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Sorocaba
2008
Achilles Perissinotto Arbex
Sorocaba
2008
Dedicatória
Aos amigos e colegas, que por tanto tempo dispensaram atenção e motivaram o
desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus pais e familiares, que com toda a sabedoria souberam coordenar meus passos
sempre com o intuito de guiá-los e não limitá-los.
Prefácio
This project seeks the study and implementation of a system for tests in automatic
gearboxes for commercial vehicles. The lines that proceed will bring a general point of
view on the subject, as well as the field of action of the technology in this research area in
the economy of the current days.
Before all the historical of intense development of the automotive gearboxes, two
variants were shown in opposed extremities in the theme torque transfer through
engagements and tooth components: the automatic vehicular gearbox and such well-known
conventional mechanical transmission.
Such consecrated automatic gearbox [1], of action due to hydraulic systems, which
is being implemented in the automobile market almost for five decades, being now under a
massive investment and incentive to development. The suppliers and customers are shown
really interested in this kind of technology, once this gearbox concept offers a sensitive
improvement related to comfort during the changes of marches, consumption of fuel,
innovation and perfect adaptation to gas emission impositions.
At the same time, the mechanical gearbox concept is shown in constant
development, even being these production techniques and analysis already quite diffused in
the vehicles of information of the present time. Although thoughts say that these gearbox
are facing counted days of existence in front of the development of the automatic gearboxes
previously described [2], these still dominate the market when it is taken into account the
cost for unit and the maintenance, since it is a complex stronger than mechanical
components.
The automatic gearbox is endowed with torque converter, planet gear and multi-
disks clutches, components quite peculiar and with operation totally different of the
conventional gearboxes. These components guarantee the whole comfort and versatility of
the automatic gearboxes when analyzed front of the other concepts of torque transmission
due engagements.
The automatic gearboxes, this way, have as main objective to offer a differential
capable to assist the most several needs of the customers, allowing to the customer a choice
among the different concepts of products, what can be better understood as a competitive
advantage.
This work by itself gives emphasis to the behavior simulation of this gearbox type
regarding to ascending gear shift, according to a pre-established rotation of the motor and
conditions that comprehend the reality with the largest possible fidelity of details. Starting
from a deep analysis of the gearbox operation, it is possible to analyze the operation in a
test bench for each one of the present systems in the same, working together and being
individually appraised.
Firstly, each system and its operation will be featured in full detail, and later
compared the answers of the tests bench to the result waited according to the experience of
the operator and the theory of operation of the transmission.
Talking about this kind of gearbox, it offers great comfort in compensation at a high
cost in maintenance and acquisition, what can be described as a great potential for
development, presenting a fan of possibilities for performance of the researchers of the
branch development.
The increasing and development of this gearbox concept are feasible according to
the point of view of the development of the microelectronics and the coming of the
technology of tests present in test benches in all the suppliers, which will be approached in
this work concerning to automate processes and to guarantee larger safety of the operators
during the test.
Thus, the systems in study during this work seek a control of operation of automatic
gearboxes front the main differences with relationship to the effective mechanical
transmissions in the current market. The test includes critical variables for the perfect
operation of the transmission, factors that will be properly shown in opportune moment,
warranting high quality of the product, exempt of any operation problem.
1. Introdução
O item 2 do presente trabalho será composto por um descritivo dos diversos tipos de
transmissões existentes nos veículos comerciais atuais. O intuito deste descritivo é
familiarizar o leitor com palavras chaves que serão utilizadas no decorrer do estudo, e
demonstrar segundo as perspectivas do autor, a possibilidade de se aplicar este sistema na
prática das empresas do ramo.
O item de número 3 irá oferecer uma breve explicação dos componentes de uma
transmissão automática, através da listagem e explicações de seus componentes básicos:
conversor de torque, engrenagens, embreagens, freios, dispositivos hidráulicos, tão como
seu funcionamento como um todo. Desta forma é possível o entendimento do
funcionamento da transmissão perante a leitura deste trabalho, bem como desenvolver uma
criticidade quanto ao funcionamento do conjunto e do teste em questão.
O item de número 4 oferece um panorama geral de funcionamento da transmissão
automática quanto à questão do controle utilizado para a harmonia e funcionamento da
transmissão quando em troca de marchas, para que por fim, no item 5 seja feita uma
avaliação das fases de troca de marcha.
O item de número 6 tem por intuito ambientar o leitor quanto ao software utilizado
tão como demonstrar as principais funções e possibilidades de trabalho. O item 7 fornece
algumas informação adicionais referentes ao LabVIEW.
Os itens 8 e 9 descreve toda a metodologia para desenvolvimento do teste, bem
como alguns detalhes de desenvolvimento e lógica de trabalho.
O item número 10 irá apresentar a avaliação integral do teste, todas as suas
variáveis, e também os pontos críticos encontrados durante avaliação da transmissão.
Finalmente, o item de número 11 irá apresentar as conclusões tiradas durante o
decorrer do trabalho, algumas opiniões do autor frente ao teste e ao produto testado, alguns
comentários sobre a simulação e as dificuldades encontradas, bem como a avaliação da
simulação como um todo.
Qualquer veículo que se preze tem por finalidade fornecer movimento ao conjunto.
Por sua vez, o veículo necessita de um sistema bem arranjado para transformar o torque do
motor em rotação, o que possibilita a movimentação das rodas e por conseqüência do
veículo em si. Portanto, a principal tarefa de todo o veículo é converter da maneira mais
ideal possível o torque fornecido pelo motor em força trativa, capaz de movimentar o
veículo como um todo em diferentes velocidades.
O desenvolvimento de um sistema de transmissão deve visar o melhor compromisso
possível entre as relações de marchas, a capacidade de aceleração e de vencer obstáculos,
tais como rampas, subidas, curvas e manobras, demandando a menor quantidade de
combustível e emitindo a menor quantidade de poluentes possível.
As linhas que seguem fazem alusão a uma ordem cronológica do desenvolvimento
da tecnologia das transmissões de torque, bem como dos mais variados conceitos de
funcionamento da transmissão.
Dentre o intenso crescimento da produtividade de tecnologia automotiva da época,
aproximadamente por volta de 1784 até os idos de 1884, pode-se observar todo o
reconhecimento das características de torque e rotação de máquinas a vapor e de combustão
interna em veículos, as quais deveriam ser adaptadas as necessidades de desempenho
através da utilização de transmissões. Dentre o aprimoramento dos conceitos apresentavam-
se algumas idéias referentes ao aumento do número de marchas para o crescente aumento
do torque aplicado a transmissão.
A partir de então, nos 30 anos subseqüentes, o princípio do conversor de torque foi
introduzido ao conceito das transmissões automáticas. Juntamente com as transmissões de
engrenagens, foram realizadas tentativas de construção de várias outras formas de
transmissões, tais como as correntes, os discos de fricção e as correias, ao mesmo tempo em
que foram introduzidas as transmissões hidráulicas e pneumáticas com interrupção de
torque/aceleração e especialmente sem este recurso de interrupção.
Aproximadamente no início de 1914 e até o final da década de 70 tornaram-se
predominantes as transmissões com interrupção de torque devido ao seu elevado
rendimento e capacidade de transmissão. A afirmação da filosofia de uma transmissão
comum que pudesse facilmente ser utilizada em diversos veículos através de uma adaptação
simples foi aplicada, aliando todo o desenvolvimento em âmbito da durabilidade,
confiabilidade de produtos, ruído e qualidade de trocas (sincronização, transmissões
automáticas convencionais, trocas sem interrupção de torque, automatização com controle
eletrônico). Apenas para acompanhamento dos novos conceitos, o número de marchas e
tipos de transmissões cresceu vertiginosamente.
Por fim, da década de 70 até os dias atuais, o desafio no desenvolvimento de
transmissões se concentrou na redução do consumo de combustível e da emissão de gases
poluentes. O uso de transmissões de 5 e 6 marchas em caixas de câmbio mecânicas se
intensificou. Transmissões automáticas convencionais passaram a apresentar um maior
número de marchas e o conversor de torque passou a apresentar uma embreagem de
travamento. Foi então verificada a renascença do desenvolvimento de transmissões sem
interrupção de torque (CVT – transmissões continuamente variáveis), ao mesmo tempo em
que foram elaboradas alternativas para o conjunto motor e transmissão para veículos
elétricos e híbridos [3].
2.2. Tipos de Transmissão Veicular
No próximo caso a ser descrito ainda sendo utilizada esta disposição, um eixo
transfere torque de saída da transmissão para outro eixo com um diferencial integrado para
melhor distribuição da força frente ao movimento do veículo, o qual transfere o torque para
as rodas. Pela localização do motor, pode-se denominar esta disposição como longitudinal
com tração dianteira.
Por sua vez, a linha de transmissão longitudinal traseira apresenta motor e
transmissão em posição traseira, junto à tração, ainda sendo esta em linha de transmissão
(“Powertrain”) longitudinal, apenas com o detalhe de se encontrar em sentido oposto ao da
disposição longitudinal dianteira. A utilização clássica desta disposição para transmissão de
torque é a do consagrado Fusca, da Volkswagen, enquanto uma variação se encontra na
instalação do luxuoso Porsche Boxter.
Algumas variantes com trações integrais, mais comumente conhecidas no mercado
como “allwheel-drive”, podem ser derivadas de todas as linhas de transmissões
longitudinais existentes. Uma das versões mais amplamente utilizadas para este conceito de
transmissão é o padrão com um flange de transferência na saída da transmissão
(independente do tipo de flange utilizado no veículo). Nesta configuração, uma caixa de
transmissão de torque é localizada no veículo para a transferência da força de saída através
de eixos motrizes, para os eixos dianteiros e traseiros, que por fim transmitem o torque
finalmente para as rodas, garantindo a movimentação do veículo como um todo. Este
exemplo pode ser facilmente encontrado em campo nos dias atuais em veículos de médio
porte como “pick-ups” e utilitários em geral.
Por sua vez, a linha de transmissão dianteira transversal faz uso de um conjunto de
powertrain em linha instalado em posição transversal, em se considerando tração dianteira.
O eixo de tração e o diferencial estão integrados na transmissão, com tração das
rodas sendo proveniente diretamente das hastes do flange montada em ambos os lados da
transmissão. Esta configuração é comumente empregada em veículos pequenos e médios,
sendo passível ao segmento de torque relativamente maior, da linha pesada de veículos. Um
exemplo desta utilização é a grande maioria de veículos de passeio produzidos atualmente
em nosso país, tais como Celta, Astra, Vectra e demais carros da General Motors do Brasil.
Desde a sua introdução nos meados de 1940, o conversor de torque tem sido
utilizado como um mecanismo de acoplamento entre o motor e a transmissão. Suas
vantagens residem no princípio da transferência de força hidrodinâmica. O conversor de
torque proporciona a amplificação do torque fornecido pelo motor, o que por sua vez
melhora a aceleração e desempenho do veículo. Outra característica importante do
conversor de torque é o escorregamento existente entre o motor e a transmissão, fato este
verificado em todos os casos de sua aplicação.
A princípio, a necessidade de existência do conversor de torque encontra-se na sua
função de isolar a transmissão das vibrações torsionais do motor, podendo desta forma,
prevenir-se de reações a solicitações de mudança abrupta de aceleração, e com isso
proporciona mudanças de marchas mais confortáveis [4].
Uma vez que o motor movimenta a bomba do conversor, esta irá atuar como uma
centrífuga do fluído, succionando-o próximo ao centro de rotação do mesmo, exercendo
sobre este uma força radial para fora através das passagens observadas pelos caminhos que
o fluído forma quando em contato com as pás e em direção a saída periférica da bomba.
Neste passo o fluído é forçado em direção às passagens formadas pelas lâminas da
turbina, e neste processo acaba por exercer uma força contrária a suas pás sob um
determinado ângulo, fornecendo assim torque a turbina (HEISLER, 2002).
Com o fluído movimentando-se dentre as passagens da turbina, movimento este em
direção a saída da turbina, ele é compelido a fluir entre as lâminas do estator (atentando-se
ao detalhe que estas são fixas). Assim, a reação do torque do fluído enquanto ele desliza
sobre as superfícies curvas das lâminas é absorvido pelo suporte ao qual está preso o
estator. Neste passo o fluído acaba por ser redirecionado contra a entrada da bomba, onde
entra nas passagens formadas por suas pás, atuando em seu lado de tração, fornecendo
assim um torque de magnitude igual ao valor da reação do estator na direção de rotação
(HEISLER, 2002).
Portanto, é possível inferir que o torque do motor entregue a bomba e o torque de
reação transferido pelo fluido à bomba são ambos transmitidos a saída da turbina através do
fluído, o que pode mais facilmente ser descrito pela Equação 1 abaixo:
Pelo gráfico proposto, é visto que à medida que a velocidade de saída da turbina
aumenta relativamente à velocidade da bomba, a eficiência aumenta e a velocidade do
fluido diminui, ao mesmo tempo que também a razão do torque, até que a velocidade de
circulação do fluido é tão baixa que permite o estabelecimento de uma única relação de 1:1
entre a entrada e saída.
Neste momento, o torque de reação será praticamente nulo, onde também é possível
inferir que acima desta velocidade o estator é girado livremente, fato que oferece menor
resistência para o fluido circulante e conseqüentemente produz um aumento na eficiência
de acoplamento (HEISLER, 2002). Trocando em miúdos, caso a transmissão seja carregada
subitamente, observar-se-á uma redução na velocidade de saída, causando um aumento na
circulação de fluido e conseqüentemente aumentando a taxa de multiplicação de torque,
porém reduzindo a eficiência devido ao aumento da diferença de velocidades entre a
velocidade observada na bomba e na turbina, respectivamente. Entretanto, quando a
condição de saída muda, verifica-se uma redução da carga ou o aumento da velocidade do
fluido na turbina, ocorrendo desta forma o processo inverso ao descrito anteriormente, onde
a eficiência aumenta e a relação de torque diminui, conforme pode ser observado no
Gráfico 2 a seguir.
N2
Razão =
N1
T2
Razão =
T1
Velocidade de Stall – Esta é a velocidade máxima atingida pelo motor quando este
está em máxima aceleração, quando a transmissão se encontra em módulo D (“Drive”) e o
freio de serviço se encontra em pleno trabalho. Verificadas estas condições, é possível dizer
que neste momento tem-se a maior variação de velocidade entre a bomba e a turbina,
obtendo-se a máxima circulação de fluido e conversão de torque, portanto com eficiência
próxima de zero. Durante todo o período observado nesta condição, prevalece o
pensamento de que o arraste da conversão de torque reduz a velocidade do motor de algo
em torno de 60 % até atingir o patamar denominado “Stall” por um curto espaço de tempo,
de modo a prevenir que o fluido ultrapasse a sua condição ótima de operação dentro do
conversor.
É importante que se tenha em mente que os conversores de torque são
dimensionados de forma que seja alcançada a menor resistência de circulação do fluido
possível entre os variados componentes, também obedecendo ao conceito da razão de
velocidade entre bomba e turbina estabelecida anteriormente, neste trabalho denominado
ponto de projeto.
Um valor bastante coerente para esta característica seria 0.8 : 1, o que pode-se
concluir que acima deste valor, o ângulo e a direção do fluido fazem com que seja criado
um torque resistente ao movimento, causando assim perda de eficiência. Dentre outros
fatores passíveis a perda de eficiência, é possível destacar a falta de acabamento durante a
fabricação dos componentes, rugosidade da superfície das peças, interferência na espessura
das lâminas ou até mesmo rebarbas nos componentes.
É interessante perceber que à medida que a velocidade da turbina aproxima-se da
velocidade da bomba, ou até mesmo a ultrapassa, a direção do escoamento do fluído dentro
do sistema se altera. A alteração se dá quando o fluido atinge a face convexa das lâminas ao
invés de atingir a face côncava, o que cessa a conversão de torque devido a resistência de
fluxo entre o estator fixo e a bomba que gira. Em se considerando o momento em que a
reação do estator é contrária a conhecida, a velocidade da turbina denomina-se ponto de
acoplamento, e encontra-se no intervalo de 80 % a 90 % da velocidade da bomba.
Outro conceito bastante interessante quando se trata de conversores de torque é o
freio motor. Este ocorre na direção contrária, quando a turbina impulsiona a bomba,
fazendo com que os ângulos de saída e de entrada das lâminas do conjunto bomba/estator
não sejam adequados para a transferência de energia cinética do fluido, de tal forma que
somente uma parcela de torque de freio motor pode ser absorvida pelo conversor, salvo
momentos de velocidade elevada da transmissão.
3.2. Características do fluido da transmissão automática
Pode-se assim dizer que as principais funções da unidade de controle eletrônico são
analisar e processar todos os sinais de entrada, ao mesmo tempo armazenando os dados do
programa de tal forma que as pressões apropriadas do circuito hidráulico realizem com
sincronia e conforto as trocas de marchas em harmonia com a rotação e torque do motor,
por conseqüência ao peso e carga do veículo que se pretende analisar, as necessidades do
motorista e também às condições do pavimento (vide Figura 8).
As unidades de controle eletrônico são munidas de uma EEPROM que possibilita a
utilização de dados e funcionalidades do software de controle de uma forma rápida e
simplificada, sem que seja necessária uma substituição de componentes.
Dentre os vários sinais que ativam a unidade de controle eletrônico, alguns deles
podem ser destacados como sendo os mais importantes: transmissão, motor e aqueles
provenientes do veículo.
Para a transmissão, os sensores mais comumente utilizados são aqueles relacionados
à velocidade de entrada de fluido na turbina, sensor de velocidade de saída de fluido na
turbina, sensor de curso de embreagem, sensor de temperatura da transmissão e o
interruptor de posição da alavanca seletora de posição.
Para o motor, podem-se destacar os sensores de rotação, sensor de abertura do
injetor de combustível, potenciômetro de abertura da borboleta e, claro, sensor de
temperatura do motor.
Já para o veículo, os mais destacados seriam o interruptor de kickdown, sensor de
luz do freio e também o indicador de posição, onde se pode localizar as siglas referentes a
tabela abaixo, provenientes da língua inglesa.
Figura 12. Esquema de engate da primeira marcha de uma transmissão automática (Catálogo ZF).
Figura 13. Disposição do conversor de torque quando engatada a primeira marcha da transmissão (Catálogo
ZF).
Figura 14. Esquema de engate da segunda marcha de uma transmissão automática (Catálogo ZF).
Figura 15. Disposição do conversor de torque quando engatada a segunda marcha da transmissão (Catálogo
ZF).
Figura 16. Esquema de engate da segunda marcha de uma transmissão automática (Catálogo ZF).
Figura 17. Disposição do conversor de torque quando engatada a primeira marcha da transmissão (Catálogo
ZF).
Figura 18. Esquema de engate da segunda marcha de uma transmissão automática (Catálogo ZF).
Figura 19. Disposição do conversor de torque quando engatada a primeira marcha da transmissão (Catálogo
ZF).
Figura 20. Esquema de engate da segunda marcha de uma transmissão automática (Catálogo ZF).
Figura 21. Disposição do conversor de torque quando engatada a primeira marcha da transmissão (Catálogo
ZF).
Figura 22. Esquema de engate da segunda marcha de uma transmissão automática (Catálogo ZF).
Figura 23. Disposição do conversor de torque quando engatada a primeira marcha da transmissão (Catálogo
ZF).
7. LabVIEW
Figura 28. Exemplo de diagrama de blocos que desempenha a função do osciloscópio de dois canais.
8. Programa desenvolvido
A princípio, toda e qualquer simulação presente neste trabalho foi realizada com o
auxílio da ferramenta computacional LabView 8.5. Antes que seja iniciada a discussão
acerca das simulações propriamente ditas, são necessários alguns esclarecimentos para o
melhor entendimento das características de programações empregadas neste ambiente.
O LabVIEW da National Instruments é uma ferramenta de desenvolvimento de
rotinas voltadas principalmente ao controle de técnicas e aquisição de dados. Uma rotina
amplamente empregada neste ambiente de simulação é comumente denominada VI (Virtual
Instrument). Uma VI pode ser alocada dentro de outras VI´s para a facilitação da
visualização e compreensão, constituindo assim as chamadas sub VI´s.
Toda a programação desenvolvida para este projeto é gráfica, ou seja, existem
blocos responsáveis pela execução das tarefas que se pretende simular. Os blocos são
interligados entre si por conexões semelhantes a fios, onde os dados fluem de um bloco
para outro por linhas que os conectam.
Apenas para reconhecimento do tipo de dado que flui pelo fio que conecta os
blocos, os fios se apresentam em cores e estilos diferentes. Informações Booleanas (do tipo
verdadeiro ou falso) caracterizam fios verdes. Números de ponto flutuante de dupla
precisão em fios de tom alaranjado. Vetores unidimensionais caracterizam fios espessos,
enquanto os fios compostos por duas linhas são vetores bidimensionais.
A rotina de programação é dividida em duas interfaces. A primeira, denominada
“Block Diagram” ou Diagrama de Blocos, contém a programação em blocos da rotina
integrados entre si. A segunda, o “Front Panel”, ou Painel Frontal, é onde as respostas do
programa serão exibidas, ou seja, durante a execução do programa esta será utilizada como
interface homem/máquina.
É válido acrescentar que algumas tarefas se tornam de implementação
extremamente simples e rápida em LabVIEW, pois já existem diversas ferramentas e
funções previamente programadas. Além disso, em programas mais compactos, a lógica
utilizada torna-se mais facilmente visualizável. Por outro lado, em programas mais extensos
e elaborados, o fluxo de informações e a seqüência de execução tornam-se bastante
complexos, fato pela qual torna a manutenção da programação árdua e dificulta qualquer
tipo de alteração. Ainda, alguns casos cuja implementação seria bastante simples numa
linguagem baseada em código fonte podem se tornar bastante complicadas de serem
adaptadas a esse tipo de programação gráfica.
Portanto, para que as simulações implementadas neste trabalho pudessem ser
realizadas, foi necessário previamente despender tempo e esforço visando o
aprofundamento dos conhecimentos neste tipo de programação, almejando uma melhor
familiarização para com o ambiente LabVIEW.
Sendo:
na – rotação atual no instante t.
n0 – rotação inicial do motor
nf – rotação final objetivada
t0 – instante de início da mudança rotação
c – constante de tempo
i
ntroca = nmax ⋅ t
it −1
Equação 6. Equação para a rotação de troca de marcha.
Portanto, na mudança de marcha descrita pela equação 6 acima, ntroca será ser o
valor da nova rotação objetivada (nf) para o motor. Assim, quando for verificada qualquer
troca ascendente de marcha, o motor reduzirá a rotação até que seja alcançada a rotação de
troca, momento este que ditará a volta da aceleração.
O cálculo da velocidade máxima de troca também está implementado na rotina
programa, sendo esta velocidade descrita pela equação 7 abaixo:
R d .n max .c
V max troca =
i dif .i t
Onde:
Vmaxtroca – velocidade máxima para mudança da marcha
Rd – raio dinâmico do pneu
nmax – rotação máxima de troca
idif – razão de transmissão do diferencial
it – razão de transmissão da marcha a ser colocada
Sendo :
ntroca – rotação a ser alcançada com a troca de marcha
nmax – máxima rotação do motor
it-1 – razão de transmissão da marcha atual
it – razão de transmissão da marcha a ser colocada
Para efeito de informação, esta equação foi implementada num bloco fórmula e
posteriormente inserida em um For Loop. A cada ciclo de Loop a rotação de mudança é
determinada para cada uma das marchas. O Loop é então acionado até que as rotações de
troca tenham sido calculadas.
Cálculo de Nmax
Cálculo de
Vmaxtroca
For... Loop
Figura 29. Parte do Block Diagram do programa de simulação. São indicados os blocos nos quais estão
implementadas as fórmulas de nmax e Vmaxtroca, tão como For Loop.
Cada uma dessas rotações é adicionada por um vetor que se forma na borda do
Loop. Por sua vez, os valores presentes no vetor são selecionados dentro da Case Structure,
para que seja dada a rotação de mudança correspondente à troca atual.
Entretanto, a condição que determina qual caso da Case Structure será executada é o
valor da rotação. Se caso a rotação se encontre abaixo da rotação máxima, é executado o
caso “False”. Quando a rotação torna-se igual ou superior a rotação máxima, o caso “True”
é executado.
O caso “False” apenas possibilita que a rotação continue a aumentar ou permaneça
estável no patamar em que se encontra. Já o caso “True”, quanto ativado, determina a
marcha que deve ser engatada e seleciona qual a rotação de mudança de marcha a ser
utilizada.
A lógica implementada se encarrega de encerrar a execução do programa depois que
a última marcha que tiver sido colocada e a rotação atingir a rotação máxima do motor.
Case Structure
Figura 30. Case Structure contendo os procedimentos para incremento de marcha e seleção da rotação de
mudança de marcha.
O primeiro teste realizado após a inserção dos dados foi a resposta rotação x
velocidade. Nos modelos convencionais, tão como na indústria atual, este gráfico é bastante
conhecido como “dente de serra”. Porém, na simulação implementada, foi adequado o
processo de adequação da rotação do motor com a da transmissão no momento de troca de
cada marcha.
Como pode ser mais facilmente no gráfico abaixo, o início da resposta obtida não é
linear, mas, com o decorrer do tempo e à medida que as rotações tendem ao sincronismo, a
resposta também tende a linearidade.
Figura 36. Resposta do modelo de transmissão proposto.
Figura 37. Gráfico dente de serra obtido também na simulação. O tracejado vermelho indica a inclusão do
dado de fim de execução rotação = 0 e velocidade = 0.
Figura 38. Front Panel de interface com o usuário. O comportamento da rotação do motor na partida. Nesta
interface também são escolhidas a velocidade objetivada e a constante de tempo do motor. O indicador de 7
segmentos mostra a marcha em que a transmissão se encontra.
Desta forma, os testes afirmaram que, a baixa velocidade, ou seja, antes que seja
verificada a mudança para a segunda marcha, a resposta do sistema é coerente e obedece ao
modelo proposto, tanto para a solicitação de aumento de rotação, quanto para a redução da
mesma.
No entanto, caso seja solicitada uma velocidade superior ao máximo valor
admissível para a primeira marcha, a simulação não segue o modelo esperado.
Este fato pode ser verificado devido à grande quantidade de condições necessárias e
seqüência de eventos para que o motor traga um comportamento coerente com a mudança
de marchas.
Como já comentado em momento oportuno, existe uma combinação entre a rotação
do motor e a marcha que proporcionará ao veículo a velocidade objetiva. Quando a rotação
máxima é alcançada, a marcha subseqüente deve ser selecionada e o bloco que simula a
resposta do motor deve receber a rotação de mudança de marcha como rotação objetivada.
Somente quando essa rotação for alcançada é que o motor pode volta a utilizar a velocidade
de referência para continuar subindo a rotação e passando as marchas em seqüência.
• O platô está montado na tampa que, por seu lado, está fixada por parafusos
ao volante do motor, pelo que estas três peças se movem de forma conjunta. As molas de
encosto, apoiando-se contra a tampa, apertam o disco entre o platô e o volante.
Figura 44. Esquema do circuito elétrico utilizado para simulação dos sensores.
Figura 45. Principal interface utilizada para aquisição de dados do sensor de curso de embreagem.
10. Conclusão
[2]<http://www.tvcanal13.com.br/noticias/brasileiros-descobrem-os-carros-com-cambio-
automatico-24304.asp>. Acesso em 28 de setembro de 2008.
[8]<http://icarros.uol.com.br/icarros/noticias/ultnoticiasdetalhe.jsp?id=6179>. Acesso
em 07 de janeiro de 2008.
[9]<http://www.senado.gov.br/Comunica/debatebrasil/Apres_Bruno%20Martins.pps>.
Acesso em 12 de fevereiro de 2008.
ZF Ecomat.vi
Rotação Neutro do Motor
Revol/km do Pneu
Tab Control
Potência
Potência
Potência
Potência
Potência
Boolean
Rotação do Motor
Constante
Relação de Marchas
Numeric
Conta Giros
Velocímetro
Potência (kW)
Numeric
Numeric
Transmissão
Motor
B
C
Position in Hierarchy