ESTATÍSTICA

Distribuição T de Student
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DISTRIBUIÇÃO T DE STUDENT

Dificilmente se encontra uma questão específica de T de Student, mas ela é extremamente

importante em um estudo mais adiante, como em testes de hipótese e, principalmente, em
intervalo de confiança.

Usando o teorema do limite central, quando acontecem várias distribuições iguais, irá se
aproximar numa normal.
Se Z é uma variável normal padrão, X2 é uma distribuição de qui-quadrado com k graus
de liberdade e Z e X2 são independentes, então a variável
z
t=
x2
k
tem distribuição t-Student com K graus de liberdade.
Percebe-se que a distribuição de T de Student mistura a normal com a qui-quadrada.
Uma qui-quadrada é Z1 + Z22 + Z32 + Z42... + Zk2 — esta é uma distribuição com qui-quadrada.
Sobre a variável de T de Student, tem-se uma variável normal sobre a raiz quadrada de
uma qui-quadrada, dividida pelo k graus de liberdade.
Se há uma T de Student com três graus de liberdade, tem-se:

z
t3 =
x2
3
Como o grau de liberdade é igual a 3, é possível escrever de outro modo:
z
t3 =
z12 + z 22 + z 32
3
ANOTAÇÕES

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Se houver 5 graus de liberdade, tem-se:

z
t5 =
z12 + z 22 + z 32 + z 42 + z 52
5
Se houver 6 graus de liberdade, tem-se, na parte de cima, uma distribuição normal e
padronizada, na parte de baixo há a raiz quadrada de qui-quadrado com k graus de liber-
dade, como abaixo:
z
t6 =
z12 + z 22 + z 32 + z 42 + z 52 + z 62
6
Lembrando que no cálculo da raiz o quadrado de Z não sai, porque é uma soma. Se esti-
vesse multiplicando, a raiz seria cortada.
A distribuição t-Student se aproxima de uma distribuição normal quando o número de
graus de liberdade aumenta. Tudo isso é baseado na distribuição normal.
Em aulas anteriores, foi estudada a distribuição normal e o seu padrão, quando a média
é igual a 0 e a variância é igual a 1 — quando não se tem esses resultados, é preciso padro-
nizar subtraindo da média e dividindo pelo desvio padrão. Há uma fórmula para padronizar
uma distribuição normal que não é padrão em uma padrão.
Foi falado que várias situações se encaixam em uma distribuição normal. Por isso, ela é
a matéria que mais cai e a estatística a trata com muito carinho.
Nas outras — T de Student, a qui-quadrada —, quando aumenta o grau de liberdade, ou
seja, quando se observa uma quantidade grande daquilo, ela também se aproxima de uma
distribuição normal.
Originalmente, se a normal é essa:
ANOTAÇÕES

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A T de Student está, mais ou menos, na segunda linha desenhada, sendo mais aberta,
dispersa, com um desvio padrão um pouco maior e a variância um pouco maior:

Só que na medida que aumenta o grau de liberdade, a área da cauda fica maior, ficando
com algo parecido com isso:

Quando se aumenta o grau de liberdade, essa curva fica da maneira abaixo, se aproxi-
mando até ser considerada igual a uma normal:

A média da distribuição t-Student é 0 se o número de graus de liberdade é maior do que 1.

µ = 0 se k > 1
ANOTAÇÕES

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A média não é definida para k = 1, ou seja, não tem como calcular — a explicação é do
cálculo diferencial quando se vai calcular uma integral: se tem um dado intervalo não há
como calcular uma integral, que é exatamente quando k é igual a 1.
A variância é dada por

k
σ2 = se k > 2
k −2
A variância não é definida para k ≤ 2. Se k for igual a 2, 2 menos 2 é igual a 0, o que
resulta em algum número dividido por 0, sendo que não é possível dividir por 0. A variância
só tem sentido para k ≤ 2.
Fato é que a média de uma distribuição T de Student é igual a 0 para k maior do que 1 (µ
= 0 se k > 1) e a variância é k .
k −2
5 5
σ2 = .
Assim, se o grau de liberdade for 5, o cálculo da variante fica=
5−2 3
5
Caso se peça o desvio padrão, calcula-se a raiz quadrada de .
3

Na questão abaixo há uma relação de distribuição uniforme.

1. Sabe-se que a variável aleatória contínua X tem distribuição uniforme no intervalo [a, b]
com b > a, que sua média é 1 e que sua variância é igual à variância de uma distribuição
t de Student com 8 graus de liberdade. Nessas condições, P (X < 1,5) é igual a
a. 0,625.
b. 0,725.
c. 0.225.
d. 0,150.
e. 0,450.

RESOLUÇÃO
Tem-se um intervalo de uma distribuição uniforme que vai de “a” até “b” — [a, b]. Como se
calcula a média?
a+b
A média é a média aritmética desses dois: M = .
2
ANOTAÇÕES

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A questão apresenta que a média aritmética de [a, b] é igual a 1, portanto:

a+b
M=
2
a+b
1=
2
1 a+b
Acrescenta-se 1 abaixo de 1 e se realiza o cálculo cruzado: 1 =
2

a+b vezes 1 é igual a a+b. 2 vezes 1 é igual a 2. Assim, tem-se: a+b = 2

(b − a ) 2
A variância da distribuição uniforme é σ 2 =
12

A questão dispõe que a variância é igual à variância de uma distribuição t de Student com
8 graus de liberdade.
A estatística é complicada e se torna ainda mais complicada quando se fica tentando en-
tender o porquê das coisas. Para a pessoa que está estudando para fazer prova, é neces-
sário aprender a aplicação das fórmulas e substituir. A dificuldade é ter que decorar todas
as fórmulas.
k
A variância de T de Student é σ =
2

k −2
Como a questão apresenta que se tem 8 graus de liberdade, são feitas as necessárias

8 8 4
σ2
substituições:= = que dá para simplificar por 2, resultando em:
8−2 6 3
(b − a ) 2 4
Assim, de acordo com a questão, a variância σ =
2
é igual a variância , já que a
12 3

variância da distribuição uniforme é igual à variância de uma distribuição T de Student com

4
8 graus de liberdade. Portanto, a variância de uma distribuição normal também vale .
3
Sabendo disso, faz-se as substituições necessárias abaixo:
(b − a ) 2
σ2 =
12
4 (b − a ) 2
=
3 12
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Realiza-se o cálculo cruzado das frações acima, o que resulta em:

3.(b – a)2 = 48
48
(b – a)2 = 3
(b – a)2 = 16

Para retirar a raiz quadrada, basta colocar raiz quadrada no outro lado: 16 = 4. Sabe-se
que o valor é positivo porque já se sabe que b é maior do que a. Retomando a fórmula:
b – a = 16
b–a=4

Agora, será feito um esquema com os resultados a + b = 2 e b – a = 4:

a+b=2
-a + b = 4
2b = 6
6
b= 2
b=3

Substituindo b na equação a + b = 2, tem-se que:

a+b=2
a+3=2
a=2–3
a = -1

Substituindo b na equação b – a = 4 se encontra o mesmo valor:

b–a=4
3–a=4
–a=4–3
– a = 1 (-1)
a = -1

Descobertos os valores de a e de b, seus valores são substituídos no intervalo [a, b]:

[a, b]
[-1, 3]
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Colocando no gráfico, observa-se que se tem uma distribuição uniforme:

-1 3

1
A altura do retângulo vale
b−a
1
A altura do retângulo é , pois Área = 1
4

4.h = 1

1
h=
4

A questão quer a probabilidade de X < 1,5. No gráfico, 1,5 está posicionado do seguinte modo:

1/4

-1 1,5 3
Como se quer menor que 1,5, a questão quer a probabilidade da área riscada no gráfico:

1/4

-1 1,5 3

Para calcular essa área:

Área = b. h
P (X < 1,5) = b. h
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A base do retângulo é 2,5 (1 + 1,15), assim:

P (X < 1,5) = 2,5 . 1
4
1 2,5
Realizando o cálculo cruzado entre 2,5 e 4
temos 4
que será multiplicado por 10,
25
resultando em 40 = 0.625 ou 62,5%.

GABARITO
1. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Márcio Flávio Alencar Barbosa de Araújo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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