O contexto escolar é um espaço destinado à formação de pessoas. Mais do que
ensiná-las a solucionar questões matemáticas e ajudá-las a desenvolver habilidades linguísticas, é também um espaço para que se ampliem as relações interpessoais e expansão da consciência de si como pessoa única e responsável por sua vida. A adolescência é um período marcado por modificações biológicas e psíquicas, uma fase de transição na qual os elementos mais infantis vão aos poucos cedendo lugar a uma busca de identidade e independência, ocorrências de contestações, rebeldia e mudanças. Nessa fase, o adolescente deixou de ser criança, mas ainda não é um adulto. A palavra "adolescência" tem duas possíveis origens etimológicas que lhe atribuem sentidos bastante significativos: do latim ad (a, para) e olescer (crescer), que quer dizer" processo de crescimento", e também adolescere, que significa "adoecer", "enfermar", ou " a dor de crescer". O adolescente diante da realidade fica exposto ao sofrimento, não só o inerente ao viver, mas o causado por uma existência penosa, com traço significativo de declínio do sentimento de pertencer a um grupo ou coletividade e sua saúde mental ameaçada. Esse adolescente que se apresenta ao plantão psicológico não é somente um aluno, mas um indivíduo com sua subjetividade, angústias inerentes à existência e conflitos relacionais dos quais não está sabendo lidar. O Plantão Psicológico configura-se como uma modalidade de atendimento clínico de caráter emergencial que privilegia a demanda emocional imediata do aluno e funciona como um serviço que não apresenta necessidade de agendamento prévio. Visa atender ao público que recorre a ele de forma espontânea No intuito de aprimoramento da prática psicológica no atendimento escolar, o plantão psicológico surgiu como um meio de intervenção à demanda escolar. Sendo o plantão psicológico um momento de acolhimento em meio à crise, a escuta precisa ser livre e centrada na pessoa do cliente. Nesse sentido, o cliente que se apresenta ao plantão, são adolescentes em diversos momentos de crises que necessitam de alguém que os ouça, pois já não encontram pessoas que o possam fazer. A partir do exposto, conclui-se que o plantão psicológico representa uma forma de atendimento clínico que busca privilegiar as demanda emocionais dos sujeitos participantes da comunidade escolar, através do acolhimento e da escuta. OBJETIVOS
Valorizar o bem estar psicológico a partir da implantação do plantão psicológico para
a comunidade escolar; Inserir o psicólogo na no contexto escolar, uma vez que não há profissionais desta categoria na rede pública de ensino; Oferecer a possibilidade de aconselhamento e orientação para solução de conflitos.
PÚBLICO ALVO
Alunos do turno vespertino da E.E. Prof. Hamilton Lopes em Montes Claros / MG
MODELO DE SERVIÇOS E OPERACIONALIZAÇÕES
Na implantação do atendimento escolar, o profissional prestará os seguintes
serviços:
Plantão Psicológico: Processo psicoterapêutico breve, focalizado na questão
trazida. Trata-se de uma modalidade de atendimento onde, além de acolher o indivíduo e escutá-lo ativamente, as intervenção tem o propósito de auxiliá-lo na tomada de decisões. Aconselhamento e Orientação: Auxílio psicológico diante da necessidade apresentada. Palestras: Foco em prevenção e qualidade de vida A escuta especializada se faz primordial como um modo de acolher e responder a demanda por ajuda psicológica a priori e encaminhamento se necessário.
ESPAÇO FÍSICO
Necessário a disponibilização de sala para atendimento individual. Esta sala deve
conter uma iluminação apropriada, que seja silenciosa sem interferência de ruídos internos e externos, para garantia do sigilo nos atendimentos. Mobiliada com duas cadeiras. ATENDIMENTOS
A definir com a direção
Agenda: Por se tratar da modalidade de plantão, não haverá necessidade de agendamento prévio
RESULTADOS ESPERADOS
Para atingir os objetivos desse projeto de intervenção, será proporcionado à
comunidade escolar: aconselhamento, acolhimento, plantão psicológico, palestras com abordagem de temas relevantes. Com isto busca-se por meio dessa proposta interventiva, proporcionar um ambiente acolhedor que propõe uma relação terapêutica baseada na escuta atenta, empática, com ênfase na experiência que o aluno apresenta,lançando mão de intervenções psicoterápicas e atuação preventiva e de promoção de melhores condições de vida para os indivíduos atendidos.Todos esses procedimentos seguem os critérios éticos, previstos no código de ética do Conselho Federal de Psicologia.