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3.

14 SONDAGENS e ENSAIOS IN SITU para ENGENHARIA D Berberian

de bater rosqueada afrouxa muito facilmente, transferindo energias não repetitivas, o


que não acontece com o uso do “niple de bater”

3.4 OBTENÇÃO DO NSPT: passo-a-passo


step 1. Preparação da Área a Sondar

A área deverá ser limpa de tal forma a permitir o pleno desenvolvimento dos
trabalhos. No período chuvoso, deverá ser aberto um sulco, contornando o furo, para
evitar que as águas de chuva inundem o ponto a sondar. Quando for necessária a
construção de uma plataforma, a mesma deverá ser totalmente assoalhada de tal
forma a cobrir, no mínimo, todo o perímetro do tripé.

step 2. Iniciando o furo: 0 a 1 metro

A sondagem deve ser iniciada perfurando-se o primeiro metro do terreno com o


trado cavadeira (ou concha), instalando-se, a seguir, o primeiro elemento do tubo de
revestimento de 21/2”, dotado de sapata cortante comumente chamado de “tubo
guia”.

Não é comum prever uma primeira amostragem via SPT de 0 a 1m. Neste caso,
pode-se colher uma amostra extraída pelo trado concha. As amostras colhidas
deverão ser imediatamente acondicionadas em recipientes herméticos, (de vidro,
plástico ou saquinhos de nylon) procurando preservar a umidade natural das
amostras e deverão ser armazenadas à sombra. O valor do índice NSPT de 0 a 1m é
zero. Caso se realize uma amostragem a 50cm de profundidade o NSPT assim obtido
não carece de confiabilidade e não tem significado científico.

step 3. Obtendo o NSPT

Antes de se iniciar a penetração do amostrador para obtenção dos índices NSPT,


as suas cotas deverão ser conferidas e deve-se garantir que o amostrador desça
livremente até o fundo do furo, ou até no máximo a 2,0 cm do fundo. Caso contrário,
a composição deverá ser retirada e repetida a operação de limpeza. Se o método de
limpeza por trado ou lavagem não for suficiente para remover os detritos depositados
no fundo do furo, pode-se lançar mão da bomba balde.

O martelo ou pilão deverá ser colocado suavemente sobre a cabeça de bater,


anotando-se a penetração sob o peso próprio da composição, (pilão + haste)
penetração esta correspondente a zero golpe.

Não havendo penetração maior do que 45 cm sob o peso próprio do pilão e das
hastes, inicia-se o processo de amostragem marcando na haste de três segmentos
de 15 cm cada um, perfazendo um total amostrador de 45 cm.
CAP. 4 Sondagem a Percussão Standard - Lavagem 3.15

O amostrador padrão deverá ser cravado erguendo-se o pilão a uma altura de


75cm (aferida através das marcas existentes na haste do pilão).

Precauções especiais devem ser tomadas para evitar que durante a queda livre
do pilão não haja perda da energia de cravação por atrito ou por falta de sincronia
dos operários que puxam a corda. Caso se utilize guincho motorizado, o
equipamento de sondagem deve dispor de dispositivo disparador que garanta a
queda totalmente livre do pilão.

Observar que os eixos longitudinais do martelo e da composição de cravação


com amostrador devem ser rigorosamente coincidentes.

O trado concha (ou cavadeira), para início do furo, deve ter aproximadamente
10cm de diâmetro. Os trados helicoidais utilizados para avançar o furo devem ter
diâmetros variando de 5,6cm a 6,2cm, quando se utiliza o revestimento entre
6,7cm a 7,3cm diâmetros.

step 4. NSPT - Definição simplificada

A definição simplificada do NSPT coloca em destaque os cincos parâmetros mais


importantes que compõem a sua caracterização, ou seja:
O NSPT é o número de golpes necessários para fazer cravar os últimos 30cm de
uma amostragem total de 45cm, utilizando um amostrador padrão de 5cm de
diâmetro externo, submetido à golpes de um pilão pesando 65kg caindo de uma
altura de queda (que deveria ser livre) de 75cm.

No campo, o número de golpes é anotado em três parcelas de 15cm cada. O


NSPT é a soma dos dois últimos golpes para penetração dos 30cm finais,
desprezando-se os golpes obtidos nos 15cm iniciais.

Vale observar que mesmo tendo sido amostrado somente 45cm, estas
informações sempre valem para o metro inteiro. Ex: preparando-se para amostrar a
10m de profundidade, o amostrador é cravado até 10,45cm em 3 parcelas de 15cm
cada. Supondo que o NSPT tenha sido de 8/12/15 golpes, respectivamente,
desprezando-se a penetração dos primeiros 15cm o NSPT seria 12+15 = 27 golpes.

Por esta razão o ponto indicativo no gráfico (NSPT x Profundidade) deve ser
marcado a 10,30m e não na linha divisória entre 9 e 10m. Ver sondagem 1, 2, 3, etc.
no Apêndice A.
3.16 SONDAGENS e ENSAIOS IN SITU para ENGENHARIA D Berberian

step 5. Avanços: 1 a 2m, 2 a 3m etc, até o limite


de impenetrabilidade ao amostrador

Após esta primeira etapa, já tendo cravado os 45cm iniciais o avanço e limpeza
dos 55cm finais que restam para alcançar o próximo metro inteiro podem ser
efetuados com trado concha, espiral ou helicoidal. Este processo é continuado metro
a metro até atingir o lençol freático.
Não é permitido avançar o trado cravando-o através de golpes pilão.
Ver Fig.3.4.2

step 6. Penetrações superiores a 15cm

Na prática, é registrado o número de golpes empregados para uma penetração


imediatamente superior a 15 cm, registrando-se o comprimento penetrado
(por exemplo, três golpes para a penetração de 17 cm, 3/17)

step 7. Penetrações menores do que 30cm

Em terrenos muito duros/compactos, pode não ser possível cravar os 30 cm


padrão. O autor recomenda indicar o valor real na coluna correspondente, mas no
gráfico pode-se lançar o valor que poderia ser real, extrapolando o valor de campo
como se o crescimento fosse linear (regra de três). Exemplo 20/7, 30/4, 30/3 =80/14
que resultaria hipoteticamente em 60/7 cm, logo seria 257 golpes para 30cm.
Graficamente, para visualização do perfil geotécnico se desenharia o máximo 50/30.

step 8.

A cravação do amostrador padrão, nos 45 cm previstos para a realização do


NSPT, deve ser contínua e sem aplicação de qualquer movimento de rotação nas
hastes.

step 9. Lavagem

Atingindo o nível do lençol freático ou o limite de impenetrabilidade ao SPT e


ao cone Dinâmico (na hipótese de estar sendo utilizado), o avanço do furo é
continuado por circulação de água (lavagem). Ver step 13.

step 10. Revestimento

Caso a parede do furo se mostre instável é obrigatória, para amostragem


subsequente, a descida do tubo de revestimento.
Atenção especial deve ser dada para não avançar o tubo de revestimento em
profundidades maiores do que o fundo do furo. O furo deve sempre avançar 50 cm
na frente do revestimento, salvo em casos de solos muito instáveis ou em casos
especiais de sondagens, onde seja muito difícil descer o tubo de revestimento.
CAP. 4 Sondagem a Percussão Standard - Lavagem 3.17

step 11. Lama Bentonítica

Explorações em solos não coesivos, onde é impraticável utilizar-se o


revestimento para manter o furo de sondagem aberto, utiliza-se Bentonita na água de
lavagem. (Bentonita é uma argila ultra-fina, pesada, com predominância de
Montmorilonita, formada basicamente pela alteração química das cinzas vulcânicas e
que tendem a expandir-se na presença de água, criando um “cake” (gel) que
contribui para manter o furo aberto. A Bentonita pode ser adquirida no mercado em
sacos de 50 kg).

Deve-se precaver quando da retirada


da amostra, para evitar a
contaminação da amostra pela
Bentonita depositada no fundo do
Bentonita furo. Fig. 3.4.1.
Depositada

Fig. 3.4.1 Estabilização dos furos


através do emprego de lama
bentonítica

step 12. Cone Dinâmico

Se a profundidade da sondagem após o limite da impenetrabilidade ao SPT e


ao Trépano de Lavagem ainda não atender as necessidades do projetista, pode-se
opcionalmente, continuar a prospecção utilizando o cone Dinâmico Alemão DPH do
tipo SRS 15. Ver para mais detalhes Fig. 9.6.1.

As características do ensaio do Cone Dinâmico DHP estão especificadas abaixo


(Ver item 6 do Cap.9):

Diâmetro do Cone: 43,7mm


25,4mm Ângulo de Avanço: 90°
Energia de Cravação: 4.875 kg.cm
43,7

90º

Peso do Pilão: 65 kg
Altura de queda: 75 cm
43,7 43,7 Área da ponta: 15 cm2

O número de golpes do Cone é anotado para cada 30cm cravado


continuamente com o mesmo equipamento do SPT. O DPH dá uma indicação da
resistência das camadas atravessadas, mas não colhe amostras. Ver Capítulo 9,
3.18 SONDAGENS e ENSAIOS IN SITU para ENGENHARIA D Berberian

item 9.6, específico sobre o tema. O Cone atinge sua impenetrabilidade após três
tentativas em 30 golpes para 15 cm.

A partir do impenetrável ao cone, ao próprio amostrador ou ainda ao processo


da lavagem, o avanço, se necessário, deve ser continuado pelo processo Rotativo,
preferencialmente misto SPT/BW alternando com o SPT a cada metro. Se o solo
amolecer, a sondagem mista deve ser paralisada e continuada somente com o SPT,
até atingir-se a profundidade solicitada pelo projetista. Ver step 17, onde será tratado
o tema sobre a profundidade a alcançar.

step 13. Avanço por Lavagem

O avanço por lavagem, recomendado para profundidades abaixo do lençol


freático ou para solos resistentes (saprólitos ou rochas brandas, impenetrável ao
SPT), é efetuado pelo trépano, cuja principal função é de desagregar o solo
consistente permitindo avançar o furo e a subsequente amostragem, utilizando o
amostrador padrão SPT, Fig. 3.3.3.1. Os detritos são retirados pela circulação de
água imposta pela bomba d’água.

O trépano ou faca de lavagem em bizel, é dotado de duas saídas d’água


laterais. A faca do trépano deve ter 6,2cm quando o diâmetro do revestimento
comumente usado for de 6,7cm (2 1/2’’)

O avanço, consiste em operar o trépano levantando-o e deixando-o cair no


fundo do furo a uma altura aproximada de 30cm ao mesmo tempo em que o
operador gira o tê de lavagem, aplicando um movimento de vai e vem, procurando
desagregar a rocha.

O nível d’água dentro do furo deverá ser constantemente mantido igual ou


superior ao do nível do lençol freático, procurando reproduzir as mesmas condições
da pressão neutra original. Vale ressaltar que o nível d’água dentro do furo tende a
baixar muito nas operações de retirada da composição.

Durante a operação de perfuração deverão ser anotadas pelo operador as


profundidades das transições das camadas e mudança da coloração dos materiais.
Ao retirar a composição de avanço de dentro do furo, deve-se fazer uma marca na
haste para garantir que o amostrador padrão voltará ao fundo do furo e não apoiar
sobre detritos sedimentados. Pode-se também através deste procedimento constatar
se houve algum estrangulamento do furo.

Atingida a cota de amostragem utilizando o processo de lavagem


correspondente a próxima amostragem com o SPT, o furo será limpo, içando-se o
trépano a 20 cm do fundo do furo e deixando que a água circule até refluir limpa na
bica de lavagem.
CAP. 4 Sondagem a Percussão Standard - Lavagem 3.19

Roldana Simples
Tripé ou Dupla

Rótulo
TêT Mangueira

Motor T Bomba

Niple

Reservatório
Revestimento
de Lama

Haste

Trépanos Ponteira

Fig . 3. 4. 2 Equipamento utilizado para execução de sondagem


a percussão com avanço por circulação de água

F ig . 3. 4. 3 Amostrador SPT
3.20 SONDAGENS e ENSAIOS IN SITU para ENGENHARIA D Berberian

step 14. 30cm finais ou 30cm iniciais?

Convém observar que existe variação na resistência à penetração quando se


compara o número de golpes para cravação dos 30cm iniciais do amostrador com
aquele necessário a cravação dos 30cm finais, tanto nas sondagens com ou sem
lavagem. Esta variação é causada pela perturbação do solo logo abaixo da cota da
lavagem, ou pelo alívio de tensões (tanto mais intenso quanto maior for o diâmetro
do furo) ou ainda pela migração da água intersticial para zona a amostrar. Nesta
região, o número de golpes será bem menor do que nas camadas menos
perturbadas pela operação de perfuração.

Pesquisas estatísticas mostraram que nas argilas siltosas e siltes argilosos de


Brasília, cerca de 25,2% dos golpes do pilão são gastos para cravar os primeiros
15cm do amostrador, 34,8% para cravar os 15cm intermediários e 40% para os 15cm
finais. Resultando que a adoção dos 30cm iniciais (como era o caso da antiga
sondagem IRP) leva a valores 1,24 vezes menores do que no caso de se considerar
os últimos 30cm.
Foram frustradas as tentativas de obter uma lei de formação matemática que
correlacionasse os números de golpes para cada trecho de 15cm.

step 15. Limite de Impenetrabilidade ao SPT

O Limite de Impenetrabilidade ao SPT e ao DCPT, para o ensaio


penetrométrico associado ao método do avanço por lavagem é definido por uma
das seguintes condições: NBR 6484:2001

a. Quando em 3 metros sucessivos se obtiver 30 golpes para penetração dos


15cm iniciais (ou menos) do amostrador padrão. p. ex: 30/8cm; 30/15 e
30/10cm

b. Quando em 4 metros sucessivos se obtiver 50 golpes para penetração dos


30cm iniciais (ou menos).

c. Quando em 5 metros sucessivos se obtiver 50 golpes para penetração dos


45cm (ou menos) do amostrador padrão. p. ex: 50/28cm; 50/40; 50/42;
50/40, 50/28

step 16. Interrupção precoce da sondagem

É muito provável que a equipe técnica encarregada da análise e elaboração da


Norma de Sondagem NBR 6484, preocupada em garantir a existência de uma
camada firme e competente para apoiar as fundações de tal forma a evitar recalques
distorcionais, que pudessem causar danos às estruturas, ou até mesmo a ruptura do
solo está recomendando que:
CAP. 4 Sondagem a Percussão Standard - Lavagem 3.21

1º Exista uma camada com espessura de 3 metros, muito resistente com o


NSPT/30cm maior do que 60 golpes. p. ex: 65/30, 70/30, 72/30
Este valor foi estimado sabendo-se que na maioria absoluta das vezes, o
número de golpes para cravar os 15 primeiros centímetros (iniciais) é menor
do que para cravar os restantes 30cm.

2º Idem camada de 4 metros consecutivos com NSPT ≥ 50, para os primeiros


30cm. p. ex: 55/30; 62/30; 58/30; 52/30cm

3º Idem camada de 5 metros com NSPT = 33/30cm (melhor seria 50 golpes para
45cm, para 30cm foram os 33 golpes). Vale observar que esta acertativa colide
com as práticas correntes de projetos. Onde, conhecer-se a geologia da região
aliada a uma experiência vinda da observação de estruturas semelhantes já
executadas, considera-se adequada e suficiente conhecer uma camada sob a
ponta ou base das fundações com 4 a 5 metros de espessura com NSPT entre
25 e 50 golpes.

Supõe-se neste caso que esta camada é considerada resistente para reduzir os
acréscimos de tensões a valores que só produzam recalques distorcionais
(diferenciais específicos), no entorno de β=1/800, valor no qual as estruturas
deverão suportar sem danos.

step 17. Camada considerada resistente.

Pode-se estimar valores da espessura das camadas resistentes utilizando-se


bases teóricas, tais como:

1º Recalque por adensamento – Teoria de Terzaghi

Caso ocorra em profundidade, solos moles NSPT≤10 submersos ou


saturados, a profundidade a sondar deve ser tal que o acréscimo de tensões
seja nessas camadas menor do que um décimo ou, em alguns casos, um
vigésimo da tensão geostática.

Δσz ≤ 0,1 a 0,2 σº sendo σº= ɣh

ra = ρ , recalque por adensamento e Log 1,0 na base 10 é zero

Cc σº +Δσ
ρ = ra = H Log
1+ eo  σº
3.22 SONDAGENS e ENSAIOS IN SITU para ENGENHARIA D Berberian

Ou seja, independentemente dos valores dos restantes parâmetros, nesta


condição, o recalque por adensamento será sempre pequeno. Ver Cap.5, para
maiores detalhes.

2º Zona de Plastificação (cunha de ruptura) - Experiências de Jumikis (1971),


Vesić e de Beer (1958)

Os experimentos de Jumikis ensaiando modelos de fundações em areias com


grau de compacidade que favoreçam a ruptura generalizada de sapatas,
mostram que a zona de plastificação alcança uma espessura entre 1,5 a 2
vezes a sua menor dimensão B.
ZP ~ 2B
Como por exemplo, para uma sapata ou base de tubulões de 2m de diâmetro
ZP = 2x2 = 4m abaixo da base, onde deve-se obter o NSPT e os parâmetros
necessário ao cálculo da fundação.

Zf

Fig. 3.4.4 Cunha de Ruptura Geral De Beer e Vesić (1958)

3º Deformação Elástica

Solos parcialmente saturados - Pesquisas de Frölich e Harr.


Os deslocamentos, sob placas circulares e retangulares, de uma maneira
geral, tornam-se desprezíveis quando Z/R gira entorno 3,6.
CAP. 4 Sondagem a Percussão Standard - Lavagem 3.23

R R
Δ ≤ 0,10 σ σaq a Δσ ≤ 0,10 σa
σq a
2R 2R
0 0

1 1

Z2 2 2
Z
R
R R

3 3

4 Δσ ≤ 0,10 σa
4
(a)
(a) (b)
(b)

Fig. 3.4.5 Bulbos de pressões no terreno, induzidos por


placas circulares (a) Flexíveis e (b) Rígidas

step 18. Sondagens Curtas

A norma Brasileira NBR 6484/2001 permite interromper as sondagens em


profundidades menores do que o limite de impenetrabilidade, desde que, após
análise da natureza do terreno e dos valores das cargas a serem transmitidas, haja
uma justificativa geotécnica adequada.

step 19. Avanços dos furos das Sondagens

Para se conhecer o terreno e avançar o furo abaixo da camada considerada


impenetrável ao SPT, pode-se lançar mão de:

 Ensaio com o cone dinâmico DHP - Ver Cap.9, item 6.


 Ensaio por lavagem - Ver step 9
 Sondagem Mista - SPT x BW. Ver Cap 6

step 20. Penetração Nula.

Caso ocorra penetração nula para cinco golpes do martelo antes que se atinja
8 metros de profundidade, a sondagem deve ser deslocada (até um máximo de duas
vezes) para posições diametralmente opostas, afastadas a 2 metros da sondagem
inicial.
3.24 SONDAGENS e ENSAIOS IN SITU para ENGENHARIA D Berberian

Neste caso, também poderá se utilizar sondagens realizadas somente com o


Cone Penetrômetro, para “tatear” a eventual suspeita da existência de matacões ou
blocos de rocha.

3.5 COLETA DE AMOSTRAS

step 1. Coleta de Amostras

Segundo prescrições da Norma NBR 6484:2001, item 6.3.2, a cada metro


perfurado deverá ser colhida, no bico (ou faca) do amostrador, uma amostra para
análise e posterior classificação. Esta amostra deverá ter pelo menos 6 cm de
comprimento. Berberian recomenda retirar no ponto médio do total colhido, evitando-
se os seus extremos por dois motivos: o início estará muito amolgado por eventual
compressão ou embuchamento da própria amostra, fechando a faca do amostrador,
fenômeno conhecido por “pluging”, o topo estará muito amolecido pelo processo de
lavagem, alívio de pressões ou ainda, poderá constituir-se de fragmentos de solos
caídos de outras camadas mais rasas atravessadas pela sondagem.

Durante a operação de perfuração, devem ser anotadas as profundidades das


transições de camadas, detectadas por exame tátil-visual dos materiais trazidos à a
superfície pelo trado helicoidal ou pela água de circulação.

step 2. Amostra não recuperável

a Section
ecção a-a

Haste Cabeça de a Faca Ponteira de Direção de


Conecção Lateral Cravação Rotação

Fig. 3.5.1 Amostrador de ranhura lateral para amostrar areias

Não havendo recuperação de amostra numa das etapas de amostragem, deve-


se tentar obter uma fração representativa destas camadas através do amostrador de
ranhura lateral. Fig. 3.5.1. Se ainda assim não se obtiver êxito, na operação de
avanço do furo por lavagem, deve ser colhida, na bica do tubo de revestimento, uma
porção de água de circulação, deixando-a sedimentar, de onde se colherá a amostra.

Ocorrendo camadas distintas na coluna do solo amostrado, seleciona-se uma


amostra representativa de cada uma das camadas, acondicionando-as
separadamente e caracterizando-as com os subscritos A e B (ex.: 8A, 8B etc).

Sondagem SP.03 Ref.: DF: 1410

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