Você está na página 1de 14

1

SUMÁRIO

Apresentação ................................................................................ 1
Legislações.................................................................................... 4
Estatuto da Criança e do Adolescente ................................. 6
Estatuto do Idoso...................................................................... 6
Lei Maria da Penha ................................................................... 6
Estatuto da Pessoa com Deficiência ..................................... 7
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) .......................... 8
Lei Orgânica de Saúde (LOS) ............................................... 12
Lei Benefícios previdenciários ............................................. 12
Lei de pensão vitalícia do Zika Vírus ................................. 13

2
3
4
APRESENTAÇÃO
“É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

Há mais de 5 anos somos responsáveis pela


formação permanente de Assistentes Sociais e
estudantes de Serviço Social no Brasil, diante isto,
apresentamos esse e-book com o compromisso de
uma formação permanente e continuada para manter
nossos seguidores, alunos e colegas de profissão
atualizados.
Elencamos neste e-book, as alterações legislativas
ocorridas no ano de 2020. Esperamos servir de
ferramenta nos seus estudos

Abraços,
Shellen Batista Galdino
Professora do Serviço Social para Concursos

5
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei, 8.069/1990 não teve


nenhuma inclusão, alteração ou veto no ano de 2020. Da mesma maneira,
o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) instituído pela
lei 12.594/2012 não teve alterações ou inclusões.

ESTATUTO DO IDOSO
O estatuto do idoso não teve nenhuma alteração ou inclusão em 2020 de
10.741/2003.

LEI MARIA DA PENHA


A Lei Maria da Penha 11.340/2006 teve acréscimo de dois incisos sobre
Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor (artigo 22)

INCLUSÃO
VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e
reeducação; e
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de
atendimento individual e/ou em grupo de apoio.
Os incisos foram incluídos pela lei 13.984/2020 para estabelecer como
medidas protetivas de urgência frequência do agressor a centro de educação
e de reabilitação e acompanhamento psicossocial.

Veja o vídeo explicando e opinando sobre no link: Lei Maria da Penha:


grupos reflexivos como medida protetiva | Lei 13.984/2020

6
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei 13.146/2015 teve alteração no


texto de conclusão da lei, que versa sobre prazo de entrada em vigor de
medidas previstas.

No artigo Art. 44 em seu parágrafo sexto temos o seguinte:

Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de


espetáculos e de conferências e similares, serão reservados espaços livres e
assentos para a pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de
lotação da edificação, observado o disposto em regulamento.

§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos


de acessibilidade para a pessoa com deficiência.

ALTERAÇÃO
O prazo previsto anteriormente era de 60 (sessenta) meses a partir da
promulgação da lei para entrar em vigência. A partir da Medida Provisória
1.025/2020, esse prazo passou a ser 84 (oitenta e quatro) meses

7
LEI ORGÂNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A lei orgânica de assistência social – LOAS – teve bastante alterações, e há


situações que requerem atenção.
Através da lei 13.981/2020 o critério de renda mensal per capital para
acesso ao BPC passou a ser inferior a ½ (meio) salário mínimo, antes era ¼.
Contudo, através da ADPF 662, essa questão está nas mãos do STF devido
a CLDF (Câmara Legislativa dos Deputados Federais) não ter colocado fonte
de custeio.
Há no nosso canal no Youtube um vídeo sobre o assunto. Clique no link:
Ampliação do critério de renda e situação no STF

Essa não foi a única alteração no que concerne o BPC. Conforme sabemos,
o Benefício de Prestação Continuada é destinado para pessoas incapaz de
prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família. A LOAS
traz um critério de renda mensal per capita, e isso teve uma alteração
discreta a partir da Medida Provisória nº 1023/2020.

Como era:
I - igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo, até 31 de dezembro
de 2020;

Como ficou:
I - inferior a um quarto do salário mínimo;

ARTIGO 20 – INCLUSÕES SOBRE ACUMULAÇÃO


O Artigo 20 versa sobre o BPC, teve também duas inclusões no que tange
a acumulação do benefício a partir da Lei 13.982/2020.

§ 14. O benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário


no valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65
(sessenta e cinco) anos de idade ou pessoa com deficiência não será
computado, para fins de concessão do benefício de prestação continuada a
outro idoso ou pessoa com deficiência da mesma família, no cálculo da renda
a que se refere o § 3º deste artigo.

8
§ 15. O benefício de prestação continuada será devido a mais de um
membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos exigidos nesta
Lei.

Inclusão do Artigo 20 A – Exceções de critério de renda devido a


calamidade pública da COVID-19
O artigo 20-A e seus incisos foram acrescidos na LOAS a partir da
13.982/2020 devido ao quadro de emergência de saúde pública decorrente
do coronavírus (covid-19). Esse artigo abre exceção sobre o critério de
aferição de renda família mensal, podendo ser ampliado até ½ (meio) salário
mínimo se for o caso.

Vejamos os acréscimos que condicionam essa ampliação:

§ 1º A ampliação de que trata o caput ocorrerá na forma de escalas


graduais, definidas em regulamento, de acordo com os seguintes fatores,
combinados entre si ou isoladamente:

I - o grau da deficiência;

II - a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas


da vida diária;

III - as circunstâncias pessoais e ambientais e os fatores


socioeconômicos e familiares que podem reduzir a funcionalidade e a
plena participação social da pessoa com deficiência candidata ou do
idoso;

IV - o comprometimento do orçamento do núcleo familiar de que trata


o § 3º do art. 20 exclusivamente com gastos com tratamentos de saúde,
médicos, fraldas, alimentos especiais e medicamentos do idoso ou da
pessoa com deficiência não disponibilizados gratuitamente pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), ou com serviços não prestados pelo
Serviço Único de Assistência Social (Suas), desde que comprovadamente
necessários à preservação da saúde e da vida.

§ 2º O grau da deficiência e o nível de perda de autonomia,


representado pela dependência de terceiros para o desempenho de
atividades básicas da vida diária, de que tratam, respectivamente, os incisos
I e II do § 1º deste artigo, serão aferidos, para a pessoa com deficiência, por
meio de índices e instrumentos de avaliação funcional a serem desenvolvidos
e adaptados para a realidade brasileira, observados os termos dos §§ 1º e
2º do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

9
§ 3º As circunstâncias pessoais e ambientais e os fatores
socioeconômicos de que trata o inciso III do § 1º deste artigo levarão em
consideração, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº
13.146, de 2015, entre outros aspectos:

I - inferior a um quarto do salário mínimo;

II - a acessibilidade e a adequação do local de residência à limitação


funcional, as condições de moradia e habitabilidade, o saneamento
básico e o entorno familiar e domiciliar;

III - a existência e a disponibilidade de transporte público e de serviços


públicos de saúde e de assistência social no local de residência do
candidato ao benefício;

IV - a dependência do candidato ao benefício em relação ao uso de


tecnologias assistivas; e

V - o número de pessoas que convivem com o candidato ao benefício e


a coabitação com outro idoso ou pessoa com deficiência dependente
de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida
diária.

§ 4º O valor referente ao comprometimento do orçamento do núcleo


familiar com gastos com tratamentos de saúde, médicos, fraldas, alimentos
especiais e medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência, de que
trata o inciso IV do § 1º deste artigo, será definido pelo Instituto Nacional
do Seguro Social, a partir de valores médios dos gastos realizados pelas
famílias exclusivamente com essas finalidades, conforme critérios definidos
em regulamento, facultada ao interessado a possibilidade de comprovação,
nos termos do referido regulamento, de que os gastos efetivos ultrapassam
os valores médios.

10
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE
A LOS – Lei Orgânica da Saúde – 8.080/90 teve acréscimo em seu texto
legal, foram incluídos seis novos dispositivos no que tange o Subsistema
de Atenção à Saúde Indígena. Os artigos modificados foram o 19-E e 19-G.

Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e


não-governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e
execução das ações.

INCLUSÕES:
§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que houver necessidade
de atenção secundária e terciária fora dos territórios indígenas.
§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade pública:
I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos
nos planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ao
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos
emergenciais para atendimento dos pacientes graves das Secretarias
Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as referências para
o atendimento em tempo oportuno.

No Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser,


como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado

INCLUSÕES
§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro e a
notificação da declaração de raça ou cor, garantindo a identificação de todos
os indígenas atendidos nos sistemas públicos de saúde. § 1º-B. A União
deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS com os dados do
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do
SUS com os dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.

Todas as inclusões ocorreram através da Lei 14.021/2020 que dispõe


sobre medidas de proteção social para prevenção do contágio e da
disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas.

11
LEI DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

A lei de benefícios previdenciários, 8.213/90 teve bastante alterações


devido a reforma da previdência. Vejamos:

Como era:

Art. 117. A empresa, o sindicato ou a entidade de aposentados devidamente


legalizada poderá, mediante convênio com a Previdência Social, encarregar-
se, relativamente a seu empregado ou associado e respectivos dependentes,
de:

I - processar requerimento de benefício, preparando-o e instruindo-o de


maneira a ser despachado pela Previdência Social;

II - submeter o requerente a exame médico, inclusive complementar,


encaminhando à Previdência Social o respectivo laudo, para efeito de
homologação e posterior concessão de benefício que depender de avaliação
de incapacidade;

III - pagar benefício.

Parágrafo único. O convênio poderá dispor sobre o reembolso das


despesas da empresa, do sindicato ou da entidade de aposentados
devidamente legalizada, correspondente aos serviços previstos nos incisos
II e III, ajustado por valor global conforme o número de empregados ou de
associados, mediante dedução do valor das contribuições previdenciárias a
serem recolhidas pela empresa.

Como ficou:

Art. 117. Empresas, sindicatos e entidades fechadas de previdência


complementar poderão, mediante celebração de acordo de cooperação
técnica com o INSS, encarregar-se, relativamente a seus empregados,
associados ou beneficiários, de requerer benefícios previdenciários por meio
eletrônico, preparando-os e instruindo-os nos termos do acordo.

Essa redação foi dada pela Lei 14.020/2020.

12
LEI NOVA

Além disso, é bom ficar atento para novas leis que foram promulgadas em
2020, a exemplo da lei 13.985/2020 que institui pensão especial destinada
a crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus, nascidas entre 1º de
janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2019, beneficiárias do Benefício de
Prestação Continuada (BPC).
Art. 1º Fica instituída a pensão especial destinada a crianças com
Síndrome Congênita do Zika Vírus, nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e
31 de dezembro de 2019, beneficiárias do Benefício de Prestação
Continuada (BPC) de que trata o art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro
de 1993.
§ 1º A pensão especial será mensal, vitalícia e intransferível e terá o
valor de um salário mínimo.
§ 2º A pensão especial não poderá ser acumulada com indenizações
pagas pela União em razão de decisão judicial sobre os mesmos fatos
ou com o BPC de que trata o art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro
de 1993.
§ 3º O reconhecimento da pensão especial ficará condicionado à
desistência de ação judicial que tenha por objeto pedido idêntico sobre
o qual versa o processo administrativo.
§ 4º A pensão especial será devida a partir do dia posterior à cessação
do BPC ou dos benefícios referidos no § 2º deste artigo, que não
poderão ser acumulados com a pensão.
§ 5º A pensão especial não gerará direito a abono ou a pensão por
morte.
Art. 2º O requerimento da pensão especial de que trata esta Lei será
realizado no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Parágrafo único. Será realizado exame pericial por perito médico federal
para constatar a relação entre a síndrome congênita adquirida e a
contaminação pelo vírus da zika.
Art. 3º As despesas decorrentes do disposto nesta Lei correrão à conta
da programação orçamentária Indenizações e Pensões Especiais de
Responsabilidade da União.
Art. 4º O INSS e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência
(Dataprev) adotarão as medidas necessárias para a operacionalização da

13
pensão especial de que trata esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias,
contado da data de publicação desta Lei.
Art. 5º No caso de mães de crianças nascidas até 31 de dezembro de
2019 acometidas por sequelas neurológicas decorrentes da Síndrome
Congênita do Zika Vírus, será observado o seguinte:
I - a licença-maternidade de que trata o art. 392 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, será de 180 (cento e oitenta) dias;
II - o salário-maternidade de que trata o art. 71 da Lei nº 8.213, de 24
de julho de 1991, será devido por 180 (cento e oitenta) dias.

14

Você também pode gostar