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ISSN 1983-5183

Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo


2017; 29(2): 191-7,mai-ago

ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO


DO ESPECTRO AUTISTA: RELATO DE CASO
DENTAL CARE ON A CHILD WITH AUTISTIC SPECTRUM DISORDER: CASE
REPORT
Tathiana do Nascimento Souza*
Juliana Viegas Sonegheti**
Lucia Helena Raymundo de Andrade***
Patricia Nivoloni Tannure****

RESUMO
O transtorno do espectro autista (TEA) consiste em uma desordem complexa, incapacitante, caracterizada por
alterações do comportamento relacionadas ao convívio social, linguagem e limitações motoras. Em relação às
características odontológicas, muitas crianças têm pouco tônus muscular, má coordenação e babam. Por causa
da pouca coordenação da língua, tendem a armazenar o alimento na boca ao invés de engolir. Esse hábito,
combinado com o desejo por alimentos açucarados, leva ao aumento da suscetibilidade à cárie. Devido a
sua tendência a aderirem a rotinas, as crianças podem necessitar de várias visitas ao cirurgião-dentista (CD)
para se aclimatarem ao ambiente odontológico. Em casos graves de TEA, a estabilização do paciente com a
associação de técnicas seguras de sedação ou a anestesia geral estão indicadas. Objetivou-se relatar um caso
de atendimento odontológico, realizado em centro cirúrgico, em uma paciente de 2 anos de idade, portadora
de TEA, enfatizando-se as dificuldades do atendimento ambulatorial, além da importância da prevenção e
do acompanhamento por um cirurgião-dentista. Paciente, leucoderma, sexo feminino, 2 anos e 9 meses de
idade, portadora de TEA grau moderado, apresentou-se com lesões cariosas extensas e destruições de elemen-
tos dentários. Foi submetida a tratamento odontológico realizado em centro cirúrgico com uso de anestesia
geral devido à grande resistência da paciente e à necessidade de tratamento odontológico complexo. Pode-se
concluir que pacientes portadores de TEA devem receber um tratamento multidisciplinar e priorizar a preven-
ção das doenças bucais, enfatizando-se a importância de uma dieta saudável e uma adequada higiene bucal.
Destaca-se, ainda, a relevância do CD no acompanhamento dessa paciente e no restabelecimento da sua
saúde bucal e geral.
Descritores: Transtorno do Espectro Autista • Anestesia Geral • Cárie Dentária

ABSTRACT
The autistic spectrum disorder (ASD) is a complex disorder causing serious incapacity, characterized by chang-
ings in the behavior related to the social style communication and motor limitations. Concerning to dental
features a lot of children have little muscle tone, poor coordination and they usually drool. Due to the tongue
coordination limitation, they tend to retain food in the mouth instead of swallowing it. This habit, combined
with the desire for sugary foods leads to a high susceptibility dental caries process. Because of their tendency
to adhere to routines, children might require several visits to a dentist to get used to the dentist’ offices atmos-
phere. In severe cases of ASD, general anesthesia or patient’s stabilization, for his safety, as well as sedation
techniques are indicated. It is high time to report a case of a dental care performed in a surgical center using
the general anesthesia in a 2-year-old female patient with ASD, highlighting the difficulties of outpatient care,
and the importance of the oral cavity disease prevention. Case Report of Clinical: Patient, leukoderma, female,
2 years-old, an ASD moderate carrier, presented with extensive dental caries and dental elements damages,
underwent dental treatment held in surgical center with use of general anesthesia - due to the great resistance
of the patient and the needs for complex dental treatment. Conclusion: Patients carrying ASD should receive a
multidisciplinary approach and prioritize the prevention of oral diseases, with emphasis on the guidelines for
diet and oral hygiene. It also highlights the relevance of dentist monitoring in this patient and the importance of
restoring oral health despite of complex procedures performed using general anesthesia.
Descriptors: Autism Spectrum Disorder • General Anesthesia • Dental Caries

**** Graduada em Odontologia – Universidade Veiga de Almeida (UVA)


**** Mestranda em Odontologia (Reabilitação Oral) - Universidade Veiga de Almeida (UVA)
**** Mestre em Odontologia (Odontopediatria), Consultório Particular
**** Doutora em Odontologia (Odontopediatria), Professora da Disciplina de Odontopediatria - Universidade Veiga de Almeida (UVA)

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Souza TN INTRODUÇÃO da dinâmica familiar, o que exige cuida-
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é do prolongado e atento por parte de todos
Andrade LHR
Tannure PN definido como um distúrbio incapacitante os parentes que convivem com a criança
do desenvolvimento mental e emocional com TEA. A literatura mostra sobrecarga
Atendimento
odontológico em que afeta a aprendizagem, comunicação emocional dos pais, incluindo como um
uma criança com e relacionamento com os outros1, acome- dos principais fatores responsáveis o defi-
transtorno do
tendo crianças de todas as etnias e classes ciente acesso ao serviço de saúde e apoio
espectro autista: social 4,11.
relato de caso sociais. A etiologia do TEA é uma grande
incógnita para a ciência. Para alguns auto- Diante do exposto, objetivou-se rela-
res é considerada desconhecida2-4, outros tar um caso de atendimento odontológi-
relatam ser multifatorial, associada a fato- co realizado em centro cirúrgico em uma
res genéticos e neurobiológicos4, 5. Essa paciente de 2 anos de idade portadora de
alteração inicia até o final do terceiro ano TEA. Busca-se com o presente trabalho
de vida, com uma prevalência quatro ve- enfatizar as dificuldades do atendimen-
zes maior no gênero masculino do que no to ambulatorial, além da importância da
feminino1,6,4. Em contrapartida, meninas prevenção e do acompanhamento por um
tendem a ser mais seriamente afetadas e cirurgião-dentista.
com maior comprometimento cognitivo6. RELATO DE CASO
O TEA é um tipo de transtorno global
de desenvolvimento de maior relevância Paciente P.C.A, leucoderma, sexo fe-
devido a sua elevada prevalência4. Atual- minino, 2 anos e 9 meses de idade, por-
mente, o TEA ocupa o terceiro lugar no tadora de transtorno do espectro autista,
ranking mundial entre os distúrbios das apresentou-se ao consultório dentário
desordens do desenvolvimento6. Dados com os responsáveis. Estes se queixavam
epidemiológicos estimam que 1 a cada 66 de que a criança tinha cárie.
indivíduos vivos apresenta TEA7. No Bra- Na anamnese relatou-se que a criança
sil, ainda não existem dados estatísticos havia nascido de parto cesárea com ín-
•• 192 •• acerca desse índice, no entanto, até 2012 dice de Apgar 9/9. Na consulta inicial a
calculava-se que cerca de 1,2 milhões criança pesava 17,400 kg e media 91cm
de pessoas sejam autistas8. Sabe-se que o de altura. A caderneta de vacinação es-
TEA envolve alterações graves e precoces tava de acordo com a idade. A paciente
nas áreas de socialização, comunicação e apresentava alergia a penicilina e a proteí-
cognição 1,4,9. O grau de severidade está na do leite. Utilizava uma linguagem pró-
associado ao coeficiente intelectual (QI). pria para a comunicação. O diagnóstico
Pode variar desde o retardo mental severo, de transtorno de espectro autista grau mo-
que é o autismo de baixo funcionamento, derado foi dado aos 2 anos de idade. As
até o QI normal ou superdotado, que é o características como movimentos ondula-
autismo de alto funcionamento6. tórios de corpo e cabeça, balançar e sacu-
Os portadores possuem sensibilidade dir as mãos quando estava nervosa, atraso
extrema aos estímulos externos, como na fala e o gosto exclusivo por brinque-
barulhos diferentes, sons fortes e compor- dos pedagógicos auxiliaram o diagnósti-
tamentos inesperados, que muitas vezes co. Fazia uso contínuo do medicamento
dificultam o tratamento odontológico9. Neuleptil®, 5 gotas, 2 vezes ao dia, que,
Devido a sua tendência a aderirem a ro- de acordo com sua bula, é indicado no
tinas, crianças podem necessitar de diver- tratamento de distúrbios do caráter e do
sas visitas ao cirurgião-dentista (CD) para comportamento, revelando-se particular-
reconhecerem e aceitarem o ambiente mente eficaz no tratamento dos distúrbios
odontológico1. Em casos graves, a aneste- caracterizados por autismo.
sia geral em ambiente hospitalar é o mais A dieta da paciente era de consistência
recomendado quando não for consegui- pastosa e não comia alimentos em peda-
Rev. Odontol.
Univ. Cid. São do o condicionamento do paciente para ços. Fazia uso da mamadeira várias vezes
Paulo atendimento ambulatorial10. ao dia e à noite. A escovação era realiza-
2017; 29(2): da 3 vezes ao dia com pasta sem flúor e
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Essas peculiaridades levam à alteração
de forma breve.
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Foi realizado o exame clínico sob con- tórax, avaliação médica do neurologista e Souza TN
tenção física. A paciente não apresentava Sonegheti JV
risco cirúrgico não apresentaram nenhu-
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os segundos molares decíduos e todos os ma alteração relevante. Tannure PN
dentes do arco superior apresentavam le- Após 2 meses a paciente foi submetida
Atendimento
sões cariosas. Havia fístula na região do a anestesia geral com intubação nasofa- odontológico em
incisivo lateral superior direito decíduo ríngea (Figura 02). Foram realizadas exo- uma criança com
(52) e na região do incisivo central supe- dontias dos elementos 52 e 61 (Figura 03). transtorno do
rior esquerdo (61) com relato de edema Os dentes superiores foram restaurados espectro autista:
no lábio superior. No arco inferior, os pri- relato de caso
com ionômero de vidro fotopolimerizá-
meiros molares decíduos (74 e 84) apre- vel, assim como a face oclusal dos primei-
sentavam lesão cariosa na face oclusal e ros molares decíduos inferiores direito e
manchas brancas ativas. Conseguiu-se re- esquerdo. Não houve intercorrência du-
alizar somente uma radiografia periapical rante a cirurgia.
dos incisivos superiores direitos (Figura A mãe foi orientada a mudar os hábitos
01). alimentares (consistência de alimentos e
Devido à grande resistência da pacien- retirar as mamadeiras noturnas) e higiêni-
te e à necessidade de tratamento odon- cos (utilização de pasta dental com flúor e
tológico complexo, foi indicado aos res- escovação minuciosa dos dentes).
ponsáveis atendimento a nível hospitalar A paciente retornou ao consultório
realizado em centro cirúrgico. Hemogra- dentário após uma semana do procedi-
ma completo, coagulograma, raio X de mento hospitalar para reavaliação. A mãe

•• 193 ••

Figura 1: Radiografias periapicais dos incisivos superiores decíduo do lado Rev. Odontol.
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direito. Na imagem nota-se área radiolúcida dos elementos 51(M-D), Paulo
52 (MID) 53 (I), sugestiva de processo carioso. Suspeita de rarefação 2017; 29(2):
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óssea periapical nos elementos 51 e 52.
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Souza TN
Sonegheti JV
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Tannure PN
Atendimento
odontológico em
uma criança com
transtorno do
espectro autista:
relato de caso

Figura 2: A
 specto clínico da arcada superior, evidenciando as lesões cariosas.

•• 194 ••

Figura 3: Aspecto clínico da arcada superior evidenciando a fístula na região


Rev. Odontol. do elemento 52.
Univ. Cid. São
Paulo relatou que a criança já estava comendo houve intercorrência depois da cirurgia.
2017; 29(2): alimentos em pedaços bem cozidos, que Após 2 meses do procedimento hospi-
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ainda mamava 2 vezes a noite e que não talar, a paciente retornou ao consultório
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dentário devido à queda da própria altura, nhado por ausência de interesse social Souza TN
ou interações sociais incomuns e padrões Sonegheti JV
traumatismo dentário e fístula na região
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do incisivo lateral superior esquerdo (62). incomuns de comunicação1. No caso aqui Tannure PN
Este elemento foi extraído no consultório apresentado, a paciente apresentava mo-
Atendimento
com anestesia local e estabilização da vimentos ondulatórios de corpo e cabeça,
odontológico em
criança pelos pais. Os responsáveis rela- balançava e sacudia as mãos quando es- uma criança com
taram mudanças nos hábitos de alimenta- tava nervosa e apresentava atraso na lin- transtorno do
ção e escovação, a paciente não mamava guagem. espectro autista:
É importante ressaltar que um relato de caso
mais à noite e colaborava para escovação.
A paciente encontra-se sob controle de es- diagnóstico precoce da alteração significa
covação e alimentação. intervenções e planos de tratamento
mais adequados que permitirão uma
DISCUSSÃO melhor qualidade de vida para a criança
O transtorno do espectro autista (TEA) é diagnosticada com TEA até atingir a fase
definido como um distúrbio incapacitante adulta3,11. Em relação à doença cárie, o
do desenvolvimento mental e emocional diagnóstico precoce nessa paciente leva-
que causa problemas na aprendizagem, ria a um tratamento menos invasivo, pro-
comunicação e relacionamento com os vavelmente restringindo-se a orientações
outros2 e acomete crianças de todas as et- em relação à dieta e ao uso do dentifrício
nias e classes sociais1-4,9. Uma prevalência fluoretado acima de 1000ppm. Vale res-
quatro vezes maior no gênero masculino saltar aqui que muitas crianças autistas
do que no feminino1,4,6 é observada. Em têm pouco tônus muscular, má coordena-
contrapartida, meninas tendem a ser mais ção e babam. Por causa da pouca coorde-
seriamente afetadas e a ter uma história de nação da língua, tendem a armazenar o
maior comprometimento cognitivo1,6. alimento na boca ao invés de engolir. Esse
Em anos recentes, as frequências re- hábito, combinado com o desejo por ali-
latadas de transtorno do espectro autista, mentos açucarados, leva ao aumento da
nos Estados Unidos e em outros países, suscetibilidade à cárie2. •• 195 ••
alcançaram 1% da população, com esti- Deve-se enfatizar que a responsável da
mativas similares em amostras de crianças paciente relatou que a consistência da ali-
e adultos. Ainda não está claro se taxas mentação da criança era pastosa e que ela
mais altas refletem expansão dos critérios não comia alimentos em pedaços.
diagnósticos do Manual Diagnóstico e Es- Fazia uso de mamadeira várias vezes
tatístico de Transtornos Mentais -Associa- ao dia e à noite, por ser esta a alimenta-
ção Americana de Psiquiatria (DSM-IV) de ção mais fácil da criança ingerir. Quan-
modo a incluir casos subliminares, maior to à escovação, era realizada 3 vezes
conscientização, diferenças na metodolo- ao dia, porém de forma rápida, pois a
gia dos estudos ou aumento real na frequ- paciente não colaborava, havendo mais
ência do transtorno 1,3. dificuldades na região posterior. A pasta
Os pacientes com TEA não compre- de dente utilizada era sem flúor. Essa
endem emoções, não entendem sutile- combinação de predileção por alimentos
zas, segundas intenções, ironias, paixões pastosos, que ficam retidos na boca por
e tristezas. Dificilmente fazem vínculos mais tempo, concomitante com o hábito
com pessoas e são ligados a objetos e es- de higienização bucal não realizado da
paços onde vivem. A paciente relatada maneira correta e com dentifrício sem
foi submetida a anestesia geral devido à flúor é um fator de alto risco para a doen-
extensa necessidade de tratamento junta- ça cárie.
mente com um comportamento arredio e A criança com TEA apresenta-se extre-
caracterizado por uma incapacidade para mamente sensível a estímulos externos,
colaborar. como barulhos diferentes, sons fortes e
comportamentos inesperados durante o Rev. Odontol.
Os primeiros sintomas do TEA frequen- Univ. Cid. São
temente envolvem atraso no desenvolvi- tratamento odontológico. Por causa de Paulo
mento da linguagem, em geral acompa- sua tendência a aderir a rotinas, as crian- 2017; 29(2):
ças podem necessitar de várias visitas ao 191-7,mai-ago
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Souza TN CD para se aclimatar ao ambiente odon- alização desta, apresentar resfriado, febre,
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tológico2. Além disso, a elaboração de um bronquite, crise asmática ou insuficiência
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Tannure PN método que proporcione ao profissional cardíaca descompensada11,12. A paciente
de Odontologia uma sequência de aten- descrita apresentava estado clínico bom
Atendimento
odontológico em dimento a esses pacientes é de extrema e sem nenhuma contraindicação para o
uma criança com importância9. procedimento.
transtorno do Quando não se obtiver sucesso do Diante das inúmeras dificuldades en-
espectro autista: tratamento pelo consultório, o tratamen- contradas pelos pais de crianças portado-
relato de caso
to dentário deve ser realizado através da ras do TEA, o dentista, como um profissio-
indução anestésica geral, pois – através nal pertencente à equipe interdisciplinar,
da anestesia geral – é possível realizar a deve esclarecer às famílias a importância
reabilitação oral total numa única sessão, dos cuidados preventivos em relação às
realizando-se desde profilaxias a cirur- doenças bucais a fim de buscar sempre
gias. A maior parte da literatura que se uma melhor qualidade de vida para essas
refere ao uso de anestesia geral para trata- famílias.
mento odontológico concorda com a sua
adequação para a facilitação do tratamen- CONCLUSÃO
to quando viável e necessário, visto pelo Pacientes portadores de TEA devem re-
profissional 11,12. ceber um tratamento interdisciplinar, prio-
Antes de considerar a anestesia geral rizando a prevenção das doenças bucais e
propriamente dita, é importante determi- enfatizando as orientações quanto à dieta
nar o estado físico pré-operatório do pa- e higiene bucal. O CD é fundamental no
ciente, devendo ser utilizada a avaliação acompanhamento de pacientes portado-
formulada pela Sociedade Americana de res de TEA e, neste caso, foi responsável
Anestesiologistas. A anestesia geral é con- pelo restabelecimento da saúde bucal
traindicada no paciente que, no dia da re- através da anestesia geral.

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