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Com esta analise podemos afirmar os sinais da função (f(x)) para cada intervalo.

F(x) >0  x < -3 e x > 1


F(x) < 0  -3 < x < 1
F(x) = 0  x = -3 e x = 1

9.9 Exercícios
Para cada um dos itens:
1) Ache as raízes, determine concavidade, determine o vértice, construa o gráfico, faça o esboço do
gráfico, faça o estudo de sinais
a) b) c)
d) e) f)

g) h) i)
j) k) l)
m) n) o)
p) q) r)

2) Calcule o valor de m na equação


a) de modo que uma de suas raízes seja 2
b) Calcule o valor de m na equação de modo que uma raiz seja o triplo da outra
a) 3x2 – mx + 18 = 0 b) x2 - 16x + m

10 INEQUAÇÃO DO 2º. GRAU


Como nas inequações de primeiro grau, as inequações de segundo grau são resolvidas a partir da
resolução de equações do segundo grau, observe:
1) Relembrando a resolução de uma inequação de primeiro grau, considerando a inequação:
-3x – 7 > 0, pelo método de estudo de sinais.
Calculando a raiz:
-3x – 7 = 0  -3x = 7 (-1)  3x = - 7  x = - 7/3
Como a função é decrescente ( coeficiente angular negativo), então

+
++++ + | ------
-7/3 ou
- -7/3

Voltando para a inequação:


-3x – 7 > 0 , observe que a desigualdade é valida para valores maiores que zero, logo o conjunto
solução será: S = { x ϵ R / x < -7/3}
35
2) Resolvendo uma inequação do segundo grau
x2 – 3x – 4 > 0
Calculando as raízes por Bhaskara

 e

Fazendo o estudo de sinal


-1 4
++++ | ----- | ++++

ou

Como a inequação é valida para valores positivo, nosso conjunto solução será:
S =+{+x ϵ R / x < - 1 ou x >+4}
+
+ -1 --- 4+
Exercícios: -
1) resolva as seguintes inequações
a) –x2 + 5x – 6 ≥ 0 b) – x2 + 4x – 4 ≥ 0 c) –x2 + 2x – 4 > 0
d) 3x2 – 10x + 7 < 0 e) -2x2 –x + 1 ≤ 0 f) x2 -5x + 10 < 0
g) -4x2 + 9 ≥ 0 h) 3x2 + x + 1 > 0 i) x2 – 4x ≥ 0

10.1 INEQUAÇÕES PRODUTO OU QUOCIENTE DO SEGUNDO GRAU


Para resolvermos este tipo de inequação resolvemos cada parcela independente e depois fazemos o
estudo de sinais do produto ou quaciente, observe o exemplo:
considerando a inequação produto:
(-x2 + 3x + 4)(x – 2) < 0

-x2 + 3x + 4 = 0 x-2=0
Calculando as raizes teremos x1 = - 1 e x2 = 4 Calculando a raiz teremos x1 = 2 Fazendo o
Fazendo o esboço do gráfico esboço do gráfico

+++
- - - -1
+++
4 --- --- 2

Fazendo o estudo de sinais da inequação produto


-1 2 4
-x2 + 3x + 4 - - - - +++ +++ ----
36
x-2 ---- ---- +++ +++
+++ - - - - +++ ----
solução
Como nossa inequação produto (-x2 + 3x + 4)(x – 2) < 0 é valida para valores negativos, o conjunto
solução será:
S = { x ϵ R / -1 <x < 2 ou x > 4}
A resolução de uma inequação quaociente é análogo a esse.
Exercícios:
2) resolva as seguintes inequações

a) b)
c)

f)
d) e)
h)
g)
i)

11 VALOR ABSOLUTO
Valor absoluto ou o módulo de um número real ( |x| ) é definido por:

Ou seja:
O módulo de um número real não negativo é o próprio número.
O módulo de um número real negativo é o oposto do número.
Exemplo:
|1| = 1 , |–3| = 3 , |+5| = 5, – | – 1| = –1.

11.1 PROPRIEDADES DO MÓDULO

1) |a| = |-a|, para todo a real


|x| ≥ 0 , para qualquer x real

Observe:
|2| = 2 , |-2| = 2
|10| = 10 , |-10| =10
|-5| = 5 , |5| = 5

2) |x2|=|x|2 = x2, para todo x real


Analisando todas as possibilidades de valores de x: positivo, nulo ou negativo.

a) para x = 5 b) para x = 0 c) para x = -3


52 = 25 02 = 0 (-3) 2 = 9
37
|5|2 = 52 = 25 |0|2 = 02 = 0 |-3|2 = 32 = 9
|52|=|25|= 25 |02|=|0|= 0 |(-3) 2|=|9|= 9
Associada a essa propriedade está o fato de que
CUIDADO! É errado pensar que Isso só é verdadeiro para x ≥ 0.
Veja:
Para x = 7 =7=x
Para x = -2

3) |a . b|=|a|.|b|, para quaisquer a e b reais


Veja:

a) a e b positivos b) a e b de sinais opostos c) a e b negativos


a=3eb=5 a = -2 e b = 4 a = -7 e b = -10
|3 . 5|= |15|= 15 |-2 . 4|= |-8|= 8 |-7 . (-10)|= |70|= 70
|3|.|5|= 3 . 5 = 15 |-2|.|4|= 2 . 4 = 8 |-7|.|-10|= 7 . 10 = 70

4) |a + b| ≤ |a|+|b|, para quaisquer a e b reais

Observe

a) a e b positivos b) a e b de sinais opostos c) a e b negativos


a=6eb=5 a = -5 e b =1 a = -8 e b = -3
|6 + 5|= |11|= 11 |-5 + 1|= |-4|= 4 |-8 + (-3)|= |-11|= 11
|6|+|5|= 6 + 5 = 11 |-5|+|1|= 5 + 1 = 6 |-8|+|-3|= 8 + 3 = 11
|6 + 5|=|6|+|5| |-5 + 1|<|-5|+|1| |-8 + (-3)|= |-8|+|-3|

5) |a|-|b| = |a - b| , para quaisquer a e b reais


Observe
a) a e b positivos b) a e b de sinais opostos c) a e b negativos
a=4eb=1 a = -1 e b =9 a = -10 e b = -3
||4|-|1||=|4 - 1|= |3|= 3 ||-1|-|9||=|1 - 9|= |-8|= 8 ||-10|-|-3||=|10 - 3|= |7|= 7
|4 - 1|= |3|= 3 |-1 - 9|= |-10|= 10 |-10 - (-3)|= |-7|= 7
||4|-|1||=|4 - 1| ||-1|-|9||<|-1 - 9| ||-10|-|-3||=|-10 - (-3)|
a = 4 e b = -3
||4|-|-3||=|4 - 3|= |1|= 1
|4 - (-3)|= |7|= 7
||4|-|-3||<|4 - (-3)|

Além dessas propriedades, não é difícil verificar que:

a) |x| = 0 x=0
b) |x| ≤ a e a > 0 -a≤x≤a

c) |x| ≥ a e a > 0 x ≤ - a ou x ≥ a

d) |a - b|=| b - a|, para quaisquer a e b reais.

O módulo ou valor absoluto tambem pode ser utilizado para indicar a distância entre dois pontos.

Considere a reta real:


38
Assim, a distância do ponto 4 à origem é 4. Dizemos que o módulo de 4 é igual a 4. E
representamos
|4| = 4
Da mesma forma, a distância do ponto -2 à origem é 2, ou seja, o módulo de -2 é 2, pois não há
muito sentido em considerarmos distâncias negativas. Assim:
|-2| = 2
Outros exemplos:
|3| = 3 |-7| = 7 |0| = 0 |-1| = 1
Generalizando
Dado x ∈ R, definimos o módulo (ou valor absoluto) de x, e indicamos por |x|, como segue:

O valor absoluto de um número x é, na reta, a distância entre o ponto x e a origem.

-x 0 x
Isto é, |x| corresponde a distância do ponto x ao ponto 0.
Se os números reais x e y estão associados aos pontos X e Y na reta real, ou seja, são as
coordenadas de X e Y, então |x – y| corresponde à distância do ponto X ao ponto Y.
X Y

|x – y|
Esta interpretação como distância será de grande utilidade para que se possa enxergar
intuitivamente o significado de algumas questões envolvendo módulo.

Qual é o módulo de um número qualquer x?


|x| = ?
A resposta é: depende!
Pelos exemplos, podemos observar que, se x for um número positivo, seu módulo é igual a ele
mesmo. Porém, se x for um número negativo, a distância não pode ser negativa, logo devemos
mudar o sinal desse número, ou considerar o seu oposto (o mesmo número de sinal trocado).
Portanto, |x| = x, se x for um número positivo e |x| = -x, se x for um número negativo, pois
devemos trocar o sinal do número negativo.
Ou:

11.2 EXERCÍCIOS
1) Calcular:
a) |6|+ 1 b) |-5|+ 9 c) |-10|- 1 d) |-6|- |-2| e) |0,2 - 0,9|=
g) |3 - x|
f) h)

2) Escrever uma expressão equivalente sem o módulo:


a) |x - 6| b) |x - 6|, com x > 6 c) |x - 1|+ |x - 3|, com x > 3

12 FUNÇÃO MODULAR
39
Função é uma lei ou regra que associa cada elemento de um conjunto A a um único elemento de um
conjunto B. O conjunto A é chamado de domínio da função e o conjunto B de contradomínio. A
função modular é uma função que apresenta o módulo na sua lei de formação.
De maneira mais formal, podemos definir função modular como:
f(x) = |x| ou y = |x|
A função f(x) = |x| é uma função de R em R que se define pela dupla sentença:

Essas características decorrem da definição de módulo.


Exemplo:
1) f(x) = | x-1|

2) g(x) = |x2 -4|

Exemplo 1. Construa o gráfico da função f(x) = | –x|


Solução:
Primeiro vamos analisar o gráfico da função acima sem a utilização do módulo na sua lei de
formação, ou seja, vamos fazer o gráfico de g(x) = – x
y

x g(x) = - x
x
-2 +2

-1 +1

0 0
Agora construindo a tabela e o gráfico para f(x) = | - x | y

x f(x) = | - x |

-2 2 x
-1 1
Observe que parte da função que ficou abaixo do eixo x foi refletida
0 0
Exemplo 2. Construa o gráfico da função f(x) = |x2 – 3x|

40
Solução: pela definição de módulo, temos que:
f(x) = x2 – 3x, se x≥ 0
e
f(x) = – (x2 – 3x), se x<0

Daí segue que:


x2 – 3x = 0  as raízes são x = 0 ou x = 3, construindo o esboço do gráfico :
- x2 + 3x = 0  as raízes são x = 0 ou x = 3, construindo o esboço do gráfico.

f(x) = - x2 +3x
2
f(x) = x – 3x y
y

x
0 3
x
0 3

Unindo as partes dos dois gráficos que se encontram acima do eixo x teremos o gráfico da função
f(x) = |x2 – 3x|

f(x) = - x2 +3x
y

x
0 3

12.1 EXERCÍCIOS

1) Construir o gráfico e dar o conjunto imagem das seguintes funções:

a) y = | 2 – x| b) y = |x2 – 5x + 6| c) y = | x2 – 1| d) y = | - 2x2 + 5x – 3|
e) y = - |x – 2| f) y = - |x2 - 4x + 4| g) y = | x2| - 2 h) y = |x2 -1| + 1
i) y = 2 - |x2| j) y = | 1-x2 + x2 k) y = |x| - 1 l) y = |x -1| + |x|

13 EQUAÇÃO MODULAR
Uma equação modular é do tipo:

41
Resolvendo um exemplo:
1) |x-5| = 12

13.1 EXERCÍCIOS
1) Resolver as equações

a) | 8 – x| = -3 b) |3x – 4| = 2 c) | x + 1| = 7 d) | 7 – 4x| = 1
e) | 2x – 3| = 2x - 3 f) | 3x + 2 | = 4 – 2x g) | 4x – 3|= 3 - x h) | -5x + 4| = 4 -5x
i) |x2 -4x + 5| = 2 j) |x-1| + |x| = 0 k) | 4x-1| = |2x+3| l) |x|2 -5|x| +6=0
m) |x2 +x-5| = |4x-1| n) |x2+2x-2| = |x2-x-1| o) |2x-1| =|5x+6| p) |x|2 +6|x| + 8 = 0
r) x = | - 1| s) |x|= 1 t) |x|= -1
q)
u) |x|= |-2| v) |2x +1| = 5 w) |9x + 2| = −3

14 INEQUAÇÃO MODULAR
As inequações modulares do tipo |f(x)| > k ou |f(x)| < k serão resolvidas a partir da análise de cada
caso, observe:

1º. Caso: |x| > k supondo k >0 2º. Caso: |x| < k supondo k >0

-k 0 +k -k 0 +k

EXEMPLO

Resolva: | 2x - 1| > 3

1
2

Fazendo estudo
-1 2
1
2
1 2

14.1 EXERCÍCIOS
1) Resolva as inequações

a) 5 – 3x| ≥ 1 b) |3x -1| < 5 c) |5x +2| ≤ -2 d) |x2- x – 4| > 2


e) |x2 – 6x + 5| + 1 < x f) | 2x -1 | + 4 – 3x > 0 g) | x + 1| - x + 2 ≤
0
42
i)
h) j)

15 EQUAÇÃO EXPONENCIAL
Toda equação que contém a incógnita no expoente é denominada equação exponencial.
Vejamos alguns exemplos de equações exponenciais:

Note que em todas estas equações a incógnita encontra-se no expoente.


Na resolução de equações exponenciais recorremos a muitas das propriedades da potenciação.

15.1 Resolvendo Algumas Equações Exponenciais

a)

Decompondo 8  8 = 23 , logo
2x = 23  x = 3

b)

 3x = 243-1 , decompondo 243 teremos 243 = 35 , logo

3x = (35)-1  3x = 3-5  x = -5

c)
Decompondo 343  343 = 73 , logo
7x-2 = (73)2  7x-2 = 76  x - 2 = 6  x = 8

d)
Neste caso não é possível utilizar o método da decomposição
Propriedade da potenciação  am . an = a m+n, logo
3x+2 = 3x . 32 e 3x-2 = 3x . 3-2 , logo

3x . 32 + 3x . 3-2 = 82 fazendo 3x = y , temos


43
y . 32 + y . 3-2 = 82  9y + y/9 = 82  81y + y = 9 . 82  82 y = 9 . 82
y = 9 , como y = 3x , logo 3x = 9  x = 2

e)
25 = 52  (5x)2 – 6.5x + 5 = 0 fazendo y = 5x , logo
2
y – 6y + 5 =0 , resolvendo a equação de segundo grau

 e

Calculando x

15.2 EXERCICIOS

1) Resolver as equações

a) 8x = 32 b) 2 . 625x= 250 c) 4.16x= 0,5 d) 5x= 0,04


e) 4x = 256 f) 1000x = 0,01 g) (43)x = 64

h)
3x+2 x
i) 2 = 32 j) 8 = 0,25

k) l)
o) p)

m) n)

16 FUNÇÃO EXPONENCIAL
A Função Exponencial é uma função definida por f(x) = ax, onde a  lR , a > 0 e a  1
O gráfico de f(x) = ax depende do valor da base a. para:
a > 1  função crescente
0 < a < 1  função decrescente

Exemplo 1: As funções dadas por y = 2x e y = (1/2)x são funções exponenciais.


Seus gráficos poderão ser representados por:

x | __y x | y y
-3 |__ 1/8 y -3 | 8
-2 | _ ¼ -2 | 4
-1 | 1/2 -1 | 2
0 | 1 0 | 1
1 | 2 1 | 1/2
2 | 4 2 | 1/4 1
16.1
3 PROPRIEDADES
| 8 DA FUNÇÃO
1 EXPONENCIAL
44
x x

y = 2x y = ( 1/2 )x
1) Para qualquer valor da base a ( a>0 e a ≠ 1) o valor da função ax para x = 0 é 1
2) Para qualquer valor da base a ( a>0 e a ≠ 1) o valor da função ax é positiva para qualquer x ϵ
R
3) Se a>1 , a função ax é crescente, isto é, para x1 < x2, vale sempre ax1 < ax2
4) Se 0 < a < 1 , a função ax é decrescente, isto é, para x1 < x2, vale sempre ax1 > ax2

16.2 EXERCÍCIOS
Construa os gráficos das funções exponenciais e classifique-as em crescentes ou decrescentes:
a) f(x) = 2x+1 b) f(x) = 3x c) f(x) = -2x d) f(x) = 1 + 4x e) f(t) = 22t-1
f) f(x) = (0,1)x g) g(t) = (0,5)-t h) h(t) = 3 . 2-3t i) f(t) =1 + 2t
j)

16.3 O NÚMERO e (NÚMERO DE NEPER)

 Atribui-se a John Napier a descoberta do número de Neper. É um número irracional e surge como
limite, para valores muito grandes de n, da sucessão .

e
Representa-se por e sendo e = 2,7182818284590452353602874...
É um número irracional e transcendente (aqueles que não podem ser raízes de polinômios de
coeficientes racionais).
Na matemática, o número de Euler, denominado em homenagem ao matemático suíço Leonhard
Euler, é a base dos logaritmos naturais. As variantes do nome do número incluem: número de
Napier, constante de Néper, número neperiano, constante matemática, número exponencial
etc. A primeira referência à constante foi publicada em 1618 na tabela de um apêndice de um
trabalho sobre logaritmos de John Napier.
Onde aparece a ligação de Euler a este número? Segundo a história a existência do número é
anterior, sendo também conhecido como constante de Neper, mas foi o matemático suiço o primeiro
a utilizar a letra e para identificá-lo e também tem o seu nome como homenagem.
Este número e é importante em quase todas as áreas do conhecimento: economia, engenharia,
biologia, sociologia.

16.3 FUNÇÃO EXPONENCIAL NATURAL


Se a = e (Número de Euler), a função exponencial é chamada função exponencial natural e é
notada por f(x) = ex .
A função exponencial x ex, cuja base é o número de Neper modela fenômenos de importância
vital, nos mais variados campos da ciência: físico-químicas, biológicas, econômicas, agronômicas,
geográficas, médicas, sociais.

17 LOGARITMOS

No final do século XVI, o desenvolvimento da astronomia, da navegação e do comércio exigia que


se realizassem longos e trabalhosos cálculos aritméticos. Os estudiosos da época procuraram uma
maneira de facilitar estes cálculos, uma vez que não existia calculadoras como em nossos dias.
Numa primeira tentativa de transformar multiplicações e divisões em soma e subtrações utilizaram
as razões trigonométricas, porem os cálculos ainda eram trabalhosos.

45
Em outra tentativa buscaram utilizar os conceitos da potenciação, progressão aritmética e
geométrica, pois como sabemos que a multiplicação de potências de mesma base mantemos a base e
somamos os expoentes.
Nestes estudos diversos matemáticos participaram, mas Napier foi considerado o inventor dos
logaritmos.
Com o desenvolvimento dos logaritmos, no inicio do século XVII, como um instrumento para
facilitar e simplificar o cálculo aritmético, permitindo que se efetuassem, com maior rapidez,
operações complicadas, para a época, como o produto de números muito grandes. Estes cálculos
eram realizados principalmente pelos astrônomos, para calcular distancias entre astros, e por
navegantes para cálculo de distancias marítimas.

17.1CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

17.1.1 MULTIPLICAÇÃO  x.y =

17.1.2 POTENCIAÇÃO  an

a) propriedades da potenciação

produto de potência de mesma base mantém a base e somamos os expoentes  32.33=32+3= 35

quociente de potências de mesma base mantém a base e subtrai-se os expoentes 

3
potências de uma potência Mantêm-se a base e multiplica-se os expoentes  a2. 3 6

17.1.3 PA- Progressão Aritmética


E uma seqüência de números onde cada termo (exceto o primeiro termo) é resultado da soma do
termo anterior com uma constante, chamada razão.
Exemplo:
+1 +1 +1 +1 +1 +1 +1
1 2 3 4 5 6 7 8 razão

17.1.4 PG – Progressão Geométrica

É uma seqüência de numero onde cada termo (exceto o primeiro termo) é resultado do produto do
termo anterior com uma constante, chamada de razão.
Exemplo:

2 2 2 2

1 2 4 8 16 razão

46
17.2 TRANSFORMANDO MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO EM ADIÇÃO E
SUBTRAÇÃO
Podemos através do uso de uma tabela formada por série de PA e PG, transformar produto em soma
e divisões em subtração. Este método foi desnvolvido no final do século XVI para facilitar os
cálculos dos astronomos da época, como discutido anteriormente.
Observe a tabela apresentada, podemos verificar que:
primeira linha é composta por uma séria de PA com razão 1
segunda linha é composta por uma série de PG com razão 2

n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 ...
2n 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024 2048 ...
Para podemos utlizar a tabela vamos efetuar o produto 32 . 64
 32 na linha da PG. corresponde a 5 na linha da PA, ou seja (32=25)
 64 na linha da PG corresponde a 6 na linha da PG, ou seja ( 64=26)

Então podemos escrever estes números em potência de base 2, observe:


 32.64= 25.26  = 211

Consultado novamente a tabela, agora na primeira linha, vemos que para 11 temos o correspondente
na linha debaixo 2048, ou seja:
 211= 2048

Desta forma podemos afirmar que:


 32.64= 25.26 = 2(5+6) = 211 = 2048

Solicitar a turma para buscar uma maneira de efetuar a operação de divisão usando a tabela
Efetuar a divisão:
 1.024/ 128 = 8

17.3 Definição de logaritmo:


Partindo do conceito que através da tabela montada com PA e PG onde foi possivel transformar
produtos e quocientes em adições e subtração se baseia o conceito de logaritmos.
Sendo a e b números reais e positivos, com a 1 , chama-se logaritmo de b na base a, o expoente x,
de forma que
Em símbolos: se a, b ϵ R, 0 a eb 0.
Logaritmo
Antilogaritmo ou logaritmando

Base do Logaritmo

17.4 EXERCÍCIOS
1) Lembrando que Calcule:

a) b) c) d) e)
f) ) g) )
h) i) j)

47
k) l) m) n) o)

Como pudemos observar os logaritmos é o resultado de uma operação de potência inversa, ou seja
 2n = y
Há até pouco tempo, quando as calculadoras não tão acessíveis, os logaritmos eram tabelados e para
efetuar operações com logarítimos, tínhamos a necessidade de consultar o valor e substituí-lo.
Os logarítmos são tabelados conforme sua base, neste exemplo iremos apresentar uma tabela para
logaritimos de base dois.
Lembrando que  2x = y

0,00390625 -8 2 1
0,0078125 -7 4 2
0,015625 -6 8 3
0,03125 -5 16 4
0,0625 -4 32 5
0,125 -3 64 6
0,25 -2 128 7
0,5 -1 256 8
1 0 512 9

Utilizando a tabela para efetuar alguns cálculos


0,0625 . 0,5
Da tabela temos :  2-4 = 0,0625
Da tabela temos:  2-1 = 0,5
Como estamos multiplicando, devemos somar os resultados, ou seja,
(-4) + (-1) = -5
Voltando a tabela, verificamos que: -5 corresponde a 0,03125
Analisando de outra forma,
Como  2x = y
 2-4 = 0,0625
 2-1 = 0,5
Substituindo
2-4 . 2-1 = 2-5 = 0,03125
Logo
0,0625 . 0,5 = 0,03125

PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS

 1ª PROPRIEDADE: logaritmo de um produto


Considerando:
e
Para fazermos o produto
Lembrando que:
= ac = b

48
= af = d
b . d = ac . af = a(c+f)
Reescrevendo
ou ainda
Exemplo:
a- =

b-
c- +

2ª PROPRIEDADE: logaritmo do quociente


Considerando:
e
Temos:
ax= m (1) ay = n (2)
Dividindo-se (1) e (2) membro a membro.

, ou seja, ax-y = Pela definição de logaritmo, obtemos

Como x = ey= , logo,


Exemplo:

a-

b-

c-

3a PROPRIEDADE: logaritmo da potência


Considerando:
e
Temos:

Substituindo (1) em (2)


, ou seja, . Assim, x = k. y.
Como:
e obtemos:

Exemplo:

49
a-

b- = =

c- = = -4.

Cuidado:
Não existe propriedade especifica

Não existe propriedade especifica


Cuidado para não confundir com as seguintes propriedades validas.

18 FUNÇÃO LOGARÍTMICA
A Função logarítmica é a função definida por f(x) = loga x , onde a  lR, a > 0 e a  1.

A função logarítmica de base a é a inversa da função exponencial de base a.


Assim temos y = logax  ay = x

y
y
y = loga
x
x
0 1

x
0 1
y = loga x
a>1 0<a<1
18.1 EXERCÍCIOS
função crescente função decrescente
1- Esboçar os gráficos das funções e classificá-las como crescente ou decrescente:
a) y = log 2 x b) y = log 3 x c) y = log 1/3 x

18.2 FUNÇÃO LOGARITMO NATURAL


Se a = e (Número de Euler), a função Logaritmo é chamada função logarítmica natural e é denotada
por: f(x) = ln x
Como a função logarítmica natural é a inversa da função exponencial, temos: y = ln x  ey = x

18.3 Exercícios:
1) Calcule os valores exatos de:
a) 3.lne + ln (1/e) b)lne2 + e –lne c)3.ln(e lne) + ln( lne)

2) Determinar o domínio e representar geometricamente o gráfico das funções abaixo:


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a)f(x) = ln(x+2) b) f(x) = ln(x–2) c) f(x) = ln x d) g(x) = ln x

As calculadoras científicas, geralmente, fornecem teclas para calcular logaritmos decimais e


logaritmos naturais. Para calcular o log b x utiliza-se uma das seguintes fórmulas
ln x log x
log x= ou log x=
b ln b b log b

Exemplo
Vamos utilizá-los para obter, por exemplo, log3 2 , consultando a tábua
log10 2 0,30102
log 3 2    0,6309
log10 3 0,47712

18.4 Exercícios
Calcule:
a) log 3 5 b) log 2 6 c) log 9 4

18.5 FUNÇÃO EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


Faça um esboço dos gráficos da função y = 2x
e y = log 2 x. Compare os gráficos e procure estabelecer uma relação entre ambos.

x y
x y
1/8 -3
-3 1/8
¼ -2
-2 ¼
y= ½ -1
-1 1
2x 1 0
1 2
2 1
2 4
1 4 2
3 8
8 3
Gráfico 1: y = 2x Grafico 2: y = log2x  x = 2y
1
y = log2x

Obs.: Ao que tudo indica, temos uma importante relação entre eles, são simétricos em relação a
bissetriz 1º e 3º Quadrantes

18.6 Exercícios
1) Faça um esboço dos gráficos das funções y = (1/2) x e y = log 1/2 x. Compare estes gráficos e
procure descobrir uma relação entre ambos.
2) Se , obtenha em função de a .
3) Resolver a equação
4) Coloque na base 10, e determine o valor do logarítmo:
a)log2 5 b ) log 3 2 c) log1/10 x
5) Dados log 2 = 0,3010, calcule:
a) log 2 10 b) log 4 1000 c) log5 2 d) log 5 10
6) Resolva as equações :
a) log 8 x - 2 log 2x = 5 b) ( log 3 x ) 2 - l0 log 9 x + 4 = 0

18.7 APLICAÇÕES DE LOGARITMOS


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Os logaritmos possuem várias aplicações na Matemática e em diversas áreas do conhecimento,
como Física, Biologia, Química, Medicina, Geografia entre outras. Observe os exemplos a seguir:

Exemplo 1 – Matemática Financeira


Uma pessoa aplicou a importância de R$ 500,00 numa instituição bancária que paga juros mensais
de 3,5%, no regime de juros compostos. Quanto tempo após a aplicação o montante será de R$ 3
500,00?
Resolução:
Nos casos envolvendo a determinação do tempo e juros compostos, a utilização das técnicas de
logaritmos é imprescindível.
Fórmula para o cálculo dos juros compostos: M = C * (1 + i)t. De acordo com a situação
problema, temos:
M (montante) = 3500
C (capital) = 500
i (taxa) = 3,5% = 0,035
t=?
M = C * (1 + i)t
3500 = 500 * (1 + 0,035)t
3500/500 = 1,035t
1,035t = 7
Aplicando logaritmo
log 1,035t = log 7
t * log 1,035 = log 7 (utilize tecla log da calculadora científica )
t * 0,0149 = 0,8451
t = 0,8451 / 0,0149
t = 56,7
O montante de R$ 3 500,00 será originado após 56 meses de aplicação.

Exemplo 2 – Geografia
Em uma determinada cidade, a taxa de crescimento populacional é de 3% ao ano,
aproximadamente. Em quantos anos a população desta cidade irá dobrar, se a taxa de crescimento
continuar a mesma?
População do ano-base = P0
População após um ano = P0 * (1,03) = P1
População após dois anos = P0 * (1,03)2= P2
População após x anos = P0 * (1,03)x = Px
Vamos supor que a população dobrará em relação ao ano-base após x anos, sendo assim, temos:
Px = 2*P0
P0 * (1,03)x = 2 * P0
1,03x = 2
Aplicando logaritmo
log 1,03x = log 2
x * log 1,03 = log2
x * 0,0128 = 0,3010
x = 0,3010 / 0,0128
x = 23,5
A população dobrará em aproximadamente 23,5 anos.

Exemplo 3 – Química
Determine o tempo que leva para que 1000 g de certa substância radioativa, que se desintegra a taxa
de 2% ao ano, se reduza a 200 g. Utilize a seguinte expressão:
Q = Q0 * e–rt, em que Q é a massa da substância, r é a taxa e t é o tempo em anos.
Q = Q0 * e–rt

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200 = 1000 * e–0,02t
200/1000 = e–0,02t
1/5 = e–0,02t (aplicando definição)
–0,02t = loge1/5
–0,02t = loge5–1
–0,02t = –loge5
–0,02t = –ln5 *(–1)
0,02t = ln5
t = ln5 / 0,02
t = 1,6094 / 0,02
t = 80,47
A substância levará 80,47 anos para se reduzir a 200 g

Outra aplicação muito importante dos logarítmos são as escalas logarítimicas, que é uma escala que
usa o logaritmo de uma grandeza em vez da grandeza propriamente dita.

Considerando os logaritmos de base 10, podemos citar duas situações que são usadas as escalas
logarítmicas
 Quando as grandezas medidas têm uma amplitude de valores muito grande.
 Quando são relacionadas sensações com as excitações.

Observe os exemplos:

1) Medida da intensidade de terremotos


A intensidade de um terremoto pode ser medida pela sua potência ou pela energia
desenvolvida. Nos dois casos os valores são muito amplos e elevados, como por exemplo:
 O terremoto em São Francisco na Califórnia em 1906 liberou uma energia de cerca de
20 trilhões de kWh, ou seja, 20.000.000.000.000 kWh ou ainda 2 x 1013 kWh
 O terremoto que arrasou Lisboa em 1755 liberou uma energia calculada em 350 trilhões
de kWh, ou seja, 350.000.000.000.000 kWh ou ainda 3,5 x 1014 kWh
A escala Richter, que é usada para medir a intensidade de terremotos, é uma escala
logarítmica onde a magnitude M de um terremoto é igual ao logaritmo decimal da razão
entre a sua intensidade física I a intensidade física I o de um terremoto tomado como padrão
M = log (I / Io).
Por exemplo: Um terremoto de magnitude 5 é aquele onde:
5 = log(I / Io  I / Io = 105  I = 105 Io logo podemos afirmar:
Um terremoto de magnitude 5 tem a intensidade 100.000 vezes maior que a do terremoto
padrão.
Na escala Richter enquanto a magnitude varia de uma unidade a intensidade do terremoto
varia de 10 vezes.
Os terremotos mais intensos são de magnitude aproximadamente 9 na escala Richter isto é
estes terremotos são 109 ( 1 bilhão ) vezes mais intensos que o terremoto padrão.

2) Medida do pH
As escalas logarítmicas também são utilizadas para medir o pH.
O pH é um conceito criado pelo químico dinamarquês Sorensen para representar a
concentração do íon hidrogênio [H+] objetivando medir a acidez de uma solução usada na
fabricação de cerveja.
A concentração de [H+] pode variar desde 100 mol/L até 10-14 mol / L.
Denomina-se de pH ao logaritmo decimal do inverso da [H+], ou seja:
pH = log ( 1 / [H+] )
por exemplo
Quando [H+] = 10-5 mol / L  pH = log (1 / 10-5)  pH = - log 10-5  pH = 5
53
3) As escalas logarítmicas são usadas também quando relacionamos sensações com as
excitações
Em 1850 dois cientistas alemães, Ernst Heinrich Weber e Gustav Theodor Fechner,
enunciaram uma lei fisiológica, hoje denominada de lei de Weber-Fechner que afirma que
as sensações S são proporcionais K ao logaritmo das excitações E que as produzem:
S = K.log E ou seja:
Enquanto as excitações crescem em progressão geométrica as sensações crescem em
progressão aritmética. Esta lei se aplica à todos os sentidos.

Aplicada à audição. A grandeza denominada nível sonoro β, relativa à sensação, é


definida como sendo igual ao logaritmo decimal da razão entre a intensidade sonora I
causadora da sensação e a intensidade sonora Io correspondente ao limiar da audição:
β = log (I / Io), onde:
limiar da audição  É a menor potência sonora audível, que vale Io = 10-12 W / m2 .
O nível sonoro é expresso em bel (B).
Por exemplo um som de potência I = 10-4 W / m2 corresponde a um nível sonoro
β = log (10-4 / 10-12)
β = log 108
β = 8 B.
É usual representar o nível sonoro em decibel (dB).
No exemplo o nível sonoro é β = 80 dB.
O som quando muito forte produz dor, potência é denominada de limiar da dor é: I = 1W/m2
A tabela apresenta estes limiares
Intensidade 10-12 W / m2 1W / m2
sensação sonora sensação de dor
da vibração limiar da audição limiar da dor
nível sonoro
0 menor que 12 B 12 B maior que 12 B
em bel
nível sonoro
0 menor que 120 dB 120 dB maior que 120 dB
em decibel

Sensação luminosa do brilho das estrelas com a intensidade luminosa emitida por ela.
A grandeza denominada magnitude M de uma estrela relativa à sensação, é definida como
sendo igual ao logaritmo decimal da razão entre a intensidade luminosa Io emitida por uma
estrela tomada como padrão e a intensidade luminosa I causadora da sensação luminosa.
M = log ( Io / I ).
Ou seja, uma estrela de magnitude 3 emite uma intensidade luminosa 100 vezes maior que
uma estrela de magnitude 5.

Exemplo 4 - Cultura de Bacilos


O número de bacilos existentes numa determinada cultura, no instante t, é dado por N = N0 . 2 (t/k)
Onde:
N0 é o número de bacilos existentes no início da contagem do tempo
k é uma constante
A variável t é expressa em horas
A variável N é expressa em milhões de unidades

Sites consultados no item 18.7


http://alfaconnection.net/Pag_Cot_Matematica/Cr03_Clara.htm
http://www.brasilescola.com/matematica/aplicacoes-dos-logaritmos.htm

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