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Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas-PA) e da Secretaria de

Saúde do Estado do Pará (Sespa) debatem formas de melhorar o fluxo para emissão de laudos de
Avaliação do Potencial Malarígeno (LAPM) e do Atestado de Condição Sanitária (ATCS) para fins
de licenciamento ambiental em em áreas de risco ou endêmica para malária. A reunião foi realizada
no auditório da Semas na manhã desta quarta-feira (20), dando prosseguimento ao processo de
aperfeiçoamento da emissão de laudos.
“O objetivo da reunião é afinar processos de trabalho entre Sespa e Semas para a avaliação do
potencial de malarígeno, que é um dos critérios para emissão de licenciamento ambiental de um
empreendimento. Esta conversa é muito importante para aparar arestas e traçar metodologias para
que estes processos de trabalhos fiquem mais ágeis e passem menos tempo tramitando nas
secretarias”, afirma Paola Vieira, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Malária da
Sespa. Segundo a coordenadora, a falta de informação é um dos fatores que dificultam o processo
de licenciamento: “Hoje, a principal dificuldade da Secretaria de Saúde para emissão destes laudos
é que, por falta de conhecimento por parte do empreendedor a respeito do tipo de metodologia que
ele deve usar para fazer esta avaliação, acaba apresentando laudos de forma equivocada, que não
condizem com o que as portarias definem. Isso acaba fazendo com que os processos sejam
devolvidos e assim leva muito mais tempo para definir estes licenciamentos. Então, nosso objetivo é
corrigir possíveis erros para que o empreendedor não perca tempo fazendo esta avaliação de forma
errada.”

Histórico da malária no Brasil - A malária é uma doença infecciosa parasitária, que acomete um
quarto da população mundial e causa cerca de um milhão e meio a três milhões de mortes a cada
ano.
Na década de 50, a malária estava sob controle no território brasileiro, tendo mesmo sido erradicada
em algumas regiões, anteriormente consideradas endêmicas. Mas a partir do final da década de 60 e
início dos anos 70, a situação epidemiológica da malária voltou a se agravar.
A partir da década de 70, a ocupação desordenada da região amazônica marcou a epidemiologia da
malária no Brasil. Construção de estradas, usinas hidrelétricas, projetos agropecuários e garimpos
foram os fatores de expansão e disseminação da doença na Amazônia e para outras regiões.
Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde, o número de casos no Brasil foi de pouco
mais de 50 mil casos para 426.510 casos. Atualmente, 99% dos casos da doença estão localizados
na região amazônica.
A distribuição dos casos de malária na região amazônica não é homogênea, uma vez que existem
áreas com elevada transmissão e outras com níveis baixos ou até mesmo isentas da doença. Esse
quadro parece estar associado com a instalação de projetos agropecuários, colonização e
principalmente áreas de exploração de minérios.

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