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Nódulo de tireoide
- É uma condição extremamente comum, que acomete de 4-7% da população mundial.
É maligno em 5-15% dos casos. É mais prevalente em mulheres jovens, mas apresenta
maior probabilidade de malignidade em homens com mais de 50 anos.
- O grande exame para avaliação de um nódulo de tireoide é a PAAF. É um exame que
sempre deve ser indicado em eutireoides, ou seja, aqueles casos de presença de lesão
de tireoide, mas sem alterações dos hormônios tireoidianos. A sensibilidade é de 86%
e a especificidade é de 91%.
- Existe uma exceção a essa conduta: Pacientes do sexo masculino, com idade maior
que 40 anos e com história de irradiação prévia já tem indicado uma abordagem
cirúrgica precoce.
- A citologia é um bom exame, mas ela não é capaz de diferenciar um câncer folicular
de um adenoma folicular. A abordagem seguinte é cirúrgica, por não termos certeza se
é benigna ou maligna.
Câncer de tireoide
- Representa menos de 1% das malignidades, com uma incidência de 9 casos para cada
100 mil pessoas.
Tipos
1 – Cerca de 90-95% dos casos são de tumores com origem na célula folicular:
Carcinoma papilífero (É o mais comum, representando 75% dos casos) e carcinoma
folicular (De 10-15% dos casos). Ambos são bem diferenciado.
Oncogênese
- Proto oncogenes – São genes celulares que após alterações genéticas, dão origem aos
oncogenes.
- O oncogenes codificam proteínas que representam receptores mutantes na
superfície das células da tireoide, podendo leva-las a transformações malignas. Os
principais oncogenes e suas relações são:
Oncogene da família RAS – Carcinoma papilífero
Proto-oncogene RET – Carcinoma medular de tireoide
Gene supressor tumoral p53 – Carcinoma anaplásicos.
2 – Carcinoma folicular
- É o 2º tipo mais comum de câncer de tireoide.
- O paciente típico é uma mulher com mais de 40 anos.
- É o câncer de tireoide mais associado à deficiência de iodo.
- A disseminação é mais típica de ser hematogênica, principalmente para ossos,
pulmão e fígado. A metástase aqui é muito mais comum que no papilífero.
- Lembrando que, a PAAF não é boa para diferenciar adenoma folicular do carcinoma
folicular, sendo indicada, portanto, a abordagem cirúrgica.
Tratamento
- Praticamente sempre é cirúrgico, através da tireoidectomia, que pode ser total,
parcial ou quase total.
Tratamento específico
1 – Carcinoma papilífero
Lesão < 1cm: Tireoidectomia parcial (Lobectomia + istmectomia). Se o paciente tiver
menos de 15 anos OU uma história de irradiação cervical, o tratamento deverá ser
com tireoidectomia total
Lesão entre 1-2 cm: Tireoidectomia total.
Lesão > 2cm: Tireoidectomia total mais Dissecção cervical radical modificada
(abordagem dos linfonodos)
2 – Carcinoma folicular
Lesão < 2cm: Tireoidectomia parcial (tendo cuidado com malignidades)
Lesão > 2cm: Tireoidectomia total mais Dissecção cervical radical modificada
(abordagem dos linfonodos)
Linfoma de tireoide
- São tumores raros, geralmente não Hodgkin.
- É mais comum em mulheres na 7ª década de vida.
- Tem grande associação com tireoidite de Hashimoto (aumento de incidência em 40 vezes).
- Tratamento: Nas fases iniciais, a conduta é tireoidectomia total. Nos casos avançados o
tratamento é com quimioterapia.