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PERNAMBUCO
TRANSFERÊNCIA DE CALOR I
Projeto 2° unidade
Felipe Vilar
Altino Neto
05/11/2020
Conteúdo
1 Problema 3
2 Energia geotérmica 3
2.1 O calor e a crosta terrestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Variação da temperatura ao longo da solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.3 Bomba de calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3 Calor necessário 6
3.1 Cálculo da resistência total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1.1 Denindo as resistências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.1.2 Resistência de convecção interna e externa . . . . . . . . . . . . . . 9
3.1.3 Cálculo do calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4 Aquecedor 10
4.1 Escolha do material do tubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.2 Considerações do tubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.3 Cálculo do calor sem aletas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.4 Cálculo da temperatura na base do tubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.5 Dimensões da aleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.6 Considerações sobre a aleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.7 Eciência da aleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.8 Número de aletas necessárias no tubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5 Resultados 15
6 Referências 16
7 Anexos 17
7.1 Esquema do circuito térmico tijolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
7.2 Circuito térmico identicado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7.3 Circuito térmico do tubo de cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7.4 Secção transversal do tubo aletado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Lista de Figuras
1 Gradiente de temperatura do solo de Londres . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Esquema de um sistema direto de aquecimento . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Esquema de um sistema indireto de aquecimento . . . . . . . . . . . . . . . 5
4 Esboço secção da parede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
1 Problema
O problema consiste em aquecer uma cabana e mantê-la a uma temperatura constante
de 20C°. As suas dimensões são 5mx5mx2m, e ela está localizada em uma região onde
a temperatura chega a 12C°. Suas paredes são feitas de tijolo furado com uma camada
de 2cm de reboco do lado de dentro e outra do lado de fora. A fonte termal que irá
fornecer calor para a cabana encontra-se a 10m de profundidade no solo. Devido aos
fortes ventos, o coeciente de transferência de calor por convecção do lado de fora é de
hf ora = 50W/m2 .K .
2 Energia geotérmica
O calor proveniente de fontes termais subterrâneas é largamente utilizado pelo mundo,
seja para ns de lazer e turismo, seja como meio de obtenção de energia. Muitos países da
Europa utilizam o calor armazenado pela crosta terrestre ao longo do verão para aquecer
suas casas, estábulos, galpões, e também gerar energia elétrica, entre outras inúmeras
aplicações. Uma aplicação bastante curiosa é o aquecimento das estradas através do
calor proveniente do solo. Muitos aeroportos pelo mundo estão adotando esse tipo de
aquecimento para as suas pistas de pousos a m de evitar a formação de camadas de gelo
sob o asfalto.1
Apesar de ser um mercado em ascenção com pequenas, médias e grandes empresas
vendendo projetos com contratos turn key 2 , o seu custo inicial ainda é bastante elevado,
e algumas localidades são impróprias para a sua implementação.
3
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
4
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
possível nos processos de troca de calor, não sendo interessante a troca indireta
através de um evaporador.
5
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
3 Calor necessário
Sabe-se que o trocador de calor deve manter uma temperatura constante de 20C°, e
que por estar em um ambiente frio, a cabana perde calor para o ambiente externo através
de suas paredes. Portanto, antes de partir para o dimensionamento do trocador de calor,
é necessário determinar a taxa com que a casa perde calor para o ambiente. Esssa taxa
será igual a taxa que o trocador de calor transfere para a cabana a m de mantê-la com
uma temperatura constante.
∆T
Qtotal = (1)
Rtotal
O ∆T é conhecido, sendo a diferença entre a temperatura externa e a temperatura
interna, portanto
Tijolo3
Temperatura: 20C°
Coeciente de transferência de calor por convecção livre6 = 15 W/m2 .k
Ar de fora
3 <http://www.eletrosina.com.br/blocos-e-tijolos/3509-tijolo-baianinho-09x19x19cm.html>
4 TabelaA-5 ÇENGEL
5 TabelaA-5 ÇENGEL
6 Tabela 1-5 ÇENGEL. Como há uma de coecientes entre 2-25, decidiu-se por escolher um valor
intermediário.
6
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
Temperatura = 12C°
Coeciente de transferência de calor por convecção = 50 W/m2 .k
Por meio da análise da taxa de calor perdida através de um tijolo, podemos multiplicar
o valor encontrado pelo número total de tijolos da casa e obter a taxa total de calor
transferida. Abaixo segue o esboço da secção transversal do tijolo juntamente com as
camadas internas e externas de 2cm de reboco.
A método utilizado pra calcular a resistência total de um tijolo com camadas de reboco
foi atribuir nomes às resistências, e substituir os resistores em paralelo por resistores em
série equivalentes. Abaixo segue a nomenclatura utilizada para a identicação de cada
resistor:
Reboco = Rreboco = R1
Furos = Rf uro = R4
O esquema do circuito térmico pode ser encontrado nos Anexos 7.1 e 7.2.
7
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
O primeiro passo para reduzir os resistores em paralelo para resistores em série é somar
os dois resistores R4 + resistor R5 e obter um resistor equivalente. Essa combinação
aparece em 4 linhas do nosso circuito. Após efetuar essa soma podemos transformar todo
nosso circuito em uma associação em série simples:
8
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
3, e após isso, dividir seu valor por 2. O kar corresponde a condutividade térmica
do ar estagnado que vale 0,03W/m.k . O valor foi calculado no software EES e
corresponde a 156.2 C°/W.
LdivV ertical
R5 = Ktijolo ×AdivV ertical onde o L corresponde a espessura do tijolo, e sua área
é igual à área do buraco. O valor foi calculado no EES e corresponde a 1,321 C°/W.
1 1
Rcasa = hcasa ×Atijolo = 15×0.19×0.19 =1,8487 C°/W
1 1
Rf ora = hf ora ×Atijolo = 50×0.19×0.19 =0,554C°/W
Dessa forma:
−1
5 4
Rtotal = 2.R1 + 2.R2 + + + Rf ora + Rcasa (7)
R3 2.R4 + R5
Rtotal = Rparede + Rf ora + Rcasa = 15, 28 + 0.0554 + 1.8487 = 17, 68C/W (8)
Esse é o calor que ui através de um tijolo. Para descobrir o calor total na casa
precisamos descobrir a quantidade de tijolos na casa. A quantida de tijolos por m² do
tijolo baianinho é de aproximadamente 25 tijolos7 . Calculamos então a área total de
7 https://www.guidugli.com.br/tijolo-baiano-8-furos-09-x-19-x-19cm
9
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
parede da nossa casa, sendo 4 paredes de 5m X 2m, então a área total será de 4x5x2 =
40 m². Logo, se há 25 tijolos por m², teremos 1000 tijolos na cabana. Como cada tijolo
transfere 0,4525 W, a taxa de transferência total pela casa é de:
Esse é o calor necessário a ser transferido pelo aquecedor para aquecer a casa.
4 Aquecedor
4.1 Escolha do material do tubo
Para aquecer a casa, será utilizado um aquecedor tubular aletado que percorrerá o ambiente
a ser aquecido. A escolha do material do tubo e das aletas girou em torno de dois materiais:
Cobre e alumínio. Cada material possui suas vantagens e desvantagens, que ao nal de
uma análise atenta pode-se reduzir em 3 aspectos importantes.
Custo
O custo do cobre é quase 10 vezes maior que o custo do alumínio. Nesse ponto,
o alumínio obtém larga vantagem.
Resistência à corrosão e desgaste devido a presença de reagentes no uido
10
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1
hagua ×Aint = 0,006073 C°/W
1
hcasa ×Aext = 0,07426 C°/W
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IFPE - Caruaru Transferência de calor I
Tbase −Tcasa
Qtotal = Rcasa
onde Qtotal é o calor total transferido pelo tubo, que foi calculado na seção anterior.
A resistência convectiva da casa Rcasa também foi calculada na seção anterior. Assim,
podemos isolar a temperatura da base e obter aplicar os valores conhecidos na equação.
Espessura =
Comprimento da aleta = 4,762 milímetros
2
O espaçamento das aletas será calculado após o cálculo da quantidade de aletas
necessárias para transferir o calor exigido a m de manter a casa a 20C°. Abaixo
segue a vista frontal de uma secção transversal do tubo aletado.
12
IFPE - Caruaru Transferência de calor I
2r1
C2 = m
2 −r 2
r2c
= 13,04
1
Além dos valores explicitados acima, também precisamos das funções de Bessel8
K1 (mr1 ) = 26, 42
I1 (mr2c ) = 0, 04251
I1 (mr1 ) = 0, 01888
K1 (mr2c ) = 11, 64
I0 (mr1 ) = 1, 0
K0 (mr1 ) = 3, 394
− 0,01888 ×11,64
ηaleta = 13, 04 × 26,42×0,04251
1,0×11,64 + 3,394×0,04251 = 0,9996
8 Todas foram calculadas através do EES
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Qtotal = hcasa .2πrext (L − N t)].(Tbase − Tcasa ) + N.ηa .hcasa Aaleta (Tbase − Tcasa ) (20)
Possuimos todos os valores da equação acima exceto o número de aletas N. O Qt otal
é o calor calculado através da análise do calor dissipado pela casa. Podemos resolver para
N e obter o número de aletas necessário. Aplicada a equação acima com seus respectivos
valores no EES, obteu-se um total de 314 aletas ao longo do tubo de 15 metros.
Para descobrir o espaçamento entre elas basta dividir 15m por 314 e subtrair da espessura
da aleta. Fazendo isso temos que:
Espaçamento = 15
314
− 0, 004763 = 4, 3 cm
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IFPE - Caruaru Transferência de calor I
5 Resultados
Em resumo, para aquecer a cabana descrita no início desse relatório serão utilizados:
Embora não tenha sido aplicado com o devido peso nesse projeto, o estudo da utilização
de fontes geotérmicas também abriu novos leques para futuros projetos, uma vez que
envolve muitas áreas estudadas no curso como Mecânica dos FLuidos, Termodinâmica I
e II, e a disciplina de Transferência de calor I.
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IFPE - Caruaru Transferência de calor I
6 Referências
An Introduction to Thermogeology: Ground Source Heating and Cooling (David
Banks)
Transferência de calor e massa: Uma abordagem prática (Yunus Çengel)
<http://www.eletrosina.com.br/blocos-e-tijolos/3509-tijolo-baianinho-09x19x19cm.html>
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7 Anexos
7.1 Esquema do circuito térmico tijolo
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