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Aceitação e conservação de queijos frescos elaborados com óleos essenciais 153

Artigo DOI: 10.14295/2238-6416.v71i3.531

ACEITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE QUEIJOS FRESCOS


ELABORADOS COM ÓLEOS ESSENCIAIS

Acceptance and storage of fresh cheese made with essential oils

Joelmir Grassi Presente1, Hemilim Barbosa de Fraga1,


Cristiano Gautério Schmidt1*

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a aceitação e a conservação de queijos


frescos tipo Minas frescal adicionados de óleos essenciais de orégano e gengibre
na sua formulação. A qualidade do leite utilizado como matéria-prima foi avaliada
quanto ao pH, acidez, alizarol, extrato seco total, densidade e carga microbiana
total. Os queijos produzidos foram caracterizados quanto ao pH, acidez, umidade,
lipídios, proteínas e cinzas. Os queijos foram avaliados sensorialmente através de
testes afetivos utilizando escala hedônica e escala de atitude, visando determinar a
aceitação e a intenção de compra pelos julgadores. Contagem de microrganismos
mesófilos aeróbios totais foi utilizada para estimar o período de vida útil dos queijos.
O leite utilizado como matéria-prima se apresentou dentro dos padrões de qualidade
exigidos pela legislação. Os queijos produzidos com óleos essenciais apresentaram
valores de pH e acidez em torno de 6,9 e 0,87%, respectivamente, 57,6% de umidade,
31,3% de lipídios, 11,4% de proteínas e 0,9% de cinzas. O queijo adicionado de
óleo essencial de orégano e o controle foram os que receberam pelos julgadores os
melhores valores para aceitação (7,5 e 7,6, respectivamente) e intenção de compra (4,2
e 4,4 respectivamente). Com relação à estimativa do tempo de vida útil, os queijos
adicionados de óleo essencial de orégano e de gengibre apresentaram menores valores
de carga microbiana total comparados com o controle (sem óleo) e o misto (adição
dos dois óleos), apresentando valores de contagens acima de 106 UFC/g somente a
partir do 28º dia de armazenamento.
Palavras-chave: queijo; orégano; gengibre; análise sensorial; vida útil.

1 Universidade Federal do Rio Grande, Rua Barão do Cahy, 125, Cidade Alta, 95500-000, Santo Antônio
da Patrulha, RS, Brasil.Email: cristiano@furg.br.
* Autor para correspondência.
Recebido / Received: 14/10/2016
Aprovado / Approved: 03/04/2017

Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes, v. 71, n. 3, p. 153-165, jul/set, 2016


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ABSTRACT

The aim of this work was to evaluate the acceptance and conservation of Minas
fresh cheese with essential oils added of oregano and ginger in its formulation. The
quality of the milk used as raw material was evaluated for pH, acidity, alizarol, total
solids, density, and total microbial load. The cheeses produced were characterized as
pH, acidity, moisture, lipids, proteins and ashes. The cheeses were also evaluated by
sensorial affective tests using hedonic and attitude scales, in order to determine the
acceptance and purchase intention by judges. The count of total aerobic mesophilic
microorganisms was used to estimate the shelf-life of cheeses. The milk used as
raw material is presented within the quality standards required by legislation. The
cheeses made with essential oils showed pH and acidity around 6.9 and 0.87%,
respectively, 57.6% moisture, 31.3% lipids, 11.4% protein and 0.9% ash. The cheese
added essential oil of oregano and the control cheese were those given by the judges
the best values for acceptance (7.5 and 7.6, respectively) and purchase intention (4.2
and 4.4 respectively). Regarding the estimated shelf-life, the cheeses added essential
oil of oregano and ginger had lower overall microbial load values compared to the
control (no oil) and mixed (two oils addition), presented counts values with up 106
UFC/g only from the 28th day of storage.
Keywords: cheese; oregano; ginger; sensorial analysis; shelf-life.

INTRODUÇÃO bolores e leveduras, Salmonella sp. e Listeria


monocytogenes (PINTO et al., 2011).
Os queijos frescos são produtos lar­ Com o intuito de minimizar ou até
gamente consumidos, de fabricação simples, con­trolar a contaminação nos queijos fres­
comercialização rápida e de menor custo cos são utilizados conservantes químicos
quando comparado com os demais. Caracteriza- (GONÇALVES et al., 2011), além dos mé­
se como um produto altamente perecível, to­dos tradicionais de acidificação, desidra­
devido ao processamento mínimo antes da tação e refrigeração. Entretanto, o uso de
elaboração, além da elevada porcentagem conservantes pode proporcionar reações
de umidade, acima de 55% e com nutrien­tes tóxicas no metabolismo, bem como desenca­
suficientes para o desenvolvimento de qual­ dear alergias, alterações do comportamento
quer espécie microbiana (SANGATELLI, e possíveis riscos de desenvolvimento de cân-
2010). cer (POLÔNIO; PERES, 2009), além do fato
Muitas pesquisas evidenciam proble­ de induzir o aparecimento de cepas micro­
mas de contaminação em queijos frescos de­ bianas cada vez mais resistentes a agentes
vido a diversos fatores como matéria-pri­ma an­timicrobianos clássicos, devido ao uso fre-
oriun­da de má qualidade, além de condi­ções ­quente em alimentos (SOUZA et al., 2005).
precá­rias de higiene dos manipuladores, dos Diante destes fatos, os consumidores
utensí­lios e do local de elaboração (ROSSI têm exigido alimentos mais saudáveis, com
et al., 2010; SANGALETTI et al., 2009). vida útil mais longa e com ausência de ris­
Den­tre os principais microrganismos conta­ cos microbiológicos. Esta perspectiva tem
mi­nantes em queijos se destacam os colifor­ levado a indústria de alimentos a reduzir o
mes termotolerantes, Staphylococcus aureus, uso de conservantes químicos e buscar novas

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alternativas, sobretudo naturais, para obter alimentos visando controlar microrganismos


alimentos microbiologicamente seguros aos causadores de deterioração e/ou causadores de
consumidores (SOUZA et al., 2005). doenças veiculadas por alimentos (CORRÊA
Assim, o aumento da demanda por ali­ et al., 2010). O Zingiber officinale Roscoe, co­
mentos seguros e naturais, sem con­ser­van­tes nhecido popularmente como gengibre é uma
químicos, tem estimulado pesqui­s ado­res planta aromática utilizada como condimento
a investigar a eficácia antimicrobiana de e como erva medicinal desde a antiguidade
muitos compostos naturais contra alguns pelos povos asiáticos (DABAGUE et al.,
mi­c rorganismos patogênicos associados à 2011).
ali­mentação. Ervas aromáticas e especiarias, Este trabalho teve como objetivo ava­
vegetais e outros condimentos com pro­prie­ liar a aceitação e a conservação de queijos
dades antimicrobianas vêm sendo aplicadas frescos adicionados de óleos essenciais de
neste tipo de produto, além de serem utili- orégano e gengibre na sua formulação.
zadas como agentes aromatizantes, diversi­
ficando o sabor e a cor dos queijos. O uso MATERIAL E MÉTODOS
de óleos essenciais purificados, extraídos
dessas plantas tem sido uma boa alternati­va Leite
de aplicação (OKURA, 2010). O potencial
antimicrobiano de óleos essenciais tem sido O leite utilizado para realização deste
de grande interesse na academia e na indús­tria trabalho foi o leite de vaca, fornecido por
de alimentos desde a sua possível utiliza­ pro­dutores locais da cidade de Caraá/RS. O
ção como conservante natural e como uma leite foi filtrado utilizando tecido comercial
tendência crescente para substituir aditivos para retirar possíveis impurezas presentes,
sintéticos (SAMAPUNDO et al., 2007). sendo em seguida pasteurizado usando banho
A utilização de óleos essenciais de er­vas termostatizado à temperatura de 65 ºC com
e especiarias em testes in vitro e em alimen­ agitação lenta por 30 min (KOBLITZ, 2011).
tos tem se mostrando eficaz na eliminação de Após o tratamento térmico o leite foi resfriado
microrganismos patogênicos (TAJKARIMI até a temperatura de 35 ºC em banho de gelo.
et al., 2010). As substâncias químicas dos O pH do leite foi medido diretamente em
óleos essenciais apresentam compostos ca­ uma amostra utilizando um pHmetro eletrô­
pa­z es de inibir direta ou indiretamente os nico de bancada. A acidez foi determinada
sistemas enzimáticos bacterianos. Os óleos atra­v és de uma titulação da amostra com
essenciais atingem um amplo espectro mi­ so­lução Dornic (solução de NaOH 0,111 M)
crobiano e tem ação não só contra bactérias até coloração levemente rósea, sendo o resul­-
Gram positivas, mas também contra Gram tado expresso em ºDornic. O extrato seco to­
negativas, bolores e leveduras (SILVA et al., tal foi determinado por método gravimétrico
2012). com secagem em estufa com circulação de
Entre as plantas capazes de extrair óleo arà 105 ºC, utilizando cápsulas de alumínio
essencial estão o orégano e o gengibre, sen­do contendo areia grossa purificada e subme-
extraídos das folhas e dos rizomas respec­- tidas à secagem até peso constante, sendo a
tivamente (PINHEIRO; LOPES, 2003). O massa de leite remanescente nas cápsulas ex-
Origanum vulgare Lamiaceae, conhecido po- pressas como a porcentagem (%) de ex­tra­to
pu­larmente como orégano é um dos condi­ seco total. Para o teste de alizarol fo­ram trans-
mentos mais utilizados na culinária brasi­ feridos para um tubo de ensaio proporções
leira. Seu óleo essencial também é utilizado iguais de leite e solução de alizarol 70 ºGL
na perfumaria, bem como na indústria de e misturados cuidadosamente para obser­

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var a coloração formada. A densidade do Elaboração dos queijos


leite foi determinada diretamente em uma
amostra de leite com o auxílio de um termo­ O leite pasteurizado foi adicionado a
lactodensímetro. um tacho de capacidade de 18 L e conduzido
Foram avaliadas a carga microbiana a um banho termostatizado para manter a
do leite cru e do leite pasteurizado pela de­ temperatura de 32 ºC, sendo em seguida adi­
terminação dos microrganismos aeróbios cionado 4 mL/L de uma solução de CaCl2,
mesófilos totais presentes na matéria-prima. homogeneizado e deixado 20 minutos em
Amostras de leite foram inoculadas em ágar repouso. Decorrido esse tempo foi acres­
padrão de contagem (PCA) pela técnica de centado o coalho (coagulante líquido, Ha-
es­p alhamento em superfície e incubadas a La) de acordo com as recomendações do
35 ºC por 48 horas (SILVA et al., 2010), sendo fabricante, misturado e deixado em repouso
os resultados das contagens expressos em por mais 40 minutos. A Figura 1 apresenta
UFC/mL de leite. o fluxograma utilizado para a produção dos
queijos.
Óleos essenciais Após o tempo de coagulação, foi ve­ri­
ficado o ponto de corte da massa e realizado
Os óleos essenciais, tanto de orégano o corte com o auxílio de uma faca, efetuada
como de gengibre, foram adquiridos em uma agitação lenta e descontínua de 5 em 5
co­mércio especializado. A concentração uti­ minutos por 30 minutos. Após a última agi­
lizada nos queijos foi determinada através tação foi deixado em repouso por mais 20
de dados da literatura (SOUZA et al., 2006), minutos e em seguida removida uma fração
onde foi testado a concentrações de 20 µg de de soro da massa e adicionados 1,5 % de sal
cada óleo essencial e 20 µg da mistura dos e o óleo essencial (orégano, gengibre e a mis­
óleos essenciais em partes iguais. tura dos óleos, todos em uma concentração

Pasteurização
ß
Adição de CaCl2 e Coalho
ß
Corte da massa
ß
Agitação
ß
Dessoragem da massa
ß Adição dos óleos essenciais
Adição de sal
ß

(20 µg /100g)
ß
Enformagem
ß
Armazenamento

Figura 1 – Fluxograma do processo de obtenção dos queijos

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final de 20 µg/100g de massa), sendo a massa a presença de coliformes termotoleran-


agitada. A massa foi colocada em formas tes, Staphylococcus coagulase positiva e
próprias para queijos e a cada 30 minutos, o Salmonella sp. de acordo com metodolo­-
queijo foi virado por 4 vezes e em seguida foi gia de Silva et al. (2010). Para quantifi­ca-
deixado descansando até o dia seguinte sobre ­ção dos coliformes termotolerantes foi uti­
refrigeração a temperatura de 5 ± 1 ºC, onde li­z ada a técnica do número mais provável
foi retirado da forma e embalado em filme (NMP), onde amostras de queijos foram di-
plástico (0,10 micras de espessura). Um queijo luídas e inoculadas em caldo lauril sulfato
sem a adição de óleo essencial (controle) foi triptose (LST) e incubadas a 35 ºC por 24 a
feito seguindo este mesmo procedimento. 48 h. Para Staphylococcus coagulase positi­
va utilizou-se o método de plaqueamento em
Caracterização físico-química dos queijos superfície, em meio Agar Baird Parker (BP)
com incubação a 35 ºC por 48 horas. Na análise
Os queijos foram caracterizados quanto de Salmonella sp., utilizou-se o teste presença
ao pH, acidez titulável, umidade, lipídios, ou ausência em 25 g de amos­tra que foram
pro­teínas e cinzas, seguindo as metodolo­ submetidas a um pré-enri­quecimento em cal-
gias de análises recomendadas pelo Instituto do lactosado, seguidas de enriquecimento
Adolfo Lutz (1985) e AOAC (2000). O pH em caldos Rappport-Vassiliadis e Tetratio­
foi determinado utilizando um pHmetro ele­ nato para posteriormente serem inoculadas
trônico de bancada e a acidez por titulação em ágar Enterico Hektoen (HE) e ágar
com uma solução de hidróxido de sódio 0,1 Xilose-Lisina-Desoxicolato (XLD), sendo as
M, sendo o resultado expresso em porcenta­ colônias suspeitas submetidas à confirmação
gem (%) de ácido láctico. por testes bioquímicos.
A umidade dos queijos foi determina-
da em estufa de circulação de ar à 105 ºC, sendo Análise sensorial dos queijos
a quantidade de água evaporada expressa em
porcentagem (%) de umidade. A quantidade Os queijos recém-produzidos foram
de gordura das amostras foi extraída utilizan­ avaliados sensorialmente através de testes
do um extrator de Soxhlet, mantido sob reflu­ afe­tivos utilizando escala hedônica e escala
xo durante 6 h com éter de petróleo, sendo de atitude (QUEIROZ; TREPTOW, 2006).
o teor de lipídios determinado gravimetrica­ Os testes sensoriais foram conduzidos em
men­te e expresso em porcentagem (%). O cabines individuais com 54 julgadores não
teor de proteínas dos queijos foi determina­ treinados de ambos os sexos. Para realiza-
do utilizando o método de micro-kjeldahl, ção dos testes sensoriais foram excluídas pes­
uti­lizando um fator de correção de 6,38. O soas intolerantes à lactose ou a proteína do
con­teúdo de cinzas das amostras de queijos leite.
foi determinado após carbonização em cha­ Para o teste em escala hedônica foi
ma e calcinação em mufla à 560 ºC por 4 h, uti­lizada uma ficha de avaliação dividida em
sendo o teor de cinzas expresso em porcen­ nove pontos, contendo expressões que variam
ta­gem (%). desde “desgostei muitíssimo” correspon-
dente ao menor valor (1), indiferença (5) e
Análises microbiológicas “gostei muitíssimo” correspondendo ao maior
valor (9). Posteriormente, foram apresenta­
O aspecto higiênico-sanitário dos quei­ das de for­ma individual amostras de queijos,
jos recém-produzidos foi avaliado quanto servidas em copos plásticos codificados com

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algarismos de três dígitos e em ordem alea­ Foram preparadas as diluições das amostras,
tória, juntamente com um copo com água e em seguida inoculadas em ágar padrão de
bolacha para proceder à avaliação. contagem (PCA) pela técnica de espalhamen­
A escala para o teste de atitude foi to em superfície e incubadas a 35 ºC por 48
com­posta por cinco afirmativas, sendo seus horas, sendo os resultados das contagens ex­
extremos ancorados em “certamente com­ pressos em UFC/g.
praria” e “certamente não compraria”. Através
das respostas foi possível prever a intenção RESULTADOS E DISCUSSÃO
de compra do queijo com adição de óleos
essenciais. De acordo com a Instrução Normativa
As fichas de respostas preenchidas 62/2011 do MAPA (BRASIL, 2011) o leite
pelos julgadores foram organizadas e a es­ con­siderado normal deve manter sua esta­bi­
cala nominal foi transformada em valores lidade durante o teste de alizarol mantendo a
numéricos para análise dos resultados. No coloração rosa claro ou tijolo, sem presença
Quadro 1, estão as escalas utilizadas na ava­ de precipitado. O pH deve apresentar um va­
liação de aceitação e a intenção de compra lor entre 6,6 e 6,8 e a acidez deve se encon­
e os respectivos valores atribuídos a cada trar entre 14 e 18 ºD, a densidade deve estar
terminologia. Os dados foram convertidos entre 1,028 a 1,034 g/mL e a quantidade de
e analisados estatisticamente por análise de ex­trato seco deve ser de no mínimo 11,4%
variância (ANOVA) e as médias comparadas (KOBLITZ, 2011). Pode-se verificar que os
pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05) utilizando o pa­râmetros analisados na matéria-pri­ma (Ta­
Software Statistica 7.0. bela 1) estão de acordo com a legisla­ção e
a literatura, evidenciando um leite de boa
Estimativa de vida útil qualidade.
Com relação à carga microbiana total
Para a estimativa de vida útil dos quei­ presente no leite antes e após a pasteuriza-
jos foi realizada contagem de microrganis­ ção, pode-se verificar que o leite apre­sentava
mos mesófilos aeróbios totais a cada 7 dias ini­cialmente uma contagem total de micror-
ao longo de 35 dias de refrigeração (5 ºC). ganismos mesófilos de 6,6 x 103 UFC/mL,

Quadro 1 – Escalas de aceitação e intenção de compra e os respectivos valores dos termos


utilizados

Aceitação Intenção de compra


1 - Desgostei muitíssimo 1 - Certamente não compraria
2 - Desgostei muito 2 - Provavelmente não compraria
3 - Desgostei regularmente 3 - Talvez comprasse, talvez não comprasse
4 - Desgostei ligeiramente 4 - Provavelmente compraria
5 - Indiferente 5 - Certamente compraria
6 - Gostei ligeiramente
7 - Gostei regularmente
8 - Gostei muito
9 - Gostei muitíssimo

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indicando que o leite era proveniente de eram adicionados aos queijos em quantidades
animais sadios (máximo de 1 x 104 UFC/mL) muito pequenas (20 µg/100g de massa de
(TRONCO, 2013), assim o leite usado como queijo), já era esperado não haver diferen­ça
matéria-prima, além de apresentar uma boa significativa entre as amostras para análises
qualidade físico-química, apresenta tam­bém físico-químicas. Por isso, optou-se por ava­
uma boa qualidade microbiológica. Não foi liar (Tabela 2) somente duas amostras, uma
observado crescimento microbiano após a com a mistura dos dois óleos e outra controle
pasteurização, demostrando a eficiên­cia do (sem adição dos óleos), evitando assim o des­
processo. Segundo Pereda et al., (2005), a pas­ perdício de reagentes.
teurização visa destruir os micror­ga­nismos Os queijos produzidos tinham pH pró­
patogênicos não-esporulados e re­duzir sig- ximo da neutralidade e baixa acidez, re­
nificativamente a microbiota acompanhan- sultados semelhantes foram encontrados
te, sem apresentar modificações na natureza por outros autores para este tipo de produto
físico-química, nutritiva e sensorial do leite, (SANGALETTI et al., 2009; ROSA, 2004).
sendo que a mesma é obrigatória quando se Os queijos apresentaram umidade acima de
pretende produzir queijos com período de 55%, sendo considerados queijos de muita
ma­turação inferior a 2 meses. alta umidade (FERREIRA; FERREIRA,
Considerando que os óleos essenciais 2013), segundo Sangaletti (2007) queijos tipo

Tabela 1 – Análises físico-químicas do leite utilizado na elaboração dos queijos*

Análises Leite
pH 6,6 ± 0,1
Acidez (ºD) 16,6 ± 0,1
Extrato seco total (%) 12,7 ± 0,1
Densidade (g/mL) 1,028 ± 0,001
Alizarol Estável
* Resultados expressos como média ± desvio padrão.

Tabela 2 – Análises físico-químicas dos queijos*

Queijo com óleo Queijo controle


Análises/Amostras
essencial (misto) (branco)
pH 6,9 ± 0,1ª 6,9 ± 0,1ª
Acidez (%) 0,87 ± 0,1ª 0,87 ± 0,1ª
Umidade (%) 57,6 ± 0,5a 56,0 ± 0,5b
Lipídios (%) 31,3 ± 0,1ª 31,9 ± 0,2ª
Proteínas (%) 11,4 ± 0,3ª 12,0 ± 0,6ª
Cinzas (%) 0,9 ± 0,1a 1,0 ± 0,1ª
* Resultados expressos como média ± desvio padrão.
Letras iguais na mesma linha não diferem sig­nificativamente pelo teste de Tukey (p ≥ 0,05).

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Minas frescal geralmente apresentam teor estabelece o limite máximo de 10 2 UFC/g


de umidade superior a 55%. para coliformes termotolerantes, de 102 UFC/g
De acordo com Brasil (1996), o quei­ para Staphylococcus coagulase positiva e
jo Minas frescal deve apresentar um teor ausência de Salmonela em 25 g de pro­duto,
de lipídios no extrato seco entre 25,0% e pode-se constatar que todas as amos­tras se
44,9%, sendo classificados em relação ao mantive­ram dentro dos padrões. Os queijos
teor de gordura em desnatados (< 10,0%), também aten­d eram aos pa­d rões micro­
ma­gros (10,0 a 24,9%), semigordos (25,0 a biológicos de co­liformes termotoleran­tes,
44,9%), gordos (45,0 a 59,9%) e extragordos Staphylococcus coagulase positiva e a pre­
ou duplo creme (≥ 60,0%). Considerando sença de Salmonella sp. estabeleci­dos pela
essa legislação, os queijos produzidos se Por­taria nº 146/96 específica para queijo
en­quadram na classificação de semigordos, Minas frescal (BRASIL, 1996).
apresentando um teor em torno de 31%. O Estes resultados indicam que o tra­ta-
teor de proteína encontrado nos queijos foi mento térmico do leite realmente foi eficiente,
semelhante ao produzido por outros autores destruindo os microrganismos pato­gênicos,
(ROSA 2004; OLIVEIRA et al. 2013), po­rém, e que também as condições de manipulação
salienta-se que diferenças no percentual de e elaboração dos queijos foram adequadas.
proteínas podem ser decorrentes das etapas De acordo com Furtado (2005), se as condi­
de fabricação do queijo, devido não haver ções de elaboração não forem mantidas sob
padronização das técnicas utilizadas, entre rígido controle higiênico, o que nem sempre
elas: o tipo de salga, o tempo de maturação, ocorre, o queijo desenvolve facilmente ele­
bem como a quantidade de coalho adiciona­ vados índices de contaminação. O ataque
da à massa, pois em excesso, pode ocasionar mais comum vem do grupo coliforme (totais
maior proteólise, implicando na redução do ou termotolerantes) e de estafilococos pato­
teor de proteínas (OLIVEIRA et al., 2013). gênicos (Staphylococcus aureus).
O teor de cinzas encontrado para ambos A Tabela 4 apresenta os valores obti­
os queijos se encontrou ao redor de 1%, dos pelos diferentes queijos para os testes de
considerado normal para este tipo de queijo. aceitação e de intenção de compra onde par­
Os queijos recém-produzidos foram ticiparam da análise sensorial 54 julgado­res
submetidos a análises microbiológicas de com faixa etária de 17 a 58 anos de idade,
co­liformes termotolerantes, Staphylococcus com média de 23 anos, onde a maioria relatou
coa­gulase positiva e a presença de Salmonella que possuía o hábito de consumir queijo. Pe­
sp. Segundo os padrões vigentes da Reso­ ran­te os avaliadores, em relação à aceita­ção,
lução RDC nº 12/2001 (ANVISA, 2001), que os queijos com óleo essencial de orégano e

Tabela 3 – Análises microbiológicas dos queijos

Amostras de queijos
Análises
Orégano Gengibre Misto Controle
Coliformes termotolerantes (NMP/g) < 3 < 3 < 3 <3
Staphylococcus coag. (UFC/g) *nd *nd *nd *nd
Salmonella sp. (em 25g) ausente ausente ausente ausente
* nd = não detectado.

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o con­trole foram os que obtiveram melho­- A contagem dos microrganismos me­


res índices, não diferindo estatisticamente sófilos tem sido usada como indicador da
(p ≤ 0,05) e ambos se enquadraram entre os qualidade higiênica dos alimentos, fornecen­
conceitos “gostei regularmente” e “gostei do ideia sobre seu tempo de conservação
muito”. (SILVA et al., 2010). A maioria das bacté­rias
O queijo com o óleo essencial de gen­ patogênicas é mesófila, assim quando se
gibre se enquadrou entre os conceitos de “in- analisar um alimento e encontrar um eleva­
diferente” e “gostei ligeiramente” já o queijo do número de bactérias deste grupo é sinal
misto se enquadrou nos conceitos “gostei de que podem existir bactérias patogênicas
ligeiramente” e “gostei regularmente”. Ficou no produto (ROSA, 2004). Os resultados da
claro que a adição do óleo essencial de gen­ contagem global de microrganismos mesófi-
gibre aos queijos na concentração testada, los aeróbios estão dispostos na Tabela 5, onde
afetou negativamente a qualidade sensorial se constatou que no tempo zero (queijos re­
dos queijos, principalmente com relação ao cém-produzidos) todos os quatro tipos de
sabor. queijos não apresentaram crescimento de
Em relação à intenção de compra tam­ mi­crorganismos mesófilos aeróbios, demons­
bém foi constatado que o queijo com adição trando que os queijos foram produzidos em
do óleo essencial de orégano e o queijo sem condi­ç ões higiênico sanitárias adequadas.
adição de óleo essencial (controle) foram os Sangatelli et al. (2010), em um estudo da
que apresentaram melhores intenções, ambos vida útil de queijo Minas, verificaram que o
se enquadraram entre os conceitos “prova­ queijo no dia seguinte a produção apresenta­va
velmente compraria” e “certamente com­ contagem microbiana entre 2,7 log UFC/g a
praria”. O queijo com a mistura dos óleos 4,9 log UFC/g (5,6 x 102 UFC/g a 8,1 x 104
essenciais se enquadrou entre os conceitos UFC/g), resultado próximo ao que foi en­
“talvez comprasse, talvez não comprasse” e contrado em 7 dias de armazenamento, onde
“provavelmente compraria”. Já o queijo com foi verificado um crescimento ao redor de
o óleo essencial de gengibre se enquadran­ 102 a 103 UFC/g, sendo que o queijo con­trole
do entre os conceitos “provavelmente não apresentou o menor crescimento seguindo
compraria” e “talvez comprasse, talvez não dos queijos com óleo essencial de oré­g a­
comprasse”. Estes resultados indicam que no, gengibre e misto. Em 14 dias de arma­
a adição de óleo essencial de orégano aos ze­n amento, o queijo com óleo essencial
queijos na concentração testada possuía acei­ de orégano foi mais eficiente no controle
tação e intenção de compra similar ao quei- microbia­n o com contagens de 10 4 UFC/g,
jo controle. enquanto os demais queijos apresentavam

Tabela 4 – Notas dos testes sensoriais atribuídos aos queijos*

Valor mín. e Amostras de queijos


máx. da escala Orégano Gengibre Misto Controle

Aceitação 1 a 9 7,5 ± 1,86ª 5,2 ± 2,35c 6,3 ± 1,98b 7,6 ± 1,12ª


Intenção de compra 1 a 5 4,2 ± 0,94ª 2,9 ± 1,27c 3,5 ± 1,13b 4,4 ± 0,71ª
* Resultados expressos como média ± desvio padrão.
Letras iguais na mesma linha não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p ≥ 0,05).

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162 PRESENTE, J. G. et al.

contagens acima de 105 UFC/g. Em 21 dias mesófilos aeróbios em alimentos. No entanto,


de ar­m azenamento também foi observado segundo Wolupeck et al. (2012), a legislação
que o queijo com óleo essencial de orégano sanitária do Estado de São Paulo considera
foi mais eficiente no controle dos micror­ga­ o valor de 1x106 UFC/g como limite para a
nismos, seguido res­pectivamente pelos quei- contagem de aeróbios mesófilos em produtos
jos com óleo essen­cial de gengibre, quei­jo alimentícios manipulados. Franco e Landgraf
controle e misto. (2008) também relatam que quando ocorrem
Após 28 dias de armazenamento os alterações detectáveis a maioria dos alimentos
queijos apresentaram contagens de 106 a 107 apresentam números superiores a 106 UFC/g
UFC/g, sendo que os queijos com os óleos do alimento. Portanto, os queijos adicionados
essenciais se mostraram mais eficien­tes no de óleos essenciais de orégano e gengibre
controle dos microrganismos mesófilos aeró­ apresentaram um período de vida útil de até
bios do que no queijo controle. Resultado este 21 dias, enquanto o controle e o queijo misto
também observado com 35 dias de arma­ze- de aproximadamente 14 dias, indicando que
namento, onde todos os queijos pro­duzidos a adição de óleos essenciais de forma indivi­
com adição dos óleos essenciais apresenta­ dual se mostrou mais eficiente no controle
ram contagens de 108 UFC/g e queijo con- mi­c robiano. A adição de óleos essenciais
tro­le acima de 109 UFC/g, induzindo que o de orégano e de gengibre contribuíram para
uso dos óleos essenciais contribui para um que os queijos tivessem uma semana a mais
maior tempo de armazenamento. Sangaletti de vida útil. Dagostin (2011) menciona que
et al. (2009) também avaliaram as alterações este tipo de queijo geralmente tem validade
de queijos Minas frescal durante o arma­ curta, em torno de 20 dias, sendo ainda uti­
ze­namento por 30 dias a 4 ºC, por meio de lizada embalagem à vácuo para o produto.
aná­l ises microbiológicas e verificaram um Em nosso estudo foram obtidos resultados
crescimento contínuo de microrganismos me- semelhante para os queijos adicionados de
­sófilos aeróbios durante todo o período de óleos essenciais de orégano e gengibre sem
estudo, atingindo cargas microbianas muito utilizar embalagem à vácuo, ressaltando que
mais elevadas, ao redor de 11,5 log UFC/g o uso combinado com outro método de con­
(3 x 1011 UFC/g). servação poderia estender ainda mais a de
A legislação brasileira federal não esta- vida útil desses queijos.
­belece limite para o total de microrganis­mos

Tabela 5 – Contagem microbiana total (UFC/g) dos queijos tipo Minas frescal adicionados de
óleos essenciais

Dias de armazenamento
Queijos
0 7 14 21 28 35
Orégano *nd 1,0 x 103 2,0 x 104 1,5 x 104 7,2 x 106 3,3 x 108
Gengibre *nd 2,4 x 10 3
6,0 x 10 5
8,8 x 10 5
3,2 x 10 6
1,5 x 108
Misto *nd 3,9 x 103 1,0 x 105 2,3 x 107 3,9 x 106 1,5 x 108
Controle *nd 5,8 x 102 3,4 x 105 9,8 x 106 1,5 x 107 8,4 x 109
* nd = não detectado.

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Aceitação e conservação de queijos frescos elaborados com óleos essenciais 163

CONCLUSÕES Identidade e Qualidade de Leite Pasteuriza­do


e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite
O uso de óleos essenciais de orégano Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel,
e gengibre, utilizados separadamente na ela- em conformidade com os Anexos desta Ins­
boração dos queijos tipo Minas frescal, tru­ção Normativa. Diário Oficial da Repú­
foi promissor no controle de microrganis­ blica Federativa do Brasil, 30 dez. 2011.
mos mesófilos aeróbios totais até 21 dias Seção 1, p. 6.
de armazenamento. O queijo adicionado de
óleo essencial de orégano e o queijo controle BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuá­
tiveram a mesma aceitação e intenção de ria e Abastecimento.Portaria nº 146, de 07
compra, demonstrando que a adição do óleo de março de 1996. Aprova os Regulamentos
essencial de orégano na massa de queijo Técnicos de Identidade e Qualidade de Quei­
além de conferir propriedade conservante se jos. Diário Oficial da República Federati­
mostrou bem aceito pelos consumidores. va do Brasil, 11 mar. 1996. Seção 1, Página
3977.
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À Universidade Federal do Rio Grande na produção de biomassa de plantas, teor
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pelo su­porte e financiamento da pesquisa. (Origanum vulgare L.) em cultivo protegido.
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gulamento Técnico de Produção, Identidade CPT (Centro de Produções Técnicas), 2013.
e Qualidade do Leite tipo A, o Regulamento p. 71-109.
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