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Revisão de macrófitas

Artigo 1.
Eunotia (Bacillariophyceae) from a subtropical stream adjacent to Iguaçu National Park, Brazil, with the
proposition of a new species

Eunotia (Bacillariophyceae) de um riacho subtropical adjacente ao Parque Nacional do Iguaçu, Brasil,


com a proposta de uma espécie nova

Cinthia Coutinho Rosa Favaretto1 , Priscila Izabel Tremarin2 , Gabriela Medeiros3 , Thelma Alvim Veiga
Ludwig4 * & Norma Catarina Bueno1

1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Conservação e


Manejo de Recursos Naturais, Cascavel, PR, Brasil. 2 Acqua Diagnósticos Ambientais Ltda., Rua
Lourenço Volpi, 82640-440, Curitiba, PR, Brasil. 3 Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Cascavel, PR, Brasil. 4 Universidade Federal
do Paraná, Departamento de Botânica, Curitiba, PR, Brasil. *Corresponding author: Thelma Alvim
Veiga Ludwig, e-mail: veiga13ufpr@gmail.com
FAVARETTO, C.C.R., TREMARIN, P.I., MEDEIROS, G., LUDWIG, T.A.V., BUENO, N.C.
Eunotia (Bacillariophyceae) from a subtropical stream adjacent to Iguaçu National Park, Brazil,
with the proposition of a new species. 21(1): e20190811. https://doi.org/10.1590/1676-0611-BN-
2019-0811

Resumo: Espécies de Eunotia Ehrenberg de um ambiente lótico localizado em área adjacente à


unidade de conservação Parque Nacional do Iguaçu foram analisadas. As coletas foram realizadas
mensalmente de setembro de 2012 a agosto de 2013. O material perifítico obtido do espremido
manual de macrófitas aquáticas foi oxidado e analisado sob microscopia óptica e eletrônica de
varredura. Vinte e um táxons de Eunotia foram identificados, medidos e ilustrados. Eunotia
caniculoides sp. nov. é proposta como uma nova espécie e oito táxons constituem novos registros
para o estado do Paraná. Palavras-chave: Bacillariophyta; diatomáceas; perifíton; sul do Brasil;
taxonomia.

Introdução

O gênero Eunotia Ehrenberg é caracterizado pela válvula isopolaridade, assimetria do eixo apical,
estrias unisseriadas, sistema rafe curto, geralmente restrito aos ápices valvares e à presença de
rimopórulas (Kociolek & Spaulding 2003, Furey 2011). As espécies existentes são encontrados em
ambientes de água doce (Round et al. 1990), mas alguns fósseis Eunotia já foram descritas a partir
de sedimentos marinhos em Nova Zelândia (Novitski & Kociolek 2005). O gênero inclui espécies
com ótimo ecológico no epifíton e metafíton dos distróficos para águas oligotróficas, sendo
indicadores valiosos de condições ácidas e de baixa condutividade (Round et al. 1990, Van Dam et
al. 1994, Cantonati & Lange-Bertalot, 2011, Cox 2015). Eunotia é um dos gêneros de diatomáceas
mais comuns e ricos em espécies nos Neotrópicos (Patrick 1940a, 1940b, Hustedt 1952a, 1952b,
1965, Metzeltin & Lange-Bertalot 1998, 2007, Sala et al. 2002a, 2002b, Dunck et al 2016, Faustino
et al. 2016, Costa et al. 2017), com notável diversidade em ambientes ácidos brasileiros (Ferrari et
al. 2007, Bicca et al. 2011, Canani & Torgan 2013, Dunck et al. 2013a, 2013b, 2016, Cavalcante et
al. 2014). No estado do Paraná, o gênero foi reportado por Ludwig & Valente-Moreira (1989),
Fürstenberger & Valente-Moreira (2000), Tremarin et al. (2008), Faria et al. (2010), Bertolli et al.
(2010), Santos et al. (2011), Bartozek et al. (2013), Marra et al. (2016), Silva Lehmkuhl et al.
(2019) e Bartozek et al. (2020) propôs recentemente um Novas espécies. Com base em uma lista de
verificação bibliográfica de diatomáceas de água doce estudos desenvolvidos no estado do Paraná
de 1954 a 2009, Tremarin et al. (2009) listaram 110 táxons infragenéricos de Eunotia, e Cavalcante
et al. (2014) mencionam cerca de 245 táxons registrados para o Brasil. O objetivo da presente
publicação foi investigar as espécies diversidade de Eunotia de um riacho localizado na área
circundante de unidade de conservação do Parque Nacional do Iguaçu. Uma nova espécie, Eunotia
caniculoides, foi formalmente descrito. Os personagens distintos entre táxons semelhantes foram
discutidos e notas taxonômicas foram forneceu. Distribuição no estado do Paraná e informações
ecológicas também foram adicionados.

Material e métodos
O presente estudo foi realizado na Tenente João Gualberto. riacho, localizado em unidade de
conservação adjacente ao rio Iguaçu Parque Nacional, no município de São Miguel do Iguaçu
(25º28’36.3 "S; 54º19’40.9" W), a região oeste do estado de Paraná. De acordo com os critérios de
Horton-Strahler (Horton 1945, Strahler 1952), o córrego é um importante afluente da Bacia do
Baixo Iguaçu, tendo sua origem e parte de seu curso entre os campos agrícolas (Figura 1). O clima
regional é do tipo Cfa, mesotérmica úmida subtropical, com períodos bem definidos de verão e
inverno, e chuvas distribuídas durante o ano (Alvares et al. 2013).

Figure 1. Location of the sampling station in the Tenente João


Gualberto stream, São Miguel do Iguaçu, PR, Brazil.
Amostras de diatomáceas foram coletadas mensalmente, de setembro de 2012 a Agosto de 2013.
Variáveis limnológicas como oxigênio dissolvido (mg L-1), pH, temperatura da água (ºC),
condutividade (mS cm-1) e turbidez (NTU) foram medidos em campo usando um multiparâmetro
Horiba U-5000 sonda. Análise de nutrientes de nitrogênio orgânico - Norg. (mg L-1), amoníaco
nitrogênio - NH4 + (mg L-1), nitrato - NO3 - (mg L-1), nitrito - NO2 - (mg L-1), ortofosfato - PO4
-3 (mg L-1) e fósforo total - TP (mg L-1, foram realizado no Laboratório Limnológico do Grupo de
Pesquisa sobre Recursos Pesqueiros e Limnologia (GERPEL), da UNIOESTE, campus Toledo, de
acordo com a American Public Health Association (2005). Os dados semanais de precipitação (mm)
foram fornecidos pelo Paraná Sistema Meteorológico (SIMEPAR). Valores mínimo e máximo de
dados limnológicos foram descritos para cada espécie de Eunotia identificada. Amostras perifíticas
foram removidas apertando manualmente o macrófita aquática Eleocharis minima Kunth
(Cyperaceae) e foram preservado em solução Transeau, na proporção de 1: 1 (Bicudo & Menezes
2017). A matéria orgânica foi eliminada por oxidação com KMnO4 e HCl pela técnica de Simonsen
(1974) modificada por Moreira Filho & Valente-Moreira (1981). O material limpo foi seco em
lamínulas de vidro e montadas em lâminas com Naphrax® (IR = 1,74). A análise taxonômica foi
realizada usando uma luz Olympus BX60 microscópio equipado com câmera de captura de imagem
DP71. Subamostras de amostras limpas foram montadas em tocos de alumínio e revestidas com
ouro. As micrografias foram tiradas com elétron de varredura JEOL JSM 6360 microscópio (SEM),
operado a 15 kV e 8 mm de distância de trabalho, alojado no Centro de Microscopia Eletrônica da
Universidade Federal do Paraná. As lâminas e amostras foram depositadas no Herbário UNOPA,
UNIOESTE, campus Cascavel e cadastrado conforme Tabela 1. A terminologia morfológica segue
Barber & Haworth (1981) e Round et al. (1990). O sistema de classificação foi baseado em Cox
(2015). Cada espécie de Eunotia foi medida no comprimento apical da válvula, largura transapical e
densidade de estrias na parte central da válvula. A informação ecológica citada para táxons
identificados corresponde ao parâmetros abióticos medidos nas amostras coletadas durante este
estudo. Constância é uma medida de ocorrência de espécies (C) e foi expressa como se segue:
constante (C ≥ 70%), comum (30% ≥ C ≤ 70%), esporádico (10% ≥ C ≤ 30%) e raro (C ≤ 10%)
(Dajoz 2005) .

Resultados
Vinte e um táxons foram medidos e ilustrados. Oito Eunotia táxons são novos registros para o
estado do Paraná: E. georgii Metzeltin & Lange-Bertalot, E. karenae Metzeltin & Lange-Bertalot, E.
guianensis (Ehrenberg) De Toni, E. juettnerae Lange-Bertalot, E. pileus Ehrenberg, E.
pseudosudetica var. rotundata Cavalcante, Tremarin & T.Ludwig, E. sedina Lange-Bertalot, Bak &
Witkowski e E. tropico-arcus Metzeltin & Lange-Bertalot. Eunotia caniculoides sp. nov. é
formalmente propostas como uma nova espécie e são comparadas com táxons próximos (Tabela 2).
A ocorrência de espécies nas amostras, bem como ecológicas e os dados ambientais da amostragem
estão listados na Tabela 3. Bacillariophyceae Haeckel Eunotiophycidae D.G. Mann Eunotiales P.C.
Silva .

Tabela 1. Vouchers de herbário (UNOPA), data, coordenadas geográficas, e colecionador de


amostras

UN Samp Geogr Colle


da coordi
OPA ling aphic
25º28'3 ctor
39 20/IX/
te nates
54º19'4 Servat
43 2012 6.3"S
25º28'3 ,Servat L.C
39 29/X/ 0.9"W
54º19'4
62 2012 6.3"S
25º28'3 ,Servat L.C
39 13/XI/ 0.9"W
54º19'4
76 2012 6.3"S
25º28'3 ,ServatL.C
40 18/XII 0.9"W
54º19'4
35 /2012 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
40 15/I/ 0.9"W
54º19'4
44 2013 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
40 06/II/ 0.9"W
54º19'4
57 2013 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
40 11/III/ 0.9"W
54º19'4
81 2013 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
40 04/IV/ 0.9"W
54º19'4
93 2013 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
41 09/V/ 0.9"W
54º19'4
6.3"S
54º19'4
16 2013 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
41 16/VII 0.9"W
54º19'4
26 /2013 6.3"S
25º28'3 ,Servat
L.C
41 12/VIII 0.9"W
54º19'4
36 /2013 6.3"S , L.C
0.9"W
Eunotia ambivalens Lange-Bertalot & Tagliaventi. In: Lange Bertalot (ed.), Diatoms of Europe 6, p.
49, pl. 11, figs 1‒11, pl. 12, figos 1‒6, pl. 13, figs. 111, 2011. Figuras 2a ‒ 2d, 4a. Válvulas
ligeiramente arqueadas, 77,6 ± 177,3 µm de comprimento e 4,2 ± 5,6 µm de largura. Margem dorsal
convexa, margem ventral côncava. Apices arredondados. Nódulos terminais próximos aos ápices.
Estrias paralelas, 11‒12 em 10 µm no região média da válvula. Rimoportula e aréola não visíveis
em ML. Em SEM: presença de espinhos marginais curtos, ca. 41 aréolas em 10 µm. Frequência de
ocorrência: comum (Tabela 3). Citações do Estado do Paraná: citado como E. bilunaris var. linearis
(Okuno) Lange-Bertalot e Nörpel-Schempp: Tremarin et al. (2009), Faria et al. (2010), Santos et al.
(2011) Observações taxonômicas: Eunotia ambivalens se distingue de E. bilunaris por válvulas
ligeiramente arqueadas, margens quase paralelas, termina não densidade de estrias inferior
prolongada (11,5‒13 / 10 µm vs 13‒17 / 10 µm), e pela presença de espinhos marginais (Figura 3a)
apenas discerníveis em SEM (Lange-Bertalot et al. 2011). A espécie “locus typicus” é a Albânia,
Flower Lake, Lura Mountais, mas também foi observada em águas oligotróficas alcalinas ou
ligeiramente ácidas com condutividade baixa a moderada (Lange-Bertalot 2011). Eunotia bilunaris
(Ehrenberg) Schaarschmidt. In: Kanitz, Magyar Novenytani Lapok 5: 159,1880. Basionym:
Synedra bilunaris Ehrenberg. Abh. Königl. Akad. Wiss. Berl. 1831: 87, 1832. Figuras 2e ‒ 2j, 4b ‒
c.

Table 2. Comparison of morphometric data and morphological features of E.


Fea
caniculoides E. E. canicula, E. intricans
sp. nov., E. 2 and E. sioliopsisE. 1 E. 4
Length
ture 30‒
caniculo 20
canic 17
intrica 20
sioliop
(µm) 58.5 23.2
‒ 2
3
Width ides3.5 ula
3.5
‒25 ns‒4 1 sis‒ 4
3.5
(µm) ‒ 35 3
3.5
‒ 48‒ 40

Striae in 10‒14 14‒ 32
11‒13 1 1
16‒17 1 4
10 µm 4.9
13-14
(center) ‒164.0(cen
(cen 185
(center) 184.5
(center)
Areolar 5.2
the (ends)
38 ‒ >ter)
15 ter)
2 (end
39 1 (end
Up 4
density in
10 22 35 s)‒ s)
central ‒ Dorsal margin to
Dorsal
µm margin Dorsal
area in Dorsal 40 margin convex,
concave,ventral
with convex 42margin
to
convex;
30
margin
margin
Valve almost straight straight to
thickened 2at moderately
the longer ventral
slightly
slightly convex,
valves; ventral valveraphe
mantle almost
margin straight straight to
with
symmetr in the
to larger
subtly slightly
the proximal
Dorsal margin valves;straventral concave,
1
thickene
margin straight ends
margin 3 in
straight or valve
proximal
y concave convex, ventral ight d at the
Apices Apices
concave almost mantle
raphe end
nose-like, quite tapered, Apices Apices
Valve acutely
differentiated acutely by a
delimited nose-like, not
protracted,
body and subrostrate,
slope of the rounded,
ventra 1 rounded,
to the 4
apices rounded,
from the main
ventra rounded,
change in the
appearing 2 flexed to the
deflected
At one to slightly
dorsal margin,
end, at the At nose-like
one end, shortly
l side at ventral
Rimop l side 2 at the At one end, No
the ap ap the 1 side
Lange-Bertalot center of the center
& , Furey et , Fontana &
1 2 of 3the the center of
ex, Moser et al. apex
4
ortula ex describ
Metzeltin (2009) al. (2011) Bicudo (2012) (1998) ed
válvulas arqueadas afinando em direção aos ápices, 16,2‒98,7 µm de comprimento e 3,1 ± 4,6 µm
de largura. Margem dorsal convexa, margem ventral côncava às vezes com edema mediano (Figura
2e-2j). Apices arredondados para agudamente arredondado. Nódulos terminais próximos aos ápices.
Ponta distal da rafe fortemente curvado na face da válvula. Uma rimopórtula por válvula, perto o
ápice. Estrias paralelas, mais densas perto dos ápices, 12‒15 em 10 µm em a região do meio da
válvula. Aréolas arredondadas, não visíveis em LM. Cíngulo composto por quatro bandas abertas
perfuradas por uma fileira linear de poros. Frequência de ocorrência: constante (Tabela 3). Citações
do Estado do Paraná: Tremarin et al. (2009), Faria et al. (2010), Silva et al. (2010), Santos et al.
(2011), Marra et al. (2016), Bartozek et al. (2013). Às vezes citado como Eunotia curvata (Kützing)
Lagerstedt var. curvata e como Eunotia lunaris (Ehrenberg) Grunow var. lunaris (Tremarin et al.
2009). Observações taxonômicas: Eunotia bilunaris é uma doença muito comum espécies
perifíticas, amplamente distribuídas no estado do Paraná, e freqüentemente registrado na Europa,
África, Ásia, América do Norte e América do Sul (Costa et al. 2017). De acordo com Lange-
Bertalot et al. (2011), a espécie têm um conceito heterogêneo e uma taxonomia confusa devido à
sua ampla variabilidade morfológica, principalmente relacionada à forma e dimensões. Espécimes
com morfologia incomum são comuns e já foram formalmente descritos como táxons
infraespecíficos. O material analisado mostrou uma ampla variação morfológica e métrica das
válvulas, corroborando com as observações de Krammer & Lange-Bertalot (1991) e Tavares &
Valente-Moreira (2000).
Eunotia botulitropica C.E. Wetzel & L.F. Costa. Em: Costa et al., Bibliotheca Diatomologica 64: 14,
pl. 58, figs 11‒46, pl. 59, figs 1‒3, pl. 61, figs 1-3, 2017. Figuras 2p ‒ 2t, 4d ‒ 4f. Romboide da
frustula em vista lateral. Válvulas dorsiventrais, às vezes heteropolar, 11,1 ± 22,5 µm de
comprimento e 2,5–3,7 µm de largura. Margem dorsal convexa, margem ventral reta a ligeiramente
côncava. Apices arredondados para obtusamente arredondado. Nódulos terminais próximos aos
ápices. Ponta distal da rafe curvado na face da válvula. Uma pequena rimoportula por válvula, perto
do ápice. Estrias paralelas, 14‒19 em 10 µm na região intermediária da válvula. Aréolas
arredondadas, não visíveis em LM. Cingulum composto por quatro bandas perfuradas por uma
fileira de poros. Frequência de ocorrência: comum (Tabela 3). Citações do Estado do Paraná: citado
como E. intermedia (Krasske ex Hustedt) Nörpel & Lange-Bertalot) em Tremarin et al. (2008, fig.
28). Observações taxonômicas: Eunotia botulitropica foi recentemente descrita com base em
amostras coletadas em reservatórios do estado de São Paulo. De acordo com para Costa et al.
(2017), E. botulitropica difere de E. botuliformis Wild, Nörpel & Lange-Bertalot por sua “válvula
mais estreita, menor densidade de estrias, extremidades arredondadas e mais afiladas ”(Lange-
Bertalot et al. 2011). Contudo, as medidas e o número de estrias se sobrepõem, e E. botuliformis
pode ser separados pelas margens valvares paralelas e a distribuição regular das estrias ao longo da
válvula. Eunotia botulitropica mostra romboide visão da cintura, semelhante a E. rhomboidea
Hustedt, mas o último é claramente uma espécie heteropolar e apresenta válvulas maiores (Costa et
al. 2017). Eunotia caniculoides Favaretto, Tremarin, T.Ludwig e Bueno sp. nov.
Table 3. Occurrence of Eunotia species, ecological data and environmental data
UN 39 39 39 40 40 40 40 40 41 41 41 41
by sampling in
Sam
OP
Tenente
2
43 2João
62
Gualberto
1
76 1
35
stream,
1
44 0
57
Paraná,
1
81
Brazil
0
93 0
02 0
16 1
26 1
36
d IX/2
0/ X/2 XI/2
3/ XII/
8/ I/2
5/ II/2
6/ III/2
1/ IV/2
4/ V/2 VI/2
6/ VII/
6/ VIII/
Occurrence pling Aat 012
9/
012 012 2012 013 013
9/
013 013 013
2/
013 2013 2013
Eunotia
in samples e x x x x x x x
Eunotia
ambivalens x x x x x x x
Eunotia
bilunaris x x x x x x x
Eunotia
botulitropica x x x x x x x x x
Eun
caniculoides x x x x
desmogo
otia
Eunotia x
nioides
Eunotia
georgii x x x x
Eunotia
guianensis x x x x x x
Eunotia
juettnerae x x x x x x
Eun
karenae x x x x x x x x x x
longica
otia
Eunotia x x x x x x
melus
Eunotia
meridiana x x x x
Eunotia
minor x x x x x x
Eunotia
monodon x x x x x x x x
Eun
pileus
pseudosude x x x x x
otia
pseudosu
tica
Eun var.
detica
pseudosude x x x x x x
otia
rotun
tica var.
Eunotia
data
var. x x x x x x x x
rabenhorstii
Eunotia
monodo
var. x x x x x x x x x
n rabenhorstii
Eunotia x x x x x x x x
triodo
Eun
sedina
ntropico- x x x
otia
Eunotia x x x
arcus
Riches
yanomami of 1 1 8 6 5 5 7 1 9 1 1 1
spe
Eunotia
Ecologic 6 5 6 5 4 1
cies
Water
al
(° data 19. 22. 23. 25. 24. 23. 23. 22. 15. 16. 17. 13.
Temperatu
Conduc 39 46 58 38 07 26 32 12 39 93 07 46
C
(ms -
) 0.0 0.0 0.0 0. 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
retivity1
)p
.cm 25
6. 23
5. 31
5 03
6 12
6. 25
5. 22
6. 18
6. 17
8 18
6. 19
7. 20
5.
Turbidity
H 3.
14 4.
41 14
. 9.
. 7.
21 5.
08 1.
56 2.
33 0.
. 2.
73 1.
69 1.
74
Dissolved
(NTU) 74
11. 29
0. .5
1.
6 36
1.
5 59
4. 77
2. 42
3. 61
11. 76
16.
1 11
22. 37
9. 17
5.
(m 1)
-
oxygen
Ammoniac 05 09 49 44 43 56 29 88 49 89 83 85
g.L- )
(m 0.1 0.1 0.1 0.2 0.1 0.3 0.3 0.2 0.0 0.0 0.0 0.0
nitrogen
1
Nitrite -
) 405
0.0 83
0.0 38
0.0 18
0.0 78 0.0
0.0 105 73
0.0 23 0.0
0.0 18 0.0
755 58
0.0 605
0.00
g.L 1-
Nitrate
(mg.L 1 ) 0.3
028 0.3
026 0.22
117 0.12
026 0.1 0.15
096 053 0.1
001 0.07 0. 0.05
001 008 005 0.1
008 0.1
001
Total
(mg.L- 775
0.0 65
0.0 125
0.0 125
0.0 15 875
0.0 0.0 025
0.0 125 09 875
0.0 0.0 0.0 025
0.0 15
0.0
(m 1)
phosphoro 198 523 19 048 157
Orthopho
g.L
(m
us -
) 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 157
0.0 123
0.0 115 0.0
0.0 09 065
0.0 04
0.0 057
0.0
sphate
1
Environme 057 54 04 073 065 115 082 057 065 057 09 032
g.L
Dept
ntal data 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0. 0.
-
hFlow
(m) 1) 0.
16 0.
21 0.
17 0.
18 0.
24 0.
22 0.
22 0.
22 0.
20 0.
22 0.
27 0.
23
Weekly
(m³.s 16
21 20
77 19
15 18
6 37
0 26
64 35
84 27
32 24
53 24
23 37
0 23
0
(m
precipitatio .4 .6 .8 3 .2 .4 .2 .2 .4
m)
n
Figures 2. Eunotia of a subtropical stream adjacent to Iguaçu National
Eunotia bilunaris. k‒o.Eunotia
Eunotiaambivalens.
caniculoidese‒j.
sp. nov. p‒t. Eunotia
Park, Brazil.
georgii. LM.
aa‒ac. a‒d.
Eunotia karenae. ad‒ae. Eunotia
botulitropica. u‒y. Eunotia longicamelus. z. Eunotia
desmogonioides. Scale: 10 µm.

Figuras 2k ‒ 2o, 5a ‒ 5d. Válvulas dorsiventrais, 30,0 a 58,5 µm de comprimento


e 3,5 a 4,9 µm de largura. Margem dorsal ligeiramente convexa, a quase reta nas
válvulas maiores; margem ventral reta a sutilmente côncava. Apices
agudamente arredondados, parecido com o nariz, bastante protraído do corpo
principal, desviado para o lado ventral. Pseudosepta nas extremidades da
válvula. Nódulos terminais ventrais, um pouco separados dos ápices. A rafe
distal termina simples, não atingindo o centro valvar. Fissura da rafe curvada
obliquamente em direção ao manto ventral, com proximal termina dilatado no
poro. Uma pequena rimoportula por válvula, no centro de o ápice. Estrias
paralelas à irradiação, mais densas perto dos ápices, 10 in14 em 10 µm na
região central da válvula. Aréola redonda, 38‒40 em 10 µm, não visível no LM.
Cíngulo composto por quatro bandas abertas perfuradas por uma única linha
linear de poros. No manto, no meio do ramo da rafe, 3 aréolas entre a margem
da face valvar e a fissura da rafe; 2 a 3 aréolas entre o ramo da rafe e a margem
inferior do manto. Holótipo (aqui designado): BRASIL, Paraná: São Miguel do
Iguaçu, riacho Tenente Gualberto, 20 de setembro de 2012, L.C. Servat (holótipo
UNOPA 3943 !, representado na Figura 2n. Etimologia: o epíteto refere-se às
semelhanças gerais com Eunotia canicula Furey, Lowe & Johansen (2011: 57, pl.
30, figs. 39-46). Frequência de ocorrência: constante (Tabela 3). Observações
taxonômicas: Eunotia canicula Furey, Lowe & Johansen é semelhante a E.
caniculoides, mas o contorno da válvula e a forma das extremidades são bem
diferente. Eunotia canicula tem margem dorsal mais convexa e densidade de
estrias mais alta (14–15 em 10 µm). E. caniculoides mostra mais tempo
extremidades prolongadas em comparação com E. canicula (Furey et al. 2011).
Figures 3. Eunotia of a subtropical stream adjacent to Iguaçu National
c‒f.
Park,Eunotia
Brazil. juettnerae. g‒j. Eunotia
LM. a‒b. Eunotia meridiana. k. Eunotia minor. l‒n.
guianensis.
Eunotia pseudosudetica
Eunotia monodon. var. rotundata.
o‒u. Eunotia z‒ab. Eunotia rabenhorstii var.
pileus. v‒y.
triodon.
monodon. ae‒ag. Eunotia pseudosudetica
ac‒ad. Eunotia rabenhorstii var. var. pseudosudetica. ah‒ak.
Eunotia yanomami.
Eunotia sedina. al‒an. Eunotia tropico-arcus. ao.
Scale: 10 µm.

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