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Apêndice I

Formulários
e inventários

Ficha de formulação de caso em TCC......................................................................................... 206

Inventário de pensamentos automáticos**................................................................................ 207

Registro de pensamentos disfuncionais...................................................................................... 208

Definições de erros cognitivos**................................................................................................ 209

Formulário para exame de evidências de pensamentos automáticos**..................................... 210

Programação semanal de atividades........................................................................................... 211

Inventário de esquemas**.......................................................................................................... 212

Formulário para exame de evidências de esquemas**............................................................... 213

Diário de bem-estar: criando e sustentando o bem-estar............................................................ 214

Formulário de planejamento de segurança.................................................................................. 215

Inventário para supervisão em terapia cognitivo-comportamental.............................................. 217

**Adaptado, com permissão, de Wright J.H., Wright A.S., Beck A.T.: Good Days Ahead. Moraga, CA, Empower
Interactive, 2016. Copyright © Empower Interactive, Inc. Todos os direitos reservados. Os leitores têm permissão para usar
estes itens na
prática clínica.

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206   APÊNDICE I

FICHA DE FORMULAÇÃO DE CASO EM TCC

Nome do paciente:______________________________________________ Data:____________________

Diagnósticos/Sintomas:

Influências do desenvolvimento:

Questões situacionais:

Fatores biológicos, genéticos e médicos:

Pontos fortes/Recursos

Objetivos do tratamento:

Evento 1 Evento 2 Evento 3

Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos

Emoções Emoções Emoções

Comportamentos Comportamentos Comportamentos

Esquemas:

Hipótese de trabalho:

Plano de tratamento:

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APÊNDICE I   207

INVENTÁRIO DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

Instruções: marque com um X cada pensamento automático negativo que você tenha tido nas duas últimas semanas.

____________ Eu deveria estar me dando melhor na vida.

____________ Ele/ela não me entende.

____________ Eu o/a decepcionei.

____________ Eu simplesmente não consigo mais achar graça em nada.

____________ Por que sou tão fraco(a)?

____________ Eu sempre estrago tudo.

____________ Minha vida está sem rumo.

____________ Não consigo lidar com isso.

____________ Estou fracassando.

____________ Isso é demais para mim.

____________ Não tenho muito futuro.

____________ As coisas estão fora de controle.

____________ Tenho vontade de desistir.

____________ Com certeza, alguma coisa de ruim vai acontecer.

____________ Deve ter alguma coisa errada comigo.

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208  

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REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS
Situação Pensamentos Emoção Resposta racional Resultado
automáticos
APÊNDICE I

a. Descreva o evento que levou a. Escreva os a. Especifique se triste, ansioso, a. Identifique os erros a. Especifique e classifique a
à emoção ou pensamentos com raiva, etc. cognitivos. emoção subsequente,
b. Fluxo de pensamentos que automáticos que b. Classifique o grau de emoção, b. Escreva a resposta de 0 a 100%.
levou à emoção ou precederam a emoção. de 0 a 100%. racional ao pensamento b. Descreva as mudanças no
c. Sensações fisiológicas. b. Classifique a crença no automático. comportamento.
pensamento automático, c. Classifique o grau de
de 0 a 100%. crença na resposta
racional, de 0 a 100%.

Fonte: adaptado de Beck A.T., Rush A.J., Shaw B.F., et al.: Cognitive Therapy of Depression. New York, Guilford, 1979, pp. 164.165. Reproduzido, com permissão, da Guilford Press.

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APÊNDICE I   209

DEFINIÇÕES DE ERROS COGNITIVOS


Abstração seletiva (às vezes chamada de ignorar as evidências, ou filtro mental): tirar uma conclusão depois
de ver apenas uma pequena parte das informações disponíveis. Dados evidentes são descartados ou ignorados, de
modo a confirmar a visão enviesada do paciente sobre a situação.
Exemplo: um homem deprimido com baixa autoestima não recebe um cartão de Natal de um velho amigo. Ele
pensa: “Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se importa mais comigo”. Ele está ignorando
as evidências de que ele recebeu vários outros cartões, de que seu velho amigo tem enviado cartões
todos os anos nos últimos 15 anos, de que seu amigo esteve ocupado no último ano com uma mudança
de cidade e um novo emprego e de que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.

Inferência arbitrária: chegar a uma conclusão devido a evidências contraditórias ou à ausência de evidências.
Exemplo: é pedido a uma mulher com medo de elevadores que preveja quais são as chances de um elevador cair
se ela estiver nele. Ela responde que as chances são de 10% ou mais de que o elevador caia e ela se
machuque. Muitas pessoas tentaram convencê-la de que a probabilidade de um acidente catastrófico
com um elevador acontecer é mínima.

Supergeneralização: chegar a uma conclusão sobre um ou mais incidentes isolados e ilogicamente estendê-la
para áreas amplas do funcionamento.
Exemplo: um universitário deprimido tira uma nota B em uma prova. Ele considera essa nota insatisfatória.
Ele supergeneraliza quando tem estes pensamentos automáticos: “Estou encrencado nessa matéria...
Vou estar sempre para trás na minha vida... Não consigo fazer nada certo”.

Magnificação e minimização: o significado de um atributo, evento ou sensação é exagerado ou minimizado.


Exemplo: uma mulher com transtorno de pânico começa a se sentir atordoada durante um ataque de pânico.
Ela pensa, “Vou desmaiar... Eu posso ter um ataque cardíaco ou um AVC”.

Personalização: eventos externos são relacionados a si mesmo quando há poucas evidências para isso.
Assume-se responsabilidade excessiva ou a culpa por eventos negativos.
Exemplo: houve uma recessão econômica, e uma empresa que um dia fez sucesso agora luta para manter-se
dentro do caixa anual. Demissões estão sendo consideradas. Vários fatores levaram à crise de caixa,
mas um dos gerentes pensa: “Tudo isso é minha culpa... Eu deveria ter previsto o que iria acontecer e
ter feito alguma coisa... Eu falhei com todos na empresa”.

Pensamento absolutista (também chamado de pensamento do tipo “tudo ou nada”): os julgamentos sobre si
mesmo, sobre as experiências pessoais ou sobre os outros recaem em uma das duas categorias: tudo ruim ou
tudo bom; fracasso total ou completo sucesso; totalmente defeituoso ou absolutamente perfeito.
Exemplo: Dan, um homem com depressão, compara-se com Ed, um amigo que parece ter um bom casamento
e cujos filhos estão indo bem na escola. Embora o amigo tenha uma boa quantidade de felicidade
doméstica, sua vida está longe do ideal. Ed tem problemas no trabalho, restrições financeiras e
indisposições físicas, entre outras dificuldades. Dan está tendo um pensamento absolutista quando
diz a si mesmo: “Ed tem tudo... Eu não tenho nada”.

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210   APÊNDICE I

FORMULÁRIO PARA EXAME DE EVIDÊNCIAS DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS


Instruções:
1. Identifique um pensamento automático negativo ou preocupante.
2. Em seguida, faça uma lista de todas as evidências que você possa encontrar que confirme (“evidências a
favor”) ou desconfirme (“evidências contra”) o pensamento automático.
3. Depois de tentar encontrar erros cognitivos na coluna de “evidências a favor”, você pode escrever
pensamentos revisados ou alternativos na parte inferior da página.

Pensamento automático:

Evidências a favor do pensamento automático: Evidências contra o pensamento automático:

1. 1.

2. 2.

3. 3.

4. 4.

5. 5.

Erros cognitivos:

Pensamentos alternativos:

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PROGRAMAÇÃO SEMANAL DE ATIVIDADES

Instruções: anote suas atividades para cada hora e depois as classifique em uma escala de 0 a 10 para domínio (h), ou grau de realização, e para prazer (p), ou o quanto

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gostou de fazê-las. Uma classificação de 0 significa que você não sentiu nenhuma habilidade ou prazer. Uma classificação de 10 significa que você sentiu máxima
habilidade, ou prazer.

Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

8h

9h

10h

11h

12h

13h

14h

15h

16h

17h

18h

19h

20h
APÊNDICE I  

21h
211

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212   APÊNDICE I

INVENTÁRIO DE ESQUEMAS
Instruções: utilize o inventário para procurar possíveis regras subjacentes no seu modo de pensar. Assinale cada
esquema que você acredita que possui.

Esquemas saudáveis Esquemas desadaptativos

___ Não importa o que aconteça, posso enfrentar de ___ Tenho de ser perfeito para ser aceito.
alguma maneira.
___ Se eu decidir fazer alguma coisa, tenho de ter
___ Se eu me dedicar a algo, vou conseguir ganhar sucesso.
maestria.
___ Sou um idiota.
___ Sou um sobrevivente.
___ Sem uma mulher (um homem), não sou ninguém.
___ As pessoas confiam em mim.
___ Sou uma farsa.
___ Sou uma pessoa íntegra.
___ Nunca demonstre fraqueza.
___ As pessoas me respeitam.
___ Não sou digno de ser amado.
___ Eles podem me derrubar, mas não podem
me derrotar. ___ Se eu cometer um único erro, vou perder tudo.

___ Importo-me com os outros. ___ Nunca vou me sentir à vontade com as pessoas.

___ Sempre que me preparo com antecedência, ___ Nunca consigo terminar nada.
me saio melhor.
___ Não importa o que eu faça, nunca dá certo.
___ Eu mereço ser respeitado.
___ O mundo é muito assustador para mim.
___ Eu gosto de ser desafiado.
___ Não dá para confiar em ninguém.
___ Poucas coisas me assustam.
___ Tenho sempre de estar no controle.
___ Sou inteligente.
___ Não tenho nenhum atrativo.
___ Consigo resolver as coisas.
___ Nunca demonstre suas emoções.
___ Sou simpático.
___ As pessoas vão se aproveitar de mim.
___ Consigo lidar com o estresse.
___ Sou preguiçoso.
___ Quanto mais difícil o problema, mais forte
___ Se realmente me conhecessem, as pessoas não
me torno.
gostariam de mim.
___ Consigo aprender com os meus erros e me tornar
___ Para ser aceito, sempre tenho de agradar os outros.
uma pessoa melhor.
___ Sou um bom cônjuge (e/ou pai, mãe, filho, amigo,
amante).
___ Tudo vai ficar bem.

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APÊNDICE I   213

FORMULÁRIO PARA EXAME DE EVIDÊNCIAS DE ESQUEMAS


Instruções:
1. Identifique um esquema negativo ou desadaptativo que você gostaria de mudar. Anote neste formulário.
2. Anote as evidências que confirmem ou desconfirmem esse esquema.
3. Procure por erros cognitivos nessas evidências a favor do esquema desadaptativo.
4. Por fim, anote suas ideias para mudar o esquema e seus planos para colocá-las em prática.

Esquema que quero mudar:

Evidências a favor desse esquema: Evidências contra esse esquema:

1. 1.

2. 2.

3. 3.

4. 4.

5. 5.

Erros cognitivos:

Agora que examinei as evidências, meu grau de crença no esquema é de:

Ideias que tenho para modificar esse esquema:

Atitudes que tomarei para mudar meu esquema e agir de maneira mais saudável:

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DIÁRIO DE BEM-ESTAR: CRIANDO E SUSTENTANDO O BEM-ESTAR
214  

Pensamentos e/

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Experiências e sentimentos ou comportamentos
Situação de bem-estar Intensidade (0-100) interferentes Observador
APÊNDICE I

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APÊNDICE I   215

FORMULÁRIO DE PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA


Passo 1
Sinais de advertência:

1.
2.
3.

Passo 2
Estratégias internas de enfrentamento – coisas que posso fazer para distrair minha mente dos problemas sem
entrar em contato com alguém:

1.
2.
3.

Passo 3
Pessoas e ambientes sociais que proporcionam distração:

1. Nome Telefone
2. Nome Telefone
3. Local 4. Local

Passo 4
Pessoas para quem posso pedir ajuda:

1. Nome Telefone
2. Nome Telefone
3. Nome Telefone

Passo 5
Profissionais ou centros que posso contatar durante uma crise:

1. Nome do terapeuta/centro Telefone


WhatsApp ou número de emergência do terapeuta

2. Nome do terapeuta/centro Telefone


WhatsApp ou número de emergência do terapeuta

3. Departamento de emergência local


Endereço do departamento de emergência
Telefone do departamento de emergência

4. Telefone do Centro de Valorização da Vida (prevenção de suicídio): 188

5. Outros:

(Continua)

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216   APÊNDICE I

FORMULÁRIO DE PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA (Continuação)

Passo 6
Tornar o ambiente seguro:

1. 
2. 
3. 

Passo 7
Motivos para viver – as coisas que são mais importantes para mim e pelas quais vale a pena viver:

1. 4.
2. 5.
3. 6.

Fonte: reproduzido com permissão (© 2008, 2012, 2016, Barbara Stanley, Ph.D. e Gregory K. Brown, Ph.D.). Para inscrever-se
para usar este formulário e para outros recursos de treinamento, visite: www.suicidesafetyplan.com (conteúdo em inglês).

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APÊNDICE I   217

INVENTÁRIO PARA SUPERVISÃO EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTALa


Terapeuta
Supervisor Data
Instruções: use este inventário para monitorar e avaliar as competências em TCC. Na Parte A, estão listadas as
competências que devem ser normalmente demonstradas em cada sessão. A Parte B traz as competências que
podem ser demonstradas ao longo da terapia ou terapias. O inventário não se destina à avaliação do desempenho
na primeira ou na última sessão.

Parte A: Competências que devem ser normalmente demonstradas em cada sessão

Precisa Não tentou


Competência Superior Satisfatória melhorar ou N/A

1. Mantém uma aliança


empírica colaborativa

2. Expressa empatia e
autenticidade apropriadas

3. Demonstra forte
compreensão

4. Mantém profissionalismo e
limites apropriados

5. Solicita e fornece feedback


apropriado

6. Demonstra conhecimento do
modelo de TCC

7. Demonstra capacidade para


usar a descoberta guiada

8. Estabelece a agenda com


eficácia e estrutura a sessão

9. Revisa e prescreve tarefa de


casa útil

10. Identifica os pensamentos


automáticos e/ou crenças
(esquemas)

11. Modifica os pensamentos


automáticos e/ou crenças
(esquemas)

12. Utiliza intervenção


comportamental ou auxilia
o paciente na resolução de
problemas

13. Aplica os métodos de TCC


de maneira flexível, que
atende às necessidades do
paciente

(Continua)

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218   APÊNDICE I

INVENTÁRIO PARA SUPERVISÃO EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTALa (Continuação)

Parte B: Competências que podem ser demonstradas ao longo da terapia ou terapias

Precisa Não tentou


Competência Superior Satisfatória melhorar ou N/A

1. Estabelece metas e planeja


o tratamento com base em
formulação de TCC

2. Ensina ao paciente o
modelo de TCC e/ou das
intervenções terapêuticas

3. Demonstra capacidade
para usar o registro de
pensamento ou outro
método estruturado
de reagir às cognições
disfuncionais

4. Consegue utilizar a
programação de atividades
ou eventos prazerosos

5. Consegue utilizar exposição


e prevenção de resposta ou
tarefa gradual

6. Consegue utilizar técnicas


de relaxamento e/ou
controle do estresse

7. Consegue utilizar métodos


de prevenção de recaída
da TCC

Comentários:

a
Inventário desenvolvido por Donna Sudak, M.D., Jesse H. Wright, M.D., Ph.D., David Bienenfeld, M.D. e Judith Beck,
Ph.D., 2001.

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