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2016 1 Aula 06 Direito Ambiental.
2016 1 Aula 06 Direito Ambiental.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
• Para o prof. Paulo Affonso Leme Machado, “das 10 sanções administrativas previstas no art.72 da
Lei 9605/98 (incs.I a XI), somente a multa simples utilizará o critério da responsabilidade com
culpa (art.72,§3º, Lei 9605/98); e as outras nove sanções, inclusive a multa diária, irão utilizar o
critério da responsabilidade sem culpa ou objetiva [...]onde não necessidade de serem aferidos o
dolo e a negligência do infrator submetido ao processo.” Logo, versando sobre infração sujeita á
multa, o infrator poderá invocar todas as causas de exclusão da responsabilidade (legítima
defesa, estado de necessidade, caso fortuito, força maior, fato de terceiro).
• Para o prof. Édis Milaré a responsabilidade administrativa ambiental poderá ser excluída quando
configurar: a) força maior (obra da natureza); b) caso fortuito (obra do acaso) ou fato de terceiro
(vide art.393 do Código Civil).
• Porém, é importante observar que, havendo concausa, a responsabilidade não será afastada, pois
é bastante comum a constatação de conduta omissiva e negligente do infrator que, ao juntar-se
com uma hipótese de força maior, desencadeia um evento poluidor do ambiente, cujos
resultados estejam descritos em um determinado tipo infracional.
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• LEI 9.605/1998
• Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:
• I - advertência;
• II - multa simples;
• III - multa diária;
• IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de
qualquer natureza utilizados na infração;
• V - destruição ou inutilização do produto;
• VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
• VII - embargo de obra ou atividade;
• VIII - demolição de obra;
• IX - suspensão parcial ou total de atividades;
• X – (VETADO)
• XI - restritiva de direitos.
• § 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas
cominadas.
• § 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de preceitos
regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.
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• § 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
• I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão
competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha;
• II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha.
• § 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio
ambiente.
• § 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.
• § 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei.
• § 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o
estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares.
• § 8º As sanções restritivas de direito são:
• I - suspensão de registro, licença ou autorização;
• II - cancelamento de registro, licença ou autorização;
• III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
• IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
• V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.
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• DECRETO Nº 6.514/2008
• Porém, o conceito legal é dado pelo art.78 do Código Tributário Nacional, “Como
atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse
ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos”.
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• LICENCIAMENTO AMBIENTAL
• Licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e
as normas técnicas aplicáveis ao caso, segundo o art. 1º, I, da Resolução CONAMA nº
237/97.
• Licença ambiental é um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,
ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
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• Licenciamento ambiental é uma série de procedimentos legais pelo qual o órgão ambiental competente
permite a localização, ampliação, e ou, operação de empreendimentos e atividades que utiliza recursos
naturais, que possa efetiva ou potencialmente ser poluidoras ou causar degradação ambiental.
• Este processo não pode ser mecanizado ou tomado como um mero sistema matemático, diante da
complexidade dos fatores que devem ser considerados. Cada caso é um caso, e requer um estudo de
impacto específico, que toma por base modelos imprecisos, que geram previsões pouco confiáveis e
precisam ser experimentadas. Sob pena de causar danos irreversíveis aos biomas e ecossistemas da
região, como alagamentos ou contaminação de áreas específicas provocando desastres ambientais de
grandes proporções numa outra área que aparentemente não tem ligação com aquele meio. É dessa
delicada equação que depende o desenvolvimento necessário para a manutenção da raça humana e
preservação do planeta.
• (MOTTA, Isabella. Licenciamento ambiental – Revista BIO – Nº 49. Publicação ABES/RJ, pag. 32 - out.
dez, 2008)
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• O roteiro mínimo a ser observado nos processos de licenciamento ambiental está estabelecido na
Resolução CONAMA nº 237/97 e é composto por oito etapas, de acordo com o teor do art. 10, senão
vejamos:
• I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos,
projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à
licença a ser requerida;
• III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e
estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;
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• Um detalhe importantíssimo deve ser ressaltado nesta oportunidade e está contido no §1º
do art. 10, da Resolução mencionada, que diz:
• A legislação ambiental municipal deve ser aplicada no município onde foi promulgada e deverá ser
necessariamente complementar às legislações Federais e Estaduais, não podendo ser nunca, mais
condescendente do que estas.
• Em Anápolis – Go, o Licenciamento Ambiental está previsto inclusive no Código Municipal de Meio
Ambiente – Lei 2.666/99.
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• LINKS ÚTEIS
• http://www.anapolis.go.gov.br/leis/leis_pdf/266616121999.pdf
• (CÓDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – ANÁPOLIS – LEI 2.666/99)
• http://www.anapolis.go.gov.br/leis/leis_pdf/248210061997.pdf
• (DISPÕE SOBRE A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE ADMNISTRAÇÃO AMBIENTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)
• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm
• (LEI 140/2011)
• http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html
• (RESOLUÇÃO 237/97 – CONAMA)
• http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=2492
• (Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais,
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, a Taxa de Fiscalização Ambiental e dá outras providências.)