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Conceitos:
₋ Esqueleto: tecido conjuntivo constituído por compartimento orgânico e inorgânico, rede vascular,
nervos e medula óssea
₋ Proporção entre compartimento mineral e orgânico é idade dependente
o Massa óssea (minerais): 50 a 70% → hidroxiapatita (Ca e P), Mg
o Matriz orgânica: 20 a 40% → proteínas colágenas (80-90%) – colágeno tipo I (90%),
colágeno tipo III, V, X e FACIT (10%) e proteínas não colágenas (10-20%)
o Água (10%)
o Lipídeos (< 3%)
₋ Massa óssea: quantidade de tecido ósseo dentro do osso
₋ Modelação óssea: formação e reabsorção óssea ocorrem em superfícies diferentes do mesmo
osso → crescimento, ganho de massa óssea e renovação do tecido antigo
₋ Remodelação óssea: formação e reabsorção óssea ocorrem na mesma superfície óssea →
renovação do osso antigo (reparação de microfraturas ou transferência de Ca e P para o
intravascular; predominante após o término do crescimento). Também está sob controle do SNC:
o Inibição da expressão dos neuropeptideos hipotalâmicos NPY e neuromedina U e o
estimulo da expressão do CART pela LEPTINA aumentam a atividade osteoblástica
o Estímulo do SN simpático eferente pela LEPTINA inibe a atividade osteoblástica e estimula
a osteoclastogênese
o LEPTINA estimula a diferenciação da linhagem osteoblástica na MO e a síntese de
osteoprotegerina
** Efeito dual da leptina no metabolismo ósseo via SNC
₋ Vitamina K: essencial ao processo de mineralização da matriz óssea → atua como cofator da
enzima glutamato carboxilase responsável pela carboxilação da osteocalcina (proteína não
colágena + abundante no tecido ósseo)
Ossificação:
o INTRAMEMBRANOSA:
Ossos chatos (ossos do crânio e face, mandíbula e clavícula)
Base: mesenquima (tecido conjuntivo primitivo)
Cels mesenquimais expressam RUNK-2, diferenciando-se em osteoblastos
1) FATORES GENÉTICOS:
₋ Responsável por 60-80% da variância da MO (aquisição e perda)
₋ Depende da idade e do sítio esquelético (cortical ≠ trabecular)
₋ Maior influência na determinação da MO na juventude
₋ + em coluna lombar que esqueleto periférico
₋ Etnia negra e sexo masculino: maior MO
2) FATORES METABÓLICOS:
₋ Trato digestório: processo de absorção de minerais
₋ Função hepática e renal: reações de hidroxilação para ativação da vitamina D em calcidiol e
calcitriol (25 hidroxilação e 1 alfa hidroxilação)
₋ Túbulos renais: controle da reabsorção de cálcio, fósforo e magnésio e equilíbrio ácido-básico
3) FATORES AMBIENTAIS:
₋ Carga mecânica
₋ Nutrição (ingesta diária de cálcio
3) Período puberal:
₋ Fase em que ocorre maior acréscimo de MO (40-60%)
₋ Dimorfismo sexual: inicia apó; bal adrenarca e intensifica no início da puberdade → regulado por
esteroides sexuais e eixo GH-IGF1
₋ Momento que se estabelece a puberdade é inversamente proporcional ao pico de MO (puberdade
tardia → menor MO)
₋ Homens: ossos + largos e maiores e não + densos (tamanho > densidade)
₋ Assincronia entre pico de VC e pico de aquisição de MO: pico de VC cerca de 0,8 anos antes em
meninas e 0,6 anos antes em meninos → osso cresce longitudinalmente, mas não mineraliza nas
mesmas proporções = + vulneráveis (fragilidade óssea transitória)
4) Gestação e lactação:
₋ Aumento da absorção intestinal do cálcio e desmineralização do esqueleto materno: aumento da
síntese de calcitriol materno e ação da prolactina e lactogênio placentário humano sobre o epitélio
intestinal → absorção duplica próximo a 12ª semana
₋ Balanço de cálcio materno é positivo: aumento da deposição de cálcio no esqueleto materno ates
da demanda fetal
₋ Lactação: desmineralização do esqueleto → DMO pode diminuir 5-10% nos 6 meses de AME,
retorna ao normal 6-12 meses após, mesmo se manter AM. A recuperação da MO da adolescente
se reestabelece SEM prejuízo de seu potencial.
5) Menopausa:
₋ Momento crítico com relação ao volume de MO: insuficiência estrogênica → aumento
desproporcional da osteoclastogênese em detrimento da atividade osteoblástica (perda óssea +
acelerada) = desacoplamento entre formação e reabsorção
₋ Alteração do metabolismo de cálcio: insuficiência estrogênica → menor estímulo de receptores de
estrogênio no intestino
₋ Taxa de perda óssea: 3-7%/ano nos primeiros 5-10 anos e 0,5-2%/ano após
** Nos homens: testosterona tem papel importante na formação óssea e estrógeno e testosterona na
reabsorção óssea (papeis independentes)
Células ósseas:
1) Osteoblastos (4-6%)
₋ Diferenciados a partir de células tronco mesenquimais pluripotentes (mesma origem dos
condrócitos e adipócitos)
₋ Diferenciação: controlada por diversas citocinas - Hedgehons, proteína morfogênica óssea (BMP),
TGF-B, PTH e Wints → Gatilho para diferenciação osteoblástica: RUNX-2
₋ Osteoblastos maduros: células cuboides organizadas em nichos nas superfícies ósseas
₋ Responsáveis pela formação óssea:
o SÍNTESE: sintetizam e depositam matriz orgânica → OSTEOIDE (colágeno tipo I)
o MINERALIZAÇÃO: aumento da atividade de FA induz aumento da [ ] local de cálcio e
fosfato e produção de osteocalcina e proteínas não colágenas (osteonectina, osteopontina e
sialoproteínas) pelos osteoblastos (proteína ligadora do cálcio) contribuindo para aumento
da [ ] de cálcio → CRISTALIZAÇÃO
₋ Vias de regulação dos osteoblastos:
2) Osteoclastos (1-2%)
₋ Derivados dos precursores mononucleares na linhagem mieloide das células hematopoiéticas
(células do sistema macrofágico-monocitário)
3) Osteócitos (90-95%)
₋ Tipos de células mais abundantes e de vida mais longa do esqueleto adulto
₋ Papel central na regulação dinâmica do osso
₋ Derivam dos osteoblastos que ficaram aprisionados na matriz óssea durante a sua formação e
mineralização
₋ Prolongamentos dendríticos que emanam do corpo celular e o conectam a outros osteócitos,
células da superfície óssea e vasos sanguíneos → essenciais na comunicação e nutrição celular
na MO mineralizada
₋ Rede de osteócitos:
o Corpo celular: localizado em um espaço elipsoidal (LACUNA)
o Processos dendríticos: pequenos canais cilíndricos (CANALÍCULOS)
₋ Osteocitogênese:
o Diminuição da expressão de genes de colágeno tipo I, sialoproteína óssea e FA
o Aparecimento de moléculas próprias dos osteócitos: DMP1, PHEX, FGF23, esclerostina
(gene SOST), FA, catepsina K
₋ Morte dos osteócitos: depende da idade do esqueleto, do sexo e de alterações do turnover ósseo
o Envelhecimento: redução da viabilidade
o Diminuição do número de osteócitos: alterações na integridade e segurança da estrutura
óssea → prejuízo na resposta a microdanos e deficiência na habilidade de repara-los =
fragilidade óssea
o Ação fagocítica de osteoclastos e/ou apoptose
o Apoptose de osteócitos leva a forte reabsorção mediada por osteoclastos = perda óssea
o Apoptose é essencial para o reparo de danos e renovação normal do esqueleto)
o Fatores que inibem a apoptose (efeito antiapoptótico): estímulos mecânicos, estrógenos,
moduladores seletivos do receptor de estrógeno, bisfosfonatos, calcitonina e calbindina
o Fatores que induzem a apoptose: redução de carga mecânica, glicocorticoides
o Condições patológicas: osteoporose e osteoartrite → aumento da fragilidade óssea
(dificuldade de detectar o dano e reagir a ele)
₋ Extensa rede mecanossensora:
o Transformam a tensão mecânica em sinais bioquímicos que modulam os processos de
formação e reabsorção óssea (regulam o remodelamento ósseo)
Diretamente: via deformação da MO perilacunar → reduz o recrutamento e atividade
dos osteoclastos (mediado pelo NO)
Indiretamente: via alteração do fluxo de fluído pelo sistema lacunocanalicular (1ª
alteração: aumento de Ca intracelular)
o Falta de tensão mecânica: diminuição dos sinais inibidores dos osteócitos para os
osteoclastos e produção de sinais pró osteoclastogênicos (↑ RANKL e esclerostina) →
reabsorção óssea → perda óssea por desuso
Esclerostina (-): sintetizada pelos osteócitos; ação parácrina; inibição da atividade
osteoblástica (bloqueia a via Wnt/beta catenina = ligante dos receptores LRP5/6);
estimulação da osteoclastogênese, inibida pela carga mecânica
Perda de 1% de massa óssea por semana em pacientes acamados
LEI DE WOLFF: importância da carga mecânica para a estrutura óssea
Quantidade e intensidade dos exercícios com impacto: preditores + significativos de
mudança na estrutura óssea
₋ Regulação do metabolismo do fósforo:
o Fósforo: essencial para mineralização óssea, constituinte da membrana celular
o Concentração de fósforo é regulada pela absorção intestinal, reabsorção renal e
remodelamento ósseo
o FGF23: principal regulador da fosfatemia (outros reguladores: PTH e 1,25(OH)2D)
Produzido por osteócitos e osteoblastos → produção é regulada por genes:
PHEX e DMP1: redução direta dos níveis de FGF23
MEPE: ação indireta → inibe PHEX
Estímulos para produção de FGF23: 1,25(OH) 2D, aumento da ingestão dietética de
fósforo e PTH
Age através da ligação ao complexo receptor FGFR1/co-fator Klotho
Estimula a fosfatúria → inibição da expressão dos cotransportadores NaPiIIa e
NaPiIIc nos túbulos renais
Reduz a produção de 1,25(OH)2D → reduz atividade da 1a hidroxilase e aumenta
atividade da 24 hidroxilase
Inibe a produção de PTH
1) Displasia cleidocraniana:
₋ Mutações no gene RUNX-2 (gatilho para diferenciação osteoblástica)
₋ Doença autossômica dominante
₋ Defeitos no desenvolvimento dos ossos do crânio
₋ Baixa estatura
₋ Fontanelas patentes
₋ Dentes supranumerários
2) Displasia captomélica:
₋ Mutações no gene SOX9 (regulador da diferenciação dos condrócitos)
₋ Doença autossômica dominante
₋ Deformidades de ossos longos
₋ Óbito neonatal por insuficiência respiratória (maioria)
3) Osteogênese imperfeita:
₋ Mutações dos genes COLIA1 e COLIA2 (codificação do colágeno tipo I – principal
componente da matriz orgânica)
₋ Fragilidade óssea com fenótipo variável
4) Acondroplasia:
₋ Mutações no gene FGF-R3
₋ Alterações na formação de colágeno
₋ Formação óssea intraútero anômala
₋ Baixa estatura
5) Osteoporose-pseudoglioma:
₋ Mutações com perda de função no LRP5
₋ Prejuízo na formação óssea com baixa MO e fragilidade
₋ Amaurose
6) Osteomalácia secundária a displasias ósseas:
Aumento da produção de FGF23 pelos osteócitos → Hipofosfatemia → redução de 1,25(OH)2D →
alteração da mineralização e fraqueza muscular
Ex: Síndrome de McCune-Albright
Metabolismo do cálcio:
₋ Cátion divalente
₋ Funções:
o Divisão e adesão celular
o Estabilidade da membrana plasmática
o Permeabilidade da membrana ao sódio
o Secreção de proteínas
o Contração muscular
o Excitabilidade neuronal
o Metabolismo da glicose
o Cofator no processo de coagulação
₋ Massa total de cálcio em adultos: 1000g
o 99% ossos: cristal de hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2] → fonte para vários sistemas
dependentes de cálcio
o 1% sangue: compartimento extracelular e tecidos
₋ Concentração sérica total: 8,5 a 10,5 mg/dL
o 50% fração ionizada biologicamente ativa (4,65-5,25)
o 40% ligado à albumina (mecanismo de ligação dependente de pH)
o 10% complexos com citrato ou fosfato
Ca total corrigido = Ca total + 0,8 (4 –
albumina)
₋ Alterações no equilíbrio cálcio-albumina dependente de pH (mudança de 0,1 no pH = alteração de
0,16 no Cai)
o Alcalose: ↑ ligação → ↓ Cai (hiperventilação → ↑ pH → parestesias)
o Acidose: ↓ ligação → ↑ Cai
₋ Concentração intracelular: até 10 mil vezes menor que no MEC → polaridade negativa → gradiente
favorável à entrada de cálcio
₋ Controle do cálcio: receptores sensíveis ao cálcio → modulam a produção de hormônios pelas
células paratireoidianas, ósseas, intestinais e renais para manter a [ ] extracelular estável
o Receptor sensor de cálcio (CaSR):
Superfície da membrana plasmática
Família de receptores acoplados à proteína G
7 domínios transmembrana
Ativado pelo aumento da [Ca] → Ca se liga ao domínio extracelular → mudança
conformacional e ativação da subunidade Gq/11 da proteína G → ativação da
sinalização intracelular via fosfolipases C → inibição da secreção de PTH pré
formado (em minutos)
↓ [Ca] → alterações de potencial da membrana plasmática (↑ permeabilidade ao Na
e ↑ excitabilidade) → ↑ PTH (regulado pelo alfa-Klotho)
₋ Homeostase do cálcio:
1. Rins: Balanço é mantido principalmente pelo controle renal
10g de cálcio filtrado/dia → 99% reabsorvido
Valores normais de excreção renal: 100 a 300mg/dia
Túbulo proximal e alça de Henle: ↑ peritubular de Ca e Mg → ↓ reabsorção // ↓ Ca e
Mg → ↑ reabsorção (forma passiva paracelular devido a potencial transepitelial + no
lúmen gerado por transporte de Na, K e Cl por cotransportador Na-K-2Cl apical)
PTH: aumenta a atividade do cotransportador
↑ Ca: inibe a atividade do cotransportador via ativação do CaSR
2. PTH: papel fundamental na regulação fina
Estimula a reabsorção de Ca no túbulo proximal (35% dependente do PTH)
Porção ascendente da alça de Henle (transporte paracelular): 20%
Túbulo contorcido distal (transporte transcelular via TRPV5): 15%
Regulação indireta do PTH pela vitamina D (através de elementos responsivos a
vit.D na região promotora de CaSR)
Metabolismo do fósforo:
Metabolismo do magnésio:
₋ Distribuição: 25g
o 66% osso (hidroxiapatita e superfície óssea)
o 33% intracelular
o 1% LEC (30% ligado a proteína, 70% livre)
o [ ] LIC ~ LEC
₋ Funções:
o Mineralização
o Cofator e regulador de sistemas biológicos
o Transporte de fosfato nas mitocôndrias
o Cofator na produção de ATP
₋ Regulação: varia com absorção intestinal, reabsorção renal e fluxo ósseo
o Absorção intestinal:
Paracelular: passiva, voltagem dependente, guiada pela [ ] luminal de Mg (80-90%)
Transcelular: proteínas transportadoras de Mg (CNMM/Acdp2, MgT1, SLC41A1,
SLC41A2, TRPM6 e TRPM7)
1,25(OH)2D NÃO participa da absorção intestinal de Mg
o Reabsorção renal:
95% é reabsorvido (15% túbulo proximal, 70% alça de Henle e 10% túbulo distal)
↑ reabsorção: hipomagnesemia, hipercalcemia, IR, expansão do volume extracelular,
depleção de P, ciclosporina e síndrome de Gittelman
↓ reabsorção: hipermagnesemia, hipocalcemia, retração do volume extracelular,
infusão de fosfato, alcalose metabólica, PTH e PTHrP
₋ Dieta: presente em todos os tipos de alimentos → não há deficiência por ingesta inadequada sem
que existam alterações graves na absorção intestinal ou na FR
₋ Hipomagnesemia: ↓ absorção intestinal ou reabsorção renal (DM2, hipertensão, osteoporose e
tétano, medicamentos – diuréticos, aminoglicosídeos, imunossupressores e cetuximabe)
₋ Deficiência de Mg contribui para o desenvolvimento de osteoporose:
o Baixa absorção intestinal = retirada de Mg da superfície óssea → perda de resistência dos
cristais de hidroxiapatita → microfraturas
o ↓ Mg → ↑ NO → ↓ atividade dos osteoblastos e ↑ atividade dos osteoclastos
₋ Em transplantados renais, a hipomagnesemia foi precursor independente para DM
₋ Deficiência de Mg pode levar a perda urinária de potássio → inibição do ROMK
VITAMINA D
A) Fisiologia da Vitamina D
- Poucas são as fontes alimentares de Vit D -> dependência da luz solar para suprir necessidades
- É um hormonio esteroide, e seu precursor é o 7-dehidroxicolesteol (7DHC), sintetizado na pele
- Os raios UVB fragmentam uma dupla ligação de carbono do 7-dehidroxicolesterol, formando o pré-
colecalciferol.
- O pré- cholecalciferol é isomerizado por temperatura, convertendo-o em Vit D3 (colecalciferol), de forma
lenta e espontanea.
- A exposição da face, mãos e braços 2-3x/semana de maneira a provocar eritema na pele é suficiente
para aumentar a Vit D3 na mesma intensidade que uma dose de 10.000 a 25.000 UI de Vit D oral.
- A exposição solar exagerada, não leva a intoxicação pois:
- Melanócitos competem com o 7DHC pelos raios solares
- O 7DHC também é convertido em 02 outros produtos biologicamente inativos (lumisterol e
taquisterol), limitando a produção de Vit.D3
OBS: Ergosterol (Vit D2): Mais abundante esterol das plantas -> Metabolismo similar ao da Vit D3,
encontrado também em suplementos. Mesma atividade biológica da Vit D3, porem com meia vida
diferente, e eleva menos a 25OH que o colecalciferol.
- No tecido hepatico, ocorre a primeira etapa da bioativação da Vit D -> Hidroxilaçao do carbono 25 pela
P450, formando a 25 hidroxivitamina D. -> Processo com regulação pouco rigorosa, independente de
PTH.
- 25OH Vit D é o metabólito circulante mais abundante. 99% da 25OH circula ligado a albumina ou à DBP
(proteina ligadora de Vit D) e 1% ligada a alfafetoproteína -> Confere proteção da ViT D à depuração
renal. A 25OH vit D tem ação biológica limitada!
- A 25OH é transportada aos rins (tubulos proximais) onde é endocitada por receptores (megalina e
cubilina) e sofre nova hidroxilação pela enzima 1alfa hidroxilase e torna-se ATIVA -> calcitriol
(1,25OH2D)
- A hidroxilação nos rins é estimulada principalmente pelo PTH, que estimula diretamente a transcrição do
gene da 1alfa hidroxilase. Outros fatores que aumentam a 1,25OH2D: estrogeno, prolactina, GH.
- A hidroxilaçao nos rins é inibida pelo aumento do fosfato sérico, pelo FGF-23, pelo FRP-4 e pela
fosfoglicoproteina de matriz extracelular (MEPE). O proprio aumento da 1,25OH2D faz Feedback
negativo e aumenta a 24alfa- hidrolizase, que produz metabólitos inativos da VitD.
OBS: No ciclo exógeno de VitD, ercocalciferol e colecalciferol sao absorvidos no íleo distal, e exige sais
biliares para absorção.
—> D2 e D3 tem meia vida de 19-25h, mas são estocadas nos adipócitos por mais tempo
—> 25OH VitD tem mais afinidade pela DBP e tem meia vida de aproximadamente 20 dias
—> 1,25OH2D tem meia vida de 15h
B) Ações da Vitamina D
- O receptor da Vit D (VDR) pertence a superfamilia dos receptores nucleares dos fatores reguladores de
transcrição dos esteroides, acido retifico , hormônios tireoidianos e Vit D.
- 1,25OH2D se liga ao VDR, que interage com o receptor do acido retifico, formando um heterodimero
que se liga à sequencias especificas do DNA, conhecidas como elemento responsivo à vit D (VDRE)
C1) Genética:
- 20-40% da concentração sérica de Vit D é influenciada geneticamente, devido a mutação ou
polimorfismos em genes envolvidos em seu metabolismo, catabolismo, transporte ou de ligação ao VDR
C2) Idade:
- Modificaçoes da epiderme com o envelhecimento levam a menor eficiência da síntese cutânea de VitD,
com menor formação do precursor 7DHC.
- Com aumento da idade ocorre menor ingesta de cálcio e Vit D, menor exposição a luz solar, aumentam
o numero de doenças crônicas e o numero de medicamentos que interferem com metabolismo da Vit D
- Com o aumento da idade, a 1alfa hidroxilase se torna menos eficiente.
C3) Latitude, estação do ano, hora do dia:
- Sol a pino fornece maior radiação UVB (meio dia)
- No inverno, o sol nao atinge a posição “A Pino” (angulo de zênite solar aumentado) -> Menor radiação
UVB disponível
- No inverno temos menor exposição solar por reduzirmos atividade ao ar livre e pelo uso de vestimentas
mais pesadas
- Em altas latitudes, o sol não atinge a posição “A Pino” (angulo de zênite solar aumentado).
C4) Habitos de vida e exposição solar:
- Atualmente usamos mais protetor solar para evitar Ca de pele
- Tendencia a menor exposição solar e maior uso de roupas no dia a dia.
C5) Ensaios laboratoriais:
- HPLC/ espectometria de massa em Tandem -> padrão Ouro -> Podem distinguir níveis individuais de
D2 e D3, apresentam menor interferência analítica
- Radioimunoensaio é o mais utilizada (D2 e D3 DOSADOS JUNTOS)
- Quimioluminescencia: Tecnica mais rapida e simples
D) Valores de Normalidade:
E) Hipovitaminose D no Brasil:
- Apesar de ser país tropical, hipovitaminose D é frequente
- Niveis mais elevados de Vit D são vistos em jovens, pacientes com vida na comunidade (não
institucionalizados), que fazem exercícios físicos ao ar livre, durante a primavera-verão, residentes de
cidades litorâneas e em latitudes mais baixas.
OSTEOPOROSE
OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSA (VILAR)
- 2 ossos > compacto cortical (+ sensível à ação do PTH – fêmur e rádio 33%)
esponjoso trabecular (interior de ossos longos e esqueleto axial – mais sensível à esteróides
sexuais e glicocorticóides)
- Osteoclastos (reabsorção) dão lugar a osteoblastos (construção) que preenchem essas cavidades
com nova matriz protéica (osteoide), que será mineralizada, demora 3-4 meses
- Osteócitos ficam sepultados nas lacunas no interior da matriz óssea calcificada.
- Mulheres: menor pico de massa óssea e queda abrupta estrogênica na menopausa.
>> Fatores de risco Osteoporose: sexo feminino; raça caucasiana ou asiática; baixa densidade mineral
óssea, idade, história familiar de fratura por fragilidade, fratura prévia, sedentarismo, distúrbio
neuromuscular, tagabismo, uso de corticóide, artrite reumatóide, DM, IMC<18, amenorréia, quedas,
causas secundárias de osteoporose.
Risco fratura vertebral: perda histórica de >4 cm de altura
FRAX: calcular a probabilidade de fraturas de quadril e fraturas maiores (coluna, antebraço, quadril ou
ombro) do indivíduo nos próximos 10 anos. >> TTO FRAX 10 anos >3% quadril ou > 20% fratura maior
(nos EUA)
- limiar de intervenção
- limiar de avaliação
- limiar de indicação de avaliação de DMO por DXA (se não houver)
> limitações do FRAX: NÃO avalia dose de GC, nº doses de álcool, duração de tabagismo e nº de
cigarros/dia, DMO quadril, nº de fraturas prévias, não contempla quedas e marcadores bioquímicos, não
se aplica na pré-menopausa. Subestima o risco de fraturas no paciente DM.
FRAX:
Idade 40 a 90 anos
Gênero M/F
Peso Kg
Altura Cm
Fratura prévia Sim/não
Pais com fratura de quadril Sim/não
Tabagismo atual Sim/não
Glicocorticóide >= 5 mg de prednisona por > 3 meses
Artrite reumatóide
Osteoporose secundária DM1, osteogenese imperfeita,
hipertireoidismo não tratado,
hipogonadismo ou Falência Ovariana
Precoce <45 anos, má nutrição crônica
ou má absorção ou doença hepática
crônica)
Álcool >=3 doses/dia
DMO Colo fêmur (g/cm²)
# Laboratório:
- sem fratura: Ca, Cr, hemograma, 25-hidroxivitaminaD, calciúria 24h
- com fratura: P, PTH, FA, TSH, eletroforese de proteínas, testosterona, marcadores de remodelação
óssea
Marcadores de Formação óssea: FA, osteocalcina, pró-peptídeos do colágeno tipo I (PINP,
PICP)
Marcadores de Reabsorção óssea: fosfatase ácida tartarato-resistente; hidroxiprolina;
interligadores de colágeno (piridinolina, deoxipiridinolina livre ou ligada a peptídeo, CTX, NTX)
>> Hmg, VHS, glicemia; Ca, albumina, P, PTH, FA, Mg, 25hidroxivitaminaD, calciúria 24hrs (Ca e ClCr);
Cr, TGO, TGP, TSH;
Outros: testosterona total, LH e FSH homens; eletroforese proteínas; antiendomísio e
antitransglutaminases; marcadores de remodelação óssea (CTX), triptase (mastocitose sistêmica),
prolactina, anti-HIV, ferro e ferritina (hemocromatose); teste genético para COL1 A (osteogênese
imperfeita), gasometria venosa (acidose tubular renal), GH e IGF-1 (acromegalia), proteína Bence-Jones,
cortisol livre urinário, histamina (mastocitose sistêmica)
DMO, Rx lateral coluna torácica e lombar (avaliar fratura vertebral assintomática).
FORMAÇÃO REABSORÇÃO
PINP (pro-peptídeo aminoterminal do CTX (telopeptídeo de porção
colágeno tipo I) carboxiterminal do colágeno tipo I) – soro
ou urina, deriva da hidrólise de colágeno,
soro em jjeum, pode alterar pela função
renal e hepática
PICP (pró-peptideo C-terminal do NTX (telopeptideo da porção
colágeno tipo I) aminoterminal do colágeno tipo I)
FA óssea – osteoblastos (50%), TRAP 5b (isoforma 5b fosfatase AC
hepatócitos (50%), baixa sensibilidade a tártaro resistente) – hemodiálise interfere
intervenções de curto prazo na sua interpretação
Osteocalcina – proteína não colágena DPD (deoxipirinolina) e piridinolina –
produzida por osteoblastos proteólise do colágeno
DXA: coluna lombar (L1-L4), fêmur total e colo fêmur, antebraço distal (rádio 33% - mais afetado no
hiperpara primário);
Z-score: número de desvios padrões distantes da média para a própria idade do paciente (<= -2
pode sugerir causas de osteoporose secundária)
T-score: número de desvios padrões distantes da DMO em adultos jovens (20-30 anos)
- deve ser avaliado em homens >50 anos e mulheres na pós-menopausa (>65 anos)
- NORMAL ATÉ -1
- OSTEOPENIA -1,01 A -2,49
- OSTEOPOROSE <= -2,5
- OSTEOPOROSE GRAVE <= -2,5 (+) FRATURAS
- DXA: indicações de realizar: mulher com >= 65 anos OU pós-menopausa e <64 anos OU transição
menopausal (+) baixo peso, fratura prévia, medicações, doenças de risco
- homem >= 70 anos OU <70 anos (+) baixo peso fratura prévia
- adultos com fratura por fragilidade, doenças (DRC, hiperpara, hipertireoidismo, fibrose cística, doença
celíaca, DII, osteogênese imperfeita, depressão, Ca mama, hipogonadismo); medicamentos (heparina,
varfarina, ciclosporina, GC, medroxiprogesterona, quimio, LT4), em tratamento de osteoporose, mulheres
que interromperam a terapia estrogênica.
Obs: cada serviço tem seu erro de precisão calculado para encontrar a mínima variação significativa
(MVS) de cada sítio esquelético, a MVS é importante para exames comparativos para confirmar se houve
perda, estabilização ou ganho de massa. >> para comparação, utilizar o valor absoluto de DMO em g/cm ²
e não o T-score.
Obs: pessoas de baixa estatura podem ter sua DMO subestimada. Utilizar T-score apenas em indivíduos
que não estejam em fase de crescimento.
- Carbonato de cálcio (40% Ca elemento), com as refeições, pode causar constipação; 500 a 1000mg, 2-
3x/dia
- Citrato de cálcio (21% Ca elemento), pacientes com acloridria, gastoplastia, uso de IBP, historia de litíase
renal; 1000 a 2000 mg 2-3x/dia
- Gluconato de cálcio (9% Ca elemento); raramente usado na prevenção de fraturas; 500,648,972mg
- Lactato de cálcio (13% Ca elemento); 300-325 mg; raramente usado na prevenção de fraturas;
Vitamina D (>30 ng/dl se osteoporose) ex: 50.000ui/semana 6 a 8 semanas e 7.000UI/semana para
manutenção.
# Indicação de tratamento:
Presença de fratura por fragilidade, independente do T-score
T-score <= -2,5 em coluna, fêmur total ou colo de fêmur
T-score entre -1,0 e -2,5 (osteopenia) e FRAX 10 anos >3% quadril e >20% qualquer sítio (ou
de acordo com o limiar de intervenção)
- Risedronato: 5mg/dia, 35mg/semana e 150 mg/mês VO, sem jejum, previne fratura vertebral, não-
vertebral e quadril
- estudo VERT
- Ibandronato: 2,5mg/dia e 150 mg/mês, VO, previne fratura vertebral e não vertebral; 3mg/trimestral EV
não avaliado
- estudo BONE, DIVA, MOBILE
- Ácido zoledrônico: 5mg/anual, EV, previne fratura vertebral, não vertebral e quadril; evitar se alto risco
para FA ou FA presente.
- estudo HORIZON; infusão por 15 minutos;
Obs: pode haver hipocalcemia transitória; medicação EV (febre baixa, mialgia, cefaléia, artralgia, dor
óssea), risco de fratura atípica de fêmur (subtrocantérica ou diafisária).
- NÃO RECOMENDADO SE ClCr <30ml/min(risedronato e ibandronato) e 35 ml/min (alendronato e
ácido zoledrônico)
- VO não deve ser usada se doença esofágica significativa (DRGE), idade fértil
- Osteonecrose de mandíbula: exposição de osso necrótico na cavidade oral que não cicatriza em 8
semanas. Mais comum em pacientes com câncer, doses cumulativas de BF EV, higiene oral precária e
uso concomitante de glicocorticóides ou imunossupressores. OBS: não há indicação de alterar o
tratamento antes de procedimentos dentários.
ESTRÓGENOS
- aumento de DMO e diminuição do risco de fraturas vertebrais, não vertebrais e de quadril;
- se sintomas de climatério;
- terapia hormonal: <60 anos que estejam no período pós-menopausico por <10 anos; baixo risco para
doenças trombólicas, sem indicação para uso de bisfosfonatos ou denosumabe, sintomas vasomotores,
com sintomas climatéricos adicionais, sem história de doença isquêmica (coronariana ou AVC), sem
evidência de Ca de mama, concorda em fazer TRH.
- inibe osteoclastos (reabsorção), reduzindo RANKL e aumentando Osteoprotegerina (OPG).
- EEC 0,625 mg/dia ou 1-2 mg 17-betaestradiol/dia
MODULADORES SELETIVOS DE RECEPTOR DE ESTRÓGENO (SERM)
-Tamoxifeno: antiestrogênico na mama, agonista no endométrio, NÃO esta indicado para prevenção ou
tratamento da osteoporose pós-menopausa.
-Raloxifeno 60 mg/dia VO, previne fratura vertebral em 40%, diminui risco de Ca mama e aumenta
fogachos, trombose
-Basedoxifeno: reduz risco de fraturas vertebrais, pode ser usado combinado ao estrógeno (diminui
sintomas vasomotores, atrofia vaginal, aumenta DMO na coluna vertebral e quadril)
-Lasofoxifeno: reduz risco de fratura vertebrais e não vertebrais, risco de Ca mama e DCV
-Arzoxifeno: reduz risco fratura vertebral, aumenta TVP, fogachos, Ca endométrio
-Ospemifeno
CALCITONINA
- nasal, SC e IM
DENOSUMABE (Prolia 60 mg)
-anticorpo monoclonal humano que se direciona e se liga com alta afinidade e especificidade ao RANKL,
evitando a ativação do seu receptor, RANK, na superfície dos osteoclastos e seus precursores.
- Osteoprotegerina inibe a osteoclastogênese competitivamente, controlando a quantidade de ligante do
RANK disponível para se ligar e ativar o RANK.
-previne fratura vertebral, não-vertebral e de quadril
- 60 mg SC a cada 6 meses
- a interrupção do tratamento determina rápida diminuição da DMO, fraturas vertebrais de rebote
- pode ser usado se Doença renal crônica (não tem eliminação renal); não usar na gravidez.
- estudo FREEDOM: reduziu incidência de novas fraturas vertebrais, não vertebrais e de quadril em
mulheres pós-osteoporose;
- estudo DECIDE: denosumabe x alendronato;
- estudo STAND: ganho após uso de alendronato.
- estudo DATA: uso conjunto de Teriparatida e Denosumabe; na prática clínica é não recomendado. (off
label para casos muito graves);
2) ESTIMULADORES DA FORMAÇÃO ÓSSEA
TERIPARATIDA (Forteo - análogo PTH): 20 Mcg/dia SC, por no máximo 2 anos (risco de
osteossarcoma)
- administração intermitente de PTH apresenta efeito anabólico sobre o osso
- previne fratura vertebral, não-vertebral
- estudo VERO (compara Teriparatida com Risedronato);
-reduz esclerostina (esclerostina é produzida no osteocito- inibidor da via Wingless-INT Wnt), diferenciação
e ativação do osteoblasto;
- avaliar hipercalcemia e hipercalciúria; elevação de ácido úrico, vertigem e cãibras em membros
inferiores.
- contra-indicada: doença de Paget, irradiação óssea, elevação de FA óssea, crianças ou adultos jovens
sem fechamento epifisário, presença de metástase óssea, tumores ósseos.
- não há CI se disfunção hepática ou insuficiência renal leve a moderada (TFG 30-79 ml/min)
- após curso de Teriparatida, iniciar agentes antirreabsortivos;
ABALOPARATIDA
-droga anabólica, análogo do PTH, período máximo de uso de 24 meses,
- previne fratura vertebral, não-vertebral, osteoporótica maior e clínica
- risco de Osteossarcoma
- CI: crianças ou adolescentes com epífises abertas, em pacientes com doença de Paget, irradiação prévia
do esqueleto, metástase ou neoplasia óssea, doenças osteometabólicas, hipercalcemia ou nefrolitíase;
- 80mcg/dia, SC > seqüenciar sempre com bisfosfonatos (estudo ACTIVE)
- estudo ACTIVE: placebo x abalopararida x teriparatida
3) MISTA
Ranelato de estrôncio: somente osteoporose grave e impossibilidade de outras medicações, eleva
risco de doenças cardiovasculares.
CI: doença cardíaca isquêmica, doença arterial periférica ou doença cerebrovascular, TEV,
imobilização e hipertensão não controlada.
ROMOSOZUMABE
- anticorpo monoclonal que inibe a esclerostina (efeito anabólico e antirreabsortivo), estimula via
Wnt
- 210 mg/mês SC
- previne fraturas vertebrais
-estudo FRAME (romosozumabe seqüenciado por denosumabe)
-estudo ARCH (romosozumabe x alendronato)
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RESUMO AULA Bárbara - 2020
Qual paciente tem indicação de receber tratamento farmacológico?
Risco iminente de fratura: risco de fratura nos próximos 12 a 24 meses >> risco de nova fratura é
especialmente alto nos primeiros 2 anos após a fratura (vertebral ou não vertebral) >> iniciar medicação
osteoporótica o quanto antes após uma fratura – em casos de fratura de fêmur, aguardar 2 semanas após
a fratura para iniciar a medicação.
Risco baixo ou moderado: não tratar (maioria dos casos) e reavaliar o risco de fratura em 2 a 4
anos.
Paciente de alto risco (T-score <= -2,5; fratura; FRAX elevado) ou de muito alto risco (T-score <=
-2,5 + fraturas vertebrais)
SERM: redução de fratura vertebral apenas; aumento de fogachos (opção bazedoxifeno com estrogênios
conjugados 0,45 mg – prevenção); aumento risco de fenômenos tromboembólicos.
Estrogênio proteção de fraturas em todos os sítios.
Tibolona reduz fx vertebral e não vertebral; aumenta risco de AVC.
Uso de bisfosfoato oral por 5 anos ou venoso por 3 anos: reavaliar risco de fratura
Uso de Denosumabe por 5 a 10 anos: reavaliar risco de fratura (estudo de eficácia até 10 anos)
- alendronato: estudo com 1 ano de alendronato após 1 ano de denosumabe mostrou manutenção da
massa óssea. Iniciar 6 meses após a última dose.
- Ácido zoledrônico: estudo após 1 ano de romo e 2 anos de denosumabe mostrou manutenção de massa
óssea. Iniciar 8 meses após a última dose de denosumabe; usar pelo menos 2 doses de ácido
zoledrônico.
OUTRO RESUMO
SIM NÃO
- Avaliar causa secundária e adesão - T-score do fêmur <= -2,5 OU risco
- Considerar continuar BP ou mudar para elevado de fratura *
tratamento alternativo
- Reavaliar a cada 2-3 anos SIM: considerar continuar BP por até 10
anos ou mudar para tratamento
alternativo
- reavaliar a cada 2-3 anos
Tratamento alternativo:
1º linha: Teriparatida ou DMAb
2º linha: Raloxifeno ou ranelato de
estrôncio (se risco CV não for elevado)
Obs: * risco elevado de fratura: idade >70-75 anos; uso de GC ou IA; quedas freqüentes; FRAX elevado.
RX coluna lombar e torácica (AP e perfil) >> avaliar diminuição de altura de corpo vertebral (fratura)
- repetir RX de coluna: se houver dor nova durante o tratamento; se houver diminuição de altura (<2 cm);
durante “drug Holiday”
1 copo de leite = 250 mg Ca // 200 mg Ca (dieta)
FALHA TERAPÊUTICA
- Quando trocar o tratamento? Antes de trocar, avaliar: a fratura foi por fragilidade? A osteoporose primária
é mesmo a causa da fragilidade óssea? Adesão e persistência do tratamento foram adequadas? O
paciente foi adequadamente reposto de vitamina D e Cálcio? A medicação é eficaz para prevenir o tipo de
fratura que ocorreu? O tempo de tratamento foi adequado (mínimo de 1 ano de uso regular >80%)?
Obs: CTX ajuda a avaliar a adesão do paciente (se uso de antireabsortivos: CTX cai)
Troca: (opinião de especialista) > antirreabsortivo fraco por um mais potente da mesma classe; troca de
oral por injetável; antirreabsortivo por anabólico;
OSTEOPOROSE INDUZIDA POR GLICOCORTICÓIDES
- é a forma mais comum de osteoporose secundária
- corticóides interferem na diferenciação de osteoblastos, atuando na:
> medula óssea estimulando a maior formação de células da linhagem adipocitária em relação às células
da linhagem osteoblástica; Diminui função dos osteoblastos e aumento de apoptose
> reduz formação óssea, perda de osteócitos
> diminui resistência óssea e aumento da fragilidade
- aumentam a sobrevida de osteoclastos, estimulo de RANKL e efeito supressor sobre OPG.
- inibe a reabsorção de Ca no TGI, inibição da reabsorção de Ca no túbulo renal.
Diminui Ca sérico, Aumento PTH = hiperparatireoidismo secundário
- sarcopenia
# Manejo: se uso de >= 5 mg de prednisona/dia >=3 meses
- DXO (crianças e adolescentes: coluna lombar e corpo total – GC >0,16 mg/Kg/dia ou uso > 4x ocasiões)
- dosar 25 OH vitaminaD
- suplementar Ca+vitD (1.200mg-1.500mg; 800-1.000UI)
> mulheres na pós-menopausa e homens acima de 50 anos que iniciam terapia com GC com
expectativa de tempo de tratamento >= 3 meses
- bisfosfonato (70mg Alendronato/semana; Risedronato e ácido zoledrônico)
-se risco alto: Teriparatida, ou se falha com bisfosfonato
> mulheres pré-menopausa e homens com idade inferior a 50 anos: medidas preventivas;
bisfosfonatos apenas se fratura por fragilidade óssea; se Z-score <-2,0 após 2 anos de uso de corticóide.
OBS: padrão bifásico na redução da DMO (a perda óssea ocorre inicialmente de forma rápida, a qual é
seguida por perda lenta e persistente que perdura ao longo e seu uso)
- efeitos não são detectados precocemente pela DXA.
- osteócito: ativação da caspase 3 = eleva apoptose, diminui formação óssea
- osteoblasto: ativação da caspase 3 = eleva apoptose, diminui proliferação, diminui diferenciação, diminui
formação
- osteoclasto: aumento RANKL e diminui OPG = diminui apoptose, aumento reabsorção
- resulta perda massa óssea e diminui resistência óssea
FRAX BRASIL (WWW.abrasso.org.br)
- zona vermelha (paciente alto risco – que deve ser tratado)
- zona verde (paciente de baixo risco, sem necessidade de tratamento)
- sem DXA (zona amarela – indicação de avaliação mais precisa e a DXA pode avaliar na decisão)
- atualmente a recomendação é que pacientes com >=40 anos e de risco moderado a alto, com
previsão de Glicocorticóide por >3 meses deve ser tratado
- suplementação de Ca e Vitamina D (1.000 a 1.200 mg e 800 a 1.000 UI/dia)
>> mulher sem risco de gravidez ou homens: >=2,5 mg Pred (+) >=3 meses: Ca e VitD 1.000-1.200mg
(+) 600-800UI/dia; bisfosfonatos VO (alendronato, risedronato) > EV (AC zoledrômico) > teriparatida >
denosumabe
>> mulher em idade fértil que não pretende engravidar no período: >=2,5mg Pred (+) >=3 meses: Ca
e VitD 1.000-1.200mg (+) 600-800UI/dia; bisfosfonato VO (alendronato, risedronato) > teriparatida
OBS: futuro: Romosozumabe: anticorpo monoclonal humanizado antiesclerostina
RESUMO: PODE SER USADO:
Bisfosfonatos (Alendronato, Risedronato e ácido zoledrônico)
Teriparatida
Denosumabe
OSTEOPOROSE EM HOMENS
- A perda de massa óssea nos homens é gradual, sem queda rápida igual observada nas mulheres no
período de transição da menopausa
- Fraturas costumam ocorrer após 01 década após as mulheres, porem tendem a ser mais graves e cim
maior mortalidade
- A queda do estrógeno e da testosterona no homem favorecem a reabsorção ossea, com adelgaçamento
das trabéculas ósseas por atividade osteoblástica reduzida (nas mulheres ocorre mais a perda de
conectividade trabecular por aumento da atividade osteoclástica)
- O estrógeno tem papel importante na manutenção da massa óssea nos homens. A deficiência de
estrógeno no homem também leva a osteopenia, mesmo se suficientes de testosterona.
- A redução dos hormônios sexuais no homem com a idade, também leva a menor absorção de cálcio,
aumentando PTH e consequentemente aumentando a perda de massa ossea.
- No homem, a causa mais comum de osteoporose é a secundária, principalmente por excesso de
corticoide, hipogonadismo, alcoolismo e tabagismo.
- Fatores de risco: IMC, Idade, consumo excessivo de alcool (>10 porções por semana), tabagismo, uso
de corticoide cronico, HP de quedas, HP de fraturas, hipogonadismo, HP de AVE, DM, raça caucasiana.
- Quem investigar?
- Todos os homens acima de 70 anos
- Adultos com fratura de fragilidade
- Homens com >50 anos e fator de risco ou se comorbidades ou uso de medicamentos que levam a
baixa massa óssea.
- Quem tratar?
- Homens com fraturas prévias osteoporóticas
- Homens com alto risco de fratura pelo FRAX (>20% MOF e >3% quadril)
- Considerar T-score e fatores de risco associados, ja que há menos pesquisas em osteoporose em
homens.
- Abordagem medicamentosa:
- A maioria dos estudos com relação ao tratamento de osteoporose em homens é de pequena
amostragem e se apoia em estudos realizados em mulheres pós menopausa.
A) Bisfosfonatos:
- Droga de primeira escolha nos homens. Eficaz também em causas secundárias
- Aprovado em bula para tratamento de homens -> Alendronato, Risendronato, Acido Zoledronico.
- Em estudos mostram ganho de DMO em todos os sítios, com redução do risco de fratura principalmente
vertebral (amostragem pequena, muitas vezes nao alcançam significaria estatística para femur)
- Não há estudos de longo prazo com BP em homens, e tratamento deve seguir recomendações iguais
para as mulheres
- Se fratura de femur em homens, preferir Ac. Zoledronico
B) Teriparatida:
- Aprovada para uso nos homens assumindo que os benefícios vistos para as mulheres também se
aplicavam para os homens.
- Indicado para Osteoporose grave, múltiplos fatores de risco ou caso haja falha de tratamento com BP
- Dose, tempo máximo de uso por 2 anos e feitos adversos iguais aos vistos nas mulheres
- Sempre sequenciar com outra droga antirreabsortiva
C) Denosumab:
- Aprovado para uso em homens com osteoporose em terapia de privação androgenica, fraturas
osteoporoticas previas + múltiplos fatores de risco e falha de tratamento com outras terapias.
OBS: Calcitonina e SERM nao devem ser utilizados em homens, não há estudos que avaliem redução do
risco de fraturas
OBS: Reposição de testosterona só apresenta benefício com ganho de DMO em paciente com baixos
níveis de testosterona e não há estudos avaliando redução do risco de fraturas.
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
Fisiologia:
4) Paratireóides:
₋ Células principais (secretam PTH) e células oxifílicas (função desconhecida)
₋ Função principal: manter calcemia normal
₋ Receptores do sensor de cálcio são ativados quando o cálcio atinge níveis baixos, liberando PTH.
₋ Cálcio total: ligado a proteínas, principalmente albumina e globulinas
5) PTH:
₋ Gene do PTH: cromossomo 11
₋ Precursor: pré-pró-PTH
₋ 84 aminoácidos
₋ Produção regulada por: aumento da calcemia e da 1,25OHD (calcitriol).
₋ Mecanismos:
o Estimulação da reabsorção de cálcio no túbulo distal
o Estímulo da reabsorção osteoclástica no osso
o Ativação da 1 alfa hidroxilase 25 (OH) vitamina D3 no túbulo proximal renal => síntese de
calcitriol => aumento da absorção de cálcio no intestino delgado.
o Ação catabólica no esqueleto apendicular (principalmente nos terços médio e distal do
rádio)
o Ação anabólica no esqueleto axial (vértebras)
Etiologia:
Genes relacionados:
₋ Oncogene ciclina D1 (PRAD1): 20-30% de adenomas esporádicos e grande parte dos carcinomas
(expressão aumentada)
₋ Gene HRPT2: localizado no cromossomo 1q21-q31 >> 20% dos casos de carcinomas esporádicos
e na maioria dos pacientes com síndrome hiperpara-tu mandíbula. Rara em adenomas
esporádicos.
₋ HPTP neonatal grave: mutação no gene CaSR
Hiperparatireoidismo familiar:
Quadro clínico:
₋ Assintomático (maioria dos casos): ausência de envolvimento ósseo e renal. Podem apresentar
sintomas vagos ou inespecíficos (astenia, cansaço, depressão, distúrbio de memória)
₋ Deficiência de vitamina D exacerba a gravidade do acometimento esquelético
₋ Manifestações renais: nefrolitíase recorrente (15-20%), alteração da função renal, nefrocalcinose.
₋ Envolvimento ósseo (osteíte fibrosa cística): maior perda de osso CORTICAL >> dores ósseas,
fraturas patológicas (ossos longos das extremidades inferiores), fraqueza muscular (geralmente
proximal = reflexos tendinosos profundos hiperativos), deformidades e comprometimento
progressivo da deambulação.
o Achado radiológico + sensível e específico: reabsorção óssea subperiosteal, mais bem
evidenciadas nas falanges e porções distais das clavículas.
o Outros achados: osteopenia generalizada, desmineralização em sal e pimenta do crânio e
tumores marrons (osteoclastomas).
o Tumores marrons: processo reativo não neoplásico devido a reabsorção óssea e lesão
óssea localizada induzido pelo PTH. Radiologicamente: lesões líticas, bem definidas, que
expandem ou erodem o osso afetado. Podem simular uma neo primária ou lesão
metastática. Locais + frequentes: pelve, ossos longos e clavícula. Tumor marrom
mandibular ou maxilofacial pode ser manifestação inicial do hiperpara.
o DXA: predomínio da perda óssea no osso cortical (mais evidente em terço distal do rádio).
Na coluna lombar, DMO pode estar preservada. Em casos avançados, todo o esqueleto
pode estar envolvido.
o TBS baixo
o Cintilografia óssea: áreas de hipercaptação focal ou difusa.
₋ Manifestações cardiovasculares: HAS, hipertrofia ventricular esquerda, doença coronariana,
calcificações valvulares e miocárdica, anormalidades nas funções cardíaca e vascular, dislipidemia
(aumento de trig e diminuição de HDL).
₋ Manifestações psiquiátricas: até 23% dos pacientes - 78% depressão e ansiedade.
₋ Outras manifestações: poliúria, polidipsia, prurido, alterações gastrointestinais (esteatorreia,
doença ulcerosa péptica, anorexia, constipação, náusea/vômitos), pancreatite aguda ou crônica,
calcificações ectópicas (pulmões, rins, artérias e pele), ceratopatia em banda, neuropatia periférica,
manifestações articulares (condrocalcinose, erosões justarticulares, fraturas subcondrais, sinovites
traumáticas, gota úrica, baqueteamento digital).
Diagnóstico laboratorial:
₋ Dosar: cálcio, fósforo, albumina, fosfatase alcalina, PTH intacto, vitamina D, ureia e creatinina,
ácido úrico, cálcio urinário 24h e marcadores de reabsorção óssea.
₋ Dosagem de cálcio ionizado: pacientes com hiper ou hipoalbuminemia, trombocitose,
macroglobulinemia de Waldenstrom e mieloma e na suspeita de hiperpara normocalcêmico.
₋ Ca normal: atentar para flutuações nas concentrações do cálcio
₋ Deficiência de vitamina D pode mascarar a hipercalcemia
₋ 90% elevação do PTH; até 10% PTH normal ou no limite superior da normalidade
(inapropriadamente normal).
₋ PTH > 20 (VR 10-65) + hipercalcemia = diagnóstico de HPTP.
₋ Fósforo (2,7 a 4,5): faixa normal-baixa
₋ Marcadores bioquímicos de formação óssea (FA, P1NP e osteocalcina) e reabsorção óssea (CTX
ou NTX): faixa normal-alta ou discretamente elevados
₋ Hipercalciúria (Ca urinário > 250mg/24h): 30% assintomáticos, 50% ureterolitíase e 40% osteoíte
fibrosa cística.
₋ Relação cálcio urinário/clearance de creatinina > 0,02 (10-20% dos casos < 0,01)
₋ Acidose metabólica hiperclorêmica: casos com níveis muito altos de PTH levando a inibição da
reabsorção tubular de fosfato (hipercloremia e diminuição do HCO3 séricos).
₋ Hipomagnesemia: reabsorção tubular de magnésio é inibida pela hipercalcemia.
₋ Baixos níveis de 25OHD: aceleração da conversão de 25OHD em 1,25OHD mediada pelos altos
níveis de PTH.
₋ Aumento da 1,25OHD em 1/3 dos casos
₋ Inventário ósseo radiológico e DXA em coluna, fêmur proximal e rádio 1/3 distal.
₋ Pesquisa de nefrolitíase: US (mesmo em pacientes assintomáticos ou normocalcêmicos).
₋ Crise hipercalcêmica: Ca > 15 + depressão dos níveis de consciência + desidratação
Diagnóstico diferencial:
Exames de imagem:
NÃO são indicados para diagnóstico, apenas para localização da lesão paratireoidiana.
2. US de paratireoides:
₋ Sensibilidade: 64-100%
₋ Eficaz, barata e não invasiva
₋ Dificuldade na distinção entre adenoma de paratireoide e nódulos tireoidianos
₋ Operador-dependente
3. Dosagem de PTH no aspirado de PAAF: geralmente, valores de PTH > 4.000
4. TC e RNM: particularmente úteis em caso de lesões no mediastino e para doença persistente após
cirurgia. TC 4D: método superior ao US e cintilografia (alto custo e baixo acesso)
Tratamento:
1. Cirurgia:
Indicação:
Extensão da cirurgia:
₋ Exploração cervical bilateral com identificação de todas as paratireoides e retirada das anormais
(15-20% há detecção de aumento de mais de uma paratireoide)
₋ Cirurgia minimamente invasiva: anestesia locorregional, exploração unilateral e que pode ser
conduzida ambulatorialmente com alta no mesmo dia
₋ Paratireoidectomia subtotal: retirada de 3 paratireoides e metade daquela com aspecto mais
normal
₋ Dosagem intraoperatória do PTH (coleta após 10-15 min da retirada): queda de PTH >= 50% é
indicativo de cura (paratireoidectomia minimamente invasiva); < 50% doença de múltiplas glândulas
ou lento metabolismo do PTH (exploração bilateral). Aumenta os custos sem elevar as taxas de
cura significativamente.
Eficácia da cirurgia:
₋ Adenoma único: Cura cirúrgica após exploração cervical bilateral 95-98% / Recidiva: 2-5%
₋ Hiperplasia ou doença multiglandular: taxa de sucesso menor; depende do tipo de cirurgia /
Recidiva após paratireoidectomia subtotal: risco a longo prazo de aproximadamente 10 a 20% e
pode chegar a 50% nos pacientes com MEN / Recidivas mais raras após paratireoidectomia total e
reimplante de tecido paratireoidiano no antebraço
₋ Cirurgia bem-sucedida: normalização da calcemia em 4 a 12 horas, nadir geralmente 4 a 7 dias
após
₋ PTH pode permanecer elevado em cerca de 20% dos pacientes a despeito da normalização da
calcemia (transitório ou 4 anos ou mais) >> possíveis causas: deficiência de vitamina D ou
resistência renal à 1-alfa hidroxilação da 25-OHD mediada pelo PTH
Benefícios da cirurgia:
₋ Aumento na DMO: principalmente na coluna lombar e colo do fêmur, geralmente após 6 meses da
cirurgia (mais expressivo nos pacientes com doença óssea grave) – redução no risco de fraturas??
₋ Redução no risco de nefrolitíase
₋ Melhora da qualidade de vida
₋ Aumento na DMO: principalmente na coluna lombar e colo do fêmur, geralmente após 6 meses da
cirurgia (mais expressivo nos pacientes com doença óssea grave) - redução no risco de fraturas
Complicações:
Carcinoma de paratireoide:
Hiperparatireoidismo secundário:
₋ Aumento do PTH com cálcio normal
₋ Resulta da falência de um ou mais componentes dos mecanismos de homeostase do cálcio
(mecanismo compensatório à diminuição do cálcio)
₋ Causas:
o Redução da absorção de cálcio: deficiência de vitamina D - < 20 (causa mais comum),
cirurgia bariátrica, doenças disabsortivas, redução da ingesta de cálcio
o Renais: doença renal crônica (ClCr < 60), hipercalciúria e tiazídicos
o Desordens do metabolismo do fósforo: raquitismo vitamina D-dependente, osteomalácia
oncogênica (tumor produtor de FGF 23), síndromes disabsortivas com hipofosfatemia.
o Pseudo-hipoparatireoidismo (síndrome da resistência ao PTH)
o Drogas: bisfosfonatos, glicocorticoides, uso de lítio em curto prazo, anticonvulsivantes,
denosumabe
o Outros: intolerância a lactose (baixa ingesta de cálcio), insuficiência hepática (redução da
hidroxilação da vitamina D), síndrome da fome óssea, lactação
₋ Causa mais comum: deficiência de vitamina D (< 20) => correção do HPTS: > 30 ou 40.
₋ Insuficiência de ingestão de cálcio e/ou má absorção do cálcio pode ser avaliada indiretamente
pela avaliação da excreção de cálcio: < 2mg/kg/dia ou < 100mg/24h na suficiência de vitamina D
₋ DRC: hiperfosfatemia, deficiência de 1,25OHD (redução da 1-alfa-hidroxilase), diminuição do
clearance de PTH e resistência ao PTH.
HIPOPARATIREOIDISMO
● Doença rara, incidência estimada em, 24 a 37 pacientes para cada 100 mil pessoas/ano nos EUA.
● Mais frequente no sexo feminino e acima dos 45 anos de idade.
Etiologia :
As etiologias do Hipoparatireoidismo pode ser por danos as glândulas paratiróides,
Prejuízo da secreção do PTH ou causas genéticas
● Hipoparatireoidismo pós cirúrgico - A etiologia mais comum de HPT em adultos são cirurgias na
região cervical, em especial tireoidectomia, paratireoidectomia . (75% dos casos das causas
adquiridas)
- O HPT pós-operatório em geral ocorre devido à remoção acidental ou inevitável das paratireoides
e/ou em função de dano ao suprimento sanguíneo dessas glândulas.
- Transitório ->> duração< 6 meses , mais frequente , ocorrendo em 20-30% das tireoidectomia
total , sendo que 1-7% destes cursam com hipopara crônico
- Critérios para definir recuperação das Paratiróides
● Valores normais de cálcio e PTH sem uso de PTH recombinante por pelo menos 1 semana
● Necessidade de suplementação de cálcio abaixo de 1g ao dia
● Ausência da necessidade de suplementação com calcitriol
● A concentração do PTH sozinha não determina a recuperação do hipopara
* Costuma ocorrer dentro das primeiras 24 horas após a tireoidectomia. No entanto, em cerca de 60 a
70% dos casos os níveis séricos de cálcio costumam voltar ao normal após 4 a 6 semanas de evolução.
Após este período, o risco de HPT crônico aumenta, ocorrendo em 15 a 25% dos casos.
● Hipoparatireoidismo auto-imune - Segunda causa mais comum no adulto
- Destruição autoimune das paratiróides pode ser um fenômeno isolado ou vir associada a outras
deficiências endócrinas.
● Na prática clínica, a presença de outras manifestações autoimunes ajuda na sua identificação, uma
vez que a detecção de anticorpos específicos ( Anti-IFNw e Anti-NALP5 ) se restringe a pesquisa
clínica
Hipoparatireoidismo Funcional -
- Hipermagnesemia quanto a hipomagnesemia podem resultar em baixa concentrações de PTH.
Hipermagnesemia (excesso de administração, DRC, ou genéticas) - Aumento de MG > ativam o
receptor-sensor de cálcio (CaSR ) pelo aumento da fosfolipase C e A2 >> diminuição do AMPC >
redução da liberação de PTH
Hipomagnesemia (quadros disabsortivos, alcoolismo, pancreatite, DM mal controlado, etc) também
prejudica a ação e liberação do PTH pois o MG participa dos dois processos.
● Causas genéticas podem levar ao ao hipopara isolado ou associado a outras manifestações
Hipoparatireoidismo Isolado
Mutações no gene do PTH - Autossômico dominante ou recessivo
- Alteram o processamento do pre-pro-PTH , cujas mutações homozigóticas levam a concentrações muito
baixas de PTH secretado e/ou a formas mutantes de PTH , causando apoptose ainda durante sua
passagem pelo retículo endoplasmático.
Mutações do CaSR e da proteína G - no receptor sensor de cálcio ( causam ganho de função do CaSR
e levam a hipocalcemia com hipercalciuria e PTH baixo ou inapropriadamente normal.
- São considerados a principal causa genética de hipopara - transmissão autossômica dominante de alta
penetrância
> Formas Isoladas
- Hipoparatireoidismo autossômico dominante tipo I ou ADH1 (por mutações ativadoras do CaSR)
- ou ADH 2 ( mutações ativadoras da proteína G )
A administração de vitamina D deve ser feita com cautela nesses casos pois pode levar a hipercalciúria e
nefrocalcinose com prejuízo da função renal
● Hipotireoidismo
○ Hipoparatireoidismo ligado ao X
- descrita em várias gerações de uma mesma família , afetando apenas homens ,levando a
hipocalcemia e convulsões ainda na infância
- mutação no locus Xq26-27 - afetando a transcrição do gene SOX3 e prejudicando o
desenvolvimento das paratiróides
PSEUDOHIPOPARATIREOIDISMO (PHP)
● O PHP é um distúrbio genético da não responsividade dos órgãos alvos ao PTH.
● PHP e suas doenças relacionadas são causados por defeitos na sinalização via receptor acoplado
a subunidade alfa da proteína G estimulatória (Gsⲁ, codificada pelo gene GNAS) que em condições
normais ativa a AMPc.
● Em alguns casos podem haver resistência a outros hormônios que também agem via proteína G
omo GH,TSH, LH e FSH.
● Defeitos de pós receptortor são vistas no PHP1A (e sua variante PHP1C), PHP1B, PHP2, acrodisostose
tipo 1 (ACRD1) e ACRD2.
● As demais doenças relacionadas ao PHP (osteoma cutis, pseudopseudo-hipoparatireirosimo -
PPHP - e heterodisplasia óssea progressiva - HOP) não apresentam resistência hormonal
★ Dois tipos:
Laboratório:
* baixos níveis de Ca ++ sérico - HIPOCALCEMIA
* elevação da concentração sérica de fósforo -HIPERFOSFATEMIA
* PTH está ausente ou inadequadamente baixo na circulação. PTH BAIXO OU AUSENTE
* No entanto, ele pode estar elevado nos raros casos de resistência dos órgãos alvo ao PTH. 1–3
(hipoparatireoidismo por resistência à ação do PTH >>>> Pseudohipoparatireoidismo
QUADRO CLÍNICO:
● Sintomas: Geralmente decorrem da hipocalcemia - devido ao aumento da excitabilidade
neuromuscular, tanto da musculatura esquelética quanto da miocárdica, decorrente de
hipocalcemia
● Intensidade Dos Sintomas depende da rapidez de instalação da gravidade da hipocalcemia
● As complicações crônicas podem estar associadas tanto a progressão da doença quanto ao
tratamento - como as concentrações de fósforo costumam ser mais elevada pela falta do PTH , se
os valores de calcemia se elevarem também ocorrera aumento do produto cálcio x fósforo
aumentando a possibilidade de depósito mineral em diversos órgãos.
* Rins : Nefrolitíase (manifestação renal mais comum ) , nefrocalcinose e insuficiência renal (redução da
taxa de filtração glomerular. ) causada por hipercalciúria resultante do tratamento com suplementos cálcio
e calcitriol(risco maior em pacientes mutação ativadora do CaSR), aumento do produto cálcio-fósforo.
● A calciúria de 24 horas e a creatinina para cálculo da taxa de filtração glomerular devem ser
solicitadas periodicamente ( a cada 6 meses)
objetivo manter a calciúria dentro do normal. , abaixo de 300mg/dia ou de 4mg/kg/dia.
>>> Atentar para uso de Tiazídicos que reduzem a calciúria e podem levar a hipercalcemia
* Efeitos cardíacos - podem ocorrer independentemente da etiologia , apesar de um grupo dinamarquês
ter sugerido que apenas os pacientes com hipopara não cirúrgico apresentam maior risco de arritmias e
doenças cardiovasculares, ainda que a mortalidade geral não seja maior do que a população controle. não
há recomendações de investigação de rotina mas dependendo das comorbidades presentes o
monitoramento deve ser realizado
● a repolarização encontra se retardada, com prolongamento do intervalo QT. A excitação-contração
pode estar afetada , ICC refratária é observada , principalmente em pacientes que já tem ICC.
Prolongamento do Segmento ST. Ondas T anormais
* Efeitos Oftalmológicos : Catarata Subcapsular (resultante da hipocalcemia? Precipitação Fosfato
Cálcio cristalino?)
● estudos mostraram que pacientes com hipoparatireoidismo não cirúrgico apresentam 4X mais
chances de ter catarata precoce do que a população geral.
*Manifestações neuropsiquiátricas
- Parestesia periorais e em extremidades sao sintomas classicos de hipocalcemia
* Calcificações Dos Gânglios Da Base: pode ocorrer em até 74% dos pacientes e estão associados ao
tempo de doença.
Calcificações dos gânglios da base e cerebelo são mais comuns nos tipos idiopático ou autoimune.podem
ser assintomáticas,ou cursar com sintomas neurológicos extrapiramidais, convulsões . sao descritos
também surtos de depressão, desordens afetivas e outras manifestações psiquiátricas.
- A hipocalcemia crônica pode também propiciar o surgimento de disfunção extrapiramidal
(parkinsonismo, coreia, disartria etc.) e cerebelar (anormalidades da marcha, instabilidade postural etc.).
Sintomas extrapiramidais estão em geral associados à calcificação dos gânglios da base e costumam ser
detectados pela tomografia computadorizada.
* Dentes: Hipoplasia do esmalte dentário //Raízes Curtas // faltou trasona erupção dentária
//Predisposição a cáries
* Osso : a falta da ação do PTH em quaisquer das etiologias leva a redução do processo de remodelação,
com aumento tanto do compartimento cortical quanto do trabecular , resultando em ossos mais densos
porém hipermaduros
No entanto um estudo de pacientes com hipoparatireoidismo pós cirúrgico tem menos fratura de úmero
proximal e os não cirúrgicos, mais de fraturas de antebraço, apesar de a ocorrências de fraturas em geral
nao ter sido diferente da população controle
● Controle densitométrico feito de acordo com as recomendações da população geral.
● Um estudo mostrou que pacientes com hipopara podem apresentar maior frequência de fraturas
vertebrais morfométricas do que a população geral
*Manifestações neuromusculares
- ocorrem independente da etiologia
- a hipocalcemia leva a um estado de hiperexcitabilidade muscular que pode se manifestar da forma
de câimbras, contrações involuntárias, tetania e reflexos alterados.
1. Chvostek. Este último é obtido pela rápida percussão sobre o nervo facial em seu trajeto (cerca de 2
cm anterior ao lobo da orelha), o que resulta na contração dos músculos faciais ipsilaterais e do lábio
superior. Em torno de 10-25 % das pessoas normocalcêmicas apresentam esse sinal.
2. O sinal de Trousseau é mais específico (observado em 1 a 4% dos indivíduos normais) e é obtido
inflando se um esfigmomanômetro de pressão cerca de 20 mmHg acima da pressão sistólica, durante 3
minutos. Começa por adução do polegar, seguida da flexão das articulações metacarpofalangianas,
extensão das articulações interfalangianas e flexão do punho, produzindo a postura da main d'accoucher
(mão de obstetra)
Ambos os sinais podem ser mascarados pelo uso de hidantoína.
● Síndrome da Fome Óssea
Pode acontecer no pós operatório de uma paratireoidectomia bem sucedida em pacientes com
hiperparatireoidismo
primário (mais comum naqueles com envolvimento ósseo intenso). A síndrome da fome óssea (SFO)
resulta da ávida
captação de cálcio e fósforo pelos ossos. Caracteriza- se por sintomas de hipocalcemia associados a
níveis baixos de
cálcio e fósforo. Em geral, pode ser diferenciada do hipoparatireoidismo pós cirúrgico pelos valores séricos
de fosfato
(elevados no HPT e baixos na SFO).
SFO foi também percebida em casos de metástases osteoblásticas de câncer de próstata.
TRATAMENTO
● Objetivo do tratamento da hipocalcemia crônica é corrigir as concentrações de cálcio e fósforo,
reduzindo os sintomas do pacientes e a ocorrência de complicações crônicas graves.
● Manter a calcemia perto do limite inferior da normalidade do método e a fosfatemia no limite
superior com atenção a calciúria
● Vitamina D (calcitriol/alfacalcidol) = 0.25a 2 mcg/dia
No tratamento do hipoparatireoidismo permanente, além do cálcio, em geral é preciso administrar a
vitamina D. Como no hipoparatireoidismo a 1αhidroxilação está prejudicada, a preferência é para
metabólitos que não requeiram essa modificação: calcitriol (fármaco de escolha) e alfacalcidol.
● As doses devem ser ajustadas de acordo com a sintomatologia e a calcemia. CALCITRIOL -
Trata-se do tipo mais ativo da vitamina D (1,25[OH]2D3).
● É considerada a opção de escolha em virtude de apresentar maior rapidez de ação, curta meia
vida biológica (cerca de 4 a 6 horas), baixo risco de intoxicação, além de não requerer a
hidroxilação renal, prejudicada no hipoparatireoidismo
Contudo, o calcitriol também promove a remodelação óssea, por meio da sinalização da via RANKL.
● Os indivíduos em uso de calcitriol devem ser orientados a manter uma dieta pobre em fósforo, uma
vez que o análogo de vitamina D aumenta também a absorção intestinal desse mineral, o que pode
facilitar o desenvolvimento de hiperfosfatemia e o aumento do produto cálcio fósforo, com
consequente aumento do risco de calcificações extra esqueléticas. Portanto, naqueles pacientes
que cursam com níveis de fósforo acima do normal em vigência do tratamento com calcitriol, deve--
se diminuir a sua dose diária e aumentar a suplementação oral de cálcio (considerando o efeito dos
suplementos de cálcio em diminuir a absorção intestinal de fósforo).
• Cálcio dietético suplementos cálcio = 1- 9 g de cálcio elementar/ dia
Cada 1.000 mg de CaCO3 fornecem 400 mg de cálcio elementar.
● Como requer acidificação para ter uma absorção eficaz, o CaCO3 deve ser ingerido durante ou
após uma refeição ou com bebidas cítricas, pois ajuda também a quelar o fósforo contido nestas.
● Esse composto é menos absorvido em pacientes idosos, pacientes com acloridria ou naqueles em
uso de inibidores da bomba de prótons (p. ex., omeprazol, lansoprazol). Nesses casos, tem
preferência o citrato de cálcio, a menos que o paciente tenha insuficiência renal (contraindicação
para o citrato)- Indica-se que os suplementos de cálcio sejam tomados em doses fracionadas de 1
g ou menos, 3 considerando a provável saturação da capacidade absortiva intestinal de cálcio a
cada refeição
● Colecalciferol:Maior meia vida permite controle mais estável da calcemia
Outros benefícios não diretamente relacionados à 1,25(OH)2D Ø Se calcitriol não é factível, altas doses
de VD podem ser usadas, com cuidado
-As desvantagens incluem a necessidade do metabolismo hepático e renal, bem como início de
ação mais lento (10 a 14 dias) e duração de ação mais prolongada. Assim, caso aconteça hipercalcemia, o
efeito dessas vitaminas pode persistir por várias semanas (14 a 75 dias) após a interrupção do tratamento.
Portanto, uma vez existindo a disponibilidade do tratamento com calcitriol, seu uso em altas doses não tem
sido mais necessário.
- No entanto, colecalciferol ou ergocalciferol são, muitas vezes, usados em conjunto com o calcitriol. A
meia-vida deles (2 a 3 semanas) ajuda a propiciar um controle mais suave, em função da meia-vida muito
curta do calcitriol, que é medida em horas. Além disso, a reposição com o calcitriol não assegura a
manutenção de níveis séricos adequados de 25 hidroxicolecalciferol, que devem ser mantidos acima de 30
ng/mℓ, mesmo em pacientes com HPT. O racional para essa recomendação baseia-se no fato de que a
ativação celular do colecalciferol, a partir de hidroxilases teciduais, ocorre em alguns tecidos extrarrenais,
sendo importante para determinadas funções celulares. Portanto, recomenda-se iniciar reposição de
colecalciferol nos pacientes com hipoparatireoidismo e deficiência de vitamina D associada (níveis abaixo
de 20 ng/mℓ), independentemente do uso concomitante de calcitriol
- Uso do PTH RECOMBINANTE
PTHrh(1-84 - aprovado em 2015 pelo FDA para p tratamento do hipoparatireoidismo
● pode ser administrado 1x/dia via subcutânea reduzindo as doses extras de cálcio e vitamina D
● Dose varia de 50-100 ug ao dia
● indicação se reserva para os casos de difícil controle em adultos, com comprometimento renal
grave, dificuldade de absorção intestinal ou doses muito elevadas de cálcio e vitamina D , apesar
de a medicacao não estar ainda disponível no Brasil,
● ja o PTHrh (1-34) a teriparatida. esta liberado para tratamento da osteoporose, porém em bula não
consta a indicação para hipoparatismos. Tem meia vida mais curta, nenecestiara ser aplicada mais
vezes ao dia
• Tiazídicos
– diminui hipercalciúria
- Em função de aumentarem a reabsorção de cálcio no túbulo distal, os tiazídicos podem ser úteis para
reduzir ou evitar a hipercalciúria causada pela terapia com cálcio e vitamina D
Quando a excreção urinária de cálcio nas 24 horas se aproximar de 250 mg, recomenda se utilizar um
diurético tiazídico (p. ex., hidroclorotiazida ou clortalidona, 25 a 100 mg/dia) junto com dieta hipossódica.
O efeito sobre a calciúria é dose dependente, podendo ser necessário chegar a uma dose 100 mg/dia,
dividida em duas tomadas diárias. Durante o tratamento, distúrbios hidroeletrolíticos e a pressão arterial
devem ser monitorados.
● Monitorar hipomagnesemia e hipopotassemia
Não usar se insuficiência adrenal (Síndrome poliendócrina múltipla apo 1 ou algumas formas de hipopara
dominante associada a síndrome de Barter)
Hipocalcemia aguda
* Embora o valor real do Ca ++ sérico corrigido seja quase sempre considerado um limiar para o
manuseio agudo (ou seja, 7,5 mg/dℓ , são os sintomas que em geral ditam a decisão de se administrar ou
não cálcio por via intravenosa (IV). Assim, pacientes com sintomas graves (p. ex., tetania, laringospasmo,
broncospasmo, convulsões, insuficiência cardíaca ou status mental alterado) requerem a administração
imediata de cálcio IV, mesmo se o Ca ++ sérico estiver apenas um pouco reduzido (p. ex., 7 a 8 mg/dℓ
[1,75 a 2 mmol/ℓ]).
* Gluconato de cálcio a 10% = 90 mg de calcio elementar /10 ml )
Fase aguda
• Gluconato deCa(10%):1a2ampolasEVem 10-20min
• Gluc.Ca em 8 a 10 Horas (0,5a1,5mg/Kg/h)
Diluição : 5 ampolas de gluconato de cálcio a 10% + 450 ml de soro glicosado a 5% :
OU SEJA 450 MG DE CÁLCIO ELEMENTO DILUÍDOS EM 450 ML DE GLICOSADO : 1MG/ML >>>> SE
COLOCAR 1MG/KG/HORA >>>PACIENTE DE 50 KG >>>>> DEVERÁ CORRER A 50 ML/HORA
exemplo : paciente de 50 kg pode correr a 50 ml/hora
O ideal é manter a infusão IV de cálcio até que o paciente receba um esquema efetivo de reposição oral
de cálcio e vitamina D.
METAS DO TRATAMENTO:
* controlar os sintomas e manter os níveis de Ca ++ sérico total corrigido pela albumina próximo ao limite
inferior da normalidade (algum valor entre 8 e 8,5 mg/dℓ)
* fósforo sérico próximo ao limite superior da normalidade (normal, 2,7 a 4,5 mg/dℓ),
* o cálcio urinário < 300 mg/24 hrs ou 4mg/kg/dia
* produto calcio × fósforo < 55 mg 2 /dℓ 2 (4,4 mmol 2 /ℓ 2
MONITORAMENTO
* Anual/ semestral ou mais frequentemente, se clinicamente indicado
* Dosagens Séricas De Cálcio,fósforo, magnésio, 25OHD, Creatinina(RFG)
*Dosagens Em U24h:cálcio
* US renal a cada 5 anos
* DXA de acordo com recomendação da população geral
* Exame oftalmológico anual
* TC de crânio se sintomas
Gravidez e lactação
● As adaptações fisiológicas durante a gravidez e a lactação afetam o manejo do hipoparatireoidismo
● A absorção de cálcio é facilitada durante a gravidez pelo aumento da síntese do calcitriol pela
placenta, assim como da proteína relacionada ao PTH(PTHrP).
● Nessa fase a secreção materna de PTH é inibida, mas o cálcio sérico corrigido pela albumina
permanece normal
● Em contraste a ação do PTHrP produzida pela glândula mamária tende a mobilizar o cálcio do
esqueleto durante a lactação
● O aumento da demanda de cálcio para a mineralização do esqueleto no último trimestre aumenta a
necessidade de calcitriol para evitar a hipocalcemia
● Dose diária de cálcio no início da gestação 800-1500 mg
● Dose diária cálcio no final da gestação 2.000-3.000mg terceiro Trimestre
● Durante a gravidez a dose diária de calcitriol recomendada está entre 0,25-3,0 ug.
● Deve ser feita avaliação laboratorial frequente e doses individualizadas . Após o desmame, a
mulher geralmente retoma a dose de medicamento usado antes da gravidez.
● Cuidados devem ser tomados com a hipercalcemia manterna que suprime a produção de PTH do
feto , e pode levar a hipocalcemia neonatal
● Por outro lado a hipocalcemia materna pode levar a Hiperparatireoidismo secundário fetal e
anormalidades esqueléticas .
COMO USAR :
● Dose inicial 50mcg/dia SC (coxa) + diminuição da dose de calcitriol em 50% (ou dose de cálcio em
50%)
● Titulação: aumento de 25mcg até atingir 100mcg/dia
● Monitorar calcemia na primeira semana de uso
● Manter níveis de 25OHD entre 20 e 50ng/mL
● Caso haja interrupção do PTH(1-84), essa deve ser cuidadosa: risco de crise hipoglicêmica!
Considerar dobrar ou triplicar a dose de cálcio e vitamina D e redução gradual da dose de PTH (1-
84)
● Preocupações com a segurança
● Hipercalcemia 12 episódios de hipercalcemia em 9 adultos em estudo de 6 anos
● Osteosarcoma (Black box) =Em ratos ØNão se observou com a teriparaada (aprovada em 2002)
ØExposição em humanos em todo o mundo: > 1,5 millhões • Não há limite de tempo para o uso
CONCLUSÕES
• Hipoparatireoidismo está associado a complicações a despeito do tratamento
• Complicações mais frequentes em casos congênitos ou naqueles de longa data
• Não há consenso de como e quando devemos investigar complicações (US renal a cada 5 anos; oftalmo
anual; DXA deve seguir indicação de costume; TC de crânio apenas se sintomas)
• Uso de PTH (1-84) indicado em casos específicos
DOENÇA DE PAGET
● A doença de Paget óssea (DPO), também chamada osteíte deformante, e uma desordem
esquelética, localizada, caracterizada por anormalidade na remodelação óssea, afetando um
(forma monostótica) ou mais sítios do esqueleto (forma poliostótica).
● Inicialmente existe uma excessiva reabsorção óssea osteoclástica seguida de aumento da
atividade osteoblástica, levando a substituição do osso normal por um osso desorganizado,
aumentado e com estrutura enfraquecida, propenso a deformidades e fraturas.
● Distribuição geográfica variável em todo mundo.
● Mais encontrado em brancos europeus e descendentes de europeus com mais de 55 anos.
● Principais sítios acometidos- Vértebras, ossos longos dos membros inferiores, pelve e crânio.
● Mais prevalente no sexo masculino,
● Raramente aparece antes dos 40 anos, mas sua prevalência tende a dobrar a cada década a partir
de 50 anos de idade,aumentando para cerca de 10% após a nona década.
● Prevalência em torno de 3% na população com idade superior a 40 anos.
ETIOLOGIA
1- Genética
2- Viral
● Estudos biológicos de hibridização in situ e imunohistoquímica também têm sugerido a
possibilidade de infecção dos osteoclastos por um vírus, principalmente o paramixovírus,
como causa da DPO, incluindo o do sarampo e o da raiva canina.
3. Citocinas Inflamatórias:
● Estudos recentes também sugerem que citocinas pró inflamatórias estão envolvidas na
fisiopatologia da doença.
● Dentre estas, são citadas a interleucina 1α, interleucina β-6 , interleucina 6 (IL6) e fator de necrose
tumoral α.
PATOGÊNESE :
A anormalidade primária na DPO é a formação localizada e descontrolada de grandes osteoclastos
altamente ativos.
A alteração inicial é um aumento da reabsorção óssea. A resposta a essa reabsorção, especialmente nos
ossos que estão sujeitos à força mecânica, é um aumento intenso, mas caótico, na atividade osteoblástica
HISTOLOGICAMENTE = A aparência histológica característica é a de lesões focais com muitos
osteoclastos gigantes e osteoblastos ativos, O osso que se forma é desorganizado e tem um padrão de
mosaico com a perda da estrutura lamelar habitual. A medula apresenta um padrão de fibrose e aumento
da vascularização
Manifestações clínicas
DIAGNÓSTICO:
ACHADOS LABORATORIAIS :
● O diagnóstico é usualmente feito por meio de um exame bioquímico de rotina, mostrando uma
fosfatase alcalina sérica elevada, ou por achados radiológicos ou de uma cintilografia.
● A DPO está associada a aumento da remodelação óssea, indicado pela elevação dos marcadores
de formação e reabsorção óssea.
● Elevação dos marcadores bioquímicos de formação óssea (fosfatase alcalina total sérica e
óssea, própeptídeos do colágeno tipo 1- P1NP - refletem o aumento da atividade osteoblastica.
● Elevação dos marcadores de Reabsorção óssea (Ntelopeptídeo [NTx] e Ctelopeptídeo [CTx] )
refletem o aumento da atividade osteoclastica.
● O marcador mais utilizado é a fosfatase alcalina sérica (FAS) com sensibilidade de 78%e
especificidade de quase 100%, cujos valores podem, contudo, estar normais em até 20% dos
pacientes, sobretudo naqueles com doença monostótica. Pode sofrer elevação em casos de
doença hepática,devendo solicitar a FA óssea que e mais sensível e específica
● O CTX e P1NP sao marcadores mais sensiveis e devem ser solicitados em pacientes com
doença hepática ou FA normal.
● O aumento desses marcadores é proporcional à intensidade , ao tamanho e a quantidade de
lesões e pode ser mais pronunciado em pacientes com envolvimento craniano.
● Os níveis séricos de cálcio e fósforo são normais na maioria dos casos. Hipercalcemia e
Hipercalciúria pode ocorrer no caso de imobilizacao,fratura ou surgimento de osteossarcoma. O
achado de hipercalcemia geralmente aponta para uma doença secundária como o
hiperparatireoidismo.
EXAMES DE IMAGEM:
● A cintilografia óssea seguida de radiografia das áreas afetadas determinam o grau de envolvimento
do osso na doença de Paget.
● As lesões osteolíticas, características da fase precoce da doença, são comumente vistas no crânio
(osteoporose circunscrita) ou nos ossos longos (lesão em chama de vela)
● Achados característicos do RX - espessamento cortical, padrão trabecular grosseiro, deformidades,
lesões escleróticas e expansão óssea.
● A cintilografia óssea com MDPTc 99 tem baixa especificidade, mas é o teste de maior
sensibilidade para demonstrar o envolvimento do esqueleto na DPO, revelando uma
captação do traçador intensamente aumentada no(s) osso(s) afetados - o guideline orienta
sempre fazer pra pegar outros sítios que podem existir mas sao desconhecidos.
● A tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ser úteis no diagnóstico
diferencial entre uma lesão óssea patética e o osteossarcoma. Podem também, eventualmente, ser
de valor na distinção entre doença monostótica na vértebra e lesão metastática.
● Se dúvidas avaliar a possibilidade de biopsia.
A mais temível complicação da DPO é o sarcoma ósseo, que surge em menos de 1% dos pacientes,
mas, nos que apresentam doença extensa, esse percentual pode chegar a 10%.
● Essa complicação resulta em prognóstico bastante desfavorável, com sobrevida de 7,5% em 5
anos (37% nos pacientes com sarcoma, mas sem DPO) A maioria dos pacientes não vivem mais
de 1 a 3 anos
● Dor, massa tumoral e/ou fraturas em locais previamente acometidos pela doença, associados a um
súbito aumento da fosfatase alcalina, são as manifestações mais usuais do sarcoma
● Na série da Mayo Clinic, o local mais comum de transformação sarcomatosa foi a pelve,
seguida do fêmur e do úmero.
Cardiológicas
Metabólicas
Outras complicações > Isquemia aguda de Membro inferior causado por compressão da artéria femoral
entre os músculos adutores e uma exostose do fêmur ,foi descrita em uma paciente com paget.
TRATAMENTO:
Os objetivos principais do tratamento da DPO são restabelecer o metabolismo ósseo normal, aliviar a dor
óssea e prevenir futuras complicações, especialmente deformidades ósseas, osteoartrite secundária,
fratura e compressão de estruturas nervosas
Indicações para o tratamento
- Duas principais indicações de tratamento >> alívio dos sintomas e prevenção de futuras
complicações
- Em se tratando de pacientes assintomáticos com doença em atividade, em que haja o
envolvimento de locais com potencial de complicações, como pelve, vértebras , crânio e
ossos longos dos MMII.
- Paciente sintomáticos devem ser tratados, o início de terapia nesses casos [e normalmente
indicado por uma elevação concomitante da FA.
● Dor em ossos e articulações
● Complicações neurológicas
● Lesões osteolíticas significativas com risco de fratura
● Envolvimento dos ossos longos , vértebras e base do crânio (razão do risco de fratura ou estenose
medular)
● Perda de audição
● Hipercalcemia secundária a imobilização
● ICC de alto débito
● Déficit neurológico associado a doença vertebral
● Pacientes que irão submeter se a cirurgia em ossos patéticos - afim de reduzir o risco de
sangramento (incluindo a perda de sangue durante a cirurgia.)
● Indica se tratamento também com valores de fosfatase alcalinas em 2-4 vezes o valor normal de
referência
● Estudo PRISM-EZ - concluiu que a tentativa de suprimir o turnover ósseo e normalizar a FA no
grupo do tratamento intensivo não proporcionou vantagem nos desfechos analisados quando
comparados com os sintomáticos - com base nesse estudo recomendaram que o objetivo do
tratamento seja o controle da dor óssea associado a doença de paget,em vez de normalizar a FA,
e que ainda não há evidências suficientes para usar bisfosfonato para qualidade de vida,
progressão da perda da audição, deformidade e fratura.
Bisfosfonatos
● Inibidores da proliferação e atividade dos osteoclastos ,além de induzirem a apoptose dessas
células > melhor opção para tratamento
Ácido Zoledrónico
Calcitonina
● A calcitonina sintética derivada do salmão foi o primeiro agente disponível efetivo para o tratamento
da DPO. Porém, é menos efetiva que os bisfosfonatos
● Após o advento dos bisfosfonatos mais potentes, a calcitonina praticamente deixou de ser
empregada no manuseio da DPO
Seguimento
A fosfatase alcalina, marcador para remodelação óssea, e usada como parâmetro para a medição da
resposta bioquímica ao tratamento com bisfosfonatos.
1. Remissão total : níveis normais dos marcadores bioquímicos, como a fosfatase alcalina sérica
2. Remissão parcial : quando há queda de mais de 75%, 3 a 6 meses após o início do tratamento.
● A FAS deve ser dosada inicialmente após 3-6 meses do tratamento e depois de 6-6 meses como
um marcador de atividade da doença.
● um novo tratamento deverá ser instituído quando ela voltar a elevar -se , no caso de normalização
com o tratamento,
● Ou quando houver elevação de mais de 25% em relação ao nível pós tratamento.
● Ou também com dor recorrente e progressão óssea radiológica .
Cirurgia
● A partir do momento em que ocorre lesão articular irreversível, principalmente nas articulações que
suportam mais peso, há pouco a fazer, a não ser considerar a reposição cirúrgica, quando
apropriado.
● A maioria dos pacientes apresenta boa resposta à cirurgia. Deve ser lembrado que a reabilitação é
sempre uma intervenção importante na doença de Paget óssea, e a administração de agentes anti
reabsortivos nas semanas que antecederam o ato cirúrgico é útil para reduzir a hipervascularização
óssea associada a essa patologia.
● Complicações da cirurgia no osso pagético incluem hemorragia, infecção, fraturas patológicas,
união retardada e falta de união, dentre outras
RAQUITISMO E OSTEOMALÁCIA
₋ Defeitos da mineralização óssea com acúmulo de matriz óssea não mineralizada (osteóide).
₋ Raquitismo: ocorre diminuição da mineralização da placa de crescimento;
₋ Osteomalácia: a mineralização é deficiente no osso cortical e trabecular.
₋ Causas e classificação:
Forma calciopênica (PTH aumentado): carência nutricional de cálcio, deficiência de vitamina D (má
absorção, doença hepática ou renal, baixa exposição à luz solar, drogas), defeitos genéticos do
metabolismo e ação da vitamina D.
Raquitismo dependente de vitamina D tipo 1, ocorre defeito na 1αhidroxilase com tratamento com cálcio e
calcitriol.
Raquitismo dependente de vitamina D tipo 2, ocorre defeito no receptor da 25-OH-vitamina D, associado
com alopecia, deformidades e baixa estatura. O tratamento é realizado com altas doses de cálcio (6 a 10
gr/dia) e calcitriol e não ocorre normalização bioquímica e radiológica. Nas outras causas o tratamento é
realizado com cálcio e colecalciferol.
₋ Forma hipofosfatêmica (PTH normal e fósforo diminuído): Ocorre geralmente por perda renal,
doença hereditária ou adquirida. Ingestão insuficiente de fósforo é rara.
Causas hereditárias:
Raquitismo hipofosfatêmico ligado ao X é o mais comum, ocorre defeito do gene PHEX que codifica
proteínas endopeptidase responsável por inibir o FGF23, a sua não inibição leva ao aumento da fosfatúria.
Raquitismo autossômico dominante é causado pela mutação do FGF23 com ganho de função devido à
resistência na sua metabolização.
Raquitismo autossômico recessivo com hipercalciúria ocorre com o defeito no gene SLC34A3 (mutação
NaPT/2C) que aumenta hipercalciúria.
Raquitismo hipofosfatêmico autossômico recessivo tipo 1 é causado pela mutação no gene DMP1 que
codifica uma fosfoproteína que inibe o FGF23.
Doenças Tubulares Renais: Síndrome de Fanconi com perda de fosfato, glicose, bicarbonato e
aminoácidos e redução da produção de calcitriol.
Osteomalácia Oncogênica (PROVA!!): tumor produtor de fator fosfatúrico, o principal é o FGF23.
Tratamento é a exérese do tumor.
Forma com disponibilidade normal de minerais (PTH, cálcio e fósforo normais): síntese da matriz anormal
(osteogênese imperfeita, fibromogênese imperfeita), defeitos enzimáticos que levam à redução da
disponibilidade de fósforo e drogas inibidoras da mineralização: fluoreto, alumínio, bifosfonatos).
₋ Quadro Clínico: pode variar de acordo a idade da apresentação. Fontanelas abertas, tórax em
quilha ou em pombo, membros superiores alargados, membros inferiores com joelho e tornozelos
alargados, curvatura da tíbia, fíbula e fêmur, baixa estatura, dentição atrasada. Fraturas de
insuficiência em dois esqueletos.
₋ Diagnóstico: avaliação do cálcio e fósforo sérico e urinário, 25-VitaminaD, PTH, fosfatase alcalina
(sempre aumentada), gasometria venosa e EAS. A caracterização da perda renal de fósforo é feita
pela fração de excreção urinária de fósforo em urina de 24 horas superior a 15%.
Histomorfometria óssea é um método diagnóstico por meio da biópsia óssea que avalia a remodelação
óssea com a medida da espessura do osteóide.
₋ Diagnóstico: fenótipo e história familiar. Estudos genéticos devem iniciar pelo sequenciamento dos
genes COL1A1 e COL1A2.
₋ Tratamento: Bifosfonato endovenoso nas formas graves da doença (criança com múltiplas fraturas,
deformidades dos ossos longos e desmineralização) e crianças com formas leves na presença de
duas ou mais fraturas vertebrais e/ou em ossos longos em um intervalo de um ano e Z-score de
coluna lombar ou corpo total sem cabeça ≤ -2,0.
Ingestão de cálcio e vitamina D.
Tratamento com pamidronato de 9,0 mg/kg/anual e ácido zolendrônico 0,1 mg/kg/anual.
No seguimento, a dose anual dos bifosfonatos devem ser reduzidas pela metade da dose se Z-
score for ≥ -2,0. Deve interromper tratamento ao final da fase de crescimento.
HIPOFOSFATASIA