LFM Aula Atividade 01 Interferômetro

Universidade
Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Formação de Professores

Laboratório de Física Moderna
Turma F8
Interferômetro
Prof. Luis Leão

luishvleao@yahoo.com
Física Moderna
•  Denominação dada ao conjunto de teorias
surgidas no começo do século XX:
–  Mecânica QuânPca;
–  Teoria da RelaPvidade
•  Destas duas teorias resultaram alterações no
entendimento das noções de várias
grandezas.
Origens
•  Desenvolvimento da teoria eletromagnéPca
sintePzada nas quatro equações de Maxwell,
juntamente com o estudo das descargas
elétricas obPdo por Boltzmann;
•  Desenvolvimento da teoria quânPca, proposta
inicialmente por Planck e Einstein no estudo
da radiação de corpo negro e do efeito
fotoelétrico.
INTERFERÔMETRO DE MICHELSON E MORLEY
•  “Os grandes princípios já estão firmemente

estabelecidos... as futuras verdades da esica
terão que ser procuradas na sexta casa
decimal.” (A. A. Michelson)
Contexto Histórico
•  A frase proferida por Michelson em uma
palestra dirigida a cienPstas no final do século
XIX se deve ao notável sucesso da esica
clássica.
•  Esse sucesso levou a uma onda de oPmismo
que, de certo modo, revelou-‐se prematuro
visto que já havia sérias ‘rachaduras’ nos
alicerces do que hoje denominamos esica
clássica.
Contexto Histórico
•  Segundo o próprio Lorde
Kelvin exisPam apenas
“duas pequenas nuvens
no horizonte da esica”:
–  o resultado negaPvo da
experiência de Michelson
e Morley;
–  o chamado problema da
radiação do corpo negro.
Teoria da RelaPvidade
•  A teoria da relaPvidade é uma das teorias
mais difundidas da Física e seu criador um dos
personagens mais populares do mundo.
Teoria da RelaPvidade
•  Um leitor informado cienPficamente deveria
associar a teoria da relaPvidade de Einstein
com uma revolução dos conceitos de espaço e
tempo;
•  Portanto, devemos associar a teoria com os
conceitos de cinemáPca e dinâmica?
Resultado (??)
Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em

Movimento
Contexto Histórico
Maxwell Hertz
Contexto Histórico
•  Maxwell mostrou que a luz, diferentemente do que
afirmava Newton e seguidores, não era (até então)
formada por corpúsculos, mas sim uma onda. Tal fato
pode ser obPdo diretamente das equações de Maxwell
(no vácuo).
•  Hertz, por sua vez, provou a existência das ondas
eletromagnéPcas.
•  O fato de surgirem equações de onda para os campos
E e B, naturalmente das equações de Maxwell, levou
muitos cienPstas na época, em analogia as ondas
mecânicas, a propor um meio de propagação para tais
ondas.
Contexto Histórico
•  Este meio foi chamado de éter luminífero. Tal
meio consPtuiria uma espécie de referencial
absoluto no qual a velocidade da luz poderia
ser medida.
•  A hipótese de um campo auto-‐suportável,
capaz de propagar-‐se no vácuo, nem de perto
passou pela cabeça dos cienPstas da época,
surgindo assim, a necessidade de um meio (o
éter).
Contexto Histórico
•  Portanto, o interferômetro de Michelson e
Morley era “apenas” uma tentaPva de se
obter, indiretamente, através do fenômeno de
interferência da luz, a velocidade desta úlPma.
Contexto Histórico
“O experimento que “não deu certo” mais
famoso da história da esica.”
James Clerk Maxwell
•  Foi um dos grandes esicos de
todos os tempos.
•  Sua obra é comparada à de
Newton e Einstein;
•  Aos 15 anos Maxwell
publicou seu primeiro
trabalho cienrfico "Descrição
das Curvas ElípPcas". O
trabalho foi publicado na
Edimburgo, junho de 1831
Cambridge, novembro de 1879
Royal Society de Edimburgo.
Contribuições de Maxwell
•  Maxwell foi o mais notável teórico do século XIX, complementando perfeitamente
a Faraday, que foi um dos mais destacados experimentais;
•  Iniciou suas pesquisas sobre visão a cores em 1849, mostrando como todas as
cores podem ser obPdas a parPr das cores primárias, vermelho, verde e azul;
•  Em 1855 escreveu um arPgo "Sobre as Linhas de Força de Faraday", a respeito de
eletricidade e magnePsmo, desenvolvendo trabalhos anteriores de Michael
Faraday;
•  Foi o primeiro cienPsta a uPlizar a teoria das probabilidades no estudo das
propriedades dos gases;
•  Escreveu também um arPgo sobre os anéis de Saturno, sugerindo que os mesmos
eram consPtuídos de matéria na forma de pequenos corpos;
•  Em 1861 foi eleito para a Real Society de Londres;
•  Estudou a teoria dos campos magnéPcos, produziu a primeira fotografia colorida,
e procurou contribuir para a padronização das unidades de medida;
•  Em 1866 apresentou trabalho sobre as propriedades dos gases na Real Society.
•  Divulgou a ideia, que ficaria posteriormente conhecida como o demônio de
Maxwell, que seria uma criatura imaginária que viveria no interior de um gás. Essa
criatura seria capaz de separar as moléculas de temperatura mais elevada, que
tem maior velocidade, das moléculas de temperatura mais baixa, que tem
velocidades menores. Isso causaria diferenças de temperatura no gás.
Contribuições de Maxwell
•  Maxwell também contribuiu para o desenvolvimento da teoria cinéPca dos gases, parPndo
da hipótese de que os gases eram compostos por moléculas em constante movimento,
colidindo com as paredes do recipiente e umas com as outras (essa descrição dos gases foi
feita por Bernoulli e outros pesquisadores);
•  A parPr de 1860 Maxwell, e também Boltzmann independentemente, uPlizaram métodos
estarsPcos para analisar as grandes variações de velocidade das moléculas consPtuintes dos
gases, derivando a distribuição de velocidades de Maxwell-‐Boltzmann;
•  Maxwell também mostrou qual era a dependência dessa distribuição em relação à
temperatura, e que o "calor" era armazenado no gás por meio do movimento de suas
moléculas. A teoria foi então uPlizada para explicar a viscosidade, difusividade e
conduPvidade térmica dos gases;
•  Maxwell e sua esposa descobriram experimentalmente que a viscosidade dos gases é
independente da pressão e que a mesma é aproximadamente proporcional à temperatura,
aumentando com a mesma, o que corresponde ao comportamento inverso dos líquidos;
•  Isto não concordava com a teoria de Maxwell, e ele então passou a considerar que as
moléculas não colidiam elasPcamente, mas sim repeliam-‐se com uma força inversamente
proporcional à sua distância elevada à quinta potência. Esta conclusão e os trabalhos
posteriores de Boltzmann, de 1868, permiPram o completo desenvolvimento da teoria
cinéPca dos gases.
EletromagnePsmo
•  Responsável pela primeira unificação de teorias na esica: óPca e
eletromagnéPca, mostrando que a luz é uma onda eletromagnéPca;
•  A notável pesquisa de Maxwell sobre o eletromagnePsmo iniciou-‐se por
meio da comparação do escoamento de fluidos incompressíveis com os
campos observados por Faraday.
•  Depois ele desenvolveu um modelo dos fenômenos eletromagnéPcos
usando o conceito de campo e o de vórPces análogos aos observados nos
fluidos, representando a intensidade magnéPca e a corrente elétrica.
•  Posteriormente, introduziu a elasPcidade no fenômeno e mostrou que
ondas transversais se propagariam em termos das conhecidas constantes
fundamentais do eletromagnePsmo;
•  Maxwell calculou que as ondas se propagariam a velocidades muito
próximas à da velocidade da luz. Daí ele inferiu que a luz poderia ser
compreendida como ondas eletromagnéPcas transversais em um meio
hipotéPco ("ether").
•  Posteriormente, Hertz construiu, a parPr da teoria de Maxwell, o primeiro
transmissor de rádio.
Interferômetro
sergio.campello@ufpe.br
•  Considere uma fonte de luz e um espelho
situado a uma distância L da fonte e seja v a
velocidade orbital da Terra, paralela à direção
do feixe de luz
•  De acordo com a transformação de Galileu
(TG), o tempo gasto para um pulso de luz
emiPdo pela fonte para ir e voltar ao espelho
é dado por:
−1
L L 2Lc 2L ⎛⎜ v 2 ⎞⎟ 2L ⎛⎜ v 2 ⎞⎟
t= + = 2 2= 1− 2 ≅ 1+
c−v c +v c −v c ⎜
⎝ c ⎟⎠ c ⎜⎝ c 2 ⎟⎠
•  A velocidade orbital da Terra é v≈3.104 m/s,

então a razão v2/c2 ≈10-‐8.

•  Michelson percebeu que essa precisão poderia ser
obPda via métodos interferométricos, projetando
assim um interferômetro de alta precisão conforme
mostra o esquema na figura
•  No esquema acima, o feixe de luz que parte de uma fonte F é dividido em
dois por um espelho semitransparente (espelho A).
•  O feixe 1 atravessa o espelho e é reflePdo pelo espelho B, volta e é
reflePdo pelo espelho A até a ocular O. O feixe 2 é reflePdo em A, dirigido
ao espelho C onde é novamente reflePdo, atravessa o espelho A e vai para
a ocular O.
•  Note que ao passar pela segunda vez pelo espelho A, os raios 1 e 2
passam a percorrer a mesma trajetória recombinando-‐se na ocular O.
•  A diferença de caminho ópPco entre os raios gera em O um padrão de
interferência, que iremos observar.

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Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em

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