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Ana Carla

EnamoradA
Ana Carla

2002

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Enamorada
Ana Carla

“Eu amei em silencio o seu amor, eu sofri calado em tuas escolhas, mas minha
vida, me propôs somente, em ficar sozinho, eu, sem você e o meu algoz...”

Rusgat Niccus

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Enamorada
Ana Carla

Livro: Enamorada
Gênero: Poesia
Ano: 2002
Autor: Ana Carla Furtado Oliveira de Abrantes
Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente
Coletânea: Uma Arte Lascivinista
Ano de Finalização Escritural da Obra: 2002
Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Maio de 2002

Contatos:

End.: Rua das Palmeiras, n° 09


Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luís - Maranhão
Cep.: 65080140 – São Luís – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
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Enamorada
Ana Carla

Autobiografia

Nome: Ana Carla Furtado Oliveira de Abrantes


Data de Nascimento: 06/06/1989
Cidade Natal: São Luís - MA
Nome do Pai: Júlio Celso Furtado Oliveira de Abrantes
Nome da Mãe: Maria Tereza Furtado Oliveira de Abrantes
Cônjuge: Rusgat Niccus Ferreira de Abrantes
Ocupação: Poetiza, Escritora, Contista, Cronista, Grafista, Fotografa e
Iluminarista
Profissão: Nutricionista e Arquiteta
Bairro onde Morou na Infância: Vila Embratel
Local onde Trabalhou: Restaurante Senac, Universidade Estácio, Prefeitura de
São Luís e Construtora ENESA
Formação Acadêmica: Graduada em Gestão de Recursos Humanos, Nutrição e
Arquitetura
Lugares onde Morou: São Luís, Piauí e Ceara
Ideologia Politica: Esquerda
Gosto Musical: Musica Gospel
Gosto Gastronômico: Carne Assada, Arroz Branco, Feijão e Ovos Fritos
Religião: Cristã
Altura: 1,65 mts
Etnia / Raça: Branco
Cor da Pele: Branca
Cor dos Olhos: Castanhos Claros e Pequenos
Cor dos Cabelos: Castanhos Claros, Lisos e Compridos
Postura Física: Esguia, Altura Mediana e Postura Levemente Intimista
Tipo Físico: Magra, Dedos Pequenos, Pés Pequenos e Pernas Compridas
Tipo Físico Facial: Nariz Pequeno e Afinado, Olhos Lisos e Atrevidos, Cabeça
Arredondada e Queixo Fino
Trajes Habituais: Chapéu longo e enlaçado, cabelos compridos e entrançados,
Vestido Longo e de Linho Colorido, Brincos de Argola Grandes e Compridos e
Sapatos Coturnos Chanel de Couro Preto
Idade Atual: 30 anos
Heterônimo: Ana Carla
Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes

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Enamorada
Ana Carla

Prefacio

Este livro procura traça o amor como cordão umbilical, unificando amantes,
amados e aventureiros. Os poemas retratam um tema ácido, volvido as sombras
da eternidade fabrica e a luz da paixão efêmera renascida.

Os poemas descritos neste pequeno adendo em branco, busca emoldura a paixão


como plano fundo, trazendo o verdadeiro amor como autor principal de nossas
vidas.

As curtas circunscrições melancólicas, registram o apelo de dor que as paixões


promovem nos seres humanos, atos dedilhados que denunciam a perda que a
autora teve recentemente no amor.

A relação entre sentir e imprimir, reflete em seu amado o amor por ela desejado. A
força desse sentimento avigora no silencio da perda a falta que o amor e a paixão
produz em sua vida.

Ana Carla

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Enamorada
Ana Carla

"Assombrados”

Os homens são assombrados


Pela vastidão da eternidade....

Entregues a hipnose vulgarizada


Operada na mente das mulheres...

Milhares de homens afirmam


Que querem morrer por amor...

Mas eles não sabem nada sobre a morte


E não sabem nada sobre perecer de amor...

Muitas mulheres me deram milhões de dores


Outras cederam paz em tempos de guerras...

Os homens são assombrados


Pela imensidão do que é amor....

Mas não sabem nada sobre o que é amar


E não sabem nada sobre sofrer de amor...

Os homens são assombrados


Pelo sentido real da existência...

Estando completamente aterrorizados


Pelo vazio que cerca o imenso universo...

As amazonas não são seres humanos


Mas os homens a desejam no etéreo...

Alguns a desejam pela força imaterial do eterno


Outros pelos poderes associados as suas belezas...

Uma biltre beleza encarcerada por séculos


Uma reles energia emanada dos infernos...

Uma leoa escondida na pele de veados


Deusas oriundas das galáxias de Orion
Fênix ébrias disfarçadas de sexo frágil
Helenas espartanas imersas a Troianos...

Seios tesos encantados a Sumérios


Bocas homogeneizada aos Vikings
E pele pulverizada pelos Egípcios...

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Enamorada
Ana Carla

Almas encarceradas por mil milênios


Forças conquista a biltres liberdades....

Os homens são aterrorizados


Pela imensidão do vil etéreo...

Castigos indubitavelmente
Reconectados a forjas vis
Pelo não amargo do amor...

O que são as mulheres sem o amor


O que são os homens sem ama-las...

A brutalidade de tê-las como posse


A beleza de serem desejadas em vil...

Os homens são assombrados


Pela vastidão da eternidade...

Presos pelo encantamento do amor


Ébrios pela beleza das vis mulheres...

Muitos homens afirmam covardemente


Que querem morrer por seu amado amor...

Mas não sabem nada sobre o que é morrer


E nem sabem nada sobre o que é o amor....

Muitas mulheres me deram paz


Em uma longa vida de guerras...

A vida me deu pedras inquebráveis


Um tormento de tramas pessoais...

As guerras em seu belo sentido vazio


Em um sentido propriamente indigno...

Significa jovens morrendo


E muitos velhos discursando.......

Milhões de jovens morrendo


E poucos velhos conversando…...

As guerras não são inocentes


As guerras não são batalhadas
As guerras não têm prestígios...

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Enamorada
Ana Carla

Eu também sei
Em meu silencio...

Que não existe pacto


Entre homens e leões...

Por isso não perca sua vida


Lutando por qualquer tolo....

Aqueles que não valorizam o seu amor


Não valorizaram a sua causa de amar...

No final da vida
Não há mais vida...

Todos sentiremos
Todos saberemos...

Os deuses nos invejam...


Os deuses nos idolatram...

Eles todos nos invejam


Porque somos mortais....

Porque a qualquer momento


Pode ser o nosso último dia...

Por que a qualquer momento


Podemos sumir aqui da terra....

Tudo é muito mais bonito


Tudo é mais romântico....

Por que estamos condenados a morrer


Por que estamos fadados a falecer.......

Você e Eu
Eu e Você...

Nunca vamos ser os mesmos de hoje


Nunca vamos ter o mesmo tempo de hoje...

Você nunca mais vai ser tão bonita como hoje


Você nunca mais vai ter essa beleza como agora....

Nós nunca mais estaremos aqui novamente


Nós nunca mais teremos essa chance de novo...

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Enamorada
Ana Carla

Eu sei o porquê disso


Por que eu amo você....

Mas no fim
No meio
Ou no início...

Não compartilhe com você


Talvez nunca saiba disso...

Por que talvez


Estaremos inatos...

Envolta das nossas próprias sombras


Ou volvidos nas sombras de si mesmos....

“Meu Amigo Einstein”

Não conheci Albert Einstein


Mas ele esteve quase certo
Em tudo no quase que falou...

Não conheci Albert Einstein


Mas tudo o que ele pensou
E tudo o que fez em sua vida
O fez por que o mundo o mudou....

O mundo imaterialista
Talvez nunca precisou
Tanto de pensadores
Como observamos
No nosso agora...

Aonde atualmente
Somos infelizmente...

Aonde atualmente
Mais se age errado
Que se pensa errado...

No que tange falar a verdade


O que pensamos é liberdade...

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Enamorada
Ana Carla

Hoje em dia
O dia é noite...

E está condicionado a mentira


Facilita a formação minimalista...

O ter em vez do ser


O ser em vez do ter...

É preciso pensar de dentro para fora


É preciso mastigar em vez de engolir...

E o que o mundo vomita em nossas mentes


Devemos regurgitar para fora de nossas almas...

“Diário de Guerra”

Antes as nossas guerras épicas


Eram entre deuses e humanos
Batalhas mirradas na antiga Grécia...

Depois as nossas hibridas guerras épicas


Foram travadas entre senhores e vassalos
Batalhadas na idade média sobre a Europa...

Mais tarde as nossas guerras épicas


Minaram entre senhores e escravos
Batalho rubrico no Brasil colonial....

Adiante as nossas ébrias guerras épicas


Rifaram-se entre burguesia e proletariado
Batalha vinculante ao extremo século XX...

Rótulos enervados do cais feliz


Atos maculados pelos homens
Tedio completado na matriz....

As nossas muitas guerras épicas


Seculares a países pré-feudais
E imolantes aos pós-industriais....

Um diário de uma Guerra


Um conflito meio humano
Um registro de meia paz....

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Enamorada
Ana Carla

Agora a nova guerra


É entre as ideologias....

Agora a nova guerra


É entre as vis religiões...
Agora a nova guerra
É entre os partidários....

Agora a nova guerra


É entre os sexos......

É entre os extremantes ricos


E entre os extremamente pobres...

Uma guerra entre crentes e ateus


Uma guerra entre brancos e pretos....

Uma guerra entre heterossexuais e homossexuais


Uma guerra entre políticos biltres e apolíticos vis....

Uma guerra entre opressores e oprimidos


Uma guerra entre sangue e meio irmãos...

Um senso entre violência e paz


Um senso entre ricos e pobres...

Um senso entre ser e um ter


Um senso entre vida ou morte....

Um norte
Um sul....

Um aonde
Ou de onde...

Isso tudo vai para


Isso tudo vai acabar...

A irracionalidade fere
A infelicidade destrói...

A reza entorna todos os meus direitos


A missa contorna as constitucionais....

A nossa espécie restringe


A nossa raça faz vinculação

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Enamorada
Ana Carla

As convicções entorpecem a vida


E a nossa própria existência solta
Desdobra os contornos falhos.......

“Uma Vida em Chamas”

A vida é como uma locomotiva em chamas


Um vulcão intermitentemente inoculado......

Completamente motivada pela liberdade


Criada e recriada para criar algo novo.......

“Você”

Você desistiu de meu amor juvenil


Você desistiu de meu amor adulto...

Não merece nem a terço do que amo


Não merece nem o fato do que amo...

Não fazer jus a milha dor


Não fazer jus a minha flor...

Não te darei a minha a sombra


Não te darei o homem que te amou...

“Amor Experimental”

Não sejamos um rato


Em experiência mental...

Não reproduza o tedio ilustre


descrevido em um paradoxo....

Volvido em nosso tempo


Caído em nossa festa...

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Enamorada
Ana Carla

Não deixemos também


Que a doce procura vil...

Refeita pela ilustração ébria


Crie interpretações da vida...

Nunca deixem que as derrotas


Sejam simples regras quânticas...

E mesmo que o dia amarelado


Seja a representação da noite....

Não deixem que se apliquem


As imaginações dos objetos
Refeitos em réplicas mortas
Voltadas ao nosso dia-a-dia...

“Enamorada”

O tempo nos roubou a vida a dois


O tempo nos roubou um do outro
O tempo nos roubou do nosso amor....

A vida nos separou do inevitável


A vida nos separou do amar.......

Eu e você não soubemos como lutar


Eu e você não soubemos guerrear...

A vida nos ganhou no amor


A vida nos ganhou na dor
E a vida moderna nos venceu...

Eu não quis amar


Eu não quis amor...
Eu sofri no amor...

A vida quis nos separar


A vida quis nos derrubar
Mas o amor ficou sóbrio
Ele ficou imune a tudo....

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Enamorada
Ana Carla

A razão me deixou chorar


A razão me deixou sozinho
E a emoção não cedeu lugar...

Quantos anos se passaram biltres


Quantas primaveras se perderam
E quanto amor se foi pelo ralo......

Por onde está você querido amor


Vem viver o ressoar da vida a dois
Sentir os meus beijos mais uma vez...

O que nos mudou


O que nos moldou...

Quem de nós sofreu por amor primeiro


Quem de nós foi embora sem se despedir...

O tempo me mudou
O tempo nos transformou
O tempo nos separou....

Mas o amor não quis me deixar


A sua vida em mim não quis ir
E assim de maneira atemporal
Ele nunca me deixou partir......

“Estrelas Mortas”

O meu amor inerte e inócuo


Não é uma teoria das cordas
Mas bem que ela poderia ser...

Talvez ela explicaria tudo isto


Inclusive seu eterno movimento
Suas imortais rotações continuas
Todas elas de você dentro de mim....

Disso eu sei ser


Disso eu sou ser...

Uma teoria nova


Um cálculo novo...

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Enamorada
Ana Carla

Uma engenharia nova


Um universo em mim...

Todo ele ainda desconhecido


Ilimitadamente inerte e fluído...

E quem dentre todos nós


Teria um bóson de Hingis...

Escrito toda essa teoria


Em um livro todo juvenil...

Quem suprimiria o cosmo


Quem o doaria a outrem....

Talvez um esquecido
Um achado vil romântico
Um mero Amor Quirino
Em um quarto adolescente...

Feito ao nosso biltre acaso


Absoluto ao nosso vil feltro

Uma possível quinquilharia


Uma grande teoria de tudo...

Eu sei amor meu...


Que não serei seu...
Que sei... Que sei....
Que não sei nada...
A não ser... Ser seu.....

O amor é um nada absoluto


Um existi talvez incompleto
Um ser e não ser de nada...

Apenas uma matéria escura


Apenas um existir e uma tese....

Apenas talvez um prêmio Nobel de nada


Apenas talvez uma descoberta fantástica....

Talvez uma verdade não bem explicada


Um mundo real repleto de um biltre nada....

Sou a conclusão de sua tese absurda


Uma soma arquitetada em fluido cinza...

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Enamorada
Ana Carla

Um amor meio ébrio da década de cinquenta


Uma igreja tépida perdida no meio do nada....

Sou apenas um cálculo muito ruim e frágil


Uma aresta remota conclusão vil indecisa….

Talvez uma certeza flácida e toda inócua


Um retilíneo buraco de minhoca indissolúvel...

Sou mais uma verdade quase toda tênue


Em uma via láctea derramada ao chão...

Uma supernova toda ela explodida


Criada ao acaso em sua indecisão....

Uma estrela ainda jovem


Talvez de primeira grande...

Solta em um vil e biltre espaço vácuo


Repetida a luz de uma estrela morta...

Refletida a um pedaço de chão


Sobre a luz de sua própria lua...

Talvez querendo não o meu


Mas o seu imenso coração...

“Tese Cientifica”

Como um bóson de higgs


Surgida após o Big Bang
Explodo sobre a sua face...

E como uma pedra vitrificada


Jogada sobre um lago vazio
Promovo várias rupturas frias
Todas sobre escala fahrenheit
Desencadeadas mutuamente
Como ondas sobre sua superfície....

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Enamorada
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Arisco-me com muita destreza


Sobre as tuas meninices infames
Vagando solenemente o oceano
Em infinito universo em cordas
Que eu crie especialmente a você....

Estou complemente à deriva de mim


Mergulhado em amor misógino leve
Cercado por teses e teorias cientificas
Velejando tácito sobre um plano etéreo
Aramado por milhões de vis valquírias
Um Viking perdido e viajante do espaço...

Deixa-me expandi pelo teu delicado vazio


Deixa-me ir à calmaria abjeta de teu coração...

Seja você a minha enigmática matéria infinita


Seja você a matéria escura que tanto pesquiso...

Preencha-me com a tua síntese calcarizada


Recria-me em sua pós-romantizada ideologia ...

Permita que a tua continuidade existencial


Não seja em mim uma ínfima molécula lunar...

Deixa-me ser o seu início, o seu meio e o teu fim


Queira que eu seja a tua impropria felicidade vulgar...

Não me deixe em estágio cíclico


Não conclua a hipótese do físico
Não sou o gato de schrödinger...

Não seja um frágil universo em loop


Não queira um universo fragmentado....

Sou uma partícula elementar de teu modelo padrão


Algo provisoriamente confirmada de tua existência
Uma escala maciça e hipotética de tua teorização...

Não sou como as teorias das cordas


Não me encaixo as tuas pesquisas
Não sou um enigma a ser resolvido....

Deixa-me desdobra nos campos e camadas


Como ondas de luz que vibram no estuário...

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Enamorada
Ana Carla

Sou um paradoxo sobre um feixe de água


Um ponto final nas suas vis considerações....

Sou uma compressão de onda


Dezessete camadas de bóson
Uma escala perdida no tempo
Uma fração minguada no amor...

“Covid-19”

Um mundo para uma só coroa


Um mundo para um só cedro
Um mundo para um só reino....

Corona para os coroados


Corona para os enfermos
Corona para os eleitos....

Corona para os pobres


Corona para os riscos
Corona para os fies
Corona para os infiéis....

Um mundo para um novo rei


Um mundo para uma rainha
Um mundo para um príncipe
Um mundo para um plebeu...

Um mundo visível para um ser invisível


Um ser visível para um mundo vil risível
Uma terra retorica para um ser monstruoso ...

Um mundo para governar


Um mundo para destronar
Um mundo para destruir...

O povo não o que por perto


A plebe não o tem como digno
O clero ignora a sua presença
E a nobreza o espera a distância...

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Enamorada
Ana Carla

Os corvos estão todos laureados


Os vermes se vestem para comer
A terra escancara a sua abjeta boca
E o mar inclina-se para nos engolir....

As febres estão todas livres


As pestes estão solidarias
E os ventres estão mortos...

O paladar não nos oferece mais o gosto da comida


O olfato não nos oportuniza sentir o cheiro da manhã
O corpo fragiliza-se com a sua minuta microscópica
E os pulmões não nos ajuda a sugar o ar da natureza...

Aonde estão as estratégias das vis guerras


Aonde não podemos discuti-las abertamente
Aonde o fronte reverbera as trincheiras falecidas
Aonde os biltres detêm os nossos vis vencedores...

Há uma falta de ar
Mesmo ao ar livre
Há uma falta de fome
Mesmo com comida
Há uma falta de sede
Mesmo tendo água...

Há uma falta de paladar


Mesmo tendo pouco gosto...

Ticara alegram-se com a carne podre


E os deuses acolhem os seus mortos...

A criação mostrasse microscópica


Mas o criador somente o adverte....

Há um cavaleiro que caminha solitário


Um desabitado que cavalga impune...

Um filho de uma família de várias doenças


Uma doença que ceifa diversas famílias....

Um nobre que nos confronta de frente


Um agave que se deleita com a morte...

Um bandoleiro que invade terras alheias


Um monge que se move desde o oriente...

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Enamorada
Ana Carla

Suas travessuras lastram-se com facilidade


E as suas canções conduzem tudo a morte...

Há hoje um mundo inteiramente novo


Um mundo fel inteiramente invisível...

Onde um degenerado rei com coronas


Exibe as suas aborrecíveis flamulas.....

Onde os campos de batalha


Não exigem armas brancas...

O rei é um ser sobrenatural


A rainha um demônio alado
E o príncipe um anjo torpe...

Tudo está moribundo


Tudo está às avessas...

Um mundo novo a Covid-19


Um mundo do Corona Vírus
Um mundo novo de coroas....

Um mundo não tão novo e nobre


Um mundo de rainhas e coronas....

O mundo hoje usa mascaras


Mas não estamos no carnaval...
O mundo hoje usa álcool
Mas não se embriaga...

O mundo hoje usa mais sabão


Mas não fazemos espuma......

O mundo hoje usa mais água


Mas não é para bebe-la.........

O mundo lava mais as mãos


Mas não nos sentimos limpos....

O mundo até esta menos poluído


Mas não o estamos usufruindo....

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Enamorada
Ana Carla

O mundo está até mais bela e pleno


Mas não gozamos o seu espetáculo...

O mundo está mais ébrio e menos torpe


Mas não observamos as taças de vinho...

O mundo está mais feio


Mas não estamos nele...

Porém ainda estamos presos


Escondidos sobre as flamulas
E absorto sobre nós mesmos
Abruptos dentro da mãe terra...

“Ainda”

Acredite minha bela ninfa do mar


Ainda espero por ti a beira do cais....

Sei que os tempos aqui são outros


Que os corpos mudaram as formas
Que os amores transmutaram a fé
E o eterno virou um efêmero prazer...

Acredite minha bela demônio do mar


Ainda espero para ser devorado por ti....

O tempo nunca cessa


E o mar nunca recua...

A vida nunca volta para o seu começo


Como um big bag continuo e trajetória....

E um relógio intransigente da emoção


É uma máquina infernal do vil amor....

Uma conspiração do universo aleatório


Uma trama única as teorias das cordas
Mantidas sempre ao nosso eterno favor ....

Mas acredite meu pelo anjo de escamas


Ainda fico sentado a beiras das ondas....

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Enamorada
Ana Carla

A vida ficou distante


O amor teve ecos
O sono silencio....

Mas o amor continuou tênue


A paixão perdurou por vidas...

E via láctea íngreme ao sistema elíptico


Outra vez se fez ébria e derramou-se….

Acredite minha viajante dos setes mares


Eu ainda espero que meus ossos finos
Fiquem brancos em suas presas afiadas...

Não me culpe pela vil peleja


Não me negues o beijo térreo...

Não me deixe sozinho nesta canoa fria


Não me queira mal a este ponta da vida...

O farol a beira do cais parece triste


E as ondas choram arrependidas
Por que sabem que eu te amo...

Não me negues um olha doce


Não finja amores por piedades....

As estrelas acima já me reconhecem


E os céus já me tem como um triste....

As ondas já descoloridas no mar de São Luís


Nunca ficaram tão ébrias neste Maranhão vil...

Por isso que em meu desejo um tanto fortuito


Que mal pode ter um druida como eu o sou....

Olha-la com profunda lascívia e desejo


O seu corpo inócuo, quente e fervente ....

Oh! Minha linda e amada sereia


Não espere que eu morra ébrio
Sem ter seu beijo selado e serro...

Nem que neste dia


Um dia não o tê-lo....

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Enamorada
Ana Carla

Oh! Órfã dos mil mares bálticos


Não espere que eu morra ébrio....

Sem que eu ao meu destino talvez cruel


Ouça o som de meus funerais agitados
Um som estalado de seu beijo esquio....

Tome conta de mim nesta beira de mar


Meu véu demônio de barbatanas e presas ...

Não me deixes um sozinho


Não me deixes a um fatigo...

Boiando triste e a esmo


Com rui garrafa de Rum ...

Não que a solidão


Não me caias bem...

Não que a solidão


Seja um fardo ruim...

Eu só não quero morre na solidão


Não sozinho neste mar tão imenso...

Esperando invalido por você


Sem saber que um dia virá....

A solidão talvez sim


Sem vocês talvez não....

“Conversas Soturnas”

Sou um homem de muitas conversas


Um bicho intelectual de falar e prosa
Um biltre arquiteto da dúvida crua e nua
Um morador de rua na mente de teu teto...

As vezes um e outro ser espiritual


Me fazem diligências especificas
Algumas são inoportunas
Outras são prosa e poesia....

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Enamorada
Ana Carla

Em alguns destes ensaios fortuitos


Os dois conversam e me esquecem
Em outras visitas tentam me abstrair....

Em algumas destas oportunas visitas intimas


São as minhas conversas fixas que predomina
Mas sei que ambos apenas estão me analisando...

Há dias que as conversas são ótimas


Outras são apenas distrações ébrias....

Deus e o Diabo conversam comigo


Um vem pela manhã depois do sol
O outro vem a pino no meio da tarde...

Um tem o dialogo todo em prosa


O outro falar comigo em poesias...

Um é a plena mansidão em pessoa


O outro tem o caos em seu universo...

O Diabo eu sei que não me quer bem nenhum...


E Deus eu sei que não me quer mal algum.........

Um apenas perturba a calmaria tênue


O outro não me ajuda e nem interfere......

Um dia me coloquei ao lado dos enlouquecidos


E estando Deus em minhas pobres memorias
Conversando francamente sobre o que é a vida
Percebi que não éramos seres tão diferentes....

Principalmente quando o assunto é mais tênue


E o tema abordado busca o autoconhecimento....

Discursos que nos obrigam a discorda do consenso


Dialogas que traduziam nossas angustias e tristezas….

As febres eram matinais e frouxas


E os pensamentos fundamentais
O que nos levava ao contrassenso...

Em outras poucas vezes


Em visitas a minha casa....

Um anjo guardava-me a esquerda


E um demônio me expiava a direita....

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Enamorada
Ana Carla

Estando os visitantes muito angustiados


Possibilitei a abertura de novas conversas
Vislumbrei um embuste com o Lúcifer
E um outro aleive ébrio com Jeová.......

O discurso era sobre os humanos


Um outro discurso sobre os anjos
E um outro discurso sobre mim.....

Mais nenhum deles quis o discurso pessoal


Falar sobre suas próprias existências eternas...

Lúcifer relatava relutante


O discurso da depreciação....

A raça humana é como um gado


São pedaços de carne inconscientes
E merecem ser abatidos no curral...

Todos eles moribunda pelo mundo


São peças de um xadrez esquecido....

Bichos sarnentos preparados a uma caiçara


Cacas vazias de um involucro sujo e biltre....

Eles não sabem de sua importância virtuosa


Não valorizam as suas vis almas imortais......

Eles nunca pensam


Eles não vislumbram
E nem vivem a vida....

Deus, no entanto, apenas o escutar tacitamente


Ver que nem todas as suas criaturas são ébrias
Poucas se mostraram um biltre que traiçoeira....

As arvores estão plantadas no jardim


Mas nem todos os frutos vingará bem
Alguns nasceram de minha bel vontade
Mas nem todos serão como eu provir....

Nascer não foi uma escolha


E viver é uma opção tênue
Mas morrer é uma eleição...

As conversas e aquelas inúmeras visitas a noite


Foram todas fortuitas e magicamente ébrias.......

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Enamorada
Ana Carla

Algumas eram penalizantes a mente


Outras frustradas pelo amanhecer...

Todas tinham seus argumentos amargos


Outras muitas fundamentadas na culpa...

O Diabo me fez várias visitas durante a vida


Todas elas houveram conversas e bebidas....

O criado também se fez várias vezes presente


Mas seus diálogos foram sucintos e acanhados...

Um tinha a sem vergonha mentira impressa em sua cara


O outro possuía nas conversas um curto e grosso adeus...

Deus me deixou várias vezes sem respostas


Algumas nem foram proferidas em silencio fel...

O outro nem queria se explicar muito


Só desejava um dia possuir os céus....

“Vazio”

Tudo morre
Tudo passa...

E o mundo ébrio
Um dia passará...

Todas as pessoas
Um dia passaram....

E o mundo antes repleto de vida


Será como o vazio planeta Marte...

Um dia ele será um completo vazio


Uma montanha repleta de cadáveres....

Um vácuo no espaço vazio


Um silencio na eternidade....

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Enamorada
Ana Carla

“Coisas Escondidas”

Na vida algo precisa ser escondido


Na morte algo deve ser publicado
E na mente algo dever ser mantido...

Dentre muitos segredos


Entre as muitas renuncias...

Há duas coisas simples


Que nunca vou esconder...

O meu vil Ódio de você


E o meu Amor por você...

“Mulheres Imprimidas”

Porque de todas as mulheres que amei


Justo você a que mais fiz print´s online....

A que mais dowload´s


Baixei em meu book...

Por que logo você


Justamente a você...

Não a imprimir
Em minha vida...

“Ana Jara”

Minha enciclopédia feminina


Minha semideusa e rainha...

Minha ébria fênix eterna


Minha tez menina esquia...

Minha semente de liz vil


Minha insensatez veloz...

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Enamorada
Ana Carla

Minha má calmaria trol


Minha liquidez fugaz e vã...

Venha meu livro torpe


Venha minha Lilite vil...

“Simplesmente Infelicidade”

Eu simplesmente odeio gente feliz


Eu simplesmente odeio gente feliz...

Ainda mais quando o feliz não sou eu


Ainda mais quando o feliz é o meu algoz...

Eu odeio gente feliz


Eu odeio gente feliz...

Mas eu as odeio muito mais


Quando elas lembram-me
Do quanto eu estou infeliz.....

“Conversas Coesas”

A vida é verdadeiramente uma só


E a morte é absurdamente biltre....

É errado dizermos que se vive apenas uma vez


Mas vivemos necessariamente todos os dias
E morremos nitidamente uma única vez...........

Não existir, mas é uma lastima desprezível


Mas não viver também é uma agressão vil...

Portanto um recado aos viventes


É necessário saber viver a vida....
Não se pode passar apenas por ela
É preciso vivencia-la fortemente....

Aos tolos tenham uma vida breve e chata


Aos arrogantes vidas maçantes e abreviadas
Aos amantes uma vida plena e longa.........

28
Enamorada
Ana Carla

Portanto que viver bem... Viveu


Quem viveu mau....... Não viveu...

Quem beijou......... Saboreou um ótimo sabor


Quem não beijou... Perdeu um primo sabor....

Quem se ariscou venceu na vida


Quem se acovardou fracassou....

Quem viveu............ Viveu


Quem não viveu... Morreu

Quem sofreu..... Sofreu


Quem sorriu....... Sorriu

Quem gozou........... Gozou


Quem não gozou... Perdeu

Portanto vivam o que há para se viver


Conseguinte sintam o que há pra sentir...

Por que na vida nada é pra ser sempre


Por que na vida o logo sempre se acaba...

Portanto na vida não há uma outra vida


Portanto não há uma segunda chance....

Então seja rápido


Então seja breve...

Por que a vida não espera


A vida passar bem veloz....

E ela não nos espera para vive-la


Ela simplesmente nos perpassar...

Então revise-se
E viva o agora...

29
Enamorada
Ana Carla

“Ratos Desejáveis”

Alguns são ratos de esgotos


Outros são vis ratos de porão...

Alguns rastejam por cozinhas imundas


Outros caminham sorrateiros em lixões...

Diversos outros perambulam em hospitais ermos


Outros roem restos em supermercados biltres.....

Alguns poucos são ratos de laboratórios


Outros ainda hospedam-se em livrarias....

Outros almejam suportavelmente as lixeiras


Mas muitos na verdade estão em restaurantes...

Os ratos são mesmo seres horríveis


Os ratos são animais detestáveis
Os ratos são encéfalos desprezíveis....

Mas nem tudo neles


Devem causar pavor....

As suas narinas engraçadas


Regozijam-me desejos pueris
Seus olhares trêmulos e curiosos
Causam-me sorrisos afrouxados.....

Alguns são ratos a meia boca


Outros são ratos a meio tempo....

Concordo que eles são seres vis


Mas quem nunca os resignifico-os...

Alguns roem realmente as roupas do rei de Roma


Outros roedores roem literalmente o saber da vida....

Curiosamente tenho muito apreço a estes vis roedores


Gosto daqueles que possuem biltres gostos peculiares....

Sou completamente adepto


Aqueles tipos de roedores
Que fazem de um bom livro
O seu sublime jantar das seis....

30
Enamorada
Ana Carla

Sou um rato com hábitos fortuitos


Sou um roedor das penumbras.....

Há quem me julgue pelos dentes


Mas sou um rato de muitas ruas...

E muito fácil roer alguns livros


O difícil é não roer um amor....

Neste aspecto não desejável


Sou rato muito desajeitado
O meu coração se apaixonou
Ele realmente se empolgou....

Ela é uma rata de biblioteca


Uma rata que roubava livros
Uma rata que ruía muitos livros....

E nestes muitos roubos


E nestas muitas ruídas
Ela roubou o meu coração...

“Gente Egoísta”

Dizem que as pessoas solitárias são as mais felizes


Dizem que as pessoas casadas são as mais felizes
Dizem que as pessoas promiscuas são mais felizes.....

Sobre a felicidade é algo que não entendo


Sobre o amor é algo que entendo pouco
Sobre prazer é algo que entendo muito.....

Mas sobre o egoísmo


É algo pouco discutido....

As pessoas com pouco altruísmo sabem viver


As pessoas sem preocupações sabem viver....

O valor da felicidade esta no biltre individualismo


A felicidade está em não se importar com o outro...

Pessoas egoístas vivem muito melhor


Pessoas egoístas sabem viver melhor...

31
Enamorada
Ana Carla

Talvez a felicidade esta no amor próprio


Talvez a felicidade esta em pensar em si....

Nunca esteve ligado aos outros


Nunca esteve ligado a ninguém....

“O Mal uma Influência do Bem ”

O mal foi uma influência do bem e nasceu do bem


O bem influenciou o mau e cresceu dentro do bem...

A origem do bem tem a mesma origem do mal


O mal tem origem do bem e nunca esteve mal...

Sabemos que o bem existiu antes de vim o mal


Mas não sabemos a origem do existir de ambos....
A ignorância é um terrível fruto biltre
Um fruto vil que jamais deveria existir...

E a sabedoria e´ uma semente inócua


Que estando livre germina a tenuidade...

A vida é uma sublime criação


Uma criação mágica do divino...

E a existência de cada ser vivo


Organismos que vivem na terra...

Pautam-se na resiliência da existência


Curvam-se na eloquência tênue do vil...

A arvore da sabedoria
Guardiã de todo o ser
Privatiza todo o saber...

O saber é até hoje um dilema dialético


Um problema vil na ignorância alheia...

Um conhecimento que liberta


Uma liberdade que escraviza
Um desconhecer que aprisiona...

O saber é tão contemporaneamente perigoso


Quanto na época das grandes mil criações......

32
Enamorada
Ana Carla

A maça do jardim do éden


A maça de Issac Newtow
A maça mordida da apple...

Até hoje perturba a onisciência de ser


Ciência de que não se possuir em si...

O interessante
Em nós mesmos...

É que este mesmo conhecimento que liberta


É o mesmo conhecimento que nos escraviza...

O bem é a única forma de ética não benéfica


E o mal é o único paradoxo dialético da vida....

Mas se o mal é uma ordem inversa ao bem


Onde se originou o mal que habita a terra....

Muitos dos livros sagrados


E outros escritos apócrifos
Tentam culpar o anjo lucífer
Pela terrível tragédia épica
Entre a humanidade e Deus...

Mas se no início só havia o bem


E neste intercurso surgiu o mal
De onde veio o mal original.......

Onde nasceu o mal no coração de lucífer


Onde cresceu o bem no infinito dos céus...

O entendimento é que se o mal é possível


Este mal teve uma provável origem inicial...

O mal teve um criador


E o criador teve o mal...

É por culpa do mal


O mal ser do mal....
E por culpa do bem
O bem ser do bem...

E um anjo rebelde
É um demônio vil...

33
Enamorada
Ana Carla

A mera desculpa de ser mal


A dupla culpa de não servir...

Ninguém serve a dois senhores


Mas quem é senhor de quem...

A verdade é que pode ser possível o mal


E a mentira é que nem pode existir o bem...

O bem pode ser originário do próprio bem


E o mal é originário do que mesmo afinal...

O bem é originário do próprio bem de Deus


E o mal poderá ter vindo também de Deus...

Lúcifer é um ser de existência malvada


E Deus um ser de existência benévola...

Então por algo impuro


Nascer de algo puro....

Pois se o anjo lucífer é a sua vil criação


E, portanto, subproduto de sua criação...

O que o fez ser extremamente mal


Se este originou-se do perfeito bem...

Se o mal foi possível existir no bem


O mal também já existia no criador...

E se o bem externou-se como luz


O mal se internalizou por lucífer...

Há quem acredite numa criação do mal


Mas nem tudo no éden foi de fato ruim...

Afinal de contas o que seria de Deus


Sem o seu extremado inimigo lucífer...

E as trevas sem a luz


E o calor sem o frio....

E as tempestades sem a calmaria


E o ódio sem o seu amor fraternal...

34
Enamorada
Ana Carla

O que seria do Super Man sem o Lex Lutor


E o Homem Aranha sem o Doutro Octopus...

O que seria de mim sem o amor


E o amor sem alguém para amar...

O que seria do bem sem o mal


E todo esse mal sem o meu bem...

O bem somente existe


Porque existe o vil mal...

Há um contrato vil de equilíbrio


Um termo fel pré-estabelecido...

Um mal necessário para um bem primordial


Um bem irresoluto para um mal bem social....

Há a balança sombria de um universo em desequilíbrio


O bem e o mal de nossas próprias existências infinitas...

O anjo e o demônio de nossas crenças mais antigas


Deuses e demônios de nossos próprios destinos...

Somos nossos próprios mau em nosso vil bem


A vacina de nosso próprio veneno macabro….

Um deus caído na terra em pele de biltres demônio vis


Um demônio perverso na pele de um deus convencido...

Somos criação e criatura de um mesmo desejo torpe


Um desejo livre de ter seus próprios conhecimentos
Um ser livre de suas próprias amarravas e criações....

“Sem Sorte no Amor”

O amor vai ficar só nos meus livros


O amor inexiste para quem sonha....

O amor é uma mera ilusão


O amor é um ouro de tolo...

O sexo parece ótimo


Porque o amor dói...

35
Enamorada
Ana Carla

Ele está para mim como a um abismo profundo


Como o conto de fadas está para os personagens....

Eu não tenho sorte para o amor


E o amor não ter sorte em ter-me...

Por que o universo me odeia tanto


Qual a razão de sua conspiração....

Eu me fiz intimo com a via láctea


Eu me fiz intimo com o infinito....

Mas no fim de tudo ela não quis


Então eu simplesmente sumir....

“Velhice”

A idade é um tormento
Mas do que envelhecer
A dor é um caminho vil.....

Tudo dói com a idade


Tudo cair com os anos
Tudo fica sem brilho.....

Posso sentir as dores do meu quadril quadrilátero


Posso sentir as dores da minha espinha vertebral
Posso sentir a minha dor de ouvido entupido
Posso sentir a minha dor em minha dor na dor....

Velhice
Velhice
Canalhice....

O veto dos fetos


O reto dos restos
O réu dos hereges....

Não vislumbro a quimera


Não regozijo o rei tempo...

Jazem mortos na primavera


A juventude de uma videira
Em um céu que não existe....

36
Enamorada
Ana Carla

Vivem a velhice eterna


Vivem o fim de tudo....

“Trabalho Humano”

Quanto há hoje de trabalho escravo no mundo


Quanto há no mundo escravos do trabalho hoje...

Quantos zumbis há nas lúgubres oficinas vis


Quantos indigentes existem há nas fornalhas......

Quanto há hoje de vil escuridão na terra


E neste século do quase não luzes
Quanto há de vitalidade sobre os herdeiros....

Nunca houve tanta exploração do trabalho


Nunca houve tanto trabalho para realizar...

Nunca houve tantos humanos


Nunca houve tantas maquinas....

Nunca houve tantos recursos disponíveis


E nunca houve tantas desigualdades juntas...

Nunca houve tanta fartura na terra


E ao mesmo tempo e em penumbra
Nunca houve tanta fome e indigência...

Nunca houve tantas luzes sobre a litosfera


Como há hoje tanta escuridão no homem...

Nunca houve tantas religiões


E singularmente a espécie
Nunca houve tanta solidão....

Nunca houve tanta felicidade


E linearmente ao lado dela
Nunca houve tanta infelicidade...

Nunca houve tantos céus no céu


Como há hoje sobre a terra fria
Nunca houve tantos infernos....

37
Enamorada
Ana Carla

“Deus e o Diabo”

Um Deus que esta solicito


Um demônio que esta vil...

Um é andante de águas límpidas


Um exímio e ilustre velejador....

Outro é um biltre requeiro insensível


Um militar que luta por um céu vazio...

Um deseja caminhar sobre a sua terra


Mesmo que ela se mostre turbulenta...´

O outro já é dono temporário da terra


E almeja caminhar sobre crânios e fel...

Um é Deus por procedência e essência


O outro cobiça ser deus por opulência...

O primeiro luta pela espada firme


O segundo briga como a um louco...

Um tem a essência de um leão


O outro a excreta de um cão....

Um possuir o seu brilho próprio


O outro deseja ser iluminado....

Na falta de ossos e carnes


O diabo sorrir contente....

Na extravagancia de almas e de luzes


Deus recria os seus jardins suspensos...

O mundo não quer orbitar em uma bolha


E a vida não está presa a uma varanda....

Os céus não são um bom pecúlio


Mas a terra não vem do paraíso.....

Deus até pode está em você


Mas o diabo quer ter você....

A vida tem no princípio o infinito


Mas o infinito finita a nossa vida...

38
Enamorada
Ana Carla

“Perdidos”

Uma humanidade perdida


Uma humanidade esguia....

Proletária
Riquíssima...

Perdida na tese da vida vil


Naufraga no meio do mar....

“Conversas bem Sacanas”

Deixa que eu te olhe bem nos olhos


Deixa eu te ousar em teus lábios.....

Deixa que eu te morda bem de jeito


Deixa eu te segurar forte pela mão...

Deixa que eu te aperte os seios róseos


Deixa eu te pega pelas partes intimas...

Deixa que eu te envolva em meus braços e beijos


Deixa que os meus dois dedos penetrem em você....

Vou esquenta uma banana nanica no fogo a lenha


E ela ainda aquecida irei lhe enfiar até você goza...

Deixe que eu te enfie um suquinho de morango


Sobre a pelves de tua vagina cor de rosa e vil....

E após gelada a tua vulva vil


Deixe que eu te sugue firme
Pela minha língua esguia.....

Plante bananeira como a uma criança travessa


E enquanto eu sendo malvado e muito desejoso
Surpreendo-lhe vilmente pegando pelas pernas
E sedento por sua vagina lhe faço um sexo oral...

Deixa que eu encha a tua vagina vil


Com vinho, cerveja ou uma tequila....

39
Enamorada
Ana Carla

E estando a sua vil vulva rósea cheia


Deixe que eu flambe perversamente...
Para que eu ainda ébrio e louco de você
Possa beber-te de forma demoníaca......

Vem toca uma punheta agressiva em mim


Com os teus pés pequeno e bem travessos
Embebidos em leite, chocolate, mel e uva...

Deixa eu te queimar com cigarros


Deixa que te surre com um graveto
Deixa-me arrancar os pelos da vulva....

Deixa que eu te jogue cera quente e derretida


Sobre a tua vagina, bicos dos seios e umbigo
Enquanto te masturbo e te fodo gostosamente...

Deixa-me bela dana queimar-te os pelos da vagina


Com um isqueiro de bolso que tenho na cozinha....

Enquanto por outro lado o mundo se desmancha


Você estando em êxtase com um vibrado elétrico
Enfiado em sua vulva e queimando de prazer vil
Deixa-me sutilmente possui-la por traz de forma vil....

Deixa-me que eu te faça de prato típico


Denotativamente de uma refeição livre...

Onde eu simplesmente sobre o seu corpo nu


Degusto da melhor comida e bebida do mundo

Que é a sua boca


Que é a sua saliva
Que é o seu gozo
Que é o seu seio
Que é a sua vulva...

Deixei que eu faça de sua vulva rósea


Um sundae de chocolate e morangos...

Deixe que eu faça de tua periquita ébria


A minha biltre taça de sorvete individual
E com ela chupe até o final o teu clitóris...

40
Enamorada
Ana Carla

“Preconceito”

O pior de todo o preconceito do mundo


É o conceito formado sobre o tema
A desvalorização sobre este assunto...

“Sono Sagrado”

Sou um ser inevitavelmente de muitas noites


Dormi depois das três é uma dadiva sagrada....

A insônia é algo que aproveito de madrugada


Uso meu distúrbio para escrever os meus dias....

Dormir muito é o mesmo que morrer


E viver de verdade é algo para poucos...

E somente se vive estando acordado


Pois teremos a eternidade para dormir
Descansando morbidamente em talhes
Em nossa caixa fechada da eternidade.....

“Os Ratos de Schrodinger”

Esses são tempos estranhos


Um mundo tomado em solidão
Repleto por ruas e vielas vazias
Tomadas por casas silenciosas
Caladas pelos ruivos dos cães...

Nunca foi tão necessário ser


E nunca foi tão necessário ter...

A hoje uma buscar convivências tímidas


Buscas por novas experiências mentais
Projetada para outros mundos infinitos
Onde a paz seria menos difícil de viver...

Frequentemente descrevemos absurdos


Como é paradoxo a vivencia dos mudos
A vida que não nos é mais um habitual...

41
Enamorada
Ana Carla

Como um ato empírico inebriado de luz


Que nos coloca como gato sujo de rua
Trancafiado em uma caixa de madeira
E exposto a um veneno mórbido e letal...

A vida nos tornou um carcereiro ébrio


Um soberbo de nossa própria liberdade
Um rufião de armas longas e mortais.....

Estamos realmente em um estado de vivo morto


Estamos sujeitos a uma experiência mortífera....

Exposto a algo tão insano e cruel


Que ainda não nos foi declarada...

Somos na verdade um gato numa caixa


A fazenda de formigas de uma criança
Um rato de laboratório de um cientista
Um big brother de um deus na televisão
Ou a triste experiência mental de alguém...

Mas o que somos realmente hoje


Que proposito temos neste plano
Quais lutas teremos que travamos
E onde queremos chegar com isso..

Somos um Gato de Schrodinger


Uma formiga atômica da Marvel
Ou somos sapos de sala de aula...

A China tem produzido milhares de vacinas


A Austrália tem produzido algumas vacinas
Os Estados Unidos da América do Norte
Têm produzidos milhares dessas vacinas
O Brasil produziu vários lotes de vacinas...

Mas a maioria das cobaias humanas


Estão tristemente em nosso vil país...

Assim como os países da África


Tem sido palco de experimentos
Testes medonhos de toda ordem
Usados por meio da cruz vermelha
E pelos os médicos sem fronteiras
Por razões que todos conhecem....

42
Enamorada
Ana Carla

Doenças, pobreza, fome


E heranças colonialistas...

Somos hoje a vil ebola ébria


Os hospitais do sul da África...

O gado extremamente novo


Conduzido para a vil morte....

Um fato que me faz pensar


Um pensar que me faz fato....

Somos um observador de uma experiência


Somos redentores de uma brutal experiência
Ou seremos todos nós a experiência de alguém...

Como não contesta se sou atomato


Como não qualifica se não sou real
Se não sou uma ébria anedota triste...

Uma nota de cruzado


Um dobrão de níquel
Um vintém de esmola
Um euro de fraude
Um dólar de outrem...

“Réplicas Matemáticas”

Não sejamos nestes tempos difíceis


Um rato dócil de experiência mental...

Não deseje a um inseto dissidente


Algo que o seu para-brisa esmague...

Não sejamos cobaias inúteis


Em um miserável laboratório....

Não queira minha doce jovem


Está presa eloquentemente
A minha infeliz má sorte.........

43
Enamorada
Ana Carla

Não permitamos o exequível vil prologo


O estado inerte de um vórtice repetido
Pertencentes inequivocamente a tríade
A fazenda de formigas de um louco....

Não sejamos uma frequência quântica


Algo terminantemente amiudada a luz...

Não sejamos um fronte de guerra


Alinhados a uma fila de pesquisas...

Não permita que um fato tolo


Descrevido por ato paradoxal
Delimite nossa linha de tempo...

Em nosso tempo
Em tempo nosso
Em pouco período
Em ocasião rara...

Não deixemos que a vida


Também inoportunamente
Procure pelas ilustrações
De um tempo inesperado...

Não sejamos biltres irresponsáveis


As muitas interpretações dessa vida...

Sejamos sobre a eterna terra


Simples regras matemáticas....

Complicações quânticas
Aplicadas a imaginação....

Objetos do nosso dia


Recorrências da noite
Réplicas do dia-a-dia...

“Adnanref”

Não sabia que podia amar


Nem imaginava que sabia....

44
Enamorada
Ana Carla

Como pude ter você nas mãos


Como conseguir sentir você.....

O amor é algo fantástico


Algo que não se aprende....

Um ato independente
Um fator involuntário.....

Para ama-la tanto assim


Eu não tive tanto esforço....

Senti-la era algo


Quase natural....

Amar alguém como você


Foi algo bem nostálgico....

Foi como construir uma estrela


Foi como fabricar constelações...

“Um Amor, Uma Mulher”

Que mulheres lhes inspiraram


Um amor para uma vida inteira...

Que sentimentos tênues insurgira


Um amor para muitas outras vidas...

Por quais eternidades ébrias


Nós vagaremos tão insólitos
A procura de um único amor...

Que caminhos nós faremos


Se em traçados contínuos...

Tracejarmos em uma alma ébria


A tolice da minha imaterialidade...

Por qual paixão absurdamente cruel


Iremos desenfrear as nossas falhas....

45
Enamorada
Ana Carla

Em quais das minhas teias


Inusitadamente quase frágeis
Irei tombar o meu corpo inútil...

Por quantas das tulipas rosadas


Irei roubar de teu próprio jardim
Um amor impróprio e inóspito.....

Por quantas desculpas


E por quais mentiras vis...

A custa de nada
Iremos nós dois
Tolas almas vis...

Transportar por caminhos esguios


Alguns de terra bem árida e abatida....

Magoas fúteis
Febres tênues...

Caminhos bem torpes


Que só nos levará....

Por veredas impregnadas


Por verdades exageradas...

Por quantas vezes


Eu ou mesmo você...

Viveremos deste mesmo jeito torpe


Jogados uns sobre os ombros outros...

Manilhando inclusive
Em nossa própria sorte
O desejo de muitos outros...

O que mais inventaremos


O que mais suportaremos...

As vezes de nós mesmos


Senão por outro amor vil...

Inventado por outros amores


Um amor quase em amargo...

46
Enamorada
Ana Carla

Que por si só
Não fosse ele
Um outro amor....

Talvez adjetivo próprio


Repleto de mil verdades
Repleto de vis sons alheios
Que só o seu beijo me deu...

“Amor Fatal”
Sou um pesadelo curto em teu desejo
Um câncer tolo em teu sonho esquio
Um amor fatal que sei que vai machucar...

“Insanidade Imatura”

A boca de um imaturo tolo


Soa como a de um insano...

E nada mais é do que gozo


Fezes talvez de um animal...

Que assim como eu e ele


Te deseja de maneia febril...

“Em Tempo de Amar”

Não perca tempo amor meu


Não espere que o dia nasça
Não hesite em me dar um beijo...

Faça tudo o quer quiser comigo


Não estrague a sua bela alma
Não roube a inveja de teu corpo
Estando nua em um espelho.....

47
Enamorada
Ana Carla

Seja como a luz da lua


Seja como o fel da rosa....

Ande descontraída ao me ver


Perambule sobre as nuvens...

Venha de surpresa
Venha com força...

Venha com o semblante de menina


Venha com a graça de uma mulher...

Mas venha
Mas tenha
Possua-me...

“Amada Meretriz”

Amada meretriz errante


Serás que tu melindrada
Nunca tens pena de mim...

Será eu que vivo para te amar


Ou serás tu que não me amas...

Se eu vivo mesmo para te amar


Dê-me sinais de vossa piedade....

Oh! Linda meretriz estupida


Oh! Bela veneziana biltre....

Sei que há vida em teu meigo olhar vazio


E que vós sentistes amor biltre por mim
Em especial ao ficar vividamente sozinha...

Creio que há amor no teu lamento


E há vida em teu rancor mórbido...

Une nas minhas genitálias


Os teus grandes lábios vis...

48
Enamorada
Ana Carla

Coloca sobre minha boca


A tua linda buceta alada
Junta para sempre em vida
A tua tara languida a minha...

“Caminho de Terra”

O meu caminho sem você


Era como todos os outros...

Sem você por perto


Eu via apenas terra...

Apenas mais terras


Apenas mais pedras
E mais outras pedras
E mais uma estrada...

Algumas de mero asfaltos


Outras de terra bem batida
Outras feitas de pedras lis...

Outras de terras vagas


Um vazio e nada mais...

Assim era o meu caminho


Sem ter você ao meu lado...

Um caminho torpe e meio


Apenas isso e nada mais...

“Minha Flor”

As minhas meras têmporas frívolas


Seguem em tuas mãos tremulas….

E o meu amor tênue padece


Sem a ter a tua direção certa...

49
Enamorada
Ana Carla

O teu amor caótico me adoece


Retira de mim aqueles biltres
Pensamentos meio lascivos...

Aonde você me esconde


A real ternura do seu amor...

Faça em mim dias de sol


Em meu leito amargurado....

E quando enfim morrer em mim


Escreve-te a esmo em semblante...

E se assim for
Enfim amou-me...

Vir quanta força nutriu


Como a um raio de sol.....

Em meio a um sutil anonimato


Em meio de minha imensa dor
Vir aquela que se chamava flor...

“Bucetas Molhadas”

Eu a vejo de longe
Sentada na calçada
Com a sua buceta
Muito molhadinha....

Ela insaciadamente a me olhar


Ainda me espera na vil esquina
De pernas estupidamente abertas
E sempre é claro a minha espera....

Ainda susceptivelmente de longe


Ela pisca para mim e barqueja:

- Ei você quer se divertir essa noite?


- Eu no entanto entusiasmado digo:

- Quero sim !
- Ei vamos !

50
Enamorada
Ana Carla

De repente de seu clitóris


Sai aquele odor entediante....

Não pude voltar atrás


Ela estava bem quente....

Eu tive que pôr o meu pau naquele buraco


Que ela simplesmente chamava de satanás...

“Play Boy”

Quanta gente vem me espiar


E quanta gente se masturba
Pensando em mim despida...

Quantas alegrias vis e tórridas


As minhas páginas transmitem
Em um holocausto de espermas...

Ela era assim majestosa


Ela era assim bem sexual
Ela era assim muito quente
Uma mulher biltre e infernal...

Quantas felicidades
Grudei em páginas...

Quantos dias quentes gastei em pé


Pulando de banheiro em banheiro...
Até meu corpo frágil
Ter que ficar esquio
Ter que ficar magro
E muito esquelético....

Lembro de estar batendo uma


Lembro de bater mais de uma....

51
Enamorada
Ana Carla

Bem longe de Pernambuco


Bem longe de minha Olinda...

Na casa de zé Lanterna
No povoado de Gurutil
No interior do Maranhão...

Fazendo um holocausto de espermas


Milhões de milhões de crianças mortas
Todas elas assassinadas no meu chão...

“Sexo e Amor”

As mulheres apenas falam de amor


As mulheres somente falam de amar...

Homens são apenas mais homens


Homens somente querem mais sexo......

“Como Dante e Beatriz”

Como Dante amou a Beatriz


Eu a quis como uma meretriz...

Assim como romeu amou julieta


Eu também pensei em amá-la...

Como Dante amou a Beatriz


Fiz do meu amor divina comedia...

Assim como Gonçalves Dias amou


Eu quis amar como nunca amei.....

Eu quis tomar vários tipos de venenos


Eu quis caminhar do inferno aos céus...

52
Enamorada
Ana Carla

Sei também que os corpos podem morrer


Sei que amar pode ser efêmero e amargo....

Mais sei que o meu amor não pode ruir


Sei que ele pode ser eterno em mim...

Mesmo caminhando nos céus de tua ilusão


Mesmo queimando no inferno de teu olhar...

Eu ainda continuarei amando


Eu ainda a desejarei também...

“Os Mil Bigodes de São Luís”

Oh! Ilha encantada dos mil bigodes


O que fazes sonolentamente a noite
Enquanto outros apenas dormem....

Oh! Ilha que permanece encantada


Não fiques suja, e nem magnética
Enquanto muitos aqui a usurpam...
Oh! Minha Atenas maranhenses
Sempre cheia dos amores turvos
Não me deixe sozinho no largo...

Aquele mesmo largo do Carmo


Aquela mesma fonte do ribeirão
Sempre solteiro ao meio tempo
Sentado e esquecido por Deus...

Oh! Minha triste e bonita São Luís


Não deixe que os meus mil poetas
Desta terra repleta de vis palmeiras
Fique continuamente congelada...
Que aqui se plante sempre palmeiras
Que jamais alguém aqui finque bigodes...

Não deixem que as Roseanes daninhas florem


E que os fios destas linhagens não prosperem....

Sejam todos os poetas desta terra brava


Entes serenos não pairados no tempo.....
53
Enamorada
Ana Carla

Que aqui nesta terra alva


Jamais se filiem vis ogros
De um que quase colonial...

Que aqui jamais tenha servidão


Que aqui jamais tenha mazelas
Que aqui jamais tenha fome vil...

E que nunca mais ponderem


Os biltres chefes de estados...

Aqui lamentavelmente
Existe apenas o caos...

Não existe crescimento social


E isto a mais de quarenta anos....

A pobreza permanece viva


A fome permanece mais viva
O analfabetismo ainda vive....

Mas estes fatos imbecilmente inglórios


Fazem jus apenas a honoráveis bandidos
Todos eles famigerados desta bonita terra....

Eles são gigantes não pelo conteúdo politico


Nem pela fama da gigante serpente da lenda....
Que segundo reza-se a cultura popular
Quando a cabeça encontrar com o rabo
Ela abraçaria a cidade luz destruindo-a....

Mais sabemos que bigodes e serpentes


As vezes possuem similaridades afins...

Oh! Minha cidade deixa-me salvar-te


Oh! Minha cidade deixa-me amar-te...

Não me julgue um infiel


Não me deixe sozinho....

Deixe-me agradar-te
Deixe-me venera-la...

Oh! Ilha encantada dos mil bigodes


Oh! Por mil bigodes de São Luís....

54
Enamorada
Ana Carla

Quem será com vos


Quem será por vos
Quem será contra vos
Ninguém eu duvido...

“Mulheres”

Mulheres! Como não ama-las


Mulheres! Como não odiá-las...

Elas são as razões de muitas guerras


Elas podem piorar o rumo do seu viver..

Elas inspiram livros, romances e vis crônicas


Mas podem despertam a inveja e as tragédias...

Mulheres são feitas e forjadas do próprio aço


Homens apenas nascem da área do deserto.....

Quando acompanhadas você esta bem


Quando sozinhas você pode esta mal....

Ela pode esta bem com você


Mas podem vim a ficarem mal ...

Quando você esta bem


Ela esta bem com você...

Quando você esta mal


Ela esta mal com você...

O dinheiro as fazem muito interesseiras


Elas nunca vão nos amar de verdade...

Mulheres são vis seres malignos


Fruto da maçã do próprio éden...

Mulheres são todas ocos por dentro


Mulheres são icebergs em solidão...

Mulheres são sereias demônios


55
Enamorada
Ana Carla

Demônios do mar de Eufrates...

Mulheres são criaturas simplesmente muito boas


Mas boas quando homens estão por cima delas...

Porem quando elas estão por cima


Tomem vis redobrados cuidados...

Elas podem lhes tomar tudo


Elas podem lhes ser algoz...

Um tigre em chamas
Um cão indemnizado...

Lhes suprimido quase tudo


Até a sua inútil e biltre vida....

Mas quem nunca quis ser uma boa vitima


E quem nunca quis ser devorada por elas...

“Amor não é Resumo”

O amor ultrarromântico não se resume


Ao amor que você tem por seus pais...

O amor hiper-romântico não se resume


Ao amor que você tem por uma mulher...

O amor mega-romantico não se resume


Ao amor que você tem por um homem...

O amor beta-romântico não se resume


Ao amor que você tem por seus filhos...

O amor alfa-treta-supra-romântico se resume vilmente


Ao amor extra egoísta que todos temos por si mesmos...

“Deixem te Amar”

56
Enamorada
Ana Carla

Quando alguém te amar


Deixe que eles te amem...

Quando te desejarem muito


Deixe ser desejada também...

Quando lhe pedirem um beijo


Beije se for de seu desejo.....

Quando alguém quiser fazer amor com você


Faça amor com ele se for assim o seu desejo...

Quando alguém lhe oferecer ajuda


Não obstrua-se, deixe ser ajudada...

Quando alguém lhe oferecer proteção


Seja mais meiga, deixe ser protegida...

Quando lhe oferecerem abrigo


Deixe-se ser abrigada por ele...

Quando alguém lhe doar um abraço


Retribua da mesma forma o ensejo...

Quando alguém lhes der


Simplesmente o coração
Devolva-o como achou...

Quando alguém sofre muito por você


Seja sensível, cuide muito bem dele....

Mas se alguém lhe for muito rude


Não deixe passar em branco.......

E se alguém quisera-lhes machucar


Seja dura, seja firme, não deixe-lhes...

E se alguém quisera-lhe colocar para baixo


Lembre-se você se ama em primeiro lugar...

E se este amor de lúgubre ternura


Lhes fizer mais mau do que bem
Seja rápida desista logo dele......

“Amor é Verso”

57
Enamorada
Ana Carla

O amor não é resumo


É um texto em prosa...

O amor não é uma estória


E verso inteiro em poesia...

O amor não é usual


É sempre casual.....

O amor não tem um termômetro


Nunca tem um padrão correto.....

O amor não é estático


É um constante biltre
Um vil em movimento....

O amor não é um isótopo frio


Ele sempre será uma energia
Mais volúvel que a antimateria
Que ousa rebobinar os tempos...

“Deus e o Homem”

Quem é criador
Quem é criatura...

Quem é verbo
Quem é sujeito...

O fato de ser Homem


O fato de ser Deus....

O Homem e Deus
Deus e o Homem....

Um Deus,
Apenas uma vontade do que é o homem....

Um Homem,
Apenas uma vontade do que é ser um Deus.....

Um criador,
Um imortal, na mortalidade...

58
Enamorada
Ana Carla

Uma criatura,
Um mortal, na imortalidade...

“Poetas”

Poetas ai de mim que sou tão sonhador


Poetas ai de te que ama sem ter amor...

Poetas ai de vós que sois tão solitário


Poetas ai de nós que não sois amável...

Poetas ai deles que não vos te amam


Poetas ai deles que não vos te querem.....

Ai de mim triste poeta que sou apenas papel e tinta


Ai de mim triste poeta que sou apenas prosa e poesia....

Poeta ai de mim que não amo de forma colorida


Poeta ai de mim que sou apenas preto no branco...

E sozinho envolta sobre as minhas próprias paginas


Estou eu sem formas, sem curvas e sem meus anéis..

Sou com as alíneas discursivas


Sou eu como as anedotas biltres...

Estou sem gênero austero


Estou sem cores alguma
Feito papel e muita tinta
Sou agora apenas eu
Escrevendo você.....

“Amor Envelhecido”

Enfim, estamos todos no fim


E certamente nem vir o início...

O amor pode ser jovem


Mas o tempo do amor

59
Enamorada
Ana Carla

É sempre envelhecido...

Como todos nós chegamos até aqui


E por quantos dias ficamos inertes
A mercê do tempo e do nosso vazio....

Quais foram as nossas realizações


E por quais motivos brigamos tanto...

Quando foi que erramos


Quem teve o ato cria-lo....

Quais foram as dúvidas inevitáveis


Quem de nós não se ateve ao outro
Para não se abster de nos ater bem...

Como foi que desperdiçamos a nossa vida


E com o que tanto ficamos interessados...

Quem nos iludiu de uma vida sem prazeres


Sem que nisto não nos padeça a tristeza….

Com o que se perdeu o nosso vil brilho


Quais foram os beijos que velei sorrindo...

Porque ficamos parados sem nos vermos


Porque parados sem nos vermos ficamos...

E quando foi que chegamos aqui


Quais foram os piscares de olhos
Que inevitavelmente eu não vir....

Quando foi que eu e você envelhecemos


E por que é por quando tempo eu te perdi
Quando foi que eu e você chegamos aqui...

“Brahma”

Quando tentarem falar de mim


Lembrem-se de quem são vocês….

Quando tentarem me diminuir a um vil


Faça como as naus marinheiros do mar...

60
Enamorada
Ana Carla

Olhem para a sua frente


Olhem para as estrelas...

Pois a minha mera pouca idade


Não define a minha natureza....

E as minhas inúmeras falas bobas


Não definem a minha inteligência...

E nem as fofocas maldosas


Que insistem fazer de mim
Não definem quem eu sou....

Lembre-se bem de minhas belas flores


E não tente arrancar as minhas pétalas....

Não vou tentar fazer as pessoas felizes


Nem vou força-las a ficarem alegres......

Pois mesmo que eu fosse uma boa cerveja


E mesmo que você fosse um bom vinho....

Não seriamos capazes de mudar o mundo


Mesmo que o mundo fosse a sua mente....

Lembre-se você não é cerveja


Não será uma Brahma gelada
Mesmo que o sol esquente......

“Elisangela Cardoso”

O outono quis vim mais cedo hoje


E o inverno fez chover um ar frio
O verão parece mais morno
E a primavera levou a flores...

Um jasmim inteiro de cheiros


Uma floresta vasta de vida
Um oceano inteiro de amor
Uma imensa biodiversidade....

Mais um dia se foi tremulo


Mais uma manhã floresceu

61
Enamorada
Ana Carla

E mais um canto terminou....

Mas as sementes ficam latentes


A terra fértil espera a germinação
Seus brotos logo nasceram ébrios...

As boas sementes são eternas


As boas colheitas estão prontas
E as arvores geniosas frutificam....

Porque o domingo nasceu triste


Porque a segunda ficou tênue....

Uma flor perfeitamente negra


Uma Hortência bela e preta
Uma Rosa cor de laranja lima....

Uma flor do sol


Uma flor da lua
Uma flor da rua...

Uma forte mulher


Uma forte guerreira
Um fronte de guerra...

Uma aliada contra as injustiças sociais


Uma mitigadora de problema insolúveis...

Uma flor copta


Uma flor tépida
Uma flor tenaz
Uma flor liquida...

Um jasmim lividamente maduro


Um esguio vale de rosas solitário...

Hoje a sua pétala intrepidamente solida


Infelizmente nos deixou sem o seu cheiro...

Sua rama de verdades e luta


Nos deixou cardosos e silvas...

Sua bandeira tremulada


Nos deixou Elis e Zandra...

Sua essência intimidante


Tinha um ativismo febril

62
Enamorada
Ana Carla

Sua voz rouca e voraz


Fluía como forças esmas
Dos trovões e das trovoadas...

Sua defesa em prol das crianças


Era uma música firme e eloquente
E sua luta pelos os adolescentes
Resplendia girassóis flamejantes....

Seu exemplo de fé motivava


Sua boa conduta se refletia
E sua dedicação ensinava...

Assim era o seu brilho tez


Assim era a sua luz vivida....
Assim era a sua explosão...

Suas ideias labutavam por causas bem nobres


Suas convicções tinham um direcionamento certo
Suas lutas eram daqueles que moram na periferia...

Sua vida foi um marco em sua grande historia


E sua história uma marca na vida das pessoas...

Ela foi um exemplo de mulher forte


Um arquétipo de mulher guerreira
Um padrão cálido de mulher negra...

Uma franco combatente da árdua fé


Uma contraventora das violências
Uma exigente do respeito mutuo
Em todos as suas formas e níveis...

O mundo ficou hoje mais triste


O mundo ficou hoje mais cinza
O mundo ficou hoje sem sua cor...

Uma batalha foi perdida


Uma peleja foi vencida
Mais a guerra ainda virá...

A vida perde hoje ao amanhecer


O arsenal vil que era a sua voz...

A vida perde hoje ao entardecer


O seu grito biltre de guerra sutil...

63
Enamorada
Ana Carla

A vida perde hoje ao anoitecer


A sua militância feroz e tenaz...

Mas as suas ideias de luta estão vivas


As suas ideias militantes estão fortes...

Muitos eram contra a biltre discriminação


Algumas eram contra o abandono da ação...

Infelizmente as injustiças sociais


Deveram permanecer calcarizadas...

Infelizmente as injurias raciais


Deveram perdurar como a um vil...

Mas as lutas devem ser travadas


As guerras devem continuar vis
E homens devem deter as febres....

Vivemos várias rupturas misóginas


Algumas do direito social e humano
Outras do direito ambiental e religioso...

Estamos sendo destroçados


Pelas autoridades vigentes...

Estando multiplamente castrados


Pelas classes inertes deste país...

Há direitos sociais sendo violados


Há direitos humanos sendo rasgados...

Há um crescente aumento da violência contra mulher


Há direitos da infância e juventude sendo mutilados
Há direitos trabalhistas sendo pulverizado a tintas....

A juventude é vendida no país a segundo plano


As crianças sendo alocadas a níveis de animais
E as mulheres sendo mortas como biltres porcos...

Há milhares de jovens negros sendo caçados


Há milhares de jovens índios sendo caçados
Há milhares de jovens brancos sendo caçados
Há milhares de jovens brasileiros em caça...
Algumas vítimas de violência
Algumas vítimas de desemprego

64
Enamorada
Ana Carla

Algumas sendo encarceradas......

E o mundo
E a terra
E a vida....

Estes estão fragilizados


Estes estão expostos
Estes estão sem proteção...

O mundo é verdadeiramente muito injusto


O mundo é uma pólvora de mentes sujas...

Por que os bons morrem jovens


Por que os bons são todos levados
Por que eles vão embora tão cedo....

Mas o seu exemplo fica


E a coragem permanece...

E a sua garra lembra a vil firmeza


E as suas sementes geram frutos...

Quem você deixou por aqui


Quem vai lembra de você
Quem cuidara da gente....

Somos todos nós


Somos eu e você
Uma única liga...

Vamos continuar a sua historia


Vamos prosseguir a sua luta......

Vamos minha querida


Terminar a sua guerra...

Vamos minha bela querida


Ser contra as desigualdades...

Vamos minha querida


Lutar contra as mazelas...

Vamos minha inoxidável querida


Lutar contra todo os preconceitos...
Vamos lutar pelas minorias
Vamos lutar pelos perdidos...

65
Enamorada
Ana Carla

Vamos tentam impor a sua história


Vamos tentar impor a nossa história...

Uma luta que só tomou mais forças


Uma luta que só gerou mais raízes
Uma luta que só cresceu e frutificou...

Todos somos uma gravitação de sua alma


Sementes que estão loucas para crescer
Mudas que estão prontas para florescer...

Exemplos como os seus


Nunca deixam de germinar...

Exemplos como os seus


Nunca morrem no pomar...

As suas ideias vão correr pelas vielas


As suas ideias vão sussurra pelas ruas
As suas ideias multiplicaram coragens...

Vamos fazer vingar as suas lutas


Vamos fazer vingar as suas ideias
Vamos fazer vingar os seus sonhos
Vamos fazer vingar as suas ambições...

Vamos fazer vingar novas Elisangelas


Vamos fazer vingar novos Joãos e Joses
Vamos fazer vingar novas Joanas e Terezas
Vamos frutificar um mundo com novos Ricardos
Vamos frutificar um mundo com novas Marias...

Que o seu exemplo sirva de arma social


Que o seu exemplo sirva de arma cultural
Que o seu exemplo sirva de arma cuidadora...

Que a sua resistência viva


Contra as injustiças sociais
Que a sua resiliência viva
Contra quem ainda oprime
Que a sua mitigação viva
Contra quem nos afasta...

Uma luta para o povo


Uma luta com o povo

66
Enamorada
Ana Carla

Uma luta e um só povo...

Devemos ser como esta guerreira


Devemos ser como esta lutadora
Devemos ser como esta liderança...

Ela nos ensinou que devemos lutar


Ela nos ensinou que devemos brigar
Ela nos ensinou que devemos resistir...

Um povo como senhores de nossa própria historia


Um povo como mandatários de sua própria jornada
Um povo livre de seus jagunços e de suas armas....

Ela é a minha plebeia


Ela é a minha princesa
Ela é a minha vil rainha
Ela é a minha inspiração...

Você ainda vive em mim


Voce ainda vive em nós
Você ainda está entre nós...

Você vive em suas crias


Você vive em seu legado
Você vive em nossa alma...

Você vive em nossas belas alegrias


Você vive em nossas recordações...

Você está em muitos dos nossos jovens


Você está na vida da vil Vila Embratel....

Ela está em muitos lugares


Ela está em muitos caminhos
Ela está em muitos corações...

Aonde você deixou semente


Aonde você deixou a vida
Aonde você quis nos deixa....

Você vive em sua historia


Você vive em seu exemplo
Você vive em nosso registro...

Ela está viva


Ela está solta

67
Enamorada
Ana Carla

Ela germina
Ela espalhou-se
Ela está pronta
Dentro de todos nós....

“Atentados Terroristas”

Os inúmeros turbantes brancos


Nunca serão atentados sociais...

Quais guerras travaremos nas praias


Que conflitos ilustraremos no púlpito
E que homens devemos guarnecer
Em tempos de extrema paz e sangue...

A quem devemos temer a morte


A que devemos sofrer atualmente
E por que guerras são tão aceitas...

O chão seco do extremo oriente médio


Nos faz lembra de no nosso dia a dia vil
O sol do meio dia nos mostra a coragem
E a noite fria nos relembra da fragilidade...

Por que os camelos nos remetem a vil sede


Quais peregrinos nos remontam a travessias...

Não entendo as nossas diferenças


Não entendo as nossas indiferenças...

Algo no céu da negra noite


Nos faz lembra do horrível
Nos remete a dor do colo...

Aos milhares de ataques terroristas


Aos homens que assolam o mundo
Neste nosso vil tempo pós-moderno...

Que fatos são inaceitáveis


Que obras são inalteradas...

Alguns permanecem em mediocridades


Outros mantem-se um tanto famigerado...

68
Enamorada
Ana Carla

Enquanto outros miseráveis


Movido pelo medo do roubo...

Permanecem inquietos
Permanecem insólitos...

Alguns rezam
Outros matam
Uns negam-se...

Alguns de nós esta apático a guerra


Outros de nós está confortável ao vil...

Um comportamento estranho
Uma fala em tom desconexa
Uma vida rogada a pragas....

Um tanto decrepito
Um tanto inóspito
Um tanto grotesco
E sem razão de ser...

O terrorismo social
É uma separação...

O social terrorismo
É um holocausto vil...

Em vidas comuns
Em vidas comuns....

Esta guerra em que vivemos


Não migra sem ter soldados...

Esta guerra que acolhemos


Não migra sem ter adeptos....

Ela precisa ser parada em seu ápice


Ela precisa ser detida em seu inicio
Ela precisa de um remédio amargo...

A guerra precisa ser mitigada


A guerra precisa ser exaurida...

69
Enamorada
Ana Carla

Um mundo globalizado
Um mundo conectado
Um mundo hostil e vil...

Uma observação da espécie


Uma espécie quase humana
Uma brecha entre o animal
Uma brecha entre o humano...

Temos que ser da humanidade


Temos que ser da sociedade...

Uma tenda de guerra no ódio


Tende a ser uma bomba o amor...

Uma lançada na intolerância


Uma lançada nos tolerados
Uma lançada nos intolerantes...

Uma guerra terrorista


Uma ideia sem temor...

“Meu João”

Triste de mim que nunca lhe ouvir


Triste de ti que nunca me olhou...

Sou como um cão que recebe ração


Sou como um pano sobre teu chão...

A quem devemos confiar a vida


A quem devemos beijar a mão...
A minha cor parece algo injusto
A minha renda não é adequada...

Não devo sentar-te ao teu lado


Não devo ser algo a ser estimado...

Que opinião devo emitir


Que fala devo pronunciar...

A minha sociabilidade
Lhe parece estranha...

70
Enamorada
Ana Carla

E a minha alta postura


É indigna a tua presença...

Não sou um plano divino


Não tenho asas de anjo...

Não possuo chifres


E nem tenho enxofre...

Moscas defecam em meu ouvido mole


Sapos são achados em cercas brancas...

Ouço pulos de crianças no teto da casa


E pedras são lançadas contra a parede...

Algo me ver dormindo


Ao pé de minha cama...

Um homem de branco
Um estranho incomodo
Um vivido vil mulato...

Cerca-me generosamente
Com seus olhos vermelhos...

Deixa-me ir dormir tranquila


Saia de perto de minha casa...

Não entre em minha mente


Deixe só em meus sonhos...

Remédios tentam me controlar


Um Tecretol está sobre a boca...

Quem me parece mesquinho


Quem me rouba de minha casa...

Que pessoas pobres tu julgas como certas


Que bebidas são digna de sentar-te a mesa...

Há cães em minha porta


Há um rosnar enfurecido....

Dois cães invisíveis


Duas sombras vis

71
Enamorada
Ana Carla

Em meu quintal...

Não sei se estou correto


Mas não me entregarei
Aquela sombra do mal...

“Minha Justa”

Tu foste roubada de tua casa


Um presente dado entre amigos...

Um violento movia o chicote


O outro estalava sobre o copo...

Não foste má companhia


Mas não viu o azul do céu...

Não teve as lembranças boas das enfermeiras


E nem o beijo do amor perdido no salão de festa...

Talvez não soubesse


Sobre que tabua nascia...

Talvez não soubesse


Sobre que chicote crescia...

Tu não me fizeras mal algum


Tu apenas escolhes-te mal
O teu biltre simplório amor...

“Batalhas Externas”

As lutas não podem ser desperdiçadas


As batalhas não devem ser esvanecidas
E as regras não são um brinquedo de luxo...

Tudo deve ter brevidades


Um rotulo coeso ao acaso
Uma ponta armada de amor...
Recomeços em canais obviamente obliquas
Rezas geradas a oportunidades mal definidas...

72
Enamorada
Ana Carla

Reconhecimentos breves e inertes


Revolvidos a homens já vencidos...

Os ventos não podem congelar uma vida


E crises não regem velas acesas a esmos...

As guerras não podem ser vistas como túneis


E as cerimonias não podem refletem iniquidades...

As alternativas não ofertam magoas


As interferências não velam os mares...

As viúvas não promovem vidas biltres


E os sobrinhos não encareceram o fel...

Não há guerras para serem orquestradas


Não há volúpia no sangue dos inocentes...

Há dor no recôncavo baiano do brasil


Quando guerras mal interpretadas
Oscilam entre as mentes dos políticos...

Somente há dor no recôncavo


Quando elas não são travadas
Quando guerras não se erguem....

Não quero ser vencido


Não quero ser mostrado
Não me apresentem aos corvos
Nem me jogue aos leões ferozes...

Todos adoecem ao relento das ruas


Todos respiram a praga letal da gripe...

E mesmo enclausuradas
E dentro de suas sociedades
Todos são acometidos a peste...

Ninguém vai sair vitorioso


Ninguém acorda derrotado...

E mesmo presos as lutas internas


Aquelas encontradas a vis esmos
Dentro de nossas íntimas emoções...

Todos saíram mortos da vida

73
Enamorada
Ana Carla

Comidos pela peste negra


Corridos pela imensa solidão...

"Inconformismo"

O que mais a humanidade


Deseja de minha vil carne...

Para que serve os meus altruísmos


Quais espécies ensejam-me a vida...

Quais diferenças esta imposta


Entre o meu ser e o meu ter...

Quais espécies biológicas


Estão dominantes entre nós...

Que fatos precisamos da nossa vida


Para sermos aceitos pela biologia...

Que raça é altruísta


Que povo é austero
Que nação é digna
Que homens são prefeitos....

Que cor queremos em nossa vida


Que povos desejamos alicerçar...

Qual é a nossa biltre cor de pele


Qual a nossa orientação sexual
Qual é nossa religião preferida
Qual é a nossa classe social
Que outras diferenças temos...

Nada é maior que o próprio nada


Nada é menor que a vil existência...

Que fatos vão ser maior


Que a nossa humanidade...

E qual humanidades
Queremos construir...
Quem é maior no seu presente
Quem é escravo do seu passado

74
Enamorada
Ana Carla

E quem determinará o seu futuro...

A nossa própria espécie


E espécie de uma outra...

Formigas de um jardim seco


Em um quarto em penumbra
De uma criança alienígena...

Ninguém é dono da própria vida


Ninguém é dono de seu quarto
Ninguém é dono de seu destino
Não tendo segue nem propriedades...

Nosso próprio existencialismo


É frágil como espuma do mar
Passivo de destruição molecular
Paciente dos vis buracos negros
Inerte a onda de choques anafiláticos...

Que mutações íngremes


Nos devolve da realidade
Que evoluções térmicas
Nos transcendem da morte...

Necessitaríamos da vida após a morte


Precisaríamos de morte sem ter a vida...

O que devemos fazer


Para sermos aceitáveis
O que devemos realizar
Para sermos íntegros...

Com que cores inimagináveis


Vocês querem pintar o mundo
Com quais cores irreverentes
Vocês desejam o mal do próximo...

Para que cor é transmutado o mundo


Para que cor é transcrito os desejos...

Como espécie inapropriada


Que propriedade nos imerge...

Somos donos da própria espécie


Somos donos da própria matéria...

75
Enamorada
Ana Carla

Quais senhores
Quais escravos
Quais matérias
Quais átomos
Quais prótons....

Não somos diferentes


Nós somos indiferentes
Não somos ideólogos
Somos meros idiotas
Não somos inteligentes
Somos apenas ignorantes....

Sejamos como as belas crianças


Quem não nascem com conceitos
Sejamos como a inocência delas
Que não separa por conveniência
Mas agrega por vinculo de valores....

“França para os não Franceses”

França para os franceses


Guerra para os terroristas...

O que mais eles querem


O que mais eles desejam...

O velho mundo é hospede


O novo mundo é estalagem...

As colônias são exploração


Os novos povos são cobaias
E estes são um novo mercado
Apenas consumistas de leilões
Sobra de uma conquista idiota...

O que mais a humanidade europeia


Deseja conquista de minha terra vil...

O que precisam para reviver


A humanidade de meu povo...
Quem quer ser um robô
Nas mãos dos coites vis...

76
Enamorada
Ana Carla

Para quem desejamos


Ser mais humana agora...

Sobre quais diferenças


Nós precisamos adquirir...

Para sermos ainda mais aceitáveis


Para sermos ainda mais amáveis...

Até quando a nossa cor azul


A nossa orientação sexual
E a nossa religião invisível...

Vai ser maior do que a nossa vida


E menor que nossa própria espécie...

Egoísta em nosso próprio existencialismo


E egoístas em nosso próprio materialismo....

Por quais vis mutações deveremos passar


Por quais evoluções teríamos que suplantar

E o que há mais teremos que fazer


Para sermos aceitos como espécie...

Quais propriedades da própria matéria


Teremos que enaltecer para sobreviver...

Os atentados terroristas na França


Não são aceitáveis e entendíveis...

Mas o desrespeito e as chacotas


A uma fé que não lhes pertencem
Também não é algo a ser louvável...

Ambos os crimes são inaceitáveis


Ambas as práticas são inalteráveis...

Quais lutas revelam atos famigerados


Que causas delinear comoções santas...

Um é um tanto decrepito
O outro é um tanto ínsito...

Um é tanto grotesco
E sem razão de ser...

77
Enamorada
Ana Carla

O outro é austero
E muito arrogante...

O terrorismo precisa ser parado


E também os desrespeitos da fé...

Algo precisa ser detido


Algo precisa de remédio...

O que se observa no mundo de cercas


E que o mundo não tem divisas coloridas...

Maomé pertencem aos mulçumanos


A França tem que ser dos franceses
E o mundo é uma opinião irrestrita...

A guerra tende a ser dos outros


A paz tende a ser nossa aliada...

E o terror dos ofensivos


Crie vis assas mórbidas...

Voe para fora do nosso planeta


Siga em direção aos terroristas
Acalme o coração dos sensatos
Deixe livre a liberdade religiosa.

“Prisioneiro”

Quando você ouvir


Que aprisionarão
A felicidade eterna
O amor incontestável
E o sucesso natural...

Tenham cuidado
Não existe formula
Para tal feito improvável...

Quando alguém lhe disser


Que você não pode vencer

78
Enamorada
Ana Carla

Caminhe para o horizonte


Siga enviesado para frente...

Alguém lhe fecha a janela


Arrombe a porta da lateral...

Alguém lhe ofendeu


Devolva a ofensa....

Lembre-se de você
Você é o seu senhor
Em seu próprio destino
E mais ninguém o é....

“Amada Troia”

Amada troia dos Peloponeso


Quem lembra a sua historia
Que cidade tem a sua fama
Que biografias vivem nelas....

Amada troia dos mil egípcios


Quem lembra de sua queda
Que troia trair seus amores...

Amada troia dos biltres fenícios


Quem lembra de suas guerras
Quem treina armadas a cavalos....

Amada troia dos vis espartanos


Quem lembra da doce Helena
Quais lutas retornaram a proa...

Alguém lembra de seu dilema horrível


Alguém sabe de seu traiçoeiro ardil...

Que dor causa um grande amor


Que troia ardeu por dez anos...

Milhares de milhões morreram


Milhares de homens arderam...

Quais homens morreram vis


Quais amores caíram em fel...

79
Enamorada
Ana Carla

Vejo uma linda civilização inteira


Que queima por causa do amor...

O amor de dois homens


O amor de uma mulher...

Um grego e o outro troiano


Um tolo e o outro profano...

Um por causa de Helena


Um por conta de Helena....

Hoje é difícil um único homem


Prolifera de uma única mulher
A capacidade de incendiar a alma...

Ser capaz de queimar o seu coração


Ser capaz de congelar o seu amor...

Mesmo que inato promiscuo


Mesmo que pormenorizado
As custas da causa inocente
Inferidas a um único amor...

Eu por um outro lado


Lutaria intensamente
Queimaria mil homens
Mataria uma civilização...

Enfrentaria grandes guerreiros


Venderia a minha alma ao diabo...

Em nome de um único amor


Um grande e verdadeiro amor...

“Temporal”

Quando o temporal for devastador


E a fortes chuvas provoca tornados...

Lembre quer ninguém


Vai te proteger do vazio

80
Enamorada
Ana Carla

Ou do tombo das arvores...

Você é único responsável


Por proteger você mesmo...

E tudo o que os outros


Podem simular em fazer...

E de te derrubar de seus sonhos


E de te estender a mão no vazio...

Por isso não seja tolo


Por isso não fraqueje
Por isso lute sozinho....

Não se apegue a ninguém


Mesmo que esse ninguém
Seja o absurdo imaterializado
Em existência de você mesmo...

“Novo Amor”

Quando você acha


Que já chegou ao fim
E o fim não nos tange...

Quando você acha


Que o início ficou vil
E o início é a estrada...

A arena está na areia


A arena está na praia
A arena está na tenda...

A área do amor é indubitável


Está sempre de última hora
Situando-nos na primavera vil...

Os agentes do amor frio


Nos modela avidamente
Iniciando um novo ciclo....

No amor vil incontestável


Sempre aparece alguém

81
Enamorada
Ana Carla

Para nos fazer relembrar...

Que sempre a tempo


Que sempre a espaço...

Para amarmos
Um novo amor...

“Cães do Inferno”

A noite é um esconderijo das almas


O dia revela as cicatrizes mórbidas
E o tédio revolve a mansidão do fel...

Os cães são criaturas doces


Os gatos seres enigmáticos...

E os humanos
Vasos vazios...

Vinho sem gosto


Um mel amargo...

A vida não me foi um presente divino


E as mulheres não me deram prazer....

O vinho não me embriaga com vivacidade


E os beijos quentes não me selam a boca...

Sou como uma arvore seca


Um pássaro sem as asas....

Não sou de fazer pactos vis


Não me vendo por migalhas
E nem gosto de estar preso...

Quem são esses cães da noite


Por que ruivão em minha porta
Por qual diabos foram mandados...

Ontem vir sombras maléficas


Caminhando pelas paredes

82
Enamorada
Ana Carla

Dentes que ameaçam a vida...

Quais culpas devo pagar


Que contas devo acertar...

Esses malditos cães invisíveis


Rondam o meu lar sossegado...

Sinto o seu hálito podre


Revolvido de mil corpos...

Todos de homens condenados


Todos de homens em pecados...

Esses malditos cachorros invisíveis


Sinto a sua biltre presença nefasta...

Respiram sobre os meus ombros gélidos


Afiam as suas mil torpes garras imundas...

Tentam me rasga as entranhas


Perseguem a minha solicitude...

Mas sou defendido


Mas sou protegido
Por um puldo toy...

Um nanico de asas
Um brilhante incolor
Um branquelo esguio
Um franzino de calda...

Não sou de ir em encruzilhadas


Não sou de fazer pactos imorais
E não tenho tendências suicidas...

Mas os cães de sombra


Querem a minha carne
Desejam a minha alma
E sente a minha vil libido...

Os cães lutam para me devorar


Os cães lutam para me devorar...

Mas o puldo toy banco não me desampara


É ele quem não os deixa entra em meu lar...

83
Enamorada
Ana Carla

As minhas portas de madeira bravejam


O meu teto de vidro vibra como cristais
As minhas janelas teimam em envergasse...

Mas o puldo toy branco não o deixa entra


Ele apenas brilha como um sol maiúsculo...

Rosna baixinho para os gigantes de sombra


Repeli o medo de minha sacada amarronzada...

Feri o mal com as suas pelugens brancas


Sangra o escárnio de meus pecados biltres...

Não sou mais temente a Deus


Mas também não sirvo a Diabo....

Quem quer me feri


Feri a própria alma
Quem feri a alma
Sangra as narinas...

Não sou temente a Deus


Não sou temente ao Diabo
Não temo a minha cisma
E talho a minha pobre vida...

Fim
Agradecimentos

84
Enamorada
Ana Carla

A todos os meus amigos e colegas que leram este


Livro antes de sua impressão, que elogiaram e criticaram
Suas entrelinhas, que deram muitas sugestões importantes
E às vezes até compactuaram comigo em recitações ao ar livre
Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho.

Memorial

85
Enamorada
Ana Carla

Em memória de um amor
Que ficou no passado
Ao amor de minha vida...

Ainda que este amor não seja


Por mim público
Como devia o ser
Tanto a mim
Quanto a ela...

Esteja aqui está declaração


Em seu dignifico nome
Oh! Minha amada bendita...

E mesmo que ainda esteja


No anonimato completo
Meu amor por você Alrac
Ainda continuará no espaço...

Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...

Isto sim meu amor


É apenas amar-te....

Nota do Autor

86
Enamorada
Ana Carla

Este livro revela todas as ansiedades de liberação


de pensamento, transfere toda a dramaticidade que é expor
os nossos sentimentos e as nossas raízes ideológicas a cortejos pessoais que
nunca tínhamos vivido como amantes do ser amado.

Estas letras fazem declarações de sentimentos intimistas, revelam como o amor,


o desejo, a ternura, a saudade, a dedicação, a paixão e o tempo, nos revolvem as
perdas recolhidas do passado.

Estes escritos também revelam a pessoa amada como um ser austero, um


permanecer integro do tempo entregue aos julgamentos, uma crítica do amor aos
possíveis insultos que como amantes e amados teremos de sofre por escolher
amar invés de amor.

As paixões colocam-nos irremediavelmente na guilhotina dos medos, puxa-nos a


alça que libera a laminar da ingratidão, altera o mínimo do sofre aterrado em
nossos sentimentos.

Afinal todos os poetas, todos os amantes e todos os amados a partir da data de


Publicações de seus livros, de suas paixões e de seus amores tornam-se de certa
forma parte do patrimônio cultural, material e emocional de nós mesmos na
humanidade, uma insanidade absurda, uma contradição do amor.

Pertencendo cada sentimento hermético a uma total comunhão distribuídas


aos leitores, aos amados e aos amantes, expor-se é mesmo um tanto complicado,
atender a todas as expectativas de quem nos devora, pagina por pagina, boca em
boca, corpo por corpo é como estar-se preparado para trincha uma verdadeira
guerra oblíqua, onde as armas é o que menos importa, mas não nos
incomodamos em travá-la ou em ama-las.

O vinho tem sido um belo companheiro, sugiro aos leitores que o tome como
hospede inato em suas vidas, e o regozije em tamanha amplitude e gozo, na
Intenção de tomá-lo e recitar estas poesias na companhia de bons e velhos
Amigos, bem como também de uma bela, doce e jovem mulher.

Rusgat Niccus

87
Enamorada

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