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Combinação Linear Podemos verificar que este sistema não possui solução.
Portanto, v não é uma combinação linear de v1 e v2
Sejam os vetores v1 , v2 , ..., vn do espaço vetorial V e os escalares
a1 , a2 , ..., an . Qualquer vetor v ∈ V da forma:
Subespaços Gerados
v = a1 v1 + a2 v2 + ... + an vn ,
é uma combinação linear dos vetores v1 , v2 , ..., vn . Seja V um espaço vetorial. Consideremos um subconjunto A =
{v1 , v2 , ..., vn } ∈ V , com A 6= ∅. O conjunto S de todos os ve-
Exemplo 1 tores de V que são combinações lineares dos vetores de A é um
subespaço de V . De fato, se:
Seja P2 o espaço vetorial dos polinômios com grau
menor ou igual a dois, mostre que o polinômio v = u = a1 v1 + a2 v2 + ... + an vn
8x2 − 5x + 8 é uma combinação linear dos polinômios
e
v1 = 3x2 − x + 2 e v2 = −2x2 + 3x − 4.
v = b1 v1 + b2 v2 + ... + bn vn
Para que v seja uma combinação linear de v1 e v2 temos são dois vetores quaisquer de S, podemos escrever:
que v = a1 v1 + a2 v2 . Isto significa que:
u + v = (a1 + b1 )v1 + (a2 + b2 )v2 + ... + (an + bn )vn
8x2 − 5x + 8 = (3a1 x2 − a1 x + 2a1 ) + (−2a2 x2 + 3a2 x − 4a2 )
e
= (3a1 − 2a2 )x2 + (−a1 + 3a2 )x + (2a1 − 4a2 )
au = (a a1 )v1 + (a a2 )v2 + ... + (a an )vn .
Algumas observações:
Podemos verificar que este sistema possui como solução
única a1 = 2 e a2 = −1. Portanto, v = 2v1 − v2 . • o subespaço S diz-se gerado pelos vetores v1 , v2 , ..., vn , ou
gerado pelo conjunto A, e representa-se por:
Seja P2 o espaço vetorial dos polinômios com grau me- • os vetores v1 , v2 , ..., vn são chamados de geradores do su-
nor ou igual a dois, mostre se o polinômio v = 21x2 + bespaço S, enquanto A é o conjunto gerador de S;
3x − 12 pode ser escrito como uma combinação linear
dos polinômios v1 = 3x2 − x + 2 e v2 = −2x2 + 3x − 4. • para o caso particular de A = ∅, define-se [∅] = {O};
Alguns Exemplos
Logo [i, j] = R2 .
logo:
v = b1 v1 + ... + bn vn + (a1 v1 + ... + an vn )
e portanto v é uma combinação linear de v1 , ..., vn , isto é: Definição 1: Um espaço vetorial é finitamente gerado se
existe um conjunto finito A, A ⊂ V tal que V = G(A).
v ∈ [v1 , ..., vn ].
Seja S um subespaço gerado de um conjunto A, ao acres- Conforme visto anteriormente, qualquer vetor em R3 é uma com-
centarmos vetores de S a este conjunto A, os novos con- binação linear dos vetores i = (1, 0, 0), j = (0, 1, 0) e k = (1, 0, 0),
juntos continuarão gerando o mesmo subespaço S. Este uma vez que um vetor (x, y, z) é igual à:
! fato faz entender que um determinado subespaço S pode
ser gerado de uma infinidade de vetores, porém existe um (x, y, z) = x(1, 0, 0) + y(0, 1, 0) + z(0, 0, 1)
número mínimo de vetores necessários para gerá-lo. = xe1 + ye2 + ze3 .
3. {(2, −1), (3, 5)} que tem infinitas soluções. Por conta disso o sub-
conjunto é LD.
Temos:
14 13
" #
2 3 0 v3 = v1 + v2
5 5
−1 5 0
Podemos provar que esta última equação é verdadeira se uti-
Teorema 2: Um conjunto A = {v1 , ..., vn } é LD se, e so- 2. Se um conjunto A ⊂ V contém o elemento nulo, então
mente se, pelo menos um de seus vetores é combinação A é LD.
linear dos outros. Podemos provar este fato se tomarmos todos os coeficien-
tes nulos, com exceção daquele junto ao vetor nulo a 6= 0,
A prova é constituída de duas partes. temos:
0v1 + ... + a0 + ... = 0
Primeira Parte
3. Se uma parte de um conjunto A ⊂ V é LD, então A tam-
Se o conjunto A é linearmente dependente, então ao menos um bém é LD.
dos coeficientes da combinação linear dos vetores deste conjunto
Se A = {v1 , ..., vn } e B ⊂ A e B = {v1 , ..., vr }, com r ≤ n,
é diferente de zero. Suponhamos, sem perda de generalidade,
se B é LD, então existem coeficientes a1 , ..., ar tais que ao
que a1 6= 0. Neste caso podemos dividir a expressão da combina-
menos um destes fatores não é nulo e que são solução do
ção linear por a1 :
sistema:
a2 an a1 v1 + ... + ar vr = 0.
v1 + v2 + ... vn = 0.
a1 a1
Assim, A também é LD pois há coeficientes a1 , ..., ar , ..., an
Portanto: não nulos que são solução da equação:
a2 an
v1 = − v2 + ... − vn ,
a1 a1 a1 v1 + ... + ar vr + ... + an vn = 0.
e, portanto, v1 é uma combinação linear dos outros vetores do
4. Se um conjunto A é LI, então qualquer subconjunto
conjunto A.
A1 ⊂ A também é LI.