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TRIBUNAL FEDERAL
URGENTE
PREVENÇÃO E. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI – (ART. 38, II C/C ART. 67, § 6°, C/C
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ART.70 RISTF)
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Síntese: Acesso aos autos do Acordo de Leniência da Odebrecht
(anexos, depoimentos, perícias, pagamentos, etc.) firmado com a
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Força Tarefa da Lava Jato, com o Departamento de Justiça dos
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EUA e com a Suíça. Negativa pelo Juízo da 13ª. Vara Federal de
Curitiba desde 27/09/2017. Decisão sobre o tema proferida em
04/08/2020 no Agravo Regimental nos Embargos Declaratórios no
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Agravo Regimental no Agravo Regimental na Reclamação n°
33.543/PR. Discussão do tema, do primeiro pedido de acesso até a
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decisão final desta Suprema Corte levou 2 anos, 10 meses e 23 dias,
sendo 1 ano e meio apenas neste Pretório Excelso. Não se pode
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com domicílio na Av. Francisco Prestes Maia, nº 1.501, bloco 01, apartamento 122,
Bairro Santa Terezinha, São Bernardo do Campo (SP), vem, respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados signatários1, com fundamento
no art. 102, I, l) da Constituição Federal, art. 988, II do Código de Processo Civil; artigos
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. Doc. 01 - Procuração
156 a 162 do Regimento Interno desta Suprema Corte; e demais preceitos de incidência,
ajuizar
RECLAMAÇÃO
com pedido liminar, inaudita altera parte
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tendo em vista que as rr. decisões proferidas pelo MM. Juízo da 13ª. Vara Federal
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Criminal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR no âmbito da Ação Penal nº
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5063130-17.2016.4.04.7000/PR (eventos 20992 e 21163) e nos autos do Acordo de
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Leniência nº 5020175-34.2017.4.04.7000/PR (evento n. 2118)4 contrariaram a
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autoridade da decisão proferida por esta Suprema Corte nos autos do Agravo
Regimental nos Embargos Declaratórios no Agravo Regimental no Agravo
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Regimental na Reclamação n° 33.543/PR5, uma vez que, uma vez mais e
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contrariamente ao que foi decidido por esta Suprema Corte, limitou sobremaneira
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1. DA PREVENÇÃO
pre
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Doc. 02. – decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba que baixou os autos da ação penal em diligência
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Doc. 03. – decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba que não acolheu os embargos de declaração
opostos na ação penal
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Doc. 04 – decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba nos autos do acordo de leniência da Odebrecht em
obediência à decisão do AgRg nos Eds no AgReg no AgReg na RCL n° 33.543.
5 Doc. 05 – Voto do Exmo. Min. Ricardo Lewandowski no AgReg nos Eds no AgReg no Agreg na
RCL n° 33.543/PR disponibilizado no endereço eletrônico do STF. Também disponível em
<http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/RCL33543.pdf>
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Embora o e. Relator da Reclamação n° 33.543, por distribuição
livre, tenha sido originariamente o e. Ministro EDSON FACHIN, a decisão desta Suprema
Corte que está sendo descumprida é aquela tomada por força do julgamento realizado
pela 2ª Turma no último dia 04/08/2020. Naquela oportunidade o e. Ministro EDSON
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FACHIN restou vencido, prevalecendo a divergência apresentada pelo r. voto proferido
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pelo e. Min. RICARDO LEWANDOWSKI.
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Assim, nos termos do art. 38, II, do Regimento Interno deste E.
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Supremo Tribunal, houve a substituição do Relator no aludido caso para a lavratura de
acórdão. O Relator para acórdão passou a ser o e. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI.
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Ademais, emerge com nitidez diante de tal circunstância que após
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aos autos do Acordo de Leniência da Odebrecht mediante r. decisão proferida em 17 de
junho de 2019 com o seguinte dispositivo:
“Diante do exposto, nos termos do parágrafo único do art. 161 do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal, julgo parcialmente procedente o pedido para o fim de
conceder ao reclamante acesso restrito aos elementos de prova já documentados nos
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autos de origem (5020175-34.2017.4.04.7000/PR) e que lhe digam respeito, ressalvadas
eventuais diligências em curso ou em deliberação.”
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No referido julgamento, restou decidido, por maioria de votos, nos
termos do voto divergente do e. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, pelo provimento do
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Agravo Regimental para restabelecer a decisão do e. Ministro Relator que concedeu “ao
reclamante acesso restrito aos elementos de prova já documentados nos autos de
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origem (5020175- 34.2017.4.04.7000/PR) que lhe digam respeito, ressalvadas
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eventuais diligências em curso ou em deliberação”6.
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desta Egrégia Suprema Corte, o D. Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba afirmou ter
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Com efeito, nos citados embargos de declaração apresentados ao
juízo de piso7, demonstrou-se um dos aspectos centrais da discussão ocorrida nesta
Suprema Corte no julgamento originário foi justamente sobre a impossibilidade de o
aqui Reclamante ficar submetido a uma seleção de documentos feita pela acusação
(MPF) ou pela empresa leniente.
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Em reforço, houve a transcrição no bojo dos aludidos aclaratórios
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de diversos trechos da sessão de julgamento – uma vez que o acórdão ainda não está
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disponível para as partes - que indicam que a r. decisão proferida por essa Corte Suprema
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não limitava o acesso aos sistemas da Odebrecht e provas que tenham o nome do
Reclamante, mas sim a todos os elementos de prova relevantes ao exercício da ampla
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defesa, com exceção daqueles que estivessem envolvidos em eventuais diligências em
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curso. A exceção, evidentemente, não poderia se tornar regra.
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fosse concedido acesso aos autos do Acordo de Leniência da Odebrecht sem a realização
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de uma prévia seleção ou “filtro” do MPF (Força Tarefa da Lava Jato) ou da própria
empresa leniente, em atenção ao que foi decidido por este Supremo Tribunal Federal no
Em por
deste Juízo para bem cumprir a ordem proferida pela Egrégia Suprema Corte, nos
exatos termos em que proferida”, sendo que “assim que haja manifestação do MPF e
da Odebrecht nos autos de acordo de leniência nº 5020175-34.2017.404.7000, este
Juízo irá franquear o acesso restrito às peças pertinentes daquele processo, nos termos
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Doc. 07 – Embargos de Declaração opostos na Ação Penal.
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da decisão proferida pelo Eg. STF”. Outrossim, fez juntar aos autos a decisão proferida
naqueles autos em que está depositado o acordo de leniência.
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elementos documentados neste processo que seriam pertinentes à Defesa de Luiz Inácio
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Lula da Silva na ação penal nº 5063130-17.2016.404.7000”. E com base nessa
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premissa, determinou que o MPF e a Odebrecht “especifiquem, um a um, quais as
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peças/eventos deste processo que consistem em elementos de prova já documentados
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e que digam respeito a Luiz Inácio Lula da Silva, ressalvadas eventuais diligências
em curso ou em deliberação”.
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Ou seja, de acordo com o juízo de piso, caberá à acusação e à
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maioria de votos, durante o julgamento ocorrido no dia 04/08/2020 após quase 1 ano e
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recurso de Reclamação no art. 156, sendo esta cabível “para preservar a competência
do Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões”.
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Embargos Declaratórios do Agravo Regimental no Agravo Regimental da Reclamação
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n° 33.543/PR. Essa decisão, com o devido respeito, não está sendo respeitada em sua
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inteira magnitude pela 13ª Vara Federal.
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Evidente, pois, o cabimento desta Reclamação.
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4. DA AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA PELA 2ª TURMA DESTA CORTE SUPREMA NOS
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AUTOS DO AGRG NO EDS NO AGRG NO AGRG NA RCL N° 33.543/PR EM 4 DE
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AGOSTO P.P.
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de hoje que o E. Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba está violando o direito
de defesa do aqui Reclamante, inclusive o acesso a elementos de prova já
Em por
documentados, como dispõe o verbete da Súmula 14 editada por esta Suprema Corte.
sso
selecionados pela Força Tarefa da Lava Jato e pela Odebrecht ou, ainda, a elementos
que tenham o nome do aqui Reclamante.
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pudesse comprometer efetivamente eventuais diligências em andamento ou, ainda,
aquilo que disser respeito exclusivamente a terceiros, o que se verifica é que foi
determinado ao MPF e à Odebrecht que “especifiquem, um a um, quais as
peças/eventos deste processo que consistem em elementos de prova já documentados
e que digam respeito a Luiz Inácio Lula da Silva, ressalvadas eventuais diligências
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em curso ou em deliberação”.
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Sem razão, com o devido acatamento.
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Existe, a toda evidência, uma incompreensão do magistrado de
piso quanto à abrangência da restrição apontada por esta Suprema Corte no julgamento
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do Agravo Regimental nos Embargos Declaratórios no Agravo Regimental no
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Agravo Regimental na Reclamação n° 33.543/PR.
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recentemente, aquele Juízo está considerando como provas que “digam respeito à
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Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva” tão somente aquelas que façam referência ao
nome do aqui Reclamante ou que sejam apontadas dessa forma pelo MPF ou pela
Em por
Odebrecht.
sso
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julgamento daquele recurso foi o de “permitir que o reclamante tenha acesso aos
elementos de prova já documentados nos autos 5020175-34.2017.4.04.7000/PR,
inclusive para melhor conhecimento, pela defesa, DE TODOS OS MEIOS DE PROVA
EMPREGADOS PELA ACUSAÇÃO, BEM ASSIM PARA ESCLARECER O MONTANTE DOS
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(destacou-se).
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Também o e. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI afirmou naquela
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oportunidade que “somente com o acesso aos autos em que se encontra o acordo de
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leniência será possível à defesa apurar em quais condições o material foi obtido pela
Odebrecht, bem como o tempo em que o seu conteúdo permaneceu na posse desta,
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antes de ter sido entregue às autoridades competentes”.
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“Neste caso concreto que já se alonga há anos não me parece razoável e legítimo ainda
Im
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Transcrição livre de parte do voto do Ministro constante nos da gravação da sessão disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=-_eysqoNgXY > entre os 1:47:20 e 1:55:07 do Vídeo. Acesso
em 19.08.2020.
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verificação da cadeia de custódia, devem ser acessíveis à defesa. Somente podem
ser restringidos aqueles que não digam respeito ao réu ou que estejam com diligência
em andamento que possam ser prejudicadas em ambos os casos com a devida
motivação judicial, em atenção à Súmula Vinculante n° 14.”9
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COMO LIMITADO AOS ELEMENTOS E DOCUMENTOS QUE DIZEM RESPEITO AO EXERCÍCIO
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DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO PELO RÉU, PODENDO SER EXCLUÍDOS TÃO
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DILIGÊNCIAS EM ANDAMENTO QUE POSSAM SER PREJUDICADAS EM AMBOS OS CASOS
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Oportuno lembrar, ainda, que ao buscar o acesso aos autos do
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está buscando elementos adicionais de prova para reforçar, dentre outras coisas, (a) a
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decorrentes desse material — e (b) os acordos realizados com executivos que fizeram
Em por
colaboração premiada para aderir a uma versão pactuada entre a Odebrecht e a Força
Tarefa da Lava Jato e (c) o bis in idem da cobrança de afirmada reparação de danos em
sso
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Idem. Transcrição Livre.
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Transcrição livre de parte do voto do Ministro constante nos da gravação da sessão disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=-_eysqoNgXY > entre os 1:47:20 e 1:55:07 do Vídeo. Acesso
em 19.08.2020.
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autos 5020175-34.2017.4.04.7000/PR, inclusive para melhor conhecimento, pela
defesa, de todos os meios de prova empregados pela acusação, bem assim para
esclarecer o montante dos valores ajustados a título de ressarcimento entre a
Odebrecht e o MPF”.
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Ou seja, o Reclamante precisa ter acesso, dentre outras coisas, a
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tudo o que consta nos autos do Acordo de Leniência nº 5020175-34.2017.4.04.7000/PR
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que se refere (i) ao conteúdo desse acordo e seus anexos; (ii) troca de correspondência
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entre a Força Tarefa da Lava Jato e outros países e autoridades que participam, direta ou
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indiretamente, da avença (por exemplo: FBI, Departamento de Justiça dos Estados
Unidos, Procuradoria da Suíça); (ii) depoimentos que digam respeito aos “sistemas” da
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Odebrecht; (iii) perícias (da Odebrecht, da Polícia Federal, do Ministério Público
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Federal e de órgãos de outros países que participam do Acordo de Leniência); (iv)
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valores pagos pela Odebrecht em razão desse acordo e a alocação desses valores pelo
Ministério Público Federal e/ou outros países, órgãos, entidades e pessoas envolvidas
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no acordo.
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O fumus boni juris está evidenciado pela negativa de acesso à
Defesa à íntegra das provas já documentadas que influem no direito à ampla Defesa e
ao contraditório do Reclamante, em especial aquelas capazes de demonstrar eventual
quebra da cadeia de custódia das provas periciais produzidas, e de identificar possível
caráter indevido na exigência de reparação de danos do Reclamante à Petrobras, por
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montantes cobrados em multiplicidade, que podem até mesmo obstar a progressão de
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regime de cumprimento de pena.
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No tocante ao periculum in mora, presente se faz o evidente risco
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de dano ao Reclamante, uma vez que já foi determinado por esse Supremo Tribunal que
após dado o acesso aos elementos de informação que constam dos autos do Acordo de
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Leniência firmado entre a Odebrecht S.A. e o MPF para a Defesa, e possibilitada sua
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análise, seja aberto o prazo para as Alegações Finais. Caso este acesso seja deficiente -
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defesa e ao contraditório.
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Tribunal Federal a pretensão do aqui Reclamante tramitou por um ano e meio, uma vez
sso
Suprema Corte transcorreram 2 anos, 10 meses e 23 dias. Não se pode cogitar, após
esse longo período de discussão, em nova limitação ao direito de defesa do aqui
Reclamante.
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Doc. 08
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Necessária, pois, a concessão da medida liminar para o fim de garantir
o acesso aos autos do Acordo de Leniência n° 5020175-34.2017.4.04.7000 sem as
condicionantes impostas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, bem como para impedir o
início do prazo para apresentação de alegações finais na ação penal nº 5063130-
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17.2016.4.04.7000/PR até o julgamento do mérito da presente reclamação.
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6. DOS PEDIDOS
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Ante todo o exposto, requer-se:
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(i) A concessão de medida liminar inaudita altera parte, com
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órgãos brasileiros ou de outros países que participam do Acordo de
Leniência); (iv) valores pagos pela Odebrecht em razão desse
acordo e a alocação desses valores pelo Ministério Público Federal
e/ou outros países, órgãos, entidades, fundações, e pessoas
envolvidas no acordo;
0 07
(ii) Também a concessão de medida liminar inaudita altera parte, com
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fundamento no artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil,
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para determinar que não se inicie o prazo para as alegações finais
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da ação penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000/PR até o julgamento
do mérito da presente reclamação;
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(iii) A notificação da autoridade Reclamada para prestar informações;
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termos e no alcance decidido por esta Suprema Corte, e impedindo
que a análise dos documentos pertinentes para a Defesa seja
realizada pelas partes que têm interesse no desfecho processual
contrário ao do Reclamante;
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(iii) declarar a nulidade de todos os atos praticados nos autos da ação
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penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000/PR após a prolação das rr.
decisões discutidas nesta reclamação.
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Por fim, ainda que isento de custas processuais por se tratar o
procedimento de natureza penal12, por cautela, dá-se à causa o valor de R$1.000,00.
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Termos em que,
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Pede deferimento.
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. Cf. art. 61 do RISTF e art 3°, I da Resolução n°662/2020 deste Tribunal Supremo.
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