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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE FARMÁCIA
LABORATÓRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE
PFA 029 - DISCIPLINA ANÁLISES FARMACOPEICAS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE DISCIPLINA


PROTOCOLO DE ANÁLISE / ESTUDO DE EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA

Elaborar protocolo analítico de um insumo farmacêutico ativo e/ou uma especialidade


OBJETIVO farmacêutica segundo monografia descrita na Farmacopeia Brasileira 6ª ed. e em outra
monografia autorizada no Brasil pela RDC nº 37/2012 .

INTEGRANTES DO GRUPO: Amanda Neves Matos


Letícia Rodrigues Chenna
GRUPO 1 Paulina Berti

PROFESSOR ORIENTADOR: Gerson Antônio Pianetti

Número: Estudo:
PAO 001/2020 Protocolo de Análise de Orientação

Classe - Analgésicos Não Narcóticos e Antipiréticos


Terapêutica
- Analgésico;
- Antipirético;
- Anti-inflamatório não-esteroide;
Principais
- Antiagregante plaquetário,
usos
- Alivio enxaqueca
Terapêuticos
- Utilizado em distúrbios Inflamatórios agudos e crônicos
- Prevenção secundária de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) e Infarto
Agudo do Miocárdio (IAM)

2 DADOS: Insumo Farmacêutico Ativo


Dados das amostras: TESTE REFERÊNCIA
Nome genérico (DCB ou DCI): Ácido Acetilsalicílico Padrão de AAS ≥99.0%
Nome fantasia: Não se aplica Não se aplica
Fabricante: SEQENS EDS Sigma-Aldrich
Forma farmacêutica: Pó Pó
Concentração: Não se aplica Não se aplica

1
Número do lote: Não se aplica Não se aplica
Data de fabricação: Não se aplica Não se aplica
Prazo de validade: Não se aplica Não se aplica

Observações e comentários
Simulação de protocolo de análise, portanto não se tem nome fantasia, número de lote, data de
fabricação e prazo de validade. Dados verificados e validados das seguintes farmacopeias;
- Farmacopeia Brasileira 6º edição volumes 1 e 2
- Farmacopeia internacional 19º edição
- Farmacopeia Europeia 5º edição

3FÓRMULA E MASSA MOLECULAR

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Item Ensaio

4.1 DESCRIÇÃO

4.2 Limites Farmacopeicos

4.3 IDENTIFICAÇÃO

4.4 ENSAIOS DE PUREZA

4.4.1 Cinzas Sulfatadas


4.4.2 Perda por Dessecação
4.4.3 Substâncias Relacionadas
4.4.4 Metais Pesados
4.5 DOSEAMENTO

Observações e comentários do item


2
Este protocolo de análise do IFA ácido acetilsalicílico teve como referência a Farmacopeia Brasileira
6a edição (FB 6a edição). Comparações com as monografias da Farmacopeia Internacional 9a edição
e da Farmacopeia Europeia 5º edição foram realizadas e as diferenças encontradas foram descritas
em “Observações e comentários”.

DESCRIÇÃO
4.1
Descrição da amostra:
Pó cristalino.
Característica físico-quimicas:
4.1.1
Pó cristalino brancoou cristais incolores, geralmente inodoro.
Solubilidade:
4.1.2
Pouco solúvel em água, muito solúvel em etanol. Solúvel em éter etílico.
Faixa de fusão:
4.1.3
Em torno de 143ºC
SQR:
4.1.4
AAS ≥99.0%
Critérios de aceitação:
4.1.5 A amostra deve obedecer as características organolépticas citadas acima, assim como fundir
na temperatura mencionada.
Amostragem:
Realizar a amostragem conforme orientação da documentação do fabricante.
4.1.5
A amostragem deve ser conduzida em locais definidos, sob condições ambientais
adequadas, de forma a impedir a contaminação cruzada.

Observações e comentários
Ao consultar a Farmacopeia internacional 19ª edição foi encontrado:
O ácido acetilsalicílico deve ser mantido em um recipiente bem fechado, protegido da luz. Mesmo na
ausência de luz, o ácido acetilsalicílico é gradualmente degradado quando exposto a uma atmosfera
úmida, sendo a decomposição mais rápida em temperaturas mais altas.

4.2 Limites Farmacopeicos


Método do ensaio:
4.2.1 Doseamento por titulação, onde cada mL gasto de hidróxido de sódio 0,5M SV equivale a
45,040mg de C9H8O4.
Critérios de aceitação:
4.2.2 Contém no mínimo, 99,5% e, no máximo, 101,0% de C9H8O4, em relação a substância
dessecada. (FB 6º)

Observações e comentários
O limite encontrado na farmacopeia internacional foi de no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de

3
C9H8O4, em relação a substância seca.

4.3 IDENTIFICAÇÃO: Monografias e Métodos Gerais


Espectro de absorção no infravermelho
Princípio do método: As técnicas espectrofotométricas estão fundamentadas na absorção
da energia eletromagnética por moléculas que depende tanto da concentração quanto da
estrutura das mesmas. De acordo com o intervalo de frequência da energia eletromagnética
aplicada, a espectrofotometria de absorção pode ser dividida em ultravioleta, visível e
infravermelho, podendo ser utilizada como técnica de identificação e quantificação de
substâncias.

Descrição do método: Na região do infravermelho médio (MIR) ocorrem somente transições


de energia vibracional por ser a radiação nesta região insuficientemente energética para
promover transições eletrônicas. As vibrações induzidas por radiação infravermelha
compreendem estiramentos e tensionamentos de ligações inter-atômicas e modificações de
ângulos de ligações. Os espectros no infravermelho próximo (NIR) são caracterizados pela
absorção da radiação por sobretons e combinação de modos vibracionais fundamentais de
ligações como C-H, N-H, O-H e S-H. As bandas de um espectro NIR, são, geralmente, mais
fracas que as bandas do espectro MIR. Informações químicas e físicas, de característica
qualitativa e quantitativa, podem ser obtidas a partir do espectro NIR. Porém, a comparação
4.3.1 direta entre o espectro da amostra e da substância química de referência não é
recomendada. A espectrofotometria NIR é amplamente utilizada para análises físicas e
químicas, como por exemplo: quantificação e identificação de princípios ativos e excipientes,
identificação de formas cristalinas e polimorfas, determinação do tamanho de partícula,
padrão de desintegração e controle de processo.

Critérios de aceitação: Identificação com 2 mL de etanol e 2 mL de ácido sulfúrico. Forma-


se acetato de etila, de odor característico.

Equipamentos necessários: Os espectrofotômetros utilizados para aquisição de espectros


no infravermelho médio e próximo consistem de uma fonte de luz, monocromador ou
interferômetro e detector, e permitem a obtenção de espectros na região compreendida entre
750 a 2500 nm (13300 a 400 cm-1). A espectrofotometria no infravermelho próximo (NIR) é
uma técnica que permite a obtenção de espectros na região compreendida entre 13300 a
4000 cm-1 (750 a 2500 nm). Os espectrofotômetros na região do NIR são constituídos de
fonte de radiação apropriada, monocromador ou interferômetro e detector. Cubetas
convencionais, fibras ópticas, células de transmissão e acessórios para reflexão difusa são os
acessórios mais comuns para aquisição dos espectros.

Observações e comentários

4.4 ENSAIO DE PUREZA: Monografias e Métodos Gerais


4.4.1 Cinzas Sulfatadas

4
Princípio do método: Cinzas sulfatadas compreendem o resíduo não volátil à incineração
na presença de ácido sulfúrico, conforme a técnica especificada. Em geral, o ensaio visa a
determinar o teor de constituintes ou impurezas inorgânicas contidas em substâncias
orgânicas. Também se destina à determinação de componentes inorgânicos em misturas e
da quantidade de impurezas contidas em substâncias inorgânicas termolábeis.

Descrição do método: Pesar exatamente de 1g de substância pulverizada, transferir para


cadinho previamente calcinado, esfriado em dessecador e tarado, e adicionar cerca de 1
mL de ácido sulfúrico. Aquecer brandamente até carbonização em temperatura não
superior a 600 o C ± 50 o C. Esfriar e adicionar lentamente cerca de 1 mL de ácido
sulfúrico para umedecer o resíduo, carbonizar e incinerar com aquecimento gradativo até
600 o C ± 50 o C. Esfriar, pesar novamente e incinerar por mais 30 minutos. Repetir até
que a diferença entre duas pesagens sucessivas não seja maior que 0,5 mg.

Critérios de aceitação: No máximo 0,1%

Substância Química de Referência; materiais e reagentes necessários: Ácido acetil


salicílico, cadinho, dessecador, mufla e ácido sulfúrico.
Perda por dessecação
Princípio do método: Esse ensaio se destina a determinar a quantidade de substância
volátil de qualquer natureza eliminada nas condições especificadas na monografia.

Descrição do método: Pesar, exatamente 1g de amostra e transferir para pesa-filtro


chato previamente dessecado durante 30 minutos nas mesmas condições a serem
empregadas na determinação. Após resfriamento em dessecador, pesar o pesa-filtro,
tampado, contendo a amostra. Agitar o pesa-filtro brandamente para distribuir a amostra
da maneira mais uniforme possível, a uma altura ideal de 5 mm. Colocar o pesa-filtro na
estufa, retirar a tampa, deixando-a também na estufa. Secar a amostra (geralmente a 105
°C) e por um determinado prazo (geralmente 2 horas). Esfriar até temperatura ambiente
em dessecador. Pesar. Repetir a operação até peso constante.

Critérios de aceitação: No máximo 0,5%.

Substância Química de Referência; materiais e reagentes necessários: Ácido


4.4.2 acetilsalicílico, pesa filtro, estufa e dessecador.

4.4.3 Substâncias Relacionadas

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Princípio do método: A cromatografia a líquido de alta eficiência (CLAE) é uma técnica
de separação fundamentada na distribuição dos componentes de uma mistura entre duas
fases imiscíveis, a fase móvel, líquida, e a fase estacionária sólida, contida em uma coluna
cilíndrica. As separações são alcançadas por partição, adsorção, troca iônica, exclusão por
tamanho ou interações estereoquímicas, dependendo do tipo de fase estacionária
utilizada. A CLAE apresenta vantagens sobre a cromatografia a gás para as análises de
combinações orgânicas. Amostras não voláteis e termolábeis são, preferencialmente,
analisadas por CLAE. A maioria das análises farmacêuticas está baseada no método de
separação por partição e devem ocorrer em tempo curto de análise. Vários fatores
químicos e físico-químicos influenciam na separação cromatográfica, os quais dependem
da natureza química das substâncias a serem separadas, da composição e vazão da fase
móvel, da composição e área superficial da fase estacionária.
Descrição do método: Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 237 nm;
coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), mantida à temperatura ambiente;
fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto. Preparar as soluções descritas a seguir
imediatamente antes do uso.
Injetar, separadamente, 10 µL da Solução padrão 1 e da Solução amostra, registrar os
cromatogramas durante sete vezes o tempo de retenção do ácido salicílico e medir as
áreas sob os picos. Desconsiderar os picos com área inferior a 0,25 vezes a área sob o
pico principal obtido com a Solução padrão 1. Qualquer pico secundário obtido com a
Solução amostra deve ser menor que o pico principal obtido com a Solução padrão 1
(0,1%).
Preparo de soluções: Fase móvel: mistura de ácido fosfórico, acetonitrila e água
(2:400:600).
Solução amostra: dissolver 0,10 g da amostra em acetonitrila e completar o volume para
10 mL com o mesmo solvente.
Solução padrão 1: dissolver 50,0 mg de ácido salicílico até o volume de 50 mL com Fase
móvel. Diluir 1 mL dessa solução com Fase móvel até 100 mL.
Solução padrão 2: dissolver 10,0 mg de ácido salicílico até o volume de 10 mL com Fase
móvel. Diluir 1 mL dessa solução com 0,2 mL da Solução amostra até 100 mL com Fase
móvel. Injetar replicatas de 10 µL da Solução padrão 2. A resolução entre ácido
acetilsalicílico e ácido salicílico é, no mínimo, 6,0. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas sob os picos registrados é, no máximo, 2,0%.
Critérios de aceitação: A soma das áreas sob os picos secundários obtidos com a
Solução amostra deve ser menor que 2,5 vezes a área sob o pico principal obtido com a
Solução padrão 1 (0,25%).
Aparelhagem: O equipamento utilizado consiste em um reservatório que contém a fase
móvel, uma bomba com a finalidade de impelir a fase móvel pelo sistema cromatográfico,
um injetor para introduzir a amostra no sistema, uma coluna cromatográfica, um detector e
um dispositivo de captura de dados, como um software, integrador ou registrador. Além de
receber e enviar informações para o detector, softwares são utilizados para controlar todo
o sistema cromatográfico, proporcionando maior operacionalidade e logística de análise.

4.4.4 Metais pesados

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Princípio do método: A determinação de metais pesados pode ser efetuada por dois
métodos: ensaio limite por formação de partículas sólidas de sulfetos ou determinação por
espectrometria atômica. O ensaio limite consiste na formação de partículas sólidas dos
sulfetos de metais pesados, em suspensão, e posterior comparação visual da intensidade
da cor nas preparações amostra e padrão em tubo de Nessler. O ensaio é semi
quantitativo e possibilita inferir se a amostra passa ou não no teste, representando o
somatório da concentração dos elementos contaminantes na amostra.
Descrição do método: a cada uma das preparações adicionar 2 mL de tampão acetato
pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir com água para 50 mL, homogeneizar e deixar em
repouso por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á coloração que varia do amarelo
ao preto. Observar as preparações de cima para baixo, segundo o eixo vertical do tubo,
sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na preparação amostra não é mais
intensa do que na padrão.
Preparo de soluções: Dissolver 2 g da amostra em 25 mL de acetona e adicionar 1 mL
de água. Adicionar 1,2 mL de tioacetamida SR e 2 mL de tampão acetato pH 3,5. Deixar
em repouso por 5 minutos. Qualquer coloração desenvolvida não é mais escura do que a
de um padrão preparado com 25 mL de acetona, 2 mL de Solução padrão de chumbo (10
ppm Pb), 1,2 mL de tioacetamida SR e 2 mL de tampão acetato pH 3,5. (FB 6ºEd).
Use 1,0 gr e 25 mL de acetona R para a preparação da solução de teste; determinar o teor
de metais pesados de acordo com o Método A; (FI 19ºEd e FE 5º)
Critérios de aceitação: No máximo 0,001% (10 ppm). (FB 6ºEd) Não mais de 20 μg / g.
(FI 19ºEd e FE 5º)
Substância Química de Referência; materiais e reagentes necessários:Preparação
padrão: transferir para tubo adequado 2 mL de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e
diluir para 25 mL com o mesmo solvente empregado para a dissolução da amostra. Ajustar
o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel
indicador de faixa estreita como indicador externo. Diluir com o mesmo solvente
empregado para a dissolução da amostra para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
Preparação controle: transferir para um terceiro tubo volume de solução da amostra
preparada conforme descrito na monografia ou em preparação amostra e adicionar 2 mL
de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb). Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético
M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de faixa estreita como indicador
externo. Diluir com o mesmo solvente empregado para a dissolução da amostra para
aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
Preparo do reagente de tioacetamida: dissolver 4 g de tioacetamida em água e completar
o volume a 100 mL. Tomar 0,2 mL e adicionar a 1 mL da mistura de hidróxido de sódio M,
5 mL de água e 20 mL de glicerina. Aquecer em banho-maria por 20 s, resfriar e utilizar
imediatamente.

Contagem do número total de micro-organismos mesofílicos

Com esse teste é possível determinar o número total de bactérias mesófilas e fungos em
produtos e matérias-primas não estéreis e é aplicado para determinar se o produto
satisfaz às exigências microbiológicas farmacopeicas. Quando usado para esse propósito,
deve-se seguir as indicações dadas, incluindo o número de amostras tomadas e
4.4.5 interpretação dos resultados. O teste não é aplicado para produtos que contêm micro-
organismos viáveis como ingrediente ativo. Esse teste consiste na contagem da população
de microorganismos que apresentam crescimento visível, em até 5 dias, em Ágar caseína-
soja a 32,5 o C ± 2,5 o C e em até 7 dias, em Ágar Sabouraud-dextrose a 22,5 o C ± 2,5 o
C. Métodos microbiológicos alternativos, inclusive os automatizados, podem ser utilizados
desde que sua equivalência com o método farmacopeico tenha sido devidamente
validada.

Produtos de natureza não lipídica insolúveis em água


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Preparar uma suspensão de 10 g ou 10 mL da mistura de amostra em solução tampão
cloreto de sódio-peptona, pH 7,0 ou caldo de caseína-soja ou um outro diluente adequado.
Em geral, a proporção de diluente e amostra é de 10:1, mas as características do produto
podem exigir que seja alterada essa relação. Pode ser adicionado agente tensoativo como
polissorbato 80, na concentração de 1 g/L, para facilitar a dispersão. Se necessário,
ajustar o pH para 6,0 a 8,0. Preparar diluições decimais sucessivas com o mesmo
diluente.

A escolha do método de determinação deve ser devidamente validada. Tendo isso em


vista, os seguintes métodos são possíveis:

Filtração por membrana

Utilizar equipamento de filtração que possibilite a transferência da membrana para os


meios de cultura. As membranas de nitrato de celulose, por exemplo, podem ser utilizadas
para soluções aquosas, oleosas ou fracamente alcoólicas e as membranas de acetato de
celulose para soluções fortemente alcoólicas. Preparar a amostra usando método mais
adequado previamente determinado Transferir 10 mL, ou a quantidade de diluição que
represente 1 g ou 1 mL da amostra a ser testada, para duas membranas e filtrar
imediatamente. Se necessário, diluir a amostra de forma a obter contagem de colônias
entre 10 e 100 UFC. Lavar as membranas pelo menos três vezes com aproximadamente
100 mL do fluido de lavagem adequado. Transferir uma das membranas para a superfície
de uma placa contendo ágar caseína-soja, incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3-5 dias,
para determinação do número de micro-organismos aeróbicos totais. Transferir a outra
membrana para a superfície de uma placa contendo ágar Sabouraud-dextrose e incubar a
22,5 ºC ± 2,5 °C durante 5-7 dias, para a determinação de bolores e leveduras. Calcular o
numero de UFC por grama ou mililitro do produto. Quando analisar dispositivos
transdérmicos e produtos médicos, filtrar, separadamente, 10% do volume da preparação,
conforme procedimento de adequação do produto, e proceder à lavagem e incubação
conforme descrito anteriormente.

Contagem em placa

Método de profundidade - Adicionar 1 mL da amostra preparada como descrito em


Preparação das amostras, em placa de Petri e verter, separadamente, 15 - 20 mL de ágar
caseína soja e, ágar Sabouraud-dextrose mantidos a 45 - 50 °C. Utilizar duas placas para
cada meio e diluição. Incubar as placas contendo ágar caseína-soja a 32,5 ºC ± 2,5 °C
durante 3 - 5 dias e as placas contendo ágar Sabourauddextrose a 22,5 ºC ± 2,5 °C
durante 5-7 dias para determinação do número de micro-organismos aeróbicos totais e
bolores e leveduras, respectivamente. Somente as placas que apresentarem numero de
colônias inferior a 250 (bactérias) e 50 (bolores e leveduras) por placa deverão ser
consideradas para o registro dos resultados. Tomar a média aritmética das placas de cada
meio e calcular o número de UFC por grama ou mL do produto. Método de superfície -
adicionar em placas de Petri, separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e ágar
Sabouraud-dextrose e deixar solidificar. Secar as placas. Adicionar à superfície de cada
meio de cultura, 0,1 mL da amostra preparada como descrito em Preparação das
amostras. Incubar as placas contendo ágar caseína-soja a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3-5
dias e as placas contendo ágar Sabouraud-dextrose a 22,5 ºC ± 2,5 °C durante 5 - 7 dias
para determinação do número de micro-organismos aeróbicos totais e bolores e
leveduras, respectivamente. Tomar a média aritmética das placas de cada meio e calcular
o número de UFC por grama ou mL do produto.

Número Mais Provável

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Preparar a amostra conforme procedimentos de adequação do produto. Preparar diluições
1:10; 1:100; 1:1000. Transferir 1 mL de cada uma das diluições, para 3 tubos, contendo
cada um, 9 mL de caldo caseína-soja. Incubar todos os tubos a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3
- 5 dias. Anotar o número de tubos positivos e o número de tubos negativos. Se a natureza
da amostra tornar a leitura difícil, como, por exemplo, uma suspensão, efetuar subcultura
para o mesmo caldo ou para ágar caseína-soja por 2 dias na mesma temperatura.
Determinar o número mais provável de micro-organismos viáveis por grama ou mililitro do
produto.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos

Esse método possibilita verificar a presença ou a ausência de micro-organismos


específicos em meios seletivos. Os procedimentos experimentais devem incluir etapas de
pré enriquecimento para garantir a recuperação dos microorganismos, se presentes no
produto.

Procedimento

Bactérias gram-negativas bile tolerantes


Preparo da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de não
menos que 1 g ou 1 mL do produto a ser testado, usando caldo caseína-soja (Diluição A)
como diluente. Homogeneizar e incubar a 22,5 ºC ± 2,5 °C por 2 horas e não mais que 5
horas (tempo necessário para reativar a bactéria, mas não o suficiente para estimular a
multiplicação do micro-organismo).

Teste de ausência - Homogeneizar a Diluição A e transferir volume correspondente a 1 g


ou 1 mL do produto para o Caldo de Enriquecimento de Enterobactérias segundo Mossel
(Aeromonas e Pseudomonas também podem crescer neste meio, bem como outros tipos
de bactérias). Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C por 24 a 48 horas. Preparar subcultura em placas
contendo Ágar Violeta Vermelho Neutro Bile Glicose. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante
18 a 24 horas.O produto cumpre o teste se não houver crescimento de colônias.

Teste quantitativo (seleção e subcultura) - Diluir quantidade apropriada da Diluição A


4.4.6 para o Caldo de Enriquecimento de Enterobactérias segundo Mossel, de modo a obter
diluições contendo 0,1; 0,01 e 0,001 g (ou 0,1; 0,01 e 0,001 mL) do produto a ser testado.
Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 24 a 48 horas. Para cada tubo positivo, realizar
subculturas em Agar Violeta Vermelho Neutro Bile Glicose. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C
durante 18 a 24 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias bem desenvolvidas de bactérias Gram-


negativas, geralmente vermelhas ou avermelhadas, indica contaminação (resultado
positivo). Anotar os resultados positivos e negativos. Determinar o número mais provável
de bactérias por grama ou mililitro do produto.

Escherichia coli

Preparo da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinado. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de
Caldo de Enriquecimento (Caldo Caseína-soja), ou quantidade correspondente a 1 g ou 1
mL. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir 1 mL da amostra enriquecida para 100 mL de


Caldo MacConkey. Incubar a 43 ºC ± 1 °C durante 24 – 48 horas. Realizar subcultura em
placa de Agar MacConkey e incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 72 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias vermelhas, geralmente não mucosas, com


micromorfologia característica de bacilo Gram-negativo, indica presença provável de E.coli
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que deve ser confirmada por testes de identificação microbiana. O produto cumpre o teste
se não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas microbianas forem
negativas.

Salmonella

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 10 g, ou 10 mL do produto a ser examinado. Homogeneizar e incubar 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir 0,1 mL do conteúdo para 10 mL de Caldo


Enriquecimento Salmonella Rappaport Vassiliadis. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a
24 horas. Realizar subcultura em placa contendo Agar Xilose Lisina Desoxicolato e
incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias bem desenvolvidas, vermelhas com ou sem


centro negro indica presença provável de Salmonella que deve ser confirmada por testes
de identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for observado crescimento
de tais colônias ou se as provas microbianas forem negativas.

Pseudomonas aeruginosa

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinado. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de
Caldo de Caseína-soja ou quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL. Homogeneizar e
incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas. Quando testar o dispositivo transdérmico,
filtrar 50 mL de Caldo Caseína-soja por membrana estéril e transferir a membrana para
100 mL de Caldo Caseína-soja. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir uma alça para placa contendo Agar Cetrimida.
Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 – 72 horas. O crescimento de colônias indica
presença provável de Pseudomonas aeruginosa que deve ser confirmada por testes de
identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de
tais colônias ou se as provas de identificação forem negativas.

Staphylococcus aureus

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinada. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de
Caldo de Enriquecimento (Caldo Caseína-soja) ou quantidade correspondente a 1 g ou 1
mL. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas. Quando testar o
dispositivo transdérmico, filtrar 50 mL de Caldo de Enriquecimento por membrana estéril e
transferir a membrana para 100 mL de Caldo Caseína-soja. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C
durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir uma alça para placa contendo Agar Sal Manitol.
Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 – 72 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias amarelas ou brancas rodeada por uma zona


amarela indica presença provável de S. aureus que deve ser confirmada por testes de
identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de
tais colônias ou se as provas de identificação foram negativas.

Clostridium

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Preparação da amostra e pré-incubação - Utilizar duas frações iguais correspondentes
a não menos que 1 g ou mL do produto a ser examinado. Aquecer uma das porções a 80
°C durante 10 minutos e esfriar imediatamente. Inocular 10 mL de cada fração
homogeneizada em 2 frascos contendo 100 mL de meio Caldo Reforçado para
Clostridium. Incubar em anaerobiose a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 48 horas.

Seleção e subcultura - Transferir uma alça de cada frasco para placa contendo Agar
Columbia. Incubar em anaerobiose a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias catalase negativas, com micromorfologia de


bacilo Gram-positivo (com ou sem endósporos) indica presença provável de Clostridium. O
produto cumpre o teste se não for observado crescimento de micro-organismo anaeróbio
ou se o teste de catalase for negativo.

Candida albicans

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g, ou mL do produto a ser examinado. Utilizar 10 mL da diluição para 90
mL de Caldo Sabouraud Dextrose. Incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3 a 5 dias.

Seleção e subcultura - Transferir uma alça para placa contendo Agar Sabouraud
Dextrose ou Agar Nickerson. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 24 – 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias brancas em Agar Sabouraud ou colônias


marrom/preta em Agar Nickerson indica presença provável de C. albicans que deve ser
confirmada por testes de identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for
observado o crescimento das colônias.

Observações e comentários
Encontradas diferenças pequenas de valores entre a Farmacopeia Brasileira x Farmacopeia
Internacional/ Farmacopeia Europeia.

A Farmacopeia Europeia utiliza como método para ensaio de pureza de substâncias relacionadas a
cromatografia líquida.
Tanto para o teste 4.4.5 e 4.4.6 a amostra cumpre o teste.
Para cada teste de pesquisa de nicroorganismos patogênicos encontra-se diferentes interpretações.
Para cada microorganismo, sua própria interpretação deve ser levada em consideração

Observações e comentários

4.5 Doseamento
OUTROS
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Princípio do método: A Titulometria é a análise quantitativa que se realiza para
determinar a concentração de uma solução. Mais conhecida como titulação,
esta análise permite dosar uma solução e determinar a sua quantidade por intermédio de
outra solução de concentração conhecida.

Descrição do método:Ao abrir a torneira da bureta, começará a reação entre o ácido e a


base. A titulação termina quando é evidenciada a mudança de cor da solução do
erlenmeyer.
A coloração obtida indica se o meio é ácido ou básico, o que depende do tipo de indicador
utilizado (observe no quadro de indicadores acima mencionado).
Preparo de soluções: * Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, transferir para
erlenmeyer de 250 mL com tampa e dissolver em 10 mL de etanol. Adicionar 50 mL de
hidróxido de sódio 0,5 M SV. Deixar em repouso por 1 hora. Adicionar 0,2 mL de
fenolftaleína SI como indicador e titular com ácido clorídrico 0,5 M SV. Realizar ensaio em
branco e efetuar as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio 0,5 M SV
equivale a 45,040 mg de C H O . – Segundo Farmacopeia Brasileira 6ºEd Vol 2
9 8 4
*Para cerca de 0,20 g, pesados com precisão, adicionar 50 mL de hidróxido de sódio livre
de carbonato (0,1 mol / l) VS e ferver sob refluxo por 10 minutos. Titule o excesso de álcali
com ácido sulfúrico (0,05 mol / l) TS, usando fenolftaleína / etanol TS como indicador.
Repita a operação sem que a substância seja examinada e faça as correções necessárias.
Cada mL de hidróxido de sódio livre de carbonato (0,1 mol / l) VS é equivalente a 9,008 mg
de C H O . – Segundo Farmacopeia Internacional 19ºEd.
9 8 4

* Em um frasco com rolha esmerilada, dissolva 1.000 g em 10 ml de etanol (96 por cento)
R. Adicionar 50,0 ml de hidróxido de sódio 0,5 M. Feche o frasco e deixe repousar por 1
hora. Usando 0,2 ml de solução de fenolftaleína R como indicador, titular com ácido
clorídrico 0,5 M. Faça uma titulação em branco. 1 ml de hidróxido de sódio 0,5 M é
equivalente a 45,04 mg de C H O . – Segundo Farmacopeia Europeia 5ºEd
9 8 4

Critérios de aceitação: não especificado

Substância Química de Referência; materiais e reagentes necessários: Os


equipamentos usados habitualmente em uma titulação são uma bureta e um erlenmeyer.

Observações e comentários
A Farmacopeia Internacional a concentração preconizada de hidróxido de sódio é diferente, o que leva
a outra interpretação de resultado.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O TRABALHO E A PESQUISA REALIZADA

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O trabalho conseguiu de certo modo unir a teoria dos conteúdos administrados junto da prática de
pesquisa sobre medicamentos e suas aplicabilidades bem como metodologias de identificação,
ensaios e pureza e doseamento.

Quanto aos testes, localizamos a monografia da Farmacopeia Europeia, Farmacopeia Internacional e


Farmacopeia Brasileira que em muitos aspectos se assemelham. O Acido Acetilsalicilico é um insumo
conhecido a anos e por isso, tem-se tantas informações a seu respeito.

O objetivo do trabalho foi de assimilar os alunos ainda mais com a farmacopéia brasileira, bem como
seus volumes um e dois para realização de pesquisas de determinadas monografias.

6 Créditos aos autores


Nome Data Assinatura
Amanda Neves Matos 16/02/2021 Amanda Neves Matos
Letícia Rodrigues Chenna 16/02/2021 Letícia Rodrigues Chenna
Paulina Berti 16/02/2021 Paulina Berti

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