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SUMÁRIO

1. Introdução............................................................................................................. 2

2. Histórico............................................................................................................. 2-3

3. Características...................................................................................................... 4

4. Ataque, Destruição e Perda Total.....................................................................5-7

5. Recomeço como Jahre Viking até o Prelúdio do Fim

...................................................................................................... 7-10

6. Curiosidades.................................................................................................. 10-11

7. Mecanismo do Knock Nevis............................................................................... 11

8. Referências.......................................................................................................... 12

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1. Introdução

O maior navio petroleiro do mundo, o Knock Nevis, também conhecido como


Seawise Giant, Happy Giant, e Jahre Viking, é o maior navio do mundo, sendo
conseqüentemente o mais pesado objeto móvel já construído pelo homem. É um navio
que merece respeito e admiração, além de existir a vários anos, já sobreviveu á um
ataque terrorista.

Maior Navio do Mundo – Knock Nevis

2. Histórico

Este navio que ficou mundialmente conhecido com o nome de T/T Jahre Viking,
pois foi o nome que ele ostentou por mais tempo em sua longa carreira marítima,
originalmente se chamava Porthos quando estava ainda em construção.

Encomendado por um armador Grego em 1975, aos estaleiros Oppama da


Sumitomo HI, do Japão na cidade de Yokosuka, região de Kanagawa.

Jogado ao mar em 1976, com as dimenções de um ULCC médio*, o T/T


Porthos, começa os testes de mar, sendo, porém em seguida recusado pelo armador, que
alegou problemas técnicos com as turbinas, com excesso de vibração eram uma das
alegações dos gregos. Na verdade o armador estava enfrentando a grande crise que
assolou o mercado nos anos 70, e estava falindo.

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O T/T Porthos, passa a se chamar Oppama, rebatizado pelo próprio estaleiro, que
o coloca em Laid Up, aguardando destino, porem em 1979, o Grupo Sumitomo ( um
dos maiores grupos financeiros do mundo), fecha um acordo com o homem mais rico da
China, C. Y. Tung, que concorda em operar o navio, a partir de Honk Kong, em parceria
com Brokers Noruegueses, porem com a condição de jumboriza lo, e o transformá-lo
em ULCC de grande porte*, dado que suas turbinas eram demasiadamente potentes e o
navio era um VLCC “boca larga”.

Foto - Seawise Giant sendo “emendado”, jumborização no Japão, nasce o maior navio
do mundo!

Naqueles tempos havia uma grande concorrência entre os armadores de navios


tanque, que havia começado entre os Gregos e o Americano Ludwing, já haviam
começado a era dos ULCC, era uma disputa ferrenha por quem construía e operava o
maior ULCC, segundo a história o pai do ULCC, e bem como do VLCC foi Luwing, os
4 primeiros navios do porte ULCC foram os 4 irmãos da classe Universal, o Universal
Portugal, os Universal Ireland, Universal Kuwait, Universal Japan, com 332 mil
toneladas cada lançados entre 1968 e 1969, outras dezenas de navios gigantes foram
lançados em massa ate 1973 ano que começa a grande crise do petróleo, porem navios
maiores ainda já estavam encomendados e sendo construídos, os 4 navios com 555 mil
toneladas como foi a classe Batillus, construídos na frança diretamente para as grande
companhias de Petróleo, como a Shell, a Total, a Fina, e a Gulf.

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Então no ano de 1979, o maior navio do mundo é relançado e rebatizado como
T/T Seawise Giant, e começa finalmente sua carreira navegando entre os portos Árabes,
via Cabo da Boa Esperança para o terminal de Bantry Bay, na Irlanda ou na área de
alivio em Galveston no Texas, sob operação da Universal Petroleum Carriers Inc.

3. Características

 Comprimento: 458.4 metros (mais de 4 campos de futebol)


 Largura: 68.9 metros (equivalente a um edifício de 23 andares)
 Calado (Profundidade do Casco Submerso): 24.5 metros (equivalente a um
edifício de 8 andares), o dobro de um super-transatlântico
 Peso Carregado: 564763 toneladas (mais de 5 vezes o peso de um porta-aviões
classe Nimitz)
 Capacidade de Carga: 674297 metros cúbicos ou 4240865 barris de petróleo (+
de 18 mil caminhões tanque)
 Valor da Carga: US$ 122 milhões
 Espessura do Casco: 3.5 cm
 Propulsão: Turbinas a Vapor (50 mil HP), 1 hélice de 9 metros de diâmetro
(equivalente a um edifício de 3 andares) girando a 85 RPM
 Velocidade Máxima: 29 Km/h
 Tripulação: 40

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4. Ataque, Destruição e Perda Total

No dia 14 de maio de 1988 enquando o Seawise Giant, carregava Oleo light


Árabe, no terminal de Hormuz Iran, a guerra Irã x Iraque, estava a todo vapor, as forças
Iraquianas comandam um ataque aéreo ao terminal e aos navios mercantes atracados no
mesmo.

O Seawise Giant, assim como os demais navios sofrem pesado bombardeio, o


navio VLCC T/T Barcelona de 235 mil toneladas atracado à contra bordo do Seawise
Gian, queima por completo, após ser atingido na proa, e por boreste meia nau, e outra
em frente à superestrutura por Boreste a ré.

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Foto - Seawise Giant instantes antes de uma grande explosão ocorrer e vitimar o
rebocador que está em socorro.

Como resultado 3 tripulantes do Seawise Giant morrem e vários tripulantes dos


rebocadores que tentavam debelar as chamas, são mortalmente feridos quando
ocorreram grandes explosões, destruindo os rebocadores.

Foto - Convés principal e main fold totalmente destruídos.

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Foto - Convés principal destruído

Após o desastre o Seawise Giant fica encalhado num banco próximo ao estreito
de Hormuz parcialmente submerso, seus armadores declaram como “Total Construction
Loss”, é declarado perda total.

5. Recomeço como Jahre Viking até o Prelúdio do Fim

Em 1990 - Porém a seguradora não chega num acordo, criando um impasse


judicial a respeito do que fazer com os restos do navio, novamente o Seawise Giant,
muda de donos, finalmente um grupo de armadores noruegueses se interessam pelo
navio, e resolve assumir a TCL, rebocado até Singapura o Seawise Giant, passa a se
chamar Happy Giant, uma alusão ao futuro feliz do navio, que havia escapado do
desmanche. Em Singapura passa por grande reconstrução, nos estaleiros Keppel, a
superestrutura anterior é removida e uma nova dando lugar a antiga, apenas se
aproveitando as asas. Para reconstrução são utilizados mais de 3.220 toneladas de aço,
32 km de linhas tubulações, e 60 milhões de Dolares.

Terminada a reconstrução o Happy Giant, muda novamente de donos, o grupo


anterior é substituído por um consorcio de empresas de navegação norueguesas. O
Grupo Jørgen Jahre, adquire o navio por US$ 39 milhões, o navio agora passa a se
chamar pelo nome da qual o faz dele um ícone de uma época: Jahre Viking.

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Foto - Jahre Viking em Bantry Bay com o VLCC Saudi Glory de 276.000Tons.

O T/T Jahre Viking, passa a operar em linha dedicada entre os terminais Árabes
e os EUA, passando pela rota do Cabo da Boa Esperança, chegando ao Golfo do
México, mais precisamente a região de Galveston TX, da qual não atracava, era aliviado
por navios menores ate estar totalmente vazio e poder retornar vazio ao Oriente Médio
via rota do Canal de Suez.

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Ele continua nesta linha sem maiores problemas até o ano de 2004, quando é
comprado pela First Olsen Tankers, e novamente enviado ao Keppel, mas agora para
conversão em FSO ( cisterna e alivio), operando na região do Golfo do Qatar, para
Maersk Oil, no campo de Al Shaheen Oil Field.

Mais uma vez ele muda de nome e passa a se chamar FSO Knock Nevis, porem
com bandeira e porto de registros inalterados.

Porém o FSO Knock Nevis, jamais teria a gloriosa trajetória que este navio teve
quando Seawise Giant ou renascido das cinzas como Phenix e se tornado Jahre Viking o
maior navio de todos os tempos, após o termino do contrato, à Maersk Oil ainda tentou
sem sucesso, trazê-lo para o Brasil, lugar que ele jamais esteve antes, porem sem
sucesso, tanto a Petrobras quanto suas operadoras de FPSO´s não se interessaram em
adquirir o navio e converte-lo em FPSO, passados quase um ano, não encontram outra
solução para o famoso navio a não ser a demolição nas imundas praias de Alang na
Índia.

Foto - Ultima foto do Mont – ex Knock Nevis – ex Jahre Viking – varado nas
praias de Alang.

O Knock Nevis é então renomeado Mont, e tem seu pavilhão substituído pelo de
Serra Leoa, para sua viajem final, e seus novos donos são a Amber Development Corp.
Em janeiro de 2010, a demolição do navio é iniciada.

Uma de suas ancoras de 36 toneladas é salva e enviada para o Museu Marítimo


de Hong Kong, para exibição do que representou para Indústria Marítima mundial.

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Foto - Ancora do Jahre Viking na lama em Alang.

Exposição da ancora que pertenceu ao Jahre Viking, no Museu Marítimo de


Honk Kong, em homenagem ao navio e ao seu primeiro armador que era cidadão da ilha
de Honk Kong, foi preciso um grande guindaste para posicionar esta ancora de 36
toneladas neste chafariz.

6. Curiosidades

Poucos portos no mundo podiam receber o Knock Nevis (normalmente ele não
atracava no porto, descarregava o petróleo em navios menores) e também devido ao seu
grande calado não podia navegar no canal da Mancha.

O Knock Nevis transportava petróleo do Golfo Pérsico para os Estados Unidos e


são necessários alguns deles somente para suprir o consumo diário de petróleo
americano. Enquanto um carro faz curva em um raio de 10 metros, o Jahre Viking só

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consegue fazer curvas em um raio de 3.7 km! Na velocidade máxima, para parar
totalmente o Jahre Viking precisa de 10 km!

Para não perder tempo e se cansar, a tripulação anda de bicicleta no seu convés!
Se um motorista ganhasse de presente um Jahre Viking cheio de gasolina, poderia,
gastando um tanque de gasolina de 50 litros por semana, rodar por 259.345 anos!

7. Mecanismo do Knock Nevis

O óleo produzido a partir de plataformas de produção fora da costa pode ser


transportado para o continente seja por gasoduto ou por navio. Quando um tanque é
escolhido para transportar o petróleo, é necessário acumular óleo em alguma forma de
tanque de armazenamento, de tal forma que o petroleiro não esteja ocupado
continuamente durante a produção de petróleo, e só é necessário que se produza uma
vez para encher o tanque. Muitas vezes a solução é um petroleiro que foi desmantelado,
despojado e equipado com instalações para ser ligado a uma bóia de amarração. O
petróleo é acumulado no FPSO até que haja quantidade suficiente para encher um
tanque de transporte, ponto em que o navio tanque de transporte liga para que, a popa da
unidade flutuante de armazenamento e óleo, escoa.

A foto mais famosa do Jahre Viking, literalmente empurrando água.

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8. Referências

AZEVEDO, E. O fim de uma era: Jahre Viking – O maior Navio do Mundo. Disponível
em:

< http://www.blogmercante.com/2010/07/o-fim-de-uma-era-o-jahre-viking-o-maior-
navio-do-mundo/ >. Acesso em 20 Fev. 2011

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