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Sumário

DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................. 2

I. Agentes Públicos ........................................................................................... 2


I.1 Agente Político ................................................................................................................ 2
I.2 Agente Honorífico ........................................................................................................... 2
I.3 Agentes Delegados .......................................................................................................... 3
I.4 Agentes Credenciado ...................................................................................................... 3
I.5. Agentes administrativos ................................................................................................. 3

II. Serviços Públicos ........................................................................................... 4


II.1 Classificação dos Serviços Públicos ................................................................................ 4
II.2 Extinção do Contrato de Concessão ............................................................................... 5

III. Intervenção do Estado na Propriedade.......................................................... 6


III.1 Forma de Intervenção ................................................................................................... 6
III.2 Fundamento .................................................................................................................. 6
III.3 Base Constitucional ....................................................................................................... 6
III.4 Competência ................................................................................................................. 7
III.5 Modalidades de Intervenção......................................................................................... 7

Maria Cristina de Jesus Noroha - crisnoronha2003@yahoo.com.br - CPF: 087.127.938-09


DIREITO ADMINISTRATIVO
I. Agentes Públicos
São as pessoas que exercem uma função em nome da Administração Pública.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades mencionadas no artigo anterior.

CARGO PÚBLICO

AGENTES EMPREGO
ADMINISTRATIVOS
PÚBLICOS PÚBLICO

EXERCE FUNÇÃO
PÚBLICA

I.1 Agente Político


É a pessoa que exerce atividades previstas diretamente na Constituição Federal,
com autonomia funcional. Exerce uma função pública de alta direção do Estado.
ATENÇÃO: Magistrados e Membros do MP para doutrina majoritária são
classificados como agentes políticos, haja vista atuarem no exercício de funções
essenciais ao Estado e praticarem atos inerentes à soberania deste. RE 228977 – SP, Rel.
Min. Néri da Silveira.

I.2 Agente Honorífico


Particular convocado pelo Estado para o desempenho de atividade transitória e,
em regra, sem remuneração.
Ex.: mesário, jurados do Tribunal do Júri, conscritos, conselheiro tutelar.

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I.3 Agentes Delegados
Particular a quem o Estado delega o exercício de uma atividade que será exercida
em nome do particular e por sua conta e risco.
Ex.: Concessionárias, Permissionárias, Leiloeiros, Tradutores juramentados,
Notários, Juiz de paz, etc.

I.4 Agentes Credenciado


Particular credenciado pelo Estado para representa-lo.
Ex.: Clínicas particulares credenciadas pelo SUS.

I.5. Agentes administrativos


É aquele que exerce uma atividade pública de natureza profissional e remunerada. Possui
vínculo funcional com o Estado.
São também chamados de servidores públicos em sentido amplo.
Dividem-se naqueles que exercem:
§ Cargo Público
§ Emprego público
§ Função pública de forma temporária

CARGO
EFETIVO
SERVIDOR
PÚBLICO
CARGO EM
COMISSÃO

ATENÇÃO: Cargo de confiança não se confunde com cargo em comissão. Isso


porque, o cargo em comissão tem que ser provido e preenchido por, pelo menos, 50%
de pessoas detentoras de cargo efetivo. Já quando se fala em função de confiança, só
pode ser por pessoas que tenham cargos efetivos, ou seja, 100% dos cargos de confiança
são preenchidos por servidores públicos de cargo efetivo (concursados).

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II. Serviços Públicos
É a atividade administrativa traduzida em utilidade ou comodidade destinada à
satisfação da coletividade. O serviço público é sempre uma prestação em favor do
particular, e não contra o particular!

Decreto 6.017/2007, serviço público: atividade ou comodidade material fruível


diretamente pelo usuário, que possa ser remunerado por meio de taxa ou preço público,
inclusive tarifa.

É o Estado quem escolhe, por meio da Constituição ou de lei, quais as atividades


que, em determinado momento, são consideradas de interesse geral e as rotula como
serviços públicos, dando-lhes um tratamento diferenciado (art. 175 da CF).

NÃO SÃO SERVIÇOS PÚBLICOS


• O fomento em geral (qualquer prestação cujo objeto seja “dar algo”, em vez de um
“fazer”);
• Todas as atividades que impliquem imposição de sanções, condicionamentos,
proibições ou quaisquer restrições do tipo “não fazer” (polícia administrativa e
intervenção na propriedade privada, por exemplo);
• As obras públicas, porque, nestas, não é o “fazer algo”, em si mesmo considerado,
que representa uma utilidade ou comodidade material oferecida à população; é o
resultado desse “fazer”, qual seja, a obra realizada, que constitui uma utilidade ou
comodidade que pode ser fruída pelo grupo social.

II.1 Classificação dos Serviços Públicos


Os serviços públicos obrigatórios são aqueles remunerados por tributos
(impostos e taxas), enquanto os serviços facultativos são remunerados por tarifas.
Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, quando serviços não exclusivos são
prestados pelo Estado, também são chamados de serviços públicos próprios (ex: escola
ou hospital públicos); quando prestados por particulares, denominam-se serviços
públicos impróprios (ex: escola ou hospital particulares).

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ATENÇÃO: O prestador do serviço público deve ser remunerado de maneira
razoável, a fim de assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Contudo, os
usuários não devem ser onerados de maneira excessiva, ou seja, as tarifas devem ser
módicas, acessíveis.
As tarifas a serem cobradas pela prestação do serviço devem possibilitar a
remuneração do capital investido pelo particular delegatário, assim como o
melhoramento e a expansão dos serviços, jamais se olvidando que a modicidade das
tarifas é um dos requisitos do serviço adequado.

II.2 Extinção do Contrato de Concessão


• Advento contratual: ocorre com o término do prazo da concessão.
• Encampação: decorre do interesse público, necessita de lei prévia e indenização.
• Caducidade: é a extinção do contrato quando a empresa descumpre suas
obrigações.
• Rescisão: ocorre quando a administração descumpre o contrato, mas necessita
de ordem judicial.
• Anulação: decorre de uma ilegalidade.
• Falência ou Extinção da Empresa: o contrato é intuito personae

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ATENÇÃO: É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais
quando inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação. (Precedentes:
AgRg no AREsp 412822/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 19/11/2013)
É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de
ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação.
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando puder afetar o
direito à saúde e à integridade física do usuário.

III. Intervenção do Estado na Propriedade


Todo ato do Poder Público que, compulsoriamente, retira ou restringe direitos
dominicais privados, ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação especifica.

III.1 Forma de Intervenção


a) SUPRESSIVA: a desapropriação
b) RESTRITIVA: limitação administrativa, servidão administrativa, requisição,
tombamento e a ocupação temporária.

III.2 Fundamento
PODER DE POLÍCIA – posição dominante – obrigação de não fazer (limitações
impostas ao exercício da propriedade) – obrigação de fazer (dever de utilização da
propriedade de acordo com sua função social).

III.3 Base Constitucional


A CRFB/88 dá suporte à intervenção do Estado na propriedade. De um lado,
garante o direito de propriedade (art. 5o, XXII), mas ao mesmo tempo condiciona o
instituto ao atendimento da função social (art. 5o, XXIII).
Se a propriedade precisa estar condicionada à função social, segue-se que, se
não estiver atendida essa condição, poderá o Estado intervir para vê-la atendida.

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III.4 Competência
A competência para legislar sobre direito das propriedades, desapropriação e
requisição é da União (art. 22, I, II da CRFB/88).

III.5 Modalidades de Intervenção


REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA: É a modalidade de intervenção estatal através
da qual o Estado utiliza bens móveis, imóveis e serviços particulares em SITUAÇÃO DE
PERIGO PÚBLICO IMINENTE.
Fundamento está no Art. 5o, XXV da CRFB/88: “No caso de iminente perigo
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. ”
Pelo uso de bens e serviços alcançados pela requisição é condicionada, o
proprietário somente fara jus à indenização se a atividade estatal lhe tiver provocado
danos.

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: Forma de intervenção pela qual o Poder Público usa


transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços
públicos. Viabilizar obras públicas. O uso de escolas, clubes e outros estabelecimentos
privados por ocasião de eleições. Se a ocupação visa à consecução de obras e serviços
públicos, a propriedade deverá ser desocupada tão logo esteja concluída a atividade
pública. Caberá indenização se houver dano.

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: Direito real público que autoriza o Poder Público


a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse
coletivo. A indenização está condicionada ao dano. O ônus da prova cabe ao proprietário,
a ele cabe provar o prejuízo, não o fazendo, presume-se que a servidão não produz
qualquer prejuízo.

LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA: Determinação de caráter geral, através do qual o


Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações positivas, negativas ou
permissivas, para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função social.
Não há direito a indenização.

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TOMBAMENTO: Forme de intervenção na propriedade pela qual o Poder Público
procura proteger o patrimônio cultural brasileiro. Como o tombamento importa
restrição ao uso da propriedade privada, deve esse fato ser levado a registro no Oficio
de Registro de Imóveis respectivo, sendo averbado ao lado da transcrição do imóvel.
É vedado ao proprietário, ou ao titular de eventual direito de uso, destruir,
demolir ou mutilar o bem tombado.
Da mesma forma, somente é autorizado reparar, pintar ou restaurar o bem com
previa autorização especial do Poder Público.
Compete ao proprietário o dever de conservar o bem tombado para mantê-lo
dentro de suas características culturais.
Se não dispuser de recursos para proceder as obras de conservação e reparação,
deve necessariamente comunicar o fato ao órgão que decretou o tombamento, o qual
mandará executa-las as suas expensas.
Há estrições também para vizinhança do prédio tombado.
Sem que haja autorização do órgão competente, é vedado fazer qualquer
construção que impeça ou reduza a visibilidade em relação ao prédio sob proteção, bem
como nela colocar cartazes ou anúncios.
Se tal ocorrer, poderá ser determinada a destruição da obra ou retirada do cartaz
ou anuncio, podendo inclusive, ser aplicada multa pela infração cometida.
Em resumo, o tombamento produz efeitos para o proprietário do bem tombado,
para o Poder Público e para terceiros.
Ocorrerá indenização somente se o proprietário comprovar que o ato de
tombamento lhe causou prejuízo, o que não é regra, é que fará jus à indenização.

Maria Cristina de Jesus Noroha - crisnoronha2003@yahoo.com.br - CPF: 087.127.938-09

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