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Alienação Parental

A alienação parental, ocorre quando uma das partes influencia o filho a tomar
partido e a se colocar contra a outra parte. Aí, entra o papel do judiciário, que
oferece meios de proteger os filhos, a partir de recursos legais, e, também o papel
dos profissionais que podem ajudar pais e filhos neste momento, como o psicólogo.

A alienação parental gera problemas como depressão, isolamento e


irritabilidade, todos na família são prejudicados. As crianças vítimas de alienação
parental podem sofrer traumas irreversíveis. E se esse tipo de problema não é
detectado e tratado podem ter problemas permanentes de relacionamento.

Quando surge a suspeita de prática de alienação parental por um dos


genitores, alguns sintomas podem ser identificados na criança vítima desta situação,
tais como: ansiedade, nervosismo, agressividade, depressão, transtorno de
identidade, falta de organização, isolamento, insegurança, dificuldades de
aprendizado, sentimento de culpa, desespero, dentre outros, que podem, inclusive,
levar o indivíduo vítima da alienação parental, à inclinação às drogas e ao álcool e
até mesmo ao suicídio nos casos mais graves.

 A advogada Amanda orienta: “Constatado ato de alienação parental, o


indicado é que o genitor alienado procure o Conselho Tutelar do local em que reside,
bem como a vara da infância e juventude, para buscar orientações acerca do caso
concreto. Nada impede, no entanto, que se recorra, de antemão, ao Judiciário, uma
vez ser-lhe assegurado o direito de ter o ato lesivo cessado. Para tanto, basta que
realize um requerimento (podendo ser de ofício também) em qualquer momento
processual, em ação autônoma ou incidental. O processo terá tramitação prioritária e
o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias
necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do
adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a
efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso”.

Como a prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da


criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, o genitor alienante
(aquele que pratica a alienação parental) deve ser responsabilizado. Por isso, a lei
prevê punições para quem comete esta ou qualquer outra conduta que dificulte a
convivência de criança ou adolescente com o genitor. Amanda afirma que, declarar
ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; ampliar o regime de
convivência familiar em favor do genitor alienado; estipular multa ao alienador;
determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; determinar a
alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; determinar a
fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente e declarar a suspensão da
autoridade parental”. Além disso, a advogada ressalta que o alienante poderá ser
processado penalmente pela prática do crime de denunciação caluniosa ou de
comunicação falsa de delito ou de contravenção, de acordo com o caso específico.
Amanda ainda afirma que, com o objetivo de atuar contra a prática de alienação
parental, “há um projeto de lei em tramitação (PL 4488/2016), que, se aprovado,
tornará o ato de alienação parental crime passível de reclusão de três meses a três
anos, com pontuais agravantes”.

Fonte
https://leiturinha.com.br/blog/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-alienacao-parental/

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