INTERNATIONAL NURSING CONGRESS 1

Theme: Good practices of nursing representations

In the construction of society
May 9-12, 2017

A relação da depressão na cognição

Juliana Lima Ferreira (Enfermagem/UNIT), e-mail: ferreirajuu@hotmail.com;
Evely Geovana Dória Ferreira (Enfermagem/UNIT), e-mail: evely.11@hotmail.com;
Aylana Nayara Oliveira Magalhães (Enfermagem/UNIT), e-mail: laninha_nayara@outlook.com;
Hysa Carolline Carvalho Oliveira (Acadêmica de Enfermagem UNIT), e-mail: oliveirachysa@gmail.com;
Angela Maria Melo Sa Barros (Orientadora/Docente UNIT), e-mail: angelsamelo@hotmail.com.

Linha Assistencial 02 – Modelos e impactos do cuidado de enfermagem nas condições de saúde da

população. Sublinha de pesquisa: Impacto do cuidado de enfermagem ambulatorial, domiciliar e na
Estratégia de Saúde da Família frente às condições de saúde da população.

INTRODUÇÃO

A população idosa brasileira tem aumentado capacidade de aptidão física e comprometimento

consideravelmente, destacando-se o aumento do
quantitativo de pessoas com 65 anos ou mais nos
países em desenvolvimento. No Brasil, a
representatividade desta faixa etária corresponde
a 8, 6% do total da população do país, com
projeção para 9, 7% em 2050. (LIMA et al., 2016;
MENESES; MENDES, 2014).
Nesse sentido, os idosos são merecedores, da
atenção dos profissionais de saúde e dos poderes
públicos. Esse cuidado deve-se em virtude do
aumento da expectativa de vida da população
mundial (CARDOSO; FONSECA, 2015). Lima et.
al (2016), afirmam que a população idosa
apresenta maior vulnerabilidade para problemas
de saúde.
O envelhecimento é inevitável e pode
acontecer de forma normal, sobretudo quando
cuidados forem dispensados a preservação de
saúde, ou pode ocorrer sob condições prejudiciais
às atividades do dia a dia do idoso, tendo como
consequências o transtorno cognitivo leve e, em
alguns casos, a demência (CARDOSO;
FONSECA, 2015).
O sistema nervoso necessita de estímulos
para sua manutenção e desenvolvimento. No
entanto, com o passar dos anos, muitas vezes,
em decorrência da aposentadoria deixam de
exercitar-se cognitivamente, contribuindo para
que o declínio cognitivo ocorra de maneira mais
acelerada entre os idosos (NUNES et al., 2016).
Entre outros fatores, o sedentarismo após a
aposentadoria leva a ociosidade, diminuição da
da qualidade de vida que traz um grande impacto
ao indivíduo, não só pelas transformações
características desta fase, mas também pelas
alterações que ocorrem nas estruturas físicas, na
cognição e nas relações sociais (MENESES;
MENDES, 2014).
O declínio cognitivo também está associado a
doenças, como tumores benignos ou malignos,
traumas resultantes de acidentes, doença
vascular, infecções, toxinas, entre outros
consequentemente, do crescimento desse grupo
de indivíduos (CARDOSO; FONSECA, 2015).
Estudos nacionais têm observado prevalência
de declínio cognitivo entre idosos ambulatoriais
variando de 29, 2% a 42, 1%. A redução da
capacidade cognitiva pode influenciar o humor
dos idosos associando-se a depressão (NUNES
et al., 2016).
Tal condição, merece uma atenção especial
de médicos e familiares dos idosos à medida que
a depressão é a causa mais importantes de anos
vividos com incapacidade consequentemente, do
crescimento desse grupo de indivíduos
(CARDOSO; FONSECA, 2015).
Para Flores e Alvarenga (2016), a ocorrência
de sintomas depressivos em pessoas idosas
pode estar relacionada a determinantes
biológicos, sociais e psicológicos e ser
responsável pela a perda de autonomia e pelo
agravamento de quadros patológicos
preexistentes.
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No mesmo sentido, os problemas cognitivos, e
a associação com outras desordens clínicas e
neuropsiquiátricas são comuns entre idosos com
depressão. O curso clínico é desfavorável com
episódios mais frequentes por tempo de vida,
acarretando maior grau de comprometimento
funcional. O uso da terapêutica farmacológica é
menos eficiente do que nos jovens (MENESES;
MENDES, 2014).
Justifica-se esse estudo no sentido da
importância de conhecer sobre a relação entre o
cognitivo e depressivo em idosos e seu impacto
na qualidade de vida dos idosos.
OBJETIVOS
Conhecer a relação do idoso frente a um
declínio cognitivo e depressivo.
MATERIAL E MÉTODOS
Definido o tema que seria abordado, foi
realizado um delineamento do estudo, seguindo
as etapas: levantamento bibliográfico, busca de
fontes, leitura de material, organização do
assunto e redação do texto.
As bases de dados consultadas foram:
SCIELO (Scientific Eletronic Library Online),
LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências
de Saúde), Google Acadêmico e Revistas
Científicas, onde os artigos eram descritos em:
“Depressão no Idoso”, “Idoso” e “Cognição no
idoso”.
Foram selecionados 25 artigos para análise,
sendo que foram escolhidos cinco para
elaboração do artigo, que teve como critério de
inclusão artigos científicos relacionados a
temática, publicados no período de 2012 a 2017 e
escritos em português.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O processo do envelhecimento não é igual
para todas as pessoas, sofrendo variações e
influências culturais, sociais e psicológicas.
Apesar de ser uma progressão biológica natural,
existem distinções onde a senescência ou
senectude para uns não é o mesmo para outros e
o padrão de autonomia e independência é
bastante variável; cabendo a avaliação
2
gerontologia ser um diagnóstico multiprofissional;
abordando problemas psicossociais, funcionais e
patológicos da pessoa na terceira idade.
(MENESES; MENDES, 2014).
Estudos debatem o quanto a condição
socioeconômica dessa faixa etária afeta seu
estado de saúde, pois idosos que possuem baixa
renda familiar e baixa escolaridade apresentam
piores condições de saúde e os fatores
determinantes são: interrupção de atividades
devido a problemas de saúde, doenças crônicas e
pior função física. (FLORES; ALVARENGA.
2016).
Segundo o estudo realizado por Nunes et al.
(2016), prevaleceram com declínio cognitivo, os
idosos do sexo feminino, com faixa etária ≥ 80
anos, viúvos, que moram com filhos, e com um a
três anos de estudo, Tabela 1.
Tabela 1- Relação do declínio cognitivo em
idosos a partir de variáveis, obtido por uma
pesquisa realizada no Ambulatório de Geriatria e
Gerontologia do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro no
município de Uberaba-MG, Brasil, no período de
outubro de 2013 a setembro de 2014.
Variáveis Declínio Cognitivo
Maior Menor
Sexo Feminino Masculino
Faixa Etária ≥ 80 anos 70├80 anos
Estado Viúvos Mora com
conjugal esposo(a)/companhe
iro(a)
Arranjo Mora com Mora sozinho
Domiciliar filhos
Escolaridade Um a três Quatro a sete anos
anos de de estudo
estudo
Os profissionais de saúde precisam conhecer
as principais alterações cognitivas para que
confirme um diagnóstico e planeje um tratamento
mais adequado, onde conclui-se que, um idoso
com qualidade de vida adequada, sem quadro de
depressão, possui uma memória mais ativa e,
consequentemente, um menor declínio cognitivo.
(CARDOSO; FONSECA, 2015)
A depressão é um problema de saúde pública,
em que cerca de 154 milhões de pessoas são
afetadas mundialmente, e os idosos enquadram-
se neste contexto com um percentual de 15% de
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prevalência para algum sintoma depressivo,
chamando a atenção para o elevado número de
idosos depressivos que chegam aos serviços de
saúde através da emergência. (LIMA et al. 2016).
Segundo Flores e Alvarenga (2016), a
depressão é considerada um problema de saúde
importante, causa sentimento de tristeza e
isolamento social que afeta, principalmente,
pessoas de idades avançadas que atingem os
mais elevados índices de morbidade e
mortalidade, na medida em que assumem formas
não características, muitas vezes difíceis de
diagnosticar e, consequentemente, de tratar.
Essa doença é caracterizada por meio de
sinais, que é o que pode ser visto, e por meio de
sintomas o que é sentido pela pessoa sendo que
esta entre as principais doenças mentais que
atingem os indivíduos senis, essa que pode ser
desencadeada por fatores psicológicos, orgânicos
e sociais. (MENESES; MENDES, 2014).
Existem estudos que destacam os sintomas
depressivos em idosos associando aos declínios
cognitivos e funcionais, falta ou perda de contato
social, viuvez, eventos estressantes, baixa renda,
isolamento social, falta de atividade social, baixa
escolaridade e uso de medicações, além de
considerar que as mulheres podem ser mais
vulneráveis à depressão, devido ao fato de
viverem mais isoladas da sociedade (FLORES;
ALVARENGA. 2016).
A depressão em idosos apresenta
peculiaridades que a tornam qualitativamente
diferente da depressão nos adultos jovens. Os
fatores genéticos são menos representativos e os
fatores comuns neste grupo se tornam mais
proeminentes; como situações negativas de vida,
problemas sociais, presença de doenças físicas e
incapacidades parece ser o risco de
desenvolvimento da doença. (MENESES;
MENDES. 2014).
Segundo Cardoso e Fonseca (2015), todos os
familiares, profissionais de saúde, a comunidade
e até o próprio idoso devem tomar medidas que
objetivam melhorar o bem-estar e a qualidade de
vida na velhice, escolhendo um tratamento de
saúde mais adequado direcionado aqueles idosos
que atravessam sintomas de depressão afim de
amenizar consequências cognitivas.
No mesmo sentindo, Lima et. al (2016)
evidencia a importância do acompanhamento e
3
da assistência multiprofissional de qualidade aos
idosos, a fim de se evitar complicações de seu
quadro mental, esses pacientes deprimidos
apresentam conectividade funcional alterada,
associando a isso: função cognitiva e gravidade
da depressão e a violência, tanto a física quanto a
psicológica.
De acordo com Nunes et al. (2016), a
proporção de indicativo de depressão é
semelhante entre grupos, além de notar que o
conhecimento da relação entre funcionalidade e
indicativo de depressão com a cognição podem
contribuir para a atenção ao idoso e favorecer a
melhoria do cuidado.
CONCLUSÕES
Conclui-se que o modo de vida do idoso
influencia diretamente no desempenho do
declínio ou funcionalidade cognitiva, o
comprometimento das suas habilidades
funcionais pode influenciar diretamente no estado
mental levando ou não a depressão,
diferentemente do idoso senil.
Cabe aos profissionais o diagnóstico e
estimulo a implementação de terapêuticas que
minimizem as perdas oriundas da depressão e
agravamento da cognição.
Palavras-chave: Idoso; Cognição; Depressão.
REFERÊNCIAS
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memória do idoso em relação à depressão e ansiedade. Revista
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FLORES A.S.; ALVARENGA M.M. Avaliação de depressão e
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Família. Revista enfermagem UFPE on-line, Recife,10(8):2915-22,
Ago. de 2016. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/1
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LIMA, A.M.P.; et al. Depressão em idosos: uma revisão
sistemática da literatura. Revista de Epidemiologia e Controle de
Infecção, Santa Cruz do Sul, 6(2): 97-103, 2016. Disponível em:
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MENESES, I.S.; MENDES, D.R.G. Cuidados de enfermagem a

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184. Disponível em:
http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/
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NUNES, W.A.; et al. Cognição, funcionalidade e indicativo de

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Disponível em:
http://www.periodicos.ufc.br/index.php/rene/article/view/2621/2008.
Acesso em: 24 fev. 2017.