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Análise
Mirian Buss Gonçalves
Daniel Gonçalves
2ª Edição
Florianópolis, 2012
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministro de Educação: Aloízio Mercadante
Coordenador Nacional da Universidade Aberta do Brasil: Celso Costa
Comissão Editorial
Antônio Carlos Gardel Leitão
Albertina Zatelli
Elisa Zunko Toma
Igor Mozolevski
Luiz Augusto Saeger
Roberto Corrêa da Silva
Ruy Coimbra Charão
Laboratório de Novas Tecnologias - LANTEC/CED
Coordenação Pedagógica das Licenciaturas a Distância UFSC/CED/CFM
Coordenação Geral: Roseli Zen Cerny
Núcleo de Formação: Marina Bazzo de Espíndola
Núcleo de Pesquisa e Avaliação: Andréa Brandão Lapa
Núcleo de Criação e Desenvolvimento de Materiais: Juliana Cristina Faggion
Bergmann
Design Gráfico
Coordenação: Cíntia Cardoso
Projeto Gráfico Original: Diogo Henrique Ropelato, Marta Cristina Goulart
Braga, Natal Anacleto Chicca Junior
Redesenho do Projeto Gráfico: Laura Martins Rodrigues,
Thiago Rocha Oliveira
Diagramação: Cíntia Cardoso, João Paulo Battisti de Abreu, Natália Barreira
Ilustrações: Cristiane Amaral, Kallani Bonelli, Aline Correa
Capa: xxxxxx
Design Instrucional
Coordenação: xxxxx
Design Instrucional: Adriano Luiz dos Santos Né, Nicélio José Gesser
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da UFSC
Sumário
Apresentação.............................................................................. 7
1 Cardinalidade e o corpo dos números reais...................... 9
1.1 Introdução.................................................................................... 11
1.2 Conjuntos finitos e infinitos enumeráveis............................... 12
1.3 Conjuntos não enumeráveis....................................................... 18
1.4 Algumas propriedades dos Números Reais............................ 21
1.5 Supremo e Ínfimo........................................................................ 23
3 Convergência......................................................................... 89
3.1 Sequências de Números Reais................................................... 91
3.2 Sequências em um Espaço Métrico.......................................... 95
3.3 Limite de uma Sequência........................................................... 96
3.4 Subsequências . ........................................................................ 103
3.5 Sequências Limitadas............................................................... 106
3.6 Caracterização dos Conceitos do capítulo 2, através de
Sequências................................................................................. 109
3.7 Alguns resultados interessantes em ....................................115
3.7.1 O conjunto de Cantor.........................................................115
3.7.2 Outra versão do Teorema de Bolzano-Weierstrass........115
3.8 Sequências de Cauchy.............................................................. 120
3.9 Espaços Métricos Completos................................................... 122
Resumo............................................................................................. 129
4 Continuidade....................................................................... 131
4.1 Introdução.................................................................................. 133
4.2 Funções Contínuas.................................................................... 134
4.3 Conjuntos Compactos................................................................146
4.4 Continuidade Uniforme........................................................... 153
4.5 Conjuntos Conexos....................................................................157
4.6 Teorema do Valor Intermediário............................................. 163
Resumo..............................................................................................168
1.1 Introdução
David Hilbert nasceu Antes de iniciar o seu estudo, leia a situação a seguir, conhecida
em Konigsberg em 1862 como o “Hotel de Hilbert”:
e recebeu seu Ph.D. da
universidade dessa cidade
em 1885, onde lecionou até “Era uma vez um hotel com um número infinito de quartos. To-
1894. No período de 1895
dos estavam ocupados. Chegou um novo hóspede que necessita-
até 1930 foi professor da
Universidade de Gottingen, va muito de hospedagem. Como o gerente poderia resolver seu
cidade onde faleceu em problema?”
1943.
1, 2, 3,...,n,....
Vamos ver que nem sempre isso é possível. Os conjuntos cujos ele-
mentos não podem ser dispostos em sucessão (não podem ser lista-
dos) são chamados de conjuntos não enumeráveis.
Definições.
Exemplos.
f : Ι2 → X
4
1→ −
5
2→2
é uma bijeção.
14
1 2 3 4 5 6 ...
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ...
1 3 5 7 9 11 ...
f g
X Y N
h = g° f
15
h : X → h( X ) ⊂
é uma bijeção.
Prova: Definimos
f :× →
(n, m) → 2n 3m
Definimos
h: × → X ×Y
h( x, y ) = ( f ( x), g ( y ))
Definimos
f : Ζ × Ζ* → Q
m
(m, n) →
n
1 1 1 1 1
...
1 2 3 4 5
2 2 2 2 2
...
1 2 3 4 5
3 3 3 3 3
...
1 2 3 4 5
4 4 4 4 4
...
1 2 3 4 5
Formamos o quadro
x11 , x21 , x12 , x31 , x22 , x13 , x41 , x32 , x23 , x14 ,...
18
Notas:
1) A união finita de conjuntos enumeráveis é enumerável.
2) O produto cartesiano finito de conjuntos enumeráveis é enu-
merável.
3) O resultado anterior não é válido para produtos infinitos.
Por exemplo,
0,397=0,396999...
0,5=0,4999...
Veja que o resultado acima nos remete a uma reflexão sobre os nú-
meros irracionais, que voltarão a ser discutidos na próxima unidade.
20
Exercícios Propostos
2) Os números naturais podem ser escritos como a união dos natu-
rais ímpares e dos naturais pares:
Justifique.
Nota: O módulo de x também pode ser definido por uma das se-
guintes expressões:
x = max{x, − x} ou x = x2 .
Temos:
x − a < ⇔ − < x − a <
⇔ a−< x< a+
⇔ x ∈ (a − , a + ).
Mod.2: xy = x y .
Mod.3: x − y ≤ x − y ≤ x − y .
Mod.4: x − z ≤ x − y + y − z .
Prova:
− x ≤x≤ x
− y ≤ y≤ y.
−( x + y ) ≤ x + y ≤ ( x + y ) .
Portanto,
x+ y ≤ x + y .
Mod.2: Temos,
2
xy = ( xy ) 2 = x 2 y 2 .
Portanto,
xy = x 2 y 2 = x 2 y 2 = x y .
x = x− y+ y ≤ x− y + y
y = y−x+x ≤ y−x + x .
x − y ≤ x − y
y − x ≤ y − x
x − y ≤ x − y
x − y ≥ − y − x = − x − y .
Portanto,
− x − y ≤ x − y ≤ x − y e, assim, x − y ≤ x − y .
Exercícios Resolvidos
Verificar quais dos seguintes conjuntos são limitados inferiormente
e/ou superiormente.
a) X = {1, 3, 5, 7}
1
b) X = , n ∈ Ν
n
c) X = {−3n, n ∈ Ν}
Solução:
b) Podemos escrever
1 1 1 1
X = 1, , , , , ,
2 3 4 n
1
Temos que 0 ≤ ≤ 1, ∀n ∈ Ν . Logo, X é um conjunto limitado
n
(0 é uma cota inferior e 1 é uma cota superior).
c) Temos,
1
iii) Dado qualquer a > 0, ∃ n ∈ tal que 0 < < a.
n
Prova:
S.2 – Se c ∈ e x ≤ c, ∀x ∈ X , então b ≤ c .
Denotamos: b = sup X .
S.1' - ∀x ∈ X , x ≤ b
b = sup X ⇔
S.2' - ∀ε > 0, ∃ x ∈ X tal que b − ε < x ≤ b.
26
∃ x∈ X
0 b b x
I.2 - Se c ∈ e c ≤ y, ∀y ∈ Y , então c ≤ a .
Denotamos: a = inf Y
I.1' - ∀y ∈ Y , a ≤ y
a = inf Y ⇔
I.2' - ∀ε > 0, ∃ y ∈ Y tal que a ≤ y < a + ε .
27
Geometricamente,
∃ y ∈Y
0 a a x
Exemplos.
1) Seja X = {2, 5, 7, 9} .
Temos,
sup X = 9 e inf X = 2 .
1 1 1 1
2) Seja X = 1, , , , , ,
2 3 4 n
Facilmente podemos visualizar que sup X = 1
Qual o ínfimo de X ?
1
I.1 - ∀n ∈ , ≥ 0 (0 é cota inferior de X).
n
1
I.2 - ∀ε > 0, ∃ n0 ∈ tal que 0 < < ε (Prop. 1.7, iii))
n0
1
n0
0 x
28
n −1
3) Seja X = , n ∈ .
n
1 2 3 n −1
Podemos escrever, X = 0, , , , , , .
2 3 4 n
Temos,
inf X = {0} ;
sup X = {1} .
1
4) Seja X = − , n ∈ .
n
Temos que inf X = −1 e sup X = 0 .
1
5) Seja X = n , n ∈ .
2
1
Temos que inf X = 0 e sup X = .
2
6) Seja X = {2, 4, 6, 8, } .
Temos:
inf X = 2 .
2
Prova: Suponhamos que existe p ∈ tal que p = 2 . Então po-
m
demos escrever p = , sendo que os inteiros m e n não são am-
n
bos pares (se forem, podemos simplificar, até deixarem de ser).
Temos,
2
2 m
p = =2
n
ou,
m2
=2
n2
ou, ainda, m 2 = 2n 2 .
m 2 = 4r 2
ou,
2n 2 = 4r 2 , já que m 2 = 2n 2 .
Simplificando, vem
n 2 = 2r 2 ,
∎
30
2 − x2
Tomamos um número r ∈ tal que r < 1 e 0 < r < .
2x + 1
A existência desse número racional r é garantida pela pro-
posição 1.7.
Provemos que x + r ∈ X .
2 − x2
0<r < ⇒ r (2 x + 1) < 2 − x 2 . (2)
2x + 1
y2 − 2
0<r< .
2y
Logo, ( y − r ) 2 > 2 .
y2 − 2
Como 0 < r < , temos que
2y
y 1
r< − .
2 y
y
Como y > 0 , segue que r < < y e, portanto, ( y − r ) > 0 .
2
Concluímos que ( y − r ) ∈ Y e, dessa forma, Y não possui
elemento mínimo.
32
3) Se x ∈ X e y ∈ Y , então x < y .
Sejam x ∈ X e y ∈ Y . Temos,
x > 0 e 0 < x 2 < 2
y > 0 e y 2 > 2
4) sup X ∉
i) b > 0 .
ii) b >não
0 satisfaz b 2 > 2 .
I
n =1
n = [ a, b] ,
a1 ≤ a2 ≤ an ≤ ≤ an +1 ≤
b1 ≥ b2 ≥ ≥ bn ≥ bn +1 ≥
a ≤ bn , ∀n .
Temos, então,
an ≤ a ≤ bn , ∀n .
∞
ou seja, a ∈ [an , bn ] .
n =1
∎
35
Temos,
I 1 = [− 1, 1]
−1 1
I2 = ,
2 2
−1 1
In = ,
n n
I1 ⊃ I 2 ⊃ ⊃ I n ⊃
1 1 1
inf{b1 , b2 ,, bn ,} = inf 1, , ,, , = 0 .
2 3 n
∞
Portanto, I
n =1
n = [0, 0] = {0} .
Exercícios Complementares:
1) Mostre que X é um conjunto infinito se, e somente se, X pode
ser colocado em correspondência biunívuca com um subcon-
junto próprio dele mesmo, isto é, se, e somente se, existe uma
bijeção entre X e um subconjunto próprio dele mesmo.
5) Dado o conjunto
2
X = , n ∈ :
n
a) Dê exemplos de 3 cotas superiores e 3 cotas inferiores de X,
se existirem.
2n − 1
a) X = , n ∈
n
b) Y = {(−1) n n, n ∈ }
c) Z = {5 − 3n, n ∈ }
2 Noções Topológicas em
2.1 Introdução
Antes de iniciar o capítulo, vejamos o que Cantor e Hilbert afir-
maram sobre o estudo de conjuntos:
n
2.2 O espaço Euclidiano
“[...] É muito util considerar números “complexos”, ou números
formados por várias unidades [...]” (Peano, 1888a, Math. Ann.,
vol. 32, p.450, apud [6, Hairer-Wanner])
Simbolicamente, temos:
n = {( x1 , x2 , , xn ) / x1 , x2 , , xn ∈ } .
x + y = ( x1 , x2 , , xn ) + ( y1 , y2 , , yn ) = ( x1 + y1 , x2 + y2 , , xn + yn ) .
N 3 :|| x + y ||≤|| x || + || y || .
X = {x ∈ 1 / || x ||< 1}.
x
–1 0 1
Figura 2.1
44
S = {x = ( x1 , x2 )/ || x ||< 1} .
1 x1
Figura 2.2
1 x2
x1
Figura 2.3
45
d ( x, y ) = ( y1 − x1 ) 2 + ( y2 − x2 ) 2 .
x2
y2 y
x2
x
x1 y1 x1
Figura 2.4
Isso está correto. No entanto, podemos ter mais que uma maneira
de medir a distância. Algumas propriedades devem ser satisfeitas:
M1: d ( x, y ) ≥ 0 e d ( x, y ) = 0 ⇔ x = y;
M2: d ( x, y ) = d ( y, x);
M3: d ( x, z ) ≤ d ( x, y ) + d ( y, z ) .
M1: d ( x, y ) = y − x ≥ 0
d ( x, y ) = 0 ⇔ y − x = 0 ⇔ y − x = 0 ⇔ x = y;
MM3:
3 : d ( x, z ) =| z − x |
=| z − y + y − x |
≤| z − y | + | y − x |
=| y − x | + | z − y |
= d ( x, y ) + d ( y, z ).
0, se x = y
Exemplo 2.5. Seja M ≠ ∅ qualquer. A função d ( x, y ) =
1, se x ≠ y
satisfaz as propriedades de métrica, sendo denominada métrica tri-
vial ou métrica 0 − 1 .
Exercício Resolvido
1) A função d ( x, y ) = x 2 + 2 xy é métrica em ? Justifique.
Resolução:
Exercício Proposto
n
2.4 Métricas em
Sejam x = ( x1 , x2 , , xn ) e y = ( y1 , y2 , , yn ) pontos de n .
As métricas usualmente utilizadas no espaço n são:
i) Métrica Euclidiana
d : n × n →
d ( x, y ) = ( y1 − x1 ) 2 + ( y2 − x2 ) 2 + + ( yn − xn ) 2 .
d1 : n × n →
d1 ( x, y ) =| y1 − x1 | + | y2 − x2 | + + | yn − xn | .
d2 : n × n →
d 2 ( x, y ) = max{| y1 − x1 |,| y2 − x2 |, ,| yn − xn |}.
Observações.
d 2 ( x, y ) ≤ d ( x, y ) ≤ d1 ( x, y ) ≤ kd 2 ( x, y ) ,
48
∀a, b ∈ .
Figura 2.5
x2
y2 y
x2
x
x1 y1 x1
Figura 2.6
49
Exercício Resolvido
2) Usando as três métricas anteriores, identifique os pontos de
2 tais que sua distância até a origem seja igual a 1.
Resolução:
Sejam o = (0,0) e x = ( x1 , x2 ) .
d ( x, o) = 1 ⇔ ( x1 − 0) 2 + ( x2 − 0) 2 = 1 ⇔ x12 + x22 = 1 .
d1 ( x, o) = 1 ⇔| x1 − 0 | + | x2 − 0 |= 1 ⇔| x1 | + | x2 |= 1 .
x2 x2 x2
1 x1 1 x1 1 x1
Exercício Proposto
2) Refaça a figura 2.7, usando as equações obtidas em (i), (ii) e (iii) e
sobrepondo as 3 figuras no mesmo sistema de coordenadas.
Exercício Resolvido
3) Em 2 , mostre que a métrica Euclidiana satisfaz a desigual-
dade triangular, isto é, mostre que d ( x, y ) ≤ d ( x, z ) + d ( z , y ) ,
∀x, y, z ∈ 2 .
50
Resolução:
( x1 − z1 ) 2 + ( x2 − z2 ) 2 ≤ ( x1 − y1 ) 2 + ( x2 − y2 ) 2 + ( y1 − z1 ) 2 + ( y2 − z2 ) 2
Sejam ai = ( xi − yi ) , bi = ( yi − zi ) , i = 1,2 .
⇔ (a1 + b1 ) 2 + (a2 + b2 ) 2 ≤ a12 + a22 + 2 a12 + a22 b12 + b22 + b12 + b22
A função
d :M ×M →
x2
d ( f, g)
f
a b x1
Figura 2.8
Sejam f , g , h ∈ M .
MM1:
1: d ( f , g ) ≥ 0 pela própria definição da métrica.
d ( f , g ) = 0 ⇔ sup{| g ( x) − f ( x) |} = 0 ⇔ | g ( x) − f ( x) |= 0
x∈X
d ( f , g ) = 0 ⇔ sup{| g ( x) − f ( x) |} = 0 ⇔ | g ( x) − f ( x) |= 0 , ∀x ∈ X
x∈X
⇔ f ( x) = g ( x) , ∀x ∈ X .
MM2:
2 : d ( f , g) = d (g, f ) .
| g ( x) − f ( x) |=| g ( x) − h( x) + h( x) − f ( x) |
≤| g ( x) − h( x) | + | h( x) − f ( x) |
=| h( x) − f ( x) | + | g ( x) − h( x) |
≤ sup | h( x) − f ( x) | + sup | g ( x) − h( x) |
x∈X x∈X
= d ( f , h) + d (h, g ).
{| g ( x) − f ( x) |, x ∈ X } .
Segue que
d ( f , g ) = sup | g ( x) − f ( x) |≤ d ( f , h) + d (h, g ) .
x∈ X
Exercício Proposto
3) Seja X = [0,1] ⊂ . Determinar d ( f , g ) , sendo:
d) f ( x) = x e g ( x) = 1 ;
e) f ( x) = x 2 e g ( x) = x .
x2
L
1 x1
Figura 2.9
A = {( x1 , x2 ) ∈ 2 / x12 + x22 ≤ 1} ;
B = {( x1 , x2 ) ∈ 2 / ( x1 − 3) 2 + x22 ≤ 1} ;
C = [0,1] × [0,1] .
e) Se substituirmos
x2 x2 x2
1 x1 1 2 3 4 x1 1 x1
A B C
Figura 2.10
As respostas para o item (e) não são tão imediatas. Vejamos as defi-
nições que seguem.
d ( x, y ) ≤ k , ∀x, y ∈ A .
diam( A) = sup{d ( x, y ) / x, y ∈ A} .
x2 x2
1 x1 1 2 3 4x
1
A’ B’
Figura 2.11
Exercício Resolvido
4) Demonstre a afirmação do Exemplo 2.7.
Resolução:
1 1
Agora, dado > 0 , tome n ∈ tal que < . Então a, b − per-
n n
1 1
tencem a [a, b] e d a, b − = (b − a ) − > (b − a ) − .
n n
Logo, (b − a ) = sup{d ( x, y ), x, y ∈ [a, b]} .
56
d ( p, A) = inf{d ( p, x) / x ∈ A} .
Nota:
2) Se p ∈ A , então d ( p, A) = 0 .
d ( A, B) = inf {d ( x, y ) / x ∈ A e y ∈ B} .
Nota:
1) Se A ∩ B ≠ ∅ , então d ( A, B) = 0 .
Temos A ∩ B ≠ ∅ e d ( A, B) = 0 .
A = {( x, y ) ∈ 2 / y = 0} e B = {( x, y ) ∈ 2 / x > 0 e xy = 1} .
x
A
Figura 2.12
Temos
p∈ A e q∈B
2
2 1 1
d ( p, q ) = ( x0 − x0 ) + − 0 = < .
x0 x0
Logo, d ( A, B) = inf{d ( x, y ) / x ∈ A e y ∈ B} = 0 .
58
Exercício Proposto
4) Dê exemplos de conjuntos A e B , tais que:
a) d ( A, B) = 3 em ;
c) d ( A, B) = 1 em 2 e em 3 .
B ( x , r ) = { y ∈ M / d ( y , x ) < r} .
Em n , podemos escrever
B ( x, r ) = { y ∈ n / || y − x ||< r} .
1) B (a, ) em .
Temos:
0 a–ε a a+ε
Figura 2.13
x2 x2 x2
a2 a2 a2
a1 x1 a1 x1 a1 x1
(a) (b) (c)
Figura 2.14
diam( B( x, r )) ≤ 2r .
d ( y, x) < r e d ( z , x) < r .
d ( y , z ) ≤ d ( y , x ) + d ( x, z ) < r + r = 2 r .
diam( B( x, r )) = sup{d ( y, z ) / y, z ∈ B( x, r )} ≤ 2r .
r1 ≤ r2 ⇒ B( x, r1 ) ⊂ B( x, r2 ) .
60
B ( y, r1 ) ⊂ B ( x, r ) .
Prova:
y r1
d(x,y)
r
x
Figura 2.15
d ( z , x) ≤ d ( z , y ) + d ( y, x) < r1 + d ( y, x) = r − d ( x, y ) + d ( y, x) = r .
Logo, z ∈ B ( x, r ) e, portanto,
B ( y, r1 ) ⊂ B ( x, r ) .
■
B ( x, r1 ) ∩ B ( y, r2 ) ≠ ∅ .
r2
z y
r1
x
Figura 2.16
Prova:
Tome = min{1 , 2 } .
Por B2, B( z , ) ⊂ B( z , 1 ) e B ( z , ) ⊂ B( z , 2 ) .
B( z , ) ⊂ B( x, r1 ) ∩ B( y, r2 ) .
B ( x, r1 ) ∩ B ( y, r2 ) = ∅ .
r1 r2
x y
d(x,y)
Figura 2.17
z ∈ B ( x, r1 ) ∩ B ( y, r2 ) .
d ( x, y ) ≤ d ( x, z ) + d ( z , y ) < r1 + r2 ,
Int( A) .
Simbolicamente, escrevemos
x ∈ Int( A) ⇔ ∃B( x, r ) ⊂ A .
A = {( x1 , x2 ) ∈ 2 / ( x1 − 1) 2 + ( x2 − 1) 2 ≤ 1} .
x2
1 x1
Figura 2.18
Em (b), temos que Int([a, b]) = (a, b) . Os pontos a e b não são pon-
tos interiores.
Em (d), temos que Int([a, +∞]) = (a, +∞) . O ponto a não é ponto
interior.
Exercício Proposto
5) Identifique, representando geometricamente, Int( A) , sendo:
a) A = {( x1 , x2 ) ∈ 2 / x2 ≥ x1} ;
b) A = {( x1 , x2 ) ∈ 2 / x12 − x2 < 0} ;
c) A = {( x1 , x2 ) ∈ 2 / x2 > e x1 } ;
Exercício Resolvido
5) Mostre que Int( A) ∩ Int( B) = Int( A ∩ B) .
Resolução:
Exercício Proposto
6) Decida se Int( A ∪ B) ⊃ Int( A) ∪ Int( B) . Se for verdadeiro prove,
caso contrário apresente um contra-exemplo.
x2
0 A 1 x B 1 x1
Figura 2.19
1 x
x =y 2 +1
Figura 2.20
a > (b + ) 2 + + 1 .
− < x − a < ,
− < y − b < .
67
Ou,
a − < x < a + ,
b − < y < b + .
Prova:
É imediata.
■
Prova:
Seja z ∈ A3 .
B( z , r ) ⊂ A3 .
B( z , r1 ) ⊂ A1 .
B ( z , r2 ) ⊂ A2 .
Seja r = min{r1 , r2 } .
Então, B( z , r ) ⊂ B( z , r1 ) ⊂ A1 e B( z , r ) ⊂ B( z , r2 ) ⊂ A2 .
Prova:
Logo, A é aberto.
Exercício Proposto
1 1
Exemplo 2.20. Em , tome An = x ∈ / − < x < , n ∈ .
n n
∞
Então, A
n =1
n = {0} , que não é aberto.
Figura 2.21
Nota: Assim como definimos bola aberta, podemos definir bola fe-
chada.
B[ x, r ] = { y ∈ M / d ( y, x) ≤ r}
Em n , podemos escrever:
B[ x, r ] = { y ∈ n / || y − x ||≤ r} .
Exercício Proposto
8) Mostre que toda bola fechada é um conjunto fechado.
70
Prova:
Prova:
Temos que
C ( F ) = C ( F1 ∪ F2 ) = C ( F1 ) ∩ C ( F2 ) .
Logo, F é fechado.
Prova:
Temos
C ( F ) = C ( F ) = [C (F )] .
Logo, F é fechado.
Exercícios Propostos
Simbolicamente, escrevemos:
1 1 1
Exemplo 2.28. Seja A = 1, , ,, , em . Então, A ' = {0} .
2 3 n
Exemplo 2.29. Considere, em , o conjunto dos racionais .
B ( x, r ) = ( x − r , x + r )
... –3 –2 –1 0 1 2 3 ...
n n n n n n
Figura 2.22
Prova:
⇒) F fechado ⇒ F ' ⊂ F .
A ⊂ B ⇔ C ( B) ⊂ C ( A),
Logo, F ' ⊂ F .
⇐) F ' ⊂ F ⇒ F é fechado.
Exercícios Propostos
12) Encontrar S ' , sendo S = {( x, y ) ∈ 2 / y < x 2 − 1} .
1 1 1
a) A = 1, , ,, , ;
2 3 n
1 1 1
b) B = 0,1, , , , , ;
2 3 n
3 4 5 6
c) C = 1, 2, , , , , ;
2 3 4 5
1 1 1 1
d) D = , , , , ;
2 4 8 16
1
e) Domínio de f , sendo f ( x) = ;
x −1
f) Imagem de g , sendo g ( x) = x 2 + 2 x + 2 .
g) O conjunto de Cantor em .
Temos a definição:
Simbolicamente, escrevemos:
i) A = A ∪ A ' ;
Prova:
B ( y, r1 ) ⊂ B (a, r ) ⊂ C ( X ) .
Prova:
Exercício Resolvido
6) Determine os pontos de acumulação e o fecho de cada um dos
seguintes subconjuntos de .
a)
Resolução:
b)
Resolução:
Note que ´= , pois dado um número real x qualquer, toda bola
aberta B ( x, ) contém racionais diferentes de x . Pela definição
2.11, segue que = .
c) (0, 2)
Resolução:
Exercícios Propostos
14) Determine o fecho dos seguintes conjuntos em :
1 1 1
a) A = 1, , , , ;
2 3 4
∞
1
b) B = , n .
n =1 n
Exercício Resolvido
7) Seja A ⊂ M . Mostrar que
x ∈ A ⇔ inf{d ( x, y ) / y ∈ A} = 0 .
Prova:
⇒) Sejam x ∈ A e = inf{d ( x, y ) / y ∈ A} .
Se x ∈ A , então = 0 (trivial).
Se x ∈ A , nada a provar.
BOA VISTA
RORAIMA AMAPÁ
MACAPÁ
BELÉM
MANAUS
AMAZONAS
PARÁ MARANHÃO
ACRE
Fronteira entre
PORTO VELHO
PALMAS
RIO BRANCO
RONDÔNIA TOCANTINS
PERU
MATO GROSSO Brasil e Bolívia
DISTRITO
FEDERAL
CUIABÁ
BOLÍVIA
GOIÂNIA
GOIÁS
MINAS
GERAIS
MATO GROSSO
DO SUL BELO HOR
CAMPO GRANDE
SÃO PAULO
PARAGUAI
SÃO PAULO
PARANÁ
CURITIBA
SANTA
CATARINA
Figura 2.23
Simbolicamente, escrevemos
B ( x, r ) ∩ A ≠ ∅
x ∈ Fr( A) ⇔ ∀r > 0 , e .
B ( x, r ) ∩ C ( A) ≠ ∅
A = {( x, y ) ∈ 2 / x 2 − y 2 < 1} .
79
Fr( A) = {( x, y ) ∈ 2 / x 2 − y 2 = 1} .
y y
–1 1 x –1 1 x
A Fr(A)
Figura 2.25
Exercícios Propostos
17) Verifique se são verdadeiras ou falsas as sentenças:
a) A ⊂ B ⇒ Fr( A) ⊂ Fr( B) ;
a) A = {( x, y ) ∈ 2 / x 2 + y 2 ≤ 1} ;
c) A = [0,1] ∩ em ;
d) B = [0,1] em ;
2 2
e) C = {( x, y ) ∈ / y > x − 4 x + 3} .
80
Propriedades da Fronteira:
Prova:
B ( x, r ) ∩ A ≠ ∅ x ∈ A
x ∈ Fr( A) ⇔ ∀r > 0, e ⇔ e ⇔ x ∈ A ∩ C ( A)
B( x, r ) ∩ C ( A) ≠ ∅
x ∈ C ( A)
■
Prova:
Logo, x ∈ A .
i) x ∈ A , ou
ii) x ∉ A e x ∈ A ' .
x ∈ Int( A) ou x ∉ Int( A) .
Como x ∈ A , temos
B( x, r ) ∩ A ≠ ∅ e B ( x, r ) ∩ C ( A) ≠ ∅ , ∀r > 0 .
Logo, x ∈ Fr( A) .
ii) x ∉ A e x ∈ A ' .
Logo, x ∈ Fr( A) .
Prova:
x
1 A
Figura 2.26
82
Temos
Fr( A) = {( x, y ) ∈ 2 / x = 1}
Exercícios Propostos
19) Dê exemplos de conjuntos A em , 2 e 3 , identificando:
Int( A) , A ' , A , Fr( A) , C ( A) , Int(C ( A)) .
Exercícios Complementares
1) Verifique quais das seguintes funções são métricas em :
a) d ( x, y ) =| x + y | ;
b) d ( x, y ) =| x | − | y | ;
c) d ( x, y ) = ( x − y ) 2 .
a) d ( x, y ) = 3 | y1 − x1 | +3 | y2 − x2 | ;
83
b) d ( x, y ) =| x1 + y1 | + | x2 + y2 | ;
sendo x = ( x1 , x2 ) e y = ( y1 , y2 ) .
M = { f : X → / f é limitada} .
Em M considere a métrica
d ( f , g ) = sup{| f ( x) − g ( x) |} .
x∈X
a) d ( p, ) = 0 , ∀p ∈ ;
b) d (, − ) = 0 ;
1
0 ≤ d ( a, ) ≤ , ∀a ∈ ,
2
onde é o conjunto dos inteiros.
a) B (o,1) ;
b) BA (o,1) ;
c) B[o,1] ;
d) BA[o,1] ;
a) = {1, 2,3,} ;
p
b) = x = / p, q ∈ e q ≠ 0 ;
q
c) − ;
e) (1, 2) ∩ ;
f) Intervalo [1, 2) ;
h) [1, 2] ∪ {3} .
a) A = {( x, y ) ∈ 2 / x 2 − 4 x + y 2 ≤ 0} ;
b) B = {( x, y ) ∈ 2 / y > 0} ;
c) C = {( x, y ) ∈ 2 / x < 2 e y ≤ 2} ;
d) D = {( x, y ) ∈ 2 / x = 0 e y = 0} ;
e) E = {( x, y ) ∈ 2 / x ≠ 1} ;
f) F = {( x, y ) ∈ 2 / y 2 − x 2 > 1} ;
g) G = B (0, 2) ∪ B(1, 2) .
85
d) X ' = X .
a) conjuntos abertos;
b) conjuntos fechados;
b) Em 2 : B1 = {( x, y ) / xy = 1} ; B2 = {( x, y ) / x > 0 e y > 0} .
a) A = {(m, n) / m, n ∈ } ;
b) B = {( p, q ) / p, q são racionais} ;
1 1
c) C = , / n ∈ ;
n n
1 1
d) D = , / m, n ∈ ;
m n
m 1
e) D = , / m, n ∈ , n ≠ 0 .
n n
a) Int( A) = A \ Fr( A) ;
b) A = R n \ Int(R n \ A) .
a) Int( A) = Int( A) ;
b) A ∩ A = A ;
c) Int( A) = A ;
d) Fr( A) = Fr( A) ;
e) Fr( A) ⊂ M \ A se A é aberto.
a) Fr( A) = Fr( M \ A) ;
b) A ∩ B ⊂ A ∩ B ;
c) A ∪ B ⊂ A ∪ B ;
Resumo
Neste capítulo você se familiarizou com as noções topológicas básicas
em um espaço métrico, tais como: bolas abertas, conjuntos abertos,
conjuntos fechados, pontos de acumulação, etc. Muitos exemplos fo-
ram desenvolvidos no espaço n , em especial em e 2 , de modo
a desenvolver a sua intuição geométrica. Foram apresentados exer-
cícios resolvidos e propostos, fundamentais para o seu aprendizado.
88
Capítulo 3
Convergência
91
3 Convergência
x1M 1 + x2 M 2
c= .
M1 + M 2
M1 M2
x1 c x1
Figura 3.2
Para modelar nosso problema, vamos imaginar uma reta real se ex-
tendendo para a direita com origem exatamente no beirado da mesa
(Figura 3.3).
Mesa 0 1 2 3
Figura 3.3
Podemos assumir que nossa pilha de livros não cairá desde que o
centro de gravidade da pilha com n -livros, cn , seja menor ou igual
a zero. Em particular, o mais à direita possível que o centro pode
estar é na origem. Vamos, então, empilhar nossos livros da seguinte
maneira:
1
Mesa 0 1 2 3
Figura 3.4
1
2
Mesa 0 1 2 3
Figura 3.5
x2 M 2 + c1M 1 (−1) ⋅1 + 0 ⋅1 1
c= = =− .
M 2 + M1 1+1 2
Agora, deslocamos esta pilha para a direita até que o seu centro de
1
gravidade esteja no 0 , ou seja, podemos deslocar a pilha por e tere-
2
1
mos alcançado a distância D2 = 1 + do beirado da mesa (Figura 3.6):
2
1
2
Mesa 0 1 2 3
Figura 3.6
Figura 3.7
Uma sequência de números reais nada mais é do que uma lista infinita
de números reais, arranjados em uma certa ordem. Mais precisamente,
temos uma sequência (infinita) se para cada número natural n associa-
mos um número real xn , conforme definição que segue.
f : →
n → xn .
95
Exemplo 3.4. f : → 2
1 1
n → , .
n 2n
1 1 1 1 1
1, , , , , , .
2 2 4 3 6
Exemplo 3.5. f : → 3
1 1 1
n → , , .
n n n
1 1 1 1 1 1
(1,1,1) , 2 , 2 , 2 , 3 , 3 , 3 , .
1
lim xn = lim =0.
n→∞ n→∞ n
x
0 1 1 1 1 1
n 4 3 2
Figura 3.9
97
1
Formalmente, verifica-se a definição: ∀ > 0 , se n0 ∈ e n0 ≥ ,
então
xn ,n > n0
( )
−ε 0 ε x
Figura 3.10
n > n0 .
x1
x2
xn ,n > n0
r
a
Figura 3.11
Temos que xn → p .
3n
Exemplo 3.7. Seja M = , com a métrica usual. A sequência
3n + 1
converge para o número real 1. Vejamos por quê: dê > 0 .
3n
Devemos encontrar n0 ∈ tal que n > n0 ⇒ −1 < .
3n + 1
Agora, note que as seguintes desigualdades são equivalentes:
3n
−1 < ,
3n + 1
3n − 3n − 1
< ,
3n + 1
1
< ,
3n + 1
1
3n + 1 > ,
11
n > − 1 .
3
99
Temos: d ( zn , a ) = ( xn − 1) 2 + ( yn − 0) 2
2 2
1 1
= 1 + − 1 + −
n n
2 2
1 1 1
= + = 2⋅
n n n
1 (−1) n
Logo, 1 + , → (1,0) .
n n
1 1
Exemplo 3.10. Em 2 , a sequência ( zn ) = , → (0,0) .
n n
Exercício Proposto
1) Usando a definição, comprove o resultado do exemplo 3.10.
Prova:
⇒) Hipótese: ( xn , yn ) → (a, b) .
Tese: xn → a e yn → b .
Logo, xn → a e yn → b .
⇐) Hipótese: xn → a e yn → b .
Tese: ( xn , yn ) → (a, b) .
Seja > 0 .
Como xn → a , ∃n1 ∈ tal que | xn − a |< , ∀n > n1 .
2
Como yn → b , ∃n2 ∈ tal que | yn − b |< , ∀n > n2 .
2
Seja n0 = max{n1 , n2 } .
Logo, ( xn , yn ) → (a, b) .
■
1 n − 1 (−1) n 1
Exemplo 3.11. Em 4 , a sequência ( zn ) = , , , con-
n n n 2n
verge para (0,1,0,0) .
1
Exemplo 3.12. De fato, em , com a métrica usual, → 0 .
n
1
Se tomarmos a métrica 0 − 1 , a sequência não converge para
n
1
zero, pois d ,0 = 1 , para todo n .
n
1 1
Com esta métrica, a sequência diverge, pois, ∀a ∈ , d , a = 1,
n n
exceto, possivelmente, para um determinado valor de n .
nt
Neste espaço, considere a sequência ( f n ) , onde f n (t ) = para
n+t
todo t ∈ [0,1] .
nt
lim =t.
n→∞ n + t
Denote f (t ) = t .
De fato, d ( f n , f ) = max{| f n (t ) − f (t ) |}
0≤t ≤1
nt
= max −t
0≤t ≤1
n+t
−t 2
= max
0≤t ≤1
n + t
t2
= max
0≤t ≤1
n + t
t2 1
≤ max = → 0.
0≤t ≤1
n n
Nota: Observe que na seção 2.4 definimos uma métrica num espaço
de funções usando o supremo. Neste exemplo usamos o máximo
porque estamos trabalhando num espaço de funções contínuas defi-
nidas num intervalo fechado e limitado. Em um intervalo desse tipo
toda função contínua assume valor máximo.
Exercício Proposto
2) Use um software gráfico e construa o gráfico das funções: f (t ) ,
f n (t ) , n = 1, 2,,5 .
Prova:
Seja n0 = max{n1 , n2 } .
Tome um n > n0 . Então, d ( xn , a ) < e d ( xn , b) < e, dessa forma,
2 2
d (a, b) < d (a, xn ) + d ( xn , b) < + = .
2 2
Assim, 0 ≤ d (a, b) < , ∀ > 0 .
Exercício Proposto
3) Verifique quais das sequências abaixo convergem. Para as se-
quências convergentes dê o limite:
3.4 Subsequências
Introduziremos agora a noção de subsequências. Se você achá-la
difícil, não desanime! Veja o que escreveu Mittag-Leffler, ainda em
1875:
(−1) n 1 1 1
Em , considere a sequência = −1, , − , , .
n 2 3 4
1 1
−1, − , − , e
3 5
1 1 1
, , , .
2 4 6
f : → M
f (n) = xn
1 → xn1
2 → xn2
k → xnk
Prova:
Logo, xnk → a .
■
Prova:
Então para todo r > 0 , ∃k0 ∈ tal que d ( xnk , a ) < r para todo
k > k0 . Logo, para k > k0 , xnk ∈ B(a, r ) , ou seja, B (a, r ) contém
uma infinidade de termos de ( xn ) .
1 1 1
Observe as sequências de números reais = 1, , , e
(2n) = (2, 4,6,8,) . n 2 3
Exercício Proposto
4) Dê exemplos:
Prova:
n > n0 ⇒ xn ∈ B(a,1) .
Exercício Proposto
5) Dê um exemplo para mostrar que não vale a recíproca da pro-
posição 3.5.
108
Prova:
infinidade de termos de xn
[ ]
a t∈A b
Figura 3.12
Temos:
i) a ∈ A , pois a ≤ xn , ∀n ;
ii) ∀t ∈ A , t ≤ b .
Seja C = sup A .
t∈A
C–ε C
Figura 3.13
C − < xn < C + .
vergente.
Prova:
1
d (a, xn ) < .
n
1
Como → 0 segue que xn → a .
n
■
Exercício Resolvido
1) Em , verifique que 0 é ponto de acumulação do conjunto
1 1 1
X = 1, , , , .
2 4 8
Resolução:
Exercício Proposto
6) Decida se os pontos dados são pontos de acumulação dos se-
guintes conjuntos:
a) a = 1 , X = (0,1) ∩ em .
b) a = (0,1) ,
1 1 1 2 1 3 1 4
X = (0,1), (1, 0), , , , , , , , , em 2 .
2 2 3 3 4 4 5 5
c) a = 2 , X = em .
7 56
d) a = e a = , X = {0, a1a2 a2 … / ai = 5, 6 ou 7} em .
9 99
111
Prova:
Exercício Resolvido
2) Verificar se é denso em .
Resolução:
a = b0 , b1b2b3 .
112
Tomamos a sequência:
x1 = b0
x2 = b0 , b1
x3 = b0 , b1b2
xn = b0 , b1b2 bn −1 .
A sequência xn → a , pois
1
| xn − a |=| b0 , b1b2 bn−1 − b0 , b1b2 bn−1bn |=| 0,0 0bnbn+1 |< →0
10n−1
Prova:
Nota: A proposição 3.8 é muito útil para verificar que alguns con-
juntos não são fechados.
Exercício Proposto
7) Verifique que não são fechados os conjuntos:
2 4 6 8
a) X = , , , , em ;
3 5 7 9
113
1 1 1 1 1
b) X = 1, − , , − , , − , em ;
2 3 4 5 5
c) X = em ;
d) X = {( x, y ) / x 2 − y 2 < 1} em 2 .
lim xn = lim yn = a
n →∞ n.→∞
Prova:
Fr( X ) = X ∩ C ( X ).
B(a, 1 ) ⊂ A , ∀n > n1 .
B (a, ) ∩ C ( X ) ≠ ∅ .
Logo, a ∈ Fr( x) .
Exercício Resolvido
3) Verifique que o ponto (0, 0) é um ponto de fronteira do conjun-
to X = {( x, y ) ∈ 2 / x < y} em 2 .
Resolução:
Figura 3.14
−1 −1 −1
A sequência , 0 = (−1, 0), , 0 , , 0 , está em X
n 2 3
e converge para (0, 0) .
1 1 1
A sequência , 0 = (1, 0), , 0 , , 0 , está em C ( X ) e
n 2 3
também converge para (0, 0) .
Exercício Proposto
8) Determine a fronteira do conjunto X do exercício resolvido
anterior. Escolha dois pontos distintos de (0, 0) e mostre que
eles pertencem a fronteira de X usando a proposição 3.9.
Prova:
Tese: A é aberto.
Logo, A é aberto.
■
[ ] [ ]
0 1 2 1
3 3
[ ] [ ] [ ] [ ]
0 1 2 1 2 7 8 1
9 9 3 3 9 9
[] [] [] [] [] [] [] []
Figura 3.15
1) K é fechado
C
∞
∞ ∞
K = [0,1] − I n = [0,1] ∩ I n = [0,1] ∩ ( I n )c .
n =1 n =1 n =1
2) Int( K ) = ∅
Para ver que x não é ponto interior, devemos observar que de-
pois da n -ésima etapa de construção de K restam apenas in-
1 1
tervalos de comprimento n . Como n → 0, vemos que ∀ > 0 ,
3 3
( x − , x + ) ⊄ K .
3) K não é enumerável.
1 2 1 2 7 8
, , , , , , .
3 3 9 9 9 9
[ ]( (
a an c b
Figura 3.16
118
(c, c + ) , caso contrário, este intervalo estaria todo contido num dos
intervalos removidos e (como c ∈ K ) c só poderia ser extremo de
um dos intervalos retirados.
Prova:
a +b a +b
a, 2 e 2 , b .
119
a1 + b1 a1 + b1
a1 , 2 e 2 , b1 .
I1 ⊃ I 2 ⊃ I 3 ⊃ ,
De fato, vejamos:
1
Exemplo 3.19. A sequência é de Cauchy em .
n
1
De fato, como → 0 , ∀ > 0 , ∃n0 ∈ tal que
n
1
− 0 < , ∀n > n0 .
n 2
Assim, ∀n, m > 0
1 1 1 1
− ≤ + < + = .
m n m n 2 2
Exercício Proposto
9) Considere um espaço métrico ( M , d ) com a métrica 0 − 1 . Ca-
racterize as sequências de Cauchy em M .
1
No exemplo anterior vimos que a sequência é de Cauchy em .
n
Esta sequência é convergente. Você pode se perguntar: toda sequên-
cia convergente é de Cauchy?
Prova:
1
Neste espaço a sequência é de Cauchy, mas não converge.
n
Exemplo 3.21. Seja M = com a métrica usual.
Prova:
Seja > 0 . Como xnk → a, ∃k0 ∈ tal que d ( xnk , a ) < , ∀k > k0 .
2
Como ( xn ) é de Cauchy, ∃n0 ∈ tal que
d ( xn , xm ) < , ∀m, n > n0 .
2
122
Temos
d ( xn , a ) ≤ d ( xn , xnk ) + d ( xnk , a ) < + = , ∀n > n1 .
2 2
Logo, ( xn ) → a .
■
Prova:
Exercício Proposto
10) Verifique se a sequência ( xn ) é sequência de Cauchy:
(−1) n
xn = em .
n
Dica: Reveja o exemplo 3.20.
Prova:
Exercícios Resolvidos
4) Seja M o intervalo aberto (0, 2) com a métrica usual induzida
de . Verifique que M não é completo.
Resolução:
Para mostrar que M não é completo, você deve exibir uma sequên-
cia de Cauchy em M que não converge em M . Tome, por exemplo,
Resolução:
( xn ) = ( x1 , x2 , , xk , p, p, p,)
Logo, M é completo.
Resolução:
Exercício Proposto
11) Dê outros exemplos de subespaços de que sejam:
i) completos;
Prova:
Tese: F é completo.
Tese: F é fechado.
1 1 1 1 1 1
0,1, , , , , é o “completado” de 1, , , , , como su-
2 3 n 2 3 n
bespaço de .
Exercício Resolvido
7) Verifique que 2 com a métrica usual é um espaço métrico
completo.
Resolução:
d ( x, y ) =|| x − y || .
|| x ||= x, x
e
d ( x, y ) =|| x − y || .
127
Exercícios Complementares
Nos exercícios de 1 a 10, considere com a métrica usual. Se a afir-
mação dada é verdadeira, prove-a; se for falsa, dê um contraexemplo:
3) Se xn → 0 e ( yn ) é limitada, então zn = xn ⋅ yn → 0 .
1 n2 + 1
a) ( zn ) tal que zn = 1 − n−1 , ;
2 2n 2
128
n −1 (n − 1) 2
b) ( zn ) tal que zn = , 2− .
n n2
a) o intervalo [2,5) ;
1
b) ∪ , n ∈ ;
n
c) [0,1] ∩ .
a) X = [0,1] × [0,1) ;
b) Y = {( x, y ) ∈ 2 / x > 0 e y > 0} ;
c) Z = {( x, y ) ∈ 2 / 0 < x 2 + y 2 < 1} ;
d) W = {( x, y ) ∈ 2 /1 < ( x − 1) 2 + ( y − 2) 2 < 2} .
Resumo
Neste capítulo você estudou a noção de convergência. Para facilitar
seu aprendizado foi revista a definição de convergência para sequ-
ências de números reais. A seguir, a noção de convergência foi es-
tendida para sequências em um espaço métrico qualquer.
4 Continuidade
4.1 Introdução
Por que funções contínuas merecem nossa atenção?
R$ R$
10 10
1 1
Figura 4.1
y
f (x)=2x
Figura 4.2
e
Note que dado e > 0 , podemos tomar = para satisfazer a de-
2
finição de continuidade.
1 se x > 0
Exemplo 4.2. Seja f : → , f ( x) = .
−1 se x ≤ 0
136
Figura 4.3
f
(x,x)
0 x
Figura 4.4
d ( f ( x), f (a )) = d (( x, x),(a, a )) = ( x − a) 2 + ( x − a) 2 = 2 | x − a | .
e
Logo, tomando = temos que se | x − a |= d ( x, a ) < então
2
e
d ( f ( x), f (a)) = 2 | x − a |< 2 = 2 = e.
2
é contínua.
137
Definiremos agora,
f : l ∞ () →
a a (1) .
Note que se d (a, x) < então sup{| a (n) − x(n) |} < e, portanto,
n∈
Logo, f é contínua.
d ( f ( x), f ( y )) ≤ kd ( x, y ), ∀x, y ∈ M .
Tente mostrar, sem ler a resolução abaixo antes, que toda função de
Lipschitz é contínua.
138
Exercício Resolvido
1) Toda função de Lipschitz é contínua.
Resolução:
e
Dado e > 0 , seja = .
k
Logo, se d ( x, y ) < então
d ( f ( x), f ( y )) ≤ kd ( x, y ) < k = e .
Exercícios Propostos
1
1) Mostre que f :[2, 4] → , dada por f ( x) = , é de Lipschitz e,
x
portanto, contínua.
d ( x, p ) ≤ d ( x, y ) + d ( y , p )
d ( y , p ) ≤ d ( y , x ) + d ( x, p ) .
− d ( y , x ) ≤ d ( y , p ) − d ( x, p ) ≤ d ( y , x )
| d ( y, p ) − d ( x, p ) |≤ d ( y, x) .
Você deve estar achando que nem sempre é fácil mostrar que uma
função é contínua. Realmente, usando apenas a definição, em mui-
tos casos, é difícil, senão impossível, decidir pela continuidade ou
não de uma função. Portanto, precisamos de outras caracterizações
de continuidade de uma função, e este será o foco dos teoremas que
seguem.
Prova:
1 1 1
Tomando = 1, , , , e assim sucessivamente, temos que
2 3 4
1
∀n ∈ , ∃xn ∈ M tal que d ( xn , a ) < e d ( f ( xn ), f (a )) ≥ e .
n
Mas então xn → a e lim f ( xn ) ≠ f (a ) o que contradiz nossa hi-
n→∞
pótese.
Logo, f é contínua em a .
■
i) | f | é contínua em M .
ii) f ± g é contínua em M .
iii) cf é contínua em M , ∀c ∈ .
iv) f ⋅ g é contínua em M .
f
v) é contínua em M se g ( x) ≠ 0, ∀x ∈ M .
g
Faremos a prova do item (iv). Os outros ficam como exercício.
Prova:
(( f ⋅ g )( xn )) = ( f ( xn ) ⋅ g ( xn )) → f (a ) ⋅ g (a ) = ( f ⋅ g )(a ) .
Exercício Proposto
3) Mostre os itens (i) e (ii) da proposição anterior usando a defini-
ção.
1 se x ∈
Exemplo 4.6. Seja f : → dada por f ( x) = .
−1 se x ∉
Temos que f não é contínua em nenhum ponto.
2
De fato, se a ∈ então podemos tomar a sequência ( xn ) = a +
n
que converge para a , mas é tal que f ( xn ) → −1 ≠ f (a ) = 1 , pois
xn ∈ \ .
Exercício Resolvido
2) Verifique se a seguinte função é contínua ou não:
x + 1, para x > 0
g : − {0} → dada por g( x) = .
x, para x < 0
Resolução:
g ( xn ) = xn + 1
a + 1 = g (a) + 1 .
142
Exercício Proposto
1
cos , se x ≠ 0
4) Decida se f : → , dada por f ( x) = x , é contí-
1, se x = 0
nua. Justifique sua resposta.
i) f é contínua.
f −1 ( F ) ⊆ f −1 ( F ) .
Seja a ∈ M e e > 0 .
M N
f
f –1(B(f(a),ε))
ε
x δ
a f(a)
Figura 4.5
x ∈ f −1 ( B( f (a ), e)) .
144
Prova:
f : → g : →
1 − x se x ≥ 0 e 1 se x ∈ ,
x x
0 se x < 0 −1 se x ∉
g
1
1
f
–1
Figura 4.6
Prova:
Prova:
f g
δ1 ε
aδ b=f(a ) g( f(a ))=g( b)
Figura 4.7
■
Exercício Resolvido
3) Prove, via sequências, a proposição 4.3.
Resolução:
Exercícios Propostos
5) Seja f : A → n contínua em x0 ∈ A, A ⊂ ( M , D) , A aberto. Su-
por f ( xo ) ≠ 0 ∈ n . Provar que f ( x) ≠ 0 em alguma vizinhan-
ça do ponto x0 .
6) Analisar a continuidade de
senx
f ( x) = , x ≠ 0 e f (0) = 1, x ∈ .
x
Uma subcobertura de C é uma subfamília C ' = {C }∈L ' onde L ' ⊂ L
e X ⊂ C .
∈L '
X = [0,1] ,
1 1
C1 = − , ,
2 2
1 3
C2 = , ,
4 2
1 5
C3 = , .
8 4
C2
1 0 1 1 1 1 5 3
2 8 4 2 4 2
C3
C1
Figura 4.8
Note que:
1 1 1
Exemplo 4.11. Seja X = 1, , ,, , ⊂ .
2 3 n
149
I1 I1 I1 I1 I1
n 4 3 2
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
0 1 1 1 1 1
n 4 3 2
Figura 4.9
Você deve estar achando que não é muito fácil decidir quando um
conjunto é compacto ou não. Para isto, veremos duas novas caracte-
rizações de conjuntos compactos.
Prova:
■
150
Prova:
■
151
1 C C
Mas então B x, ⊂ K e portanto K é aberto e K é fechado
n
j
como desejado.
Prova:
yn = f ( xn ) .
Exercício Resolvido
4) Seja K ⊆ 2 compacto. Prove que
A = {x ∈ : ∃y ∈ R tal que ( x, y ) ∈ k} é compacto.
Resolução:
Exercícios Propostos
8) Encontre uma função f : R → R contínua e um compacto
K ⊆ tal que f −1 ( K ) não é compacto.
Prova:
e f ( x2 ) = max{ f ( x)} .
x∈M
y
f
δ x
Figura 4.10
1
Exemplo 4.17. A função f :[0, ∞) → [0, ∞) dada por f ( x) = não é
x
uniformemente contínua em [0, ∞) . De fato, o da continuidade,
em x0 > 0 , depende de e e também diretamente de x0 , de modo que
( x0 ) → 0 se x0 → 0+ .
ε
f
δ δ δ
Figura 4.11
d ( f ( x), f ( y )) ≤ kd ( x, y ) ∀x, y ∈ M .
155
e
Tomando = , temos que: se d ( x, y ) < então
k
e
d ( f ( x), f ( y )) ≤ kd ( x, y ) < k ⋅ = e .
k
Portanto f é uniformemente contínua.
Exercícios Propostos
9) Decida se a função f :[0, +∞) → [0, +∞) definida por f ( x) = x 2 é
uniformemente contínua.
Prova:
Agora, note que a coleção de bolas abertas de centro a e raio a ;
2
a
B a, , cobre M .
2 a∈M
Como M é compacto, existe uma subcobertura finita, digamos,
B a1 , 1 , B a2 , 2 , , B an , n .
2 2 2
156
Seja = min 1 , 2 , , n . Mostraremos agora que se x, y ∈ M
2 2 2
são tais que d ( x, y ) < então d ( f ( x), f ( y )) < e .
Como x ∈ M , x ∈ B ai , i , isto é, d ( x, ai ) < i , para algum i en-
tre 1, 2,, n . 2 2
i i i
Mas então, d ( y, ai ) ≤ d ( y, x) + d ( x, ai ) < +
≤ + = i e,
2 2 2
usando a desigualdade triangular mais uma vez, temos, da conti-
nuidade em ai , que
e e
d ( f ( x), f ( y )) ≤ d ( f ( x), f ( ai )) + d ( f ( ai ), f ( y )) ≤ + = e.
2 2
■
y
ε
δ δ x
Figura 4.12
157
Exercícios Propostos
11) Dê um exemplo de espaços métricos M e N e uma função
contínua f : M → N tal que N é compacto, mas M não é com-
pacto.
Prova:
Seja S = C ∩ [ x, z ] .
S
t
[ ( ) ) R
x p–ε p p+ε z
C
Figura 4.13
■
Prova:
⇒) Primeiro vamos assumir que M é conexo.
Tese: M é conexo.
U = {x ∈ / x < 2}
.
V = {x ∈ / x > 2}
Prova:
f (M ) = U ∪ V ,
U ∩V = ∅ ,
U ≠∅ e V ≠∅,
U , V são abertos.
Logo, f ( M ) é conexo.
Figura 4.14
S
t
[ ( ) ) R
x p–ε p p+ ε z
C
Figura 4.15
Prova:
■
162
Exercício Proposto
15) Mostre que S ∪ {(0, q ) : q ∈ ; −1 ≤ q ≤ 1} , onde
1
S = x,sen : 0 < x < 1 é conexo.
x
Prova Parcial:
Uma vez provado que (−1,1) é conexo, segue que (0,1) é cone-
xo, pois é a imagem pela função contínua
x +1
f : (−1,1) → (0,1) definida por f ( x) =
2
do intervalo conexo (−1,1) (verifique!).
(verifique!).
■
Exercício Proposto
16) Mostre que os intervalos abertos (a, +∞) e (−∞, b) são conexos.
163
Prova:
Exercício Proposto
17) Mostre que a recíproca da proposição anterior é válida, isto é,
mostre que se C é um conjunto conexo de , então C é um
intervalo.
Prova:
g (− p) = f (− p) − f ( p) = − g ( p ) .
–p
Figura 4.16
Exercícios Complementares
1) Analise a continuidade das funções:
a) f : →
0, x ≤ 0
f ( x) = ;
1, x > 0
b) g : − {0} →
0, x < 0
g ( x) = ;
1, x > 0
c) h : X →
2, x < 1 1 1
h( x ) = X = 1,1 − ,1 − , .
1, x = 1 2 3
a) em ;
b) em ;
c) B = {2} ∪ [3, 4] em ;
1 2 3
d) 1, , , , em ;
2 3 4
e) [1, 2] ∩ em ;
f) A = {x ∈ / 0 ≤ x ≤ 1 e x ∉ } ;
g) D = {( x, y ) ∈ 2 / 0 ≤ x ≤ 1} ;
h) S = {( x, y ) ∈ 2 / xy = 1} ∩ {( x, y ) ∈ 2 / x 2 + y 2 < 5} .
a) M não é conexo;
Resumo
Neste capítulo você aprofundou seu conhecimento sobre uma classe
muito importante de funções: as funções contínuas.
Você também se deparou com algumas noções novas, tais como, con-
juntos compactos, conjuntos conexos e continuidade uniforme.
Capítulo 1
Exercícios Propostos
1) Como X e Y são enumeráveis, existem f : X → e g : Y → bi-
jeções.
Definimos
h: X ×Y → ×
h( x, y ) = ( f ( x), g ( y ))
= A1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ A4
= 1, 2,
3, 4,
5, 6,
7, 8,
9, 10,
11, 12,
A1 = {1, 5, 9, }
A2 = {2, 6, 10, }
A3 = {3, 7, 11, }
A4 = {4, 8, 12, }
Podemos escrever:
A1 = {4n − 3, n ∈ }
A2 = {4n − 2, n ∈ }
A3 = {4n − 1, n ∈ }
A4 = {4n, n ∈ }
172
a) f : → P
2n − 2, se n é par
f ( n) =
−2n, se n é impar
b) f : → I
f ( n) = 1 − 2n
c) f : → Q p
n
2 p , se n é par
f ( n) =
1 − n , se n é ímpar
2 p
5)
a) Sim. Sejam
X = {x1 , x2 , x3 ,..., xn }
Y = { y1 , y2 , y3 ,..., yn ,...}
f ( xi ) = yi .
173
Suponha primeiro que S.1 e S.2 são válidas. Então é claro que
S.1’ é verdadeira. Agora, dado ε > 0 , se não existe x em X tal que
b − ε < x ≤ b , então, como S.1’ é válida, x ≤ b − ε para todo x em
X. Portanto b − ε é uma cota superior e S.2 implica que b ≤ b − ε ,
uma contradição.
Por outro lado, suponha que b seja tal que S.1’ e S.2’ são váli-
das e seja c tal que x ≤ c para todo x em X. Se b > c então, para
b−c
ε= , por S.2’, temos que existe x em X tal que b − ε < x ≤ b .
2
b+c
Mas isto implica que x > > c , uma contradição. Logo b ≤ c
2
como desejado e S.2 é válida.
Exercícios complementares
1) Primeiro suponha que X é infinito. Então podemos listar
infinitos elementos distintos x1 , x2 , x3 ,... em e
c
X = {x1 , x2 , x3 , ...} ∪ {x1 , x2 ,...} . Seja Z = {x2 , x3 , ...} ∪ {x1 , x2 ,...} . En-
c
f : × → S
Ou seja,
w1 = x1 , w2 = y1 , w3 = x2 , w4 = y 2 , w5 = x3 , w6 = y3 ,
b) sup X = 2 , inf X = 0
6)
a) São exemplos de cotas superiores: 2, 50, 1500.
8)
a) X = {x ∈ / x > 0 e x 2 < 5}
b) X = {x ∈ / x > 0 e x 2 > 5}
9)
a) Verdadeira. O supremo de X é o elemento máximo de X e o
ínfimo é o elemento mínimo de X.
a) Considere
I n = [n, ∞) .
No entanto, ∞
I
n =1
n =φ
176
b) Considere
1
I n = 0,
n
Os intervalos I n são limitados e encaixados. No entanto,
∞
I
n =1
n =φ .
Capítulo 2
Exercícios Propostos
2)
a) d ( f , g ) = sup | f ( x) − g ( x) |= sup | x − 1|= 1 .
x∈[ 0, 1] x∈[ 0, 1]
b) d ( f , g ) = sup | f ( x) − g ( x) |= sup | x 2 − x | .
x∈[ 0, 1] x∈[ 0, 1]
a) A = {0}, B = {3};
b) A = {(0, 2)};
B = {( x, y ) : x > y 2 + 2} .
177
4)
x2 x1=x2
1 x1
b) Int ( A) = A .
x2
x2= x12
x1
c) Int ( A) = A .
x2 x2= e x 1
x1
178
d) Int ( A) = A .
x2
x 2=lnx 1
x1
e) Int ( A) = ∅ .
Int( A ∪ B) = .
7)
a) A1 ∩ A2 é aberto (Propriedade Ab2).
= d ( y, B[ x, r ]) .
Mas, então,
B y, ⊂ C ( B[ x, r ]) .
2
F = F ∪ F
i =1
i
i =1
i n +1 , e como F
i =1
i é fechado pela hipótese de indu-
n +1
ção, segue que F é fechado por Fe 2.
i =1
i
10)Em n , todo conjunto finito é fechado, pois pode ser escrito como
uma união finita de conjuntos unitários (que são fechados). O resul-
tado segue válido para qualquer espaço métrico.
1 ∞
11)Em , sejam Fn = ,1 , n = 1, 2,3,... . Então,
n
Fn = (0,1] , que não
é fechado em . n =1
12) S ' = {( x, y ) ∈ 2 / y ≤ x 2 − 1} .
13)
a) Não é fechado, pois 0 ∈ A ' e 0 ∉ A .
b) É fechado.
c) É fechado.
f) É fechado;
g) É fechado.
14)
a) A = {0} ∪ A .
b) B = [0, ∞) .
180
15) Afirmação: A ∩ B ⊂ A ∩ B .
Prova: Seja x ∈ A ∩ B .
Então, A ∩ B = ∅ e A ∩ B = {1} .
17)
a) Falso. Por exemplo, se A = (0,1) e B = (−1,1) em , então
Fr ( A) = {0, 1} e Fr ( B) = {−1, 1} .
b) Fr ( Int ( A)) = {( x, y ) ∈ 2 / x 2 + y 2 = 1} .
1 x
c) Fr ( A) = [0, 1] .
d) Fr ( B) = {0, 1} .
e) Fr (C ) = {( x, y ) ∈ 2 / y = x 2 − 4 x + 3} .
181
19)
a) A = (0, ∞) e B = (−∞,0) .
b) A = (−1, 1) em . Fr ( A) = {−1,1} .
Exercícios Complementares
1) Neste exercício temos que verificar se as condições M 1 a M 3 da
definição de métrica são satisfeitas.
2)
a) É métrica. b) Não é métrica.
d ( x, y ) = 0 ⇒| f ( x) − f ( y ) |= 0 ⇒ f ( x) = f ( y ) ,
d ( x, y ) =| f ( x) − f ( y ) |=| f ( x) − f ( z ) + f ( z ) − f ( y ) |≤
≤| f ( x) − f ( z ) | + | f ( z ) − f ( y ) |
=d ( x, z ) + d ( z , y ).
4) d ( f , g ) = sup | x 2 − x − 1| .
x∈[1, 3]
5)
a) Seja p ∈ . Se p ∈ , ok.
a
a, a1
a, a1 a2
a, a1 a2 ...an
Logo, inf{d ( p, x) / x ∈ } = 0 .
1 1
Logo, d (a,{m, m + 1}) ≤ e, portanto, d (a, ) ≤ .
2 2
1 ∞
1
8) Como p ∈ B p, ∀n ∈ , p ∈ B p, .
n n =1 n
∞
1 1
Se x ∈ B p, , então d ( x, p ) < ∀n ∈ .
n =1 n n
Logo, d ( x, p ) = 0 e, portanto, x = p .
183
9)
a) y b) y
x x
c) y d) y
x x
10)
a) int () = ∅ .
b) int () = ∅ .
c) .
e) .
f) (1, 2) .
g) (1, 2) .
11)
a) Fechado.
b) Aberto.
d) Fechado.
e) Aberto.
f) Aberto.
g) Aberto.
184
12) ′ = ∅; =
1 1 1 1 1 1 1
1, , ,... = {0}; 1, , ,... = 0,1, , , ,... .
2 3 2 3 2 3 4
∞
15) Sejam Fn = [n, ∞), n = 1, 2, 3,... . Então, A
n =1
n =∅.
1 ∞
Sejam An = 0, , n = 1, 2, 3,... . Então,
n
A
n =1
n =∅.
16)
a) X = (0, 1) em .
b) X = Q em .
1 1
c) X = 0,1, , ,... em .
2 3
d) X = .
19)
a) Fr ( A1 ) = {a1}, Fr ( A2 ) = {0, 1, 3}, Fr ( A3 ) = .
b) Fr ( B1 ) = B1 , Fr ( B2 ) =
= {( x, y : x = 0, y > 0)} ∪ {( x, y ) : y = 0, x > 0} ∪ {0,0}.
185
20)
a) A′ = ∅ .
b) B′ = 2 .
1 1
d) D ' = 0, , n ∈ ∪ ,0 , m ∈ ∪ {(0,0)} .
n m
e) E ' = {( x, y ) ∈ 2 / x ∈ e y = 0} .
21)
a) Note que se x ∈ int( A) , então existe uma bola aberta B ( x, r )
completamente contida em A , e que, portanto, não contém
pontos do complementar de A . Logo, x ∉ Fr ( A) .
22)
a) Falso. Por exemplo, seja A = em com métrica usual. En-
tão, A = e int() = , mas int () = ∅ .
23)
a) Segue diretamente da definição de fronteira de um conjunto.
Capítulo 3
Exercícios Propostos
1
1) Dado > 0, ∃N 0 > 0 tal que < .
N0 2
2 2
1 1 2
d ( zn ,(0, 0)) = + = < .
n n n
187
3)
b) Diverge.
c) Converge para p .
4)
a) ( xn ) = ((0, n)) .
6)
n
a) a = 1 é ponto de acumulação de X. Note que a = lim .
n→+∞ n + 1
7
d) Para a = .
9
Note que a = 0,777...
Seja x1 = 0,7666...
x2 = 0,7766...
x3 = 0,7776...
xn = 0,777...7666...
56
Para a = .
99
Note que a = 0,56565656...
.
Tome
x1 = 0,567777...
x2 = 0,56567777...
x3 = 0,565656777...
7)
c) Não é fechado.
d) Não é fechado.
8)
2
Fr ( X ) = {( x, y ) ∈ / x = y} .
n n
(1, 1) ∈ Fr ( X ) , pois (1, 1) = lim ,1 = lim 1, .
n→∞ n + 1
n→+∞
n +1
y
x=y
1 x
10)
a) [0, 1],[2, 3] .
Exercícios Complementares
1) Falso. Por exemplo, ((−1) n ) .
( yn ) ∃M >0
3) Verdadeiro. Como é limitada, tal que
a
6) Verdadeiro. Para = , existe N 0 > 0 , tal que
2
a
∀n > N 0, | xn − a |< =
2
a a
⇒− < xn − a < ⇒
2 2
a
⇒ 0 < < xn ∀n ≥ N 0 .
2
1 1
7) Falso. Por exemplo, seja ( xn ) = − e ( yn ) = + . Então
lim xn = 0 = lim yn . n n
190
(por exemplo).
10) Verdadeiro. Vamos supor que ( xn ) seja uma sequência não de-
crescente e ( xnk ) é uma subsequência que converge para a .
Mostraremos que ( xn ) converge para a .
Dado > 0, ∃N 0 > 0 tal que ∀nk > N 0 , | xnk − a |< . Seja nk1 tal
que nk1 > N 0 . Então se m > nk1 , temos que existe nkm tal que
xnk ≤ xm ≤ xnk
1 m
⇒| xm − a |<
11)
1
a) n → 1, .
2
b) n → (1, 1) .
12)
a) ( xn ) é divergente.
b) a = b .
c) Analise ( xn ) = ((−1) n ) .
n
n + 1 , se n é par
13) Em , seja xn = .
1 , se n é ímpar
n
Capítulo 4
Exercícios Propostos
1) Note que
1 1 y−x 1 1 1
d ( f ( x), f ( y )) = − = =| x − y | × ≤ | x − y |= d ( x, y ) .
x y xy | xy | 4 4
1
Logo, f é de Lipschitz com constante .
4
2) d ( f ( x), f ( y )) =|| x | − | y ||≤| x − y |= d ( x, y ) .
3) Sejam f : M → e g : M → contínuas em a .
|| f ( x) | − | f (a ) ||≤| f ( x) − f (a ) |< .
192
| ( f + g )( x) − ( f + g )(a ) |=| f ( x) − f (a ) + g ( x) − g (a ) |
≤| f ( x) − f (a ) | + | g ( x) − g (a ) |
≤ + = .
2 2
1
5) Note que não existe lim cos . Logo, f não é contínua (em 0).
x →o x
6) Seja d 0 a distância entre f ( x0 ) e 0 em n . Considere a bola aber-
d d
ta B f ( x0 ), 0 . Então f −1 B f ( x0 ), 0 é uma vizinhança de
2 2
x0 , onde f não se anula.
senx
7) f é contínua em 0 , pois lim = 1 = f (0) .
x →0 x
1
8) Não. Por exemplo, seja f : (0, 1) → definida por f ( x) = .
x
9) Não é uniformemente contínua.
193
d ( f ( x), f ( y )) =| x 2 − y 2 |=| ( x − y )( x + y ) |
= | x + y || x − y |≤
≤ max{| 2a |,| 2b |} d ( x, y ).
Então
f :M → N
xx
é contínua, M não é compacto e N é compacto.
Então, dado > 0, ∃1 tal que, se d ( x, y ) < 1, então | f ( x) − f ( y ) |<
2
∃2 tal que d ( x, y ) < 2 , então | g ( x) − g ( y ) |< .
2
Tome = min{1 , 2 } .
d (( f + g )( x),( f + g )( y )) =| ( f + g )( x) − ( f + g ) ( y ) |=
= | f ( x) − f ( y ) + g ( x) − g ( y ) |≤| f ( x) − f ( y ) | + | g ( x) − g ( y ) |<
< + = .
2 2
16) (a, +∞) é conexo, pois é a imagem de (0, 1) pela função contínua
1
f : (0, 1) → (a, +∞) , dada por f ( x) = a − 1 + .
x
Exercícios Complementares
1)
a) É contínua em − {0} .
b) É contínua em − {0} .
c) É contínua em X − {1} .
6) Dado > 0 , tome = k .
c
Logo, se d ( x, a ) < , então d ( f ( x), f (a )) ≤ c[d ( x, a )]k < ck = .
x2
9) M = N = ; X = e f : M → N , dada por f ( x) = 2 .
x +1
Então, X = é fechado, mas f ( X ) = [0,1) não é fechado.
1
Tome = . Então, ∃ > 0 tal que, se d ( x, p ) < , temos
2
1
| X A ( x) − X A ( p ) |< . Isto implica que
2
X A ( x) = X A ( p ), ∀x ∈ B ( p, ) e, portanto, se p ∈ A , então
x ∈ A ∀x ∈ B ( p, ) e, se p ∉ A , então x ∉ A ∀x ∈ B ( p, ) .
Portanto, X A é contínua em p .
197
x se x ∈
11) f ( x) = .
x + 2 se x ∈ I
1
Como ( ynk ) é convergente, é de Cauchy e, portanto, para = ,
2
∃M 2 > 0 tal que se nM 2 > M , então, para j = 1, 2,3,... , temos que
1
d ( ynM , ynM + j ) <
2 2
n
nM 2 nM 2 + j 1
⇔ d( f ( y1 ), f ( y1 )) <
n
nM 2 + j − nM 2 1
⇔ d( f ( y1 ), y1 ) < .
n
n −n 1 n −n
Tome z1 = f M 2 +1 M 2 ( y1 ). Repita para = e tome z2 = f M3+ j M3 ( y1 ) ,
3
onde nM 3 + j − nM 3 ≥ nM 2 +1 − nM 2 , e sucessivamente para
1
= , n = 4,5,6,... . Logo, ( zn ) converge para y1 e, portanto,
n
y1 ∈ f ( M ) , mas f ( M ) é fechado (sendo compacto) e concluímos
14) A = (0, 1]
1
Sejam U n = ,1 ∀n ∈ .
n
0, x < 0
15) Seja f ( x) = .
x, x > 0
16)
a) Não é compacto (não é limitado).
c) Compacto.
d) Compacto.
A volta é trivial.
199
19)
a) B é fechado e limitado.
c) B ( p, r ) não é fechado.
( f −1 ) −1 ( F ) = {x ∈ B : f −1 ( x) ∈ F }
={x ∈ B : x ∈ f ( F )} = B ∩ f ( F ).
Agora, note que B é fechado (pois é compacto). Ainda, F é com-
pacto (pois é um fechado contido em um compacto) e, usando o
fato de que f é contínua, f ( F ) é compacto e, logo, fechado.
que M = U ∪ V ,U ∩ V = ∅ = U ∩ V .
B (u , ) ⊂ U , como desejado.
25) Seja U = {( x, y ) ∈ 2 : 0 ≤ x ≤ 1} ,
1 1 1
V = ( x, y ) ∈ 2 : 0 ≤ x ≤ , − 1 ≤ y ≤ 0 ∪ ( x, y ) ∈ 2 : ≤ x ≤ 1, − 1 ≤ y ≤ − ∪
4 4 2
2 2
( x, y ) ∈ : ≤ x ≤ 1, − 1 ≤ y ≤ 0 .
3
1 2
Então, U ∩ V = 0, ∪ ,1 , que não é conexo.
4 3
Para A ∪ B , basta tomar A = [0, 1], B[2, 3] . Então A ∪ B não é
conexo.
Dado > 0, ∃N1 > 0 tal que d ( xn , xm ) < ∀n, m ≥ N1 (pois ( xn )
2
é de Cauchy).
Ainda, ∃N 2 > 0 tal que d ( xnk , a ) < ∀nk ≥ N 2 .
2
Tome N = max{N1 , N 2 } .
Se n > N , então d ( xn , a ) ≤ d ( xn , xN ) + d ( xN , a ) ≤ + = .
2 2
Referências