sua "aura" vai ficando mais clara e a "parede" do seu
perispírito se torna mais límpida, mais transparente. Seus "Chacras" começam a
acordar e você vai recebendo de volta a mesma quantidade de fluido que você
está emitindo. Só que o fluido que volta é mais sutil, cheio de vibrações positivas.
Na verdade, o que você sente é difícil de ser reproduzido aqui, uma vez
que a experiência é só sua, de acordo com você mesmo e com mais ninguém.
Daqui por diante você a cada dia você aperfeiçoa mais sua capacidade de
mediunização. Com o tempo e a repetição ela se torna automática, rápida.
12. O uniforme
As peças do seu uniforme, sua fita, sua carteira de Médium, seu chaveiro,
sua estrela de carro, ou qualquer outro objeto que você use na sua qualidade de
Médium do Vale merecem sempre cuidados especiais, pois são objetos que ficam
impregnados de sua emanação.
Emanação é o toque pessoal do Médium.
Com o uso, os objetos vão ficando impregnados com os resíduos do seu
fluido e formam com isso uma identidade espiritual. Por isso, eles não devem ser
usados por outra pessoa, nem convém que os outros os toquem. Pela emanação
de seus objetos mediúnicos os mentores sintonizam mais facilmente com sua
onda pessoal.
13. A voz
14. O gesto
Você vai encontrar muita gente no Vale. A maioria você não conhece, mas
sempre encontrará alguns que conhece. Pode até encontrar alguns amigos e
alguns inimigos. Ou pode acontecer de você antipatizar com alguns ou simpatizar
com outros. Bem, isso acontece em qualquer outro lugar da vida, não é verdade?
Então qual é a diferença?
Sabedor disso você terá que se educar para agir de acordo. Tanto o
desenvolvimento mediúnico como a busca de lenitivo para a dor são feitos no Vale
como a última esperança da pessoa. Logo, a probabilidade e que as que chegam
ao Vale talvez não sejam as melhores pessoas, os mais "bonzinhos" da
comunidade. Mas, seja pela mediunidade do Médium ou o Médium pela sua
mediunidade todos estão procurando conscientes ou não se integrar na sua
individualidade, no seu mundo espiritual e é isso que as tornam diferentes!
A Clarividente Neiva era uma pessoa única e original. Ela era mãe, irmã, o
consolo, a esperança e a segurança de todos nós do Vale, Médiuns ou Clientes.
Mas era também uma simples criatura humana.
Tudo que aqui existe veio por seu intermédio. Ela trouxe a Doutrina, a
técnica, o ritual e a presença dos Planos Superiores, colocando tudo isso ao nosso
alcance. Partiu no dia 15 de novembro de 1985, nos deixando como herança, um
sistema técnico-doutrinário, singular, todo direcionado no sentido de somar -
nunca dividir. Se você tem na sua família ou no trabalho pessoas de outras
religiões, respeite-as em suas posições doutrinárias, evitando discussões
desnecessárias. Seja natural e não se afaste das metas racionais.
- Maianti
O Médium em Retiro deve manter uma atitude atenta à sua vida espiritual.
Ele faz o seu Retiro para evoluir e se libertar de seus "carmas". Por esse motivo
ele deve fazer o Retiro com o máximo de elevação mental. Mas, mesmo que ele
esteja deprimido, irado ou revoltado ele deve fazer o Retiro. Nesse caso, devido
ao esforço de autodomínio que ele faz, pode não ganhar "bônus horas" mas
ganha evolução.
sair do corpo mediúnico. Mas, se você der alguma coisa, fale o menos possível no
assunto... E saiba que jamais podemos aceitar tostão algum de um cliente ou
pessoa estranha ao corpo mediúnico.
Você como Médium não pode pedir nada em nome do Vale, nem aceitar
coisa alguma.
O importante com relação aos Mantras é que os mesmos devem ser usados
nas ocasiões apropriadas e sem acréscimos. Por exemplo: quando você faz sua
preparação: "Senhor, Senhor, faze a minha preparação para que neste instante
possa eu estar contigo" os únicos dois Mantras usados são: "Meu Senhor e meu
Deus". Qualquer coisa a mais que você diga em nada vai melhorar o Mantra.
Quando a gente vai abrir uma porta coloca apenas a chave na fechadura, não
adianta colocar outras coisas junto com a chave.
25. O Cartão
F ascículo 2
Caro Médium:
Nesta altura você já deve ter lido o Fascículo 1 e ter ultrapassado a faixa
dos 80 dias de desenvolvimento.
Você agora sabe as coisas básicas que irão lhe permitir a integração mais
aprofundada no Corpo Mediúnico.
Naturalmente você esta usando seu uniforme e sabe qual é o seu Mentor.
Pode até acontecer de você já ter sido identificado e “emplacado”, isto é, você
estar credenciado para o atendimento ao público.
Agora é o momento oportuno para chamar sua atenção para o ponto
crucial de sua vida mediúnica: daqui para a frente você será apenas um Médium
de rotina ou irá se tornar um missionário – um Médium realmente integrado na
dinâmica da Doutrina do Amanhecer: a escolha será apenas sua.
A partir de agora é que você irá saber o que é a sua mediunidade e o que
é realmente esta Doutrina.
Quanto ao leigo que estiver lendo, nossa palavra é a mesma do primeiro
Fascículo: a missão espiritual não se desenvolve mediante um simples exercício
intelectual; é preciso que haja um instrutor, um Mestre e a constante
oportunidade do teste e da experiência.
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(Em memória)
1. O fenômeno da incorporação
O mesmo acontece com o nosso sistema nervoso. Seu estomago, seus rins,
parte dos seus músculos e um bocado de outras coisas funcionam sem que você
sequer se lembre. Por exemplo, o seu coração bate o tempo todo sem que você
precise empurrar e assim funciona o resto.
Mas, se você quiser falar, usar suas mãos, seus olhos ou pensar num
assunto determinado, você depende de sua vontade relativa, entendeu?
Parte do seu “funcionamento” é automático e parte depende de querer ou
não “funcionar”, isto é, do seu querer. Pois bem, esse “sistema”, dividido em dois,
chama-se “sistema nervoso central” ou “ativo” – que é comandado relativamente
pela vontade – e “sistema nervoso neurovegetativo” ou “passivo”.
Para nosso uso, em termos de mediunidade, vamos guardar na memória
apenas essas duas palavras: “ativo” e “passivo”. O primeiro comanda a
mediunidade consciente, vigilante, racional. O segundo comanda a mediunidade
passiva, orgânica e anímica.
Sintetizando: num tipo de mediunidade, que funciona com base física no
sistema nervoso ativo, a vontade e a consciência predominam. No outro tipo,
baseado no sistema nervoso passivo, a vontade e a consciência atuam menos. É
lógico que esses limites não são absolutos, mas são suficientemente claros para se
distinguir uma coisa da outra.
As mediunidades que estão sendo referidas são a de Doutrinador e a do
Apará.
A mediunidade do Apará é conhecida e tão antiga quanto a Humanidade.
Sempre existiram os Médiuns que recebem espíritos, dão comunicações, fazem
profecias, entram em transe, ou seja, estados de meia consciência, isto é, saem
do estado de normalidade psicofísica.
Porem, a mediunidade do Doutrinador não existia antes da missão de
nossa Clarividente. Ninguém jamais se lembrou, ou foi considerado possível, que
pudesse existir um transe mediúnico com base na consciência plena, no sistema
nervoso ativo. A figura do Doutrinador foi criada em nossa Corrente, em Brasília,
em 1959.
Até então, o conceito habitual é que “mediunidade” era somente a que se
manifestava no fenômeno do Apará. Com isso criou-se também o hábito de dizer
“Fulano é Médium” ou “eu não tenho mediunidade, mas minha mulher tem
muita”...
Conclui-se daí que o fenômeno mediúnico até agora não tinha um controle,
dependia da sorte ou dos azares dos Aparas. Hoje, com a existência comprovada
do Doutrinador, pode-se estabelecer uma base científica do Mediunismo. O
Doutrinador tem a capacidade de provocar, controlar e modificar o fenômeno
mediúnico, com isso colocando-o no processo científico.
representa a forma escrita dos ensinamentos de Jesus. Como todo documento que
foi escrito, copiado, traduzido e recopiado, ele não oferece completa segurança
como referencia, pois há quase dois mil anos se discutem suas interpretações e
autenticidade. Talvez prevendo isso e não querendo deixar toda uma Humanidade
entregue aos azares dos escribas, Jesus edificou um “sistema” que garante a
verdade de seus ensinamentos. Esse Sistema está implantado no Planeta e no
coração dos Homens.
A Doutrina do Amanhecer existe justamente para mostrar e praticar esses
aspectos objetivos do Sistema. Em termos puramente intelectuais ela resume o
Evangelho em três pontos fundamentais: o Amor, a Tolerância e a Humildade. Em
termos espirituais, ela estabelece a ligação entre os campos vibracionais do
Sistema Crístico e o plano da Terra.
Isso determina com clareza a posição do Doutrinador: sua função é a de
fazer funcionar o Sistema Crístico na Terra, aplicando no quotidiano as “Leis
Crísticas”. Se essas Leis não estão claramente expressas no Evangelho, ou se ele
não tem condições de ler, seja por falta de escolaridade ou de tempo, aprende
pela sua mediunidade.
Este é o ponto crítico que irá decidir sua posição no Templo do Amanhecer.
Se você se dispuser a ser apenas um medianeiro, um intermediário de um Sistema
vivo, atual e atuante, você irá se tornar sem muitos problemas um Médium
Doutrinador. Mas, se você se mantiver apenas no plano da sua personalidade, de
seus conceitos próprios, do “eu” submisso à alma e ao corpo, você será apenas
mais um Médium.
Existe Cristo, como existe água: Jesus é um copo dessa água. Cristo
significa “o ungido”, “o que recebeu os óleos santos”, ou seja, o que recebeu a
consagração para uma Missão, para algo.
Cristo seria então o co-autor, o “co-responsável” pelo Universo mais
próximo da nossa capacidade concepcional.”Co-autor” e “co-responsável” são os
adjetivos mais aproximados para algo parecido com Deus que seria Cristo.
Jesus personifica, para esses dois mil anos que estão terminando, o Cristo
ou apenas “Cristo”. Façamos uma analogia, uma comparação para podermos
entender melhor. A gente diz: “no Planeta Terra existe água, e eu tomei um copo
de água”. A diferença entre a água do Planeta e o copo de água que eu tomei é
que a água do copo se tornou uma água específica, com características limitadas
pelo “copo” e outras circunstâncias que a situaram no tempo e no espaço.
Jesus foi o copo, o veículo, mas foi de tal natureza que o copo e água se
fundiram em algo único: JESUS CRISTO .
A partir daí, esse algo que chamamos “Cristo” se tornou perceptível,
verificável, palpável pelo nosso senso comum, nossos sentidos, nossa alma. Em
resumo, os indefiníveis Deus e Cristo se tornaram definíveis na figura de Jesus.
Outros Seres como Jesus existiram antes e existirão depois, mas também
nesse sentido a nossa capacidade de verificação é limitada. Como iríamos saber
quem foram os personificadores de Cristo, antes de Jesus, e como iremos saber
quem serão os outros que virão depois?
Temos assim uma panorâmica, um fundo de pano para a Doutrina do
Amanhecer: Cremos em Deus, mas não temamos defini-lo, nem nos preocupamos
com isso. Também não nos atrevemos a atribuir qualidades a Ele e afirmar que
Ele gosta disso assim ou de outra forma. Cremos em Cristo como algo, talvez mais
definível que Deus, mas também não temos a pretensão de penetrar no íntimo de
sua natureza.
Cremos em Jesus, o filho de Maria de Nazareth, que incorpora o Cristo,
cuja história conhecemos e cuja obra é aceita universalmente.
O mestre Jesus edificou uma Escola Iniciática chamada a “Escola do
Caminho”, parte da qual está contida nos chamados Evangelhos escritos por
quatro de seus discípulos. É essa Escola que nos forneceu os elementos para
definir nossa posição em relação a Deus e ao Cristo.
F ascículo 3
Prefácio
Caro Médium:
Agora que você já leu os fascículos I e II e, provavelmente, já tem alguns
meses de prática no Templo do Amanhecer, você estará em condições de
entender melhor o que este terceiro volume tem para lhe dizer.
Você irá notar que os termos começam a ser um pouco mais difíceis, um
aspecto mais científico e até mesmo que o livro entre em considerações
filosóficas.
Não pense que isso está acontecendo porque nós julgamos que você se
matriculou na Universidade ou coisa parecida. Não, é que agora temos uma certa
idéia de que você já está sintonizado com a Corrente, que sua mediunidade já se
abriu, que seus "chacras" estão mais ativos.
A terminologia aqui usada é a mesma que você estará ouvindo de seus
Mestres e seus Instrutores. É importante que você se familiarize com essas
palavras porque elas revestirão suas atividades.
Pode ser que você atenda uma pessoa e ela manifeste o desejo de tomar
um passe. Você a conduz, mas daquele instante e nos instantes seguintes, você
estará mentalizando a transferência de energias que o referido passe representa.
Agora, se você é um leigo, um cliente ou um leitor casual deste manual,
procure os Fascículos I e II, que irá entender melhor o que aqui estamos dizendo.
O Editor
A língua latina já existia mil anos antes da vinda de Jesus. Foi nessa, língua
que se conceituou a palavra “templum” que em português se pronuncia “templo”.
A palavra “Augures” significa, advinho ou a pessoa que advinha. Conclui-se então,
que templo significa um local delimitado no chão e imaginariamente no céu, isto é,
no ar, em cujos limites os fenômenos observados preconizavam as coisas que
iriam acontecer, de bom ou de mau. O “quadrado descrito”, isto é, o local
indicado, dá a entender que as informações buscadas só seriam encontradas ali e
não em outro lugar. Se as aves vinham voando, esse vôo somente significaria,
alguma, coisa no momento em que cruzava aquele espaço acima do quadrado.
Porque?
Tudo indica que naquele pedaço de chão havia algum tipo de força, de
energia, que diferenciava o espaço acima dele de alguma forma.
Por outro lado, as interpretações eram feitas apenas pelos Augures, o que
significava que só eles sabiam o segredo ou tinham a sensibilidade para aquele
fenômeno sutil. Em nossos dias, fato semelhante é descrito, com riqueza de
detalhes, por Carlos Castanheda no seu livro “Viagem a Ixtlan” e outros do mesmo
autor.
Resumindo: para operar um “Templum” era necessário haver um pedaço
de chão com condições diferentes e indivíduos também com condições diferentes.
Transportando esse fato para o Templo do Amanhecer, nós temos um pedaço de
chão ionizado e pessoas mediunizadas. A palavra “íon” significa átomo eletrizado,
e, embora as propriedades dos íons sejam cientificamente complexas, nós
sabemos que eles são partículas encontradas nos raios solares. O sol é, pois, a
fonte da energia que ioniza o Templo. A lua por sua vez atua em termos de
partículas negativas, digamos assim, de íons diferenciados dos íons solares. Assim
nós temos duas energias básicas concentradas no espaço do Templo. É lógico que
o mesmo fenômeno atua sobre toda a superfície do planeta. No Templo, porém,
ele é dirigido, concentrado, pela força, dos Médiuns. Conclui-se dai que há uma
relação direta entre as energias que chegam de fora da Terra, e a energia que é
emitida pelos seres que habitam o Planeta, nesse caso nos os Seres Humanos e,
especificamente no caso de nosso Templo, nós os Médiuns.
Meu caro principiante, procure nos perdoar tanta complexidade para
explicar uma coisa, tão simples. A razão é que você precisa compreender e
assimilar que ser Médium com M maiúsculo é muito mais importante do que
habitualmente se pensa. O Templo do Amanhecer é uma potente usina de energia
cósmica, concentrada num espaço relativamente pequena e ele não funciona sem
os catalisadores que são os Médiuns.
02. A Pira
É por isso que não é de bom alvitre uma pessoa ser atendida nos Tronos ou na
Cura tão logo chegue ao Templo.
A circulação deve ser feita de preferência entrando pelo lado esquerdo e
saindo pelo direito seguindo o sentindo dos ponteiros de relógio.
O Médium ao fazer a preparação recebe as forças diretamente da Pira. Por
isso não é preciso fazer a reverência ao Cristo, a menos que esteja em trânsito do
lado de fora das porteirinhas da entrada da Doutrina.
Em dia de Trabalho Oficial não deve haver circulação de pessoas sem
uniforme no recinto da Doutrina, nem mesmo sendo Médium da Corrente.
Nem Médiuns nem profanos devem entrar nos recintos da Iniciação sob
pena de tomarem choque magnético, a menos que estejam a serviço das
Iniciações.
Se você assimilou tudo que foi dito até aqui, principalmente o que é
realmente o Templo, você então sabe que está lidando com energias de vários
tipos. São elas que curam, que resolvem os seus problemas e os problemas dos
Clientes. A parti daqui preste muita atenção e procure entender bem, pois disso
depende o seu futuro de Missionário.
A cura é a primeira palavra que você precisa conhecer e saber o que é. Pelo
dicionário “curar” quer dizer sanar, cuidar, velar pelos interesses de alguém. Pela
nossa Doutrina, curar significa reequilibrar uma pessoa, não somente em relação
aos problemas que ela apresenta, mas também ajudá-la a encontrar seu caminho
espiritual e ter alguma coisa em que se apoiar dai para frente. Por isso nós
usamos a expressão "cura espiritual".
Logo, tudo que fazemos no Templo é cura, embora a gente costume dizer
que cura é o trabalho feito na Sala de Cura, quando a pessoa apresenta distúrbios
físicos. Isso é apenas uma questão de costume, uma vez que as pessoas só se
consideram doentes quando têm sintomas de distúrbios físicos.
Outras duas palavras que você precisa entender com muita clareza são
“forças” e “energias”. Elas não são exatamente sinônimas, isto é, não significam
exatamente a mesma coisa, mas, no seu emprego elas se confundem. Por isso a
gente usa "força" ou "energia" conforme o emprego. Pela origem de ambas,
“forças” deriva de "forte", que tem força: e “energia” deriva de trabalho, ou seja,
de força direcionada, empregada em alguma coisa.
No item da descrição do Templo da Amanhecer, você já se familiarizou com
a idéia de forças e energias. Você então ficou sabendo que existem forças e
energias circulando no Templo. Percebeu também que existem forças de fora e
forças que partem de você mesmo. Resumindo, sabe agora que no Templo são
manipuladas forças, do Médium e forças que chegam de fora dele. Vamos tentar
com o máximo cuidado descrever essas forças.
Comece por se lembrar do que dissemos a respeito da Pira, quando
mencionamos a microcirculação. "Macro" quer dizer grande, e "micro" quer dizer
pequeno. "Microcirculação", significa a movimentação de forças dentro de você e
Macrocirculação" é a movimentação de forças dentro do Templo.
07. Trabalho
Cremos que o que foi dito até agora, você já pode considerar-se consciente
do fato de que vive dentro de uma usina maior que é o mundo que o cerca.
Também já deve ter se compenetrado de que existe uma variação no tipo de
forças que atuam sobre você, podendo separar razoavelmente o que é força física
e o que é força psicológica.
Daqui para diante vamos observar um outro fato, um tanto subjetivo, mas
que será a porta de entrada para seu mundo iniciático, o mundo invisível e
subjacente em todos os atos humanos. Tomemos de novo o surrado exemplo do
automóvel em movimento conduzido pelo nosso motorista.
Enquanto o carro anda, o motorista obedecendo os regulamentos de
trânsito, o mecanismo funcionando perfeitamente e os dois seguindo uma rota,
um outro mundo de forças está atuando sobre eles, um mundo subjetivo e
indefinido. Por exemplo, quando ele olha para a placa "Cuidado, escola!" e
automaticamente diminui a velocidade, um mundo de coisas que se referem a
crianças atravessa rapidamente a sua consciência. Ele pode se lembrar da sua
infância, dos seus filhos, da oportunidade que ele perdeu não estudando, da
filosofia educacional do Brasil, da meiguice das crianças, etc.
Aquela placa, por sua vez, representa o fato de que existe preocupação das
autoridades com a segurança das crianças, que existe um cuidado, que existe uma
filosofia de educação dos motoristas, que é uma cidade organizada, que trânsito é
um negócio perigoso, etc, etc e etc...
A parti daqui nós sabemos, pelo bom senso, sem complicação alguma de
ordem intelectual, que tudo que se move e age no Planeta, até mesmo uma pedra
inerte na aparência sensorial, existe e age por recepção e emissão de forças e
energias. Assim é nosso organismo físico, assim é nossa alma e assim é nosso
espírito. Cada movimento do nosso corpo, cada sensação de nossa alma e cada
deliberação de nosso espírito, tudo acontece por meio de energias que se
transformam em forças e forças que se transformam em energias. Vamos agora
considerar essas energias e forças em relação apenas a nossa posição de Médiuns
e nossa Missão Crística.
O corpo elabora a energia física, a alma produz a energia psíquica e o
espírito fornece a energia espiritual. Assim sendo, o ser humano tem uma fase
física, uma psíquica e termina com a espiritual. No começo o ser humano só é
movido pelo instinto de sobrevivência física, no período que vai desde a sua
gestação até mais ou menos 7 anos de idade, começa depois sua elaboração
psicológica até aos 14 anos e a parti daí entra nos contatos transcendentes que
vão até o fim de sua vida. Como você já sabe o suficiente sobre a questão
físico-psíquica, daqui para frente trataremos apenas da questão de suas forças
mediúnicas.
indivíduo a partir do seu nascimento e que deixa de existir com a morte. Para o
religioso, o espírito e algo abstrato e, na falta de um conceito mais razoável, o
identifica com a alma. Por isso as religiões oficiais não aceitam a idéia da
reencarnação.
Na verdade, as forças mediúnicas são estimuladas pelo seu espírito e,
sendo algo que já existiu antes, que já ocupou outras personalidades, que teve
muitas experiências, as forças puramente físicas e psicológicas da sua atual
personalidade.
Mas, assim como suas forças psicológicas repousam nas suas forças físicas
- é lógico que você não poderia falar se não tivesse uma boca e etc - suas forças
mediúnicas repousam sobre suas forças físicas e psicológicas.
A base da manifestação mediúnica é o ectoplasma, o fluído magnético e
animal que é produzido no organismo. Esse ectoplasma varia em teor e
quantidade conforme suas metas cármicas, conforme o programa que seu espírito
tem a cumprir na Terra. É por isso que cada Médium tem a sua própria
mediunidade e, embora ela seja sempre a mesma na base, ela varia conforme o
uso que você fizer dela. Vamos dar-lhe um exemplo bem simples e verificável para
que entenda bem isso: a maioria dos Médiuns quando começa a se desenvolver
apresenta um entusiasmo e uma pressa de trabalho fora do comum. Se for um
Médium de incorporação, ele incorpora a todo o momento, custa para
desincorporar e dá verdadeiros "shows" de mediunismo. Entretanto, passados
apenas alguns dias de desenvolvimento, ele esmorece, tem dificuldades para
sintonizar com seu Mentor, começa a achar que não é Médium Apará e chegar a
pedir para passar para a Doutrina.
Isso acontece pela simples razão que ele chega carregado com seu próprio
ectoplasma, acumulado desde o momento em que sua mediunidade começou a se
manifestar, e que foi subindo além de suas forças, além do seu padrão normal.
Isso quer dizer que ele vem com mais energia do que sua força suporta. Esse
exemplo completa seu entendimento do que sejam forças e energias.
Todo Médium tem uma "força" mediúnica e com essa força manipula vários
tipos de energias, conforme seu programa de trabalho. Essas energias são muito
variáveis e se torna desnecessário descrevê-las todas aqui.
Mas, para seu melhor entendimento, vamos citar alguns exemplos. Há
Médiuns aparás que têm força para manipular energias do Povo das Águas, outros
dos Pretos Velhos e outros dos Caboclos. Embora ele possa trabalhar com todas
essas falanges, há sempre uma que é sua força predominante. É com base nisso
que é identificado o seu Guia Principal ou Mentor. Os outros Guias, pertencentes a
outras falanges, trabalham com o Médium na "Linha" predominante do Médium.
Assim acontece também com os Doutrinadores cuja força principal é caracterizada
pela sua Princesa.
F ascículo 4
P refácio para os Médiuns do Vale do Amanhecer
Caro leitor:
Se você já leu os fascículos anteriores já terá formado um conceito razoável
do fenômeno mediúnico. Também já terá verificado que se trata de um
mecanismo intrínseco do Ser Humano, algo que faz parte da Natureza e uma
poderosa arma de defesa contra as intempéries da vida.
Se além desse conhecimento você se inclinar a “não resistir ao mal” como
preconiza Jesus, e se deixar envolver no fluxo universal da vida, as coisas
começarão a ir melhor para você e encontrará a verdadeira paz interior, aquela
paz que é mantida mesmo no meio do conflito e da luta.
Você já está assistindo as aulas para a Elevação de Espadas e em breve
terá acesso ao segundo passo Iniciático.
Daqui para frente vamos entrar em considerações mais sérias de seu
comportamento mediúnico, aspectos esses que serão decisivos para sua trajetória
terrena. Lembre-se que a Civilização da qual você faz parte está como a semente
que começa a germinar. Isso produz espasmos e contorções e suas moléculas, no
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(Em memória)
(no coração humano é que reside a partícula Crística) e por último a força animal,
do mundo físico.
Tanto a da Mente como as outras três formam o quarteto positivo, as 4
forças chamadas de positivas, pois são elas que diferenciam um homem de um
espírito não encarnado, um espírito vivendo na Terra.
Podemos agora concluir: o Médium, por definição, tem que observar uma
Conduta Doutrinária, isto é, ele terá que agir de acordo com a Doutrina na
observância da Lei.
10. Os reajustes
para nós misteriosa – que os espíritos empreenderam, como nos mostra a Estrela
de David, suas ações mútuas foram causando efeitos cada vez maiores uns nos
outros.
Na presente encarnação, olhando-se as pessoas em seu relacionamento, a
gente percebe esse fato claramente.
Não há lógica que possa explicar o relacionamento entre os Homens, as
desigualdades, os amores e os ódios. Por quê uns matam e agridem, odeiam e se
revoltam enquanto outros amam e curam?
A tentativa de explicar essa realidade pelos atos atuais, é invalidada pela
diferença de reações às mesmas condições e estímulos, fato esse que mostra
claramente a existência de causas anteriores, que determinam as atitudes atuais.
Ora, se os espíritos tendem a voltar a Deus, conforme nos mostra o
triangulo ascendente da Estrela de David, eles terão que acertar suas diferenças e
emparelhar suas individualidades a um ponto comum de referência.
O padrão de referência mais lógico e acessível ao Ser Humano é a face do
Sistema Crístico que estabelece um prazo, um tempo determinado para nossa
ação no Planeta e, prudentemente, nos fez ignorantes ao dia de nossa morte
física.
Para chegarmos à paz interior, sinônimo de Deus, nós temos que nos
reajustar com tudo que nos cerca, começando, naturalmente, pelo que nos é mais
próximo, mais intenso, de experiência mais imediata.
E assim nós vamos encontrando, nas pessoas e nas coisas que nos cercam,
os efeitos das ações que fizemos através dos tempos. Primeiro encontramos a nós
mesmos, quando tomamos consciência de nossa situação; somos pobres ou ricos,
bonitos ou feios, alegres ou tristes; nascemos numa parte boa ou má do Planeta,
temos bons ou maus progenitores, etc, etc.
Esse é o primeiro e mais difícil reajuste.
Ao chegarmos ao entendimento, à consciência plena de nossa situação,
quando o que moldamos já é irreversível, no tempo e no espaço, somos
geralmente tomados de um profundo senso de injustiça e, às vezes, de revolta.
Nesse ponto nos encontramos diante do primeiro grande dilema de nossas vidas.
Alguns chegam a isso em tenra idade, outros já mais velhos, mas todos, todos os
Seres Humanos desta Terra chegam a esse ponto. Você que está lendo este
manual seja o juiz e decida se esta afirmativa é verídica ou não.
A partir daí começa o nosso reajuste, a retomada da trajetória de nosso
espírito, o aparecimento das dívidas e dos créditos adquiridos em outras
encarnações. Esses compromissos do passado são representados por credores ou
devedores, que tanto podem ser encarnados ou desencarnados, gente ou
espíritos.
Na experiência vivida nos Templos do Amanhecer, tanto no trato com as
milhares de pessoas atendidas, como nas instruções doutrinárias, conclui-se que a
estrutura da vida global do Homem está no plano de reajustes para cada
encarnação.
O espírito para reencarnar estuda, junto com seus mentores, um plano de
trabalho através do qual poderá conseguir certa dosagem de evolução, se
cumprir, é claro, o plano traçado. Naturalmente ele poderá cumpri-lo ou não, uma
vez que seu livre arbítrio é respeitado em todos os planos, inclusive na escolha de
sua encarnação.
Para que um espírito possa ocupar um corpo físico e sua respectiva alma, e
com isso formar um Homem, um Ser Humano, entram em jogo múltiplos fatores,
alguns dos quais podem ser analisados e compreendidos pela visão científica da
vida.
Dois Seres Humanos se complementam e dão origem a um terceiro. Ambos
são portadores de fatores genéticos e, da combinação dos genes fica estabelecida
a estrutura fundamental do novo ser.
A partir desse ponto forma-se o feto, cujo sistema nervoso e cérebro-
espinhal se completam entre o segundo e o terceiro mês de gestação. No terceiro
mês o espírito passa a habitar naquele corpo.
Todo o processo está compreendido nas leis que regem os planos físicos e
seus complementares etéricos e astros do Planeta, até o momento do espírito
aderir ao corpo. Para que isso aconteça entra em jogo um fator extraterreno ou
hiperetérico chamado Fagulha Divina, Átomo Crístico, etc.
Se não existisse esse fator extra-etérico, o fenômeno da vida seria passível
de ser controlado pelos Homens. Sem essa fagulha divina não existe reencarne,
não começa a vida humana, a não ser em termos apenas biológicos.
Por isso o ser humano criado em laboratório será apenas um sonho mau,
uma pretensão humana sem propósito. O Sistema Crístico na Terra foi organizado
para os espíritos em trânsito e fora dele é impossível, pelo menos até onde
alcança a visão espiritual da Doutrina do Amanhecer, o reencarne dos espíritos.
A Fagulha Divina é uma energia que mantém a aderência do espírito ao
corpo através do perispírito. No término da jornada o espírito volta ao plano
alcançado, à dimensão que conquistou. A energia da Fagulha Divina, impregnada
pelas características da vida que foi vivida por aquele Ser Humano, fica na Terra,
geralmente junto ao local onde o corpo é desintegrado, não importando qual o
processo, se enterramento, dissolução, cremação, etc.
A partir desse ponto a Fagulha Divina se transformou em energia cármica e
permanece nas proximidades onde o corpo ficou depois do desencarne. Ela irá
passar por transformações lentas, em termos de localização, intensidade e
mobilidade, dependendo de como o espírito que a deixou segue sua evolução. O
sucesso ou insucesso de uma encarnação depende muito da maneira como um
espírito manipula as energias cármicas.
F ascículo 5
P refácio para os Médiuns do Vale do Amanhecer
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(Em memória)
julgamento por um padrão social de referencia. Padrões são feitos pelos seres
Humanos, variando no tempo e na geografia e não por Deus.
Na aula de Tia Neiva ela nos contou a estória de uma família, publicada em
um de nossos folhetos sob o título de “O homem de dois mundos” que ilustra bem
esse fato.
O homem na Terra decide a cada momento de sua vida com base em duas
opções básicas: “criatividade” ou “transformismo”.
O conjunto corpo-alma é transformista.
O espírito é criativo.
Transformar significa mudar a forma. Para mudar a forma de alguma coisa
é necessário haver a força que manipule energias. O corpo e alma manipulam
energias da Terra. A energia da Terra é ilimitada, nos restrita pela lei da
conservação das energias. Sendo controlada, se ela é tirada, ela produziu um
supérfluo ou seja, nesse lugar existe energia a mais. Esse fato gera o desequilíbrio
e a Lei exige o reequilíbrio. Tudo que existe no Planeta Terra é vivo e busca uma
compensação energética. Os dois extremos dessa situação chamam-se “vida e
morte”.
Vida é força de obtenção de energias. Morte é perda da força para
obtenção de energias. Vida é algo com determinada forma, mantida por certa
quantidade de energia. Morte é ausência de forma, resultante de ausência de
energia.
Os seres e as coisas obtêm suas energias da Terra a que estão submissos
pela Lei da Terra. A Terra por sua vez obtém suas energias do Sol. Como a base
do Sistema Terráqueo é a bi-polaridade, o Satélite Lua atua como o pólo negativo.
Logo a Terra é alimentada pelas energias do Sol e da Lua. Como essas energias
são limitadas pela Lei do Sistema Solar, a vida na Terra é condicionada a esse
sistema. Todas essas considerações são resumidas num velho axioma: “Nada se
perde e nada se cria, tudo se transforma”. O homem-animal, apenas psico-físico,
é submisso a essa lei e, seria apenas isso se não fosse portador de um espírito.
O espírito, e só o espírito, é criativo porque transcende a Lei da Terra, vem
de outro mundo. Na Doutrina do Amanhecer esse outro mundo é o conjunto
planetário que chamamos Capela. Também chamamos de “Planeta Mãe”, “Planeta
de Origem”, “Mundo de onde viemos”, “Mundo Divino”, etc. mas, na verdade ao
nosso alcance, ele é apenas o lugar de onde veio o nosso espírito.
Só que esse “lugar” é o “além” a outra dimensão, a dimensão do espírito.
Se ele existiu antes de vir à Terra, continua a existir depois, é evidente que a
energia que o alimenta não é da Terra. Mas, ao encarnar e se submeter às
condições da Terra ele perde o contato com sua fonte de energias, até que
conscientize o ser que habita e o espiritualize.
Rudimentarmente podemos comparar, a situação de um espírito encarnado,
com a de um mergulhador equipado, um “homem rã” ao mergulhar. Ele trás sua
provisão de oxigênio e a roupa que o aquece. Usa um visor para proteger os olhos
e as nadadeiras para se movimentar. Por alguns minutos e até horas, ele tem as
condições semelhantes aos habitantes aquáticos. Mas, chega o momento em que
ele terá que se lembrar de sua condição de Homem e retornar à superfície.
Os peixes se alimentam de energia do mar; o mergulhador se alimenta das
energias de superfície. Enquanto ele não mergulha, ele tem todo ar à sua
disposição. Depois do mergulho ele só tem o ar que leva consigo. O percurso de
um nadador submarino é maior ou menor, mais eficiente ou menos eficiente, na
proporção em que ele saiba aproveitar melhor o seu equipamento.
05. Os Cobradores
“Tendes ouvido o que foi dito aos antigos: Não matará, e quem matar será
réu em juízo. Eu, porém, vos digo que todo homem que se irar contra seu irmão
será réu em juízo; e quem chamar a seu irmão “insensato” será réu diante do
conselho; e quem o apelidar de “desgraçado” será réu do fogo do inferno. Se, por
conseguinte, estiveres ante o altar para apresentar sua oferenda, e te lembrares
de que teu irmão tem queixa de ti, deixa tua oferenda ao pé do altar e vai
reconciliar-te primeiro com teu irmão; e depois vem oferecer o teu sacrifício.
Não hesites em fazer as pazes com adversário, enquanto estiveres em
caminho com ele, para que não, te vá entregar ao juiz, e o juiz te entregue ao
oficial da Justiça, e sejas lançado no cárcere. Em verdade, te digo que daí não
sairás enquanto não houveres pago o último vintém”. (Mateus, 5:21-26)
Mãe Yara, a Mentora dos Doutrinadores dos Templos do Amanhecer, nos
ensina, que até mesmo uma mistificação pode ser transformada num fato positivo
e aproveitável. Nós podemos completar essa lição afirmando, sem medo de errar,
que tudo depende de nossa criatividade, de nossa capacidade em tratar as
situações de nossa vida, iluminados pelo nosso espírito e sabendo utilizar as
energias que ele coloca à nossa disposição.
“Cobrador” é a palavra mais usada e abusada nos meios mediúnicos.
Qualquer situação de atrito que se apresente, em que alguém faça algo que nos
desagrade, nós temos a tendência de logo julgar que se trate de um cobrador
espiritual. Essa generalização é realmente perigosa e pode nos deixar
desprevenidos para quando n os encontrarmos com os nossos reais cobradores.
Na verdade “cobrador” é somente aquele espírito a quem nós causamos
algum prejuízo deliberadamente e segundo o juízo desse mesmo espírito. Por esse
motivo é que em todas as práticas nos Templos do Amanhecer a gente se refere
“àqueles que se dizem nossos inimigos”.
No emaranhado das relações entre os espíritos na Terra, na luta pela vida,
na agressividade compulsória a que o sistema da Terra nos obriga, é difícil, senão
impossível, saber-se quando estamos fazendo um inimigo, a menos que a gente
tenha plana consciência espiritual de nossos atos. A simples consciência anímica
ou física, ou seja a violação do jogo de princípios, costumes e normas vigentes no
meio em que vivemos, só irá se constituir em cobrança se o ofendido assim
considerar.
Mesmo assim é muito difícil de se conceituar os atos nos quais nós
realmente encontramos ou fazemos um cobrador. Aliás, não são os atos que
caracterizam a cobrança mas sim o tipo de reação que se passa entre as pessoas
quando se encontram. A maioria dos atritos são dissolvidos, pelo próprio sistema
humano de ação e reação, sem deixar maiores problemas.
Depois dessa ligeira análise e, com base na experiência quotidiana no
atendimento do Vale do Amanhecer, chega-se à conclusão que “cobrador” mesmo
é o espírito que vem ao nosso encontro “pela benção de Deus”, como costuma se
expressar a nossa Clarividente, isto é, aquele que está programado para essa
encarnação, cujo enredo estamos vivendo, porque assim quisemos
conscientemente antes de chegarmos à Deus.
F ascículo 6
P refácio para os Médiuns do Vale do Amanhecer
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(Em memória)
01. Umahã
física e nessas difíceis condições. No seu filosofar essa queixa encerrava certa
censura ao sistema monástico e à clausura.
Neiva ocupava uma das mais difíceis posições na Missão do Amanhecer,
uma vez que tinha que apresentar sua ação no plano dos encarnados e dos
desencarnados em plena consciência; Umahã participava mais ou menos nas suas
condições, mas com a desvantagem de ter um corpo velho e aprisionado nas
montanhas tibetanas.
Uma das unidades de vida mais completa e mais complexa do Planta Terra
é o Homem. Nessa condição ele é também a condensação máxima das energias
universais, das forças do Universo manifestadas na Terra, num ser consciente.
Condensação, que pode também ser chamada concentração, produz
magnetismo e, isso significa capacidade de atração ou de repulsão, conforme as
energias se colocam ou são colocadas.
Assim, cada Homem, cada Ser Humano é uma potente usina de recepção e
de emissão de energias. Receber e emitir é a função mais fundamental do
Homem.
Energias em movimento chamam-se forças.
As forças universais na Terra se manifestam, são perceptíveis, em três
posições diferentes: anion, cátion e nêutron: anion é uma energia positivada,
cátion uma energia negativada e nêutron uma energia neutra em movimento
entre o anion e o cátion. Esse é o princípio básico do átomo o qual, naturalmente,
é muito mais complicado que esta síntese singela. O importante para nosso
entendimento doutrinário é a sua mecânica, Istoé, a maneira como as energias
operam, ou então, para maior clareza, como as forças se manifestam.
Também, para sermos mais explícitos doutrinariamente, devemos saber
que esses “impulsos” das energias partem de dois pólos conhecidos: o Sol e a
Lua.
Esse fenômeno acontece tanto no infinitamente pequeno (micro-cosmo),
como no infinitamente grande (macro-cosmo). A palavra “cosmo” é um
abrasileiramento da palavra grega “kósmos” que quer dizer universo.
Filosoficamente poderemos dizer que os micro-cosmos são as unidades
mínimas e os macro-cosmos as unidades máximas, relativas e geometricamente
dispostas, num sentido do menos infinito para o mais infinito e vice versa.
Com base nesses elementos para a formação da idéia vamos agora ao
nosso “sol interior”.
No íntimo de cada Ser Humano, situado na região do Plexo Solar, na área
do umbigo, existem três esferas, umas girando sobre as outras, que formam o
Sistema Coronário ou Centro Coronário. Essas esferas não são físicas, isto é, não
são formadas de tecidos ou de qualquer substância palpável.
Desse Centro Coronário partem sete raios de energia ou sete forças que se
distribuem pelo organismo. Cada um desses “raios” termina num ponto do corpo.
Nesse ponto o “raio coronário” forma um centro de emissão e recepção de
energias. Esse “centro” se chama “Chacra” e sua função é a recepção e
distribuição de energias pelo corpo.
complexo; estamos falando do “centro vital” cujo equilíbrio não depende apenas
de alimento, respiração e exercícios. Ele depende da compreensão de nós
mesmos, de nossa origem, de nossa programação cármica; de nossos
pensamentos e da inteligência que empregarmos em nossa vivência. Cuidar do
corpo compreendendo esses fatores é viver em função do espírito e da “vida
global”, não apenas da “vida da matéria”.
O Plexo Físico (Esfera Coronária Física) é separado e mantém sua
interdependência do Plexo Etérico (Macro-Plexo) pela existência, entre os dois, do
Micro Plexo que é a sede da alma.
08 O Neutrôm
Até este item temos falado do Sol Interior procurando dar uma idéia
generalizada de sua estrutura e de seu mecanismo. Omitimos até agora detalhes,
que só poderão ser entendidos se forem descritos, no seu relacionamento com
outros aspectos do Homem e do Universo. Isso será feito na medida em que
formos desenvolvendo os outros itens desta Doutrina Iniciática.
Cremos que facilitará o entendimento de nossos Mestres saber que o
organismo físico, o corpo humano, é em tido uma reprodução do corpo etérico,
também chamado corpo fluídico. Por esse motivo às vezes a mesma linguagem é
empregada para designar aspectos de um ou de outro corpo. Por exemplo, a
gente usa a palavra “Plexo” no lugar de “Chacra”. Isso porque ambos se situam
mais ou menos no mesmo lugar do corpo, com a diferença que o “Chacra” se
situa em baixo da pele enquanto que o “Plexo” fica no interior do corpo, parte
integrante que é do sistema nervoso.
Antes, porém de prosseguir, vamos descrever melhor a idéia do que seja o
“neutrôm”, uma vez eu essa será a palavra que mais o Mestre ouvirá (e também
que usará) no seu aprendizado Iniciático. Para começar com respeito à Ciência,
vamos descrever o neutrôm como uma das partículas do átomo.
O átomo é composto por um núcleo central (massa) que é rodeado por
uma nuvem de partículas sem carga elétrica. Essas partículas se chamam
menos estáveis que nos são permitidos perceber; temos uma noção de tempo, de
espaço, de distância e de movimento; podemos prever mais ou menos o
comportamento das pessoas e coisas animadas ou inanimadas; conhecemos
relativamente bem o comportamento de nosso organismo, e assim por diante. Em
resumo, tudo que precisamos para “viver” está à disposição de nossa mente e
seus instrumentos que são os sentidos.
Se, porém o neutrôm é ultrapassado nas suas barreiras, percebemos e
registramos elementos que nos levam ao descontrole e ao desequilíbrio, a um
estado de anormalidade. Por exemplo: nós vivemos rodeados de espíritos
desencarnados, de formações Ectoplasmáticas e miríades de construções
energéticas. Esses “mundos invisíveis” existem, se movimentam, atuam e têm as
suas leis. Porem, entre esses mundos e a nossa percepção existe a barreira do
neutrôm.
Para melhor elucidação do que estamos afirmando vamos transcrever aqui
um conjunto Mântrico que nossos Mestres usam ao qual chamamos “prece do
Equilíbrio”: “Senhor! Faze com que habite a verdadeira tranqüilidade da minha
alma; não deixe que ela se manche com os vícios do mundo; dai-me forças
Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros; não permita que eu
seja joguete das ilusões do mundo; pelo pensamento neste instante vou controlar
a minha força vital-mental e nenhum pensamento negativo poderá entrar em
minha mente...” Analisando esse “Mantra” poderemos compreender melhor a
função do neutrôm. Vejamos: “... a verdadeira tranqüilidade da minha alma...” –
isso significa que pedimos a Deus que nossa “função neutrônica” esteja e
permaneça no seu nível normal; “... não deixe que ela se mancha com os vícios do
mundo...” – nesse caso estamos pedindo que a Força Divina evite que as formas
densas das baixas vibrações “manchem” a luz do neutrôm; “... dai-me forças
Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros”, nesse caso estamos
pedindo auxílio do Alto para que possamos imprimir a direção certa aos nossos
pensamentos e corrigir suas distorções; “... pelo pensamento, neste instante, vou
controlar a minha força vital-mental, e nenhum pensamento negativo poderá
penetrar em minha mente” – este último propósito faz com que controlemos, pela
nossa vontade, a força vital que emana do plexo físico, e essa energia impregne
nossa mente. Assim vitalizada a mente se torna impermeável às emanações de
baixo teor vibratório. Os pensamentos negativos não podem assim penetrar no
nosso “campo mental” e assim conseguimos o equilíbrio.
Frisamos bem a palavra “penetrar” para que nossos Mestres entendam bem
o problema: “pensamentos” são construções energizadas, eles têm “formas”; uma
vez formados eles “existem” e podem ser percebidos pelo som, pela palavra
escrita, etc. – nós não podemos eliminar sua existência. Mas nós podemos evitar
que eles penetrem em nossa mente, mesmo que eles atinjam os n ossos sentidos.
A gente pode ouvi-los, senti-los, percebê-los, mas não precisamos
necessariamente metalizá-los ou pensá-los, desde que tenhamos, para isso a
necessária força vital-mental.
O ônus de nosso livre arbítrio é essa constante luta, essa escolha que
temos que fazer a cada segundo de nossas vidas: o teor vibratório das coisas que
abrigamos em nossas mentes. Esse teor determina o que somos, ou melhor, o
que “estamos sendo” a cada momento.
Cremos que com o que foi dito até agora, nós temos os elementos para
compreender o que é, em linha gerais o nosso “sol interior”, nossas “esferas
coronárias” e, principalmente, a função do neutrôm. Isso é apenas um começo,
pois nos resta saber muita coisa ainda. Para maior facilidade no entendimento,
vamos nos fascículos seguintes, analisar separadamente as funções mais íntimas
do “micro plexo” e do “perispírito”, embora seja difícil falar de um deles sem falar
nos outros, pois todos funcionam ao mesmo tempo na “unidade trina” que é o
Homem.
F ascículo 7
P refácio para os Médiuns do Vale do Amanhecer
01. A Mente
03. A Razão
acertar. O homem tem a cada momento de reajustar-se aos muitos fatores que
influem em sua mente, e a razão, a decisão equilibrada é que determina o índice
de sua evolução.
Nem todos os fatores que influenciam a mente são conscientizados pelo
Homem. O campo consciencional, onde o “eu” terá que se situar para a tomada
das decisões é limitado pela percepção sensorial. Na verdade a consciência do
encarnado é apenas uma janela, um painel que mostra cada vez uma parte do
todo, uma verdade parcial.
Essa abertura da consciência – no sentido de saber-se – flutua, em termos
de amplitude, dependendo dos fatores naturais da vida: idade, posição no meio
ambiente e grau de responsabilidade que lhe cabe pelos fatores cármicos, etc.
Temos assim, até este ponto, juntado dois mecanismos da mente que
levam à razão: o equilíbrio e a consciência. Compreendidos esses dois fatores,
podemos partir para a compreensão do raciocínio, e chegarmos ao mecanismo do
pensamento, a última fase da mente que precede a ação.
04. O Equilíbrio
05. A Consciência
06. Raciocínio
consciência, como fornecedora dos dados para o raciocínio, que vem explicado no
item 06 e chegamos ao tem em que abordamos o mecanismo do pensamento.
Assim, começamos com a mente e seu funcionamento, passamos para
razão, o equilíbrio, a consciência, o raciocínio e chagamos ao pensamento que irá
fechar o assunto da mente. A partir de então poderemos saber como mentalizar, e
como manter a nossa mente no padrão que quisermos, pelo conhecimento e
controle do pensamento.
Pensar significa na verdade dar forma e dirigir todas as energias da mente
para algum objetivo e é por ele que determinamos o rumo de nossa vida. Embora
ele se forme espontaneamente, conforme os estímulos que o alimenta, nós, o
nosso eu é quem escolhe, aceita, rejeita, demora-se mais ou menos em torno
deste ou daquele pensamento. Conforme eu “penso”, isto é, conforme o
pensamento que eu escolho para pensar (ou demorar-me pensando), eu
determino o meu presente e prepara o meu futuro.
Pelo pensamento nós tecemos ininterruptamente a teia no centro da qual
está a mente. Formamos assim uma verdadeira rede emissora e receptora, na
qual a mente caminha no vai e vem quotidiano. As energias da mente dão a força
do pensamento. Essa força será dispersa ou atingirá os alvos conforme
controlamos a formação da rede.
Força é energia aplicada, em movimento, e isso significa que estamos que
estamos agindo sempre na direção de nossos pensamentos. Como o campo
vibracional do corpo e da alma são mais lentos do que o campo vibracional em
que se situa o pensamento, sempre estamos fazendo algo em que, pensamos
antes, mesmo que no momento da ação não estejamos pensando naquilo que
estamos fazendo.
Antes de dobrar uma esquina o meu pensamento já a dobrou, antes de
chegar a um destino meu pensamento já se antecipou e chegou lá. Isso significa
que ele tem forma, é energia em movimento; sendo energia ele atua sobre tudo
em que é direcionado. Se eu dirijo o meu pensamento para o meu corpo, meu
organismo acabará por ser afetado pelas energias que ele conduziu. O mesmo
fenômeno poderá acontecer para onde quer que eu dirija o pensamento.
Como todos os Seres Humanos pensam, isso quer dizer que existe um
relacionamento permanente entre as pessoas, à revelia de se conhecerem ou de
se relacionarem no plano físico ou social.
Lembremo-nos do último item do fascículo VI: “... pelo pensamento neste
instante, vou controlar minha força vital-mental, e nenhum pensamento negativo
poderá penetrar em minha mente...” e teremos nesse exemplo uma idéia explícita
de como funciona o pensamento.
Nos itens subseqüentes procuraremos dar mais alguns elementos em torno
do assunto, analisando a memória, os impulsos, a dúvida, a lógica, as tendências
instintivas, os sentimentos, as vibrações, o sistema nervoso e outros itens que
esclarecerão melhor nossa mensagem.
Feito isso, tendo fornecido ao Médium e leitor, os elementos essenciais do
mecanismo Humano, poderemos então entrar em considerações puramente
doutrinárias-iniciáticas, que são o nosso objetivo principal. Por hora o caro leitor
terá que se acostumar à difícil tarefa de se conhecer e saber como funciona o
veículo do espírito que é o conjunto: Plexo-Físico (Corpo Físico), Micro-Plexo
(Alma) e, Macro-Plexo (Perispírito).
07. A Personalidade
SALVE DEUS