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Para Erikson, a formação da identidade não começa nem termina com a adolescência. É um
processo que dura toda a vida, amplamente inconsciente para o indivíduo. Suas raízes
remontam à infância com a experiência de reciprocidade entre pais e filhos. Quando as
crianças delimitam seu primeiro objeto de amor, começam a encontrar a autorrealização
acompanhada do reconhecimento mútuo.
No geral, a adolescência começa com a instância de identidade difusa, que segundo Erikson
é um estado de coisas em que o sujeito não estabelece compromissos firmes com nenhuma
atitude ideológica, ocupacional ou interpessoal, nem está vislumbrando tal possibilidade.
Qualquer compromisso que possa ocorrer tende a ser efêmero e a ser substituído com
rapidez por outros, igualmente provisórios.
Erikson destacou que a crise de identidade era mais pronunciada na adolescência e que,
durante outros períodos da vida adulta, também poderia ter lugar uma redefinição da
identidade individual: quando os indivíduos abandonavam os lares, casavam-se, eram pais
pela primeira vez, divorciavam-se ou mudavam de trabalho. O êxito com que enfrentavam
tais mudanças de identidade estava determinado parcialmente pela capacidade para superar
as crises de identidade adolescentes.