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Sábado, 27 de Fevereiro de 2021.

Vida Pública

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Brasil é "democracia falha"


Pouca participação popular e cultura política brasileira puxam para baixo a nota
do país na avaliação da revista britânica The Economist

Por Rhodrigo Deda 02/05/2009 21:20 0 COMENTÁRIOS

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Veja quais variáveis do índice empurraram o Brasil para a categoria democracias falhas| Foto:

Processo eleitoral é ponto forte do país, mas não o su ciente para tirar o Brasil
da condição de democracia falha

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O ranking elaborado pela Unidade de Inteligência da revista britânica The
Economist coloca o Brasil como o 41º país mais democrático do mundo. Embora
vá bem em quesitos como processo eleitoral e liberdades civis, a constatação de
que há participação popular restrita, assim como uma baixa cultura política
fazem com que o Índice de Democracia brasileiro que em 7,38. Esse resultado
coloca o Brasil entre o que a Economist convencionou chamar de "democracias
falhas", ou seja, que ainda não estão totalmente consolidadas.

O índice da Economist varia de 0 a 10 e leva em consideração cinco critérios –


processo eleitoral e pluralismo político, funcionamento do governo,
participação política, cultura política e liberdades civis.

Ao se analisar individualmente esses índices, observa-se que no que se refere a


aspectos formais de democracia o Brasil vai bem. A nota atribuída ao país no
quesito que se refere a processo eleitoral e liberdades políticas foi 9,58. No que
diz respeito às chamadas liberdades civis – o que inclui liberdade de expressão,
de crença, de locomoção, direito de propriedade, entre outros – o país também
vai bem, recebendo nota 9,41.

Porém não foi bem avaliado o resultado do funcionamento do governo (7,86).


Mas o problema aparece mesmo na avaliação da Economist feita sobre a cultura
política brasileira (5,63) e sobre a participação política (4,44).

Para o professor de Ciências Sociais Carlos Strapazzon, do Centro Universitário


Curitiba, os resultados são típicos de uma democracia de transição. "Isso é
comum num país que tem apenas 20 anos democracia contínua." Mas uma
etapa importante, a rma, já foi vencida: as instituições estão consolidadas e o
país dispõe de legislações que disciplinam a vida política brasileira. "Nós já
zemos uma etapa importante. Temos instituições que conduziram o país de
uma fase autoritária para uma democracia madura."

Cultura

Segundo Strapazzon, agora é preciso desenvolver uma cultura de participação


da sociedade. "Você não tem hoje uma cultura política de cidadania, nem um
sistema político aberto à participação popular. Mas não há outra saída. Para a
sociedade brasileira ser realmente democrática será preciso fortalecer a
participação da população na política."

Para ele, é inevitável que, para o desenvolvimento de uma democracia


deliberativa, o Estado busque mecanismos de inclusão da população de baixa
renda. Strapazzon considera que o fortalecimento da cidadania se dá com a
ampliação de serviços públicos e de programas que garantam melhoria no nível
de escolaridade e o aumento do consumo de bens e de cultura. Ao ampliar a
participação do Estado na vida das pessoas de baixa renda, as relações
clientelistas entre população e políticos populistas são enfraquecidas. "Isso dá
espaço para que as pessoas comecem a entender que podem exercer sua
cidadania diretamente, sem a mediação de políticos. Hoje há uma descrença
muito grande no governo."

Ao dar respostas às necessidades da população, diz Strapazzon, o Estado abre


caminho para o rompimento com uma tradição patrimonialista, estimulando a
formação de uma cultura mais democrática.

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