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TOXICOLOGIA FORENSE
SUMÁRIO
TOXICOLOGIA FORENSE
Caros alunos Ciclos, esse tema é bem maçante, eu sei, com vários nomes estranhos. No
entanto, como vocês perceberão, as questões tratam sempre dos mesmos assuntos: classificação das
substâncias, características das substâncias ou os sintomas de seu uso. Portanto, não se assustem e
deem atenção a esses temas. Bons estudos!
1 CONCEITO DE TOXICOLOGIA
Há uma grande quantidade de amostras que podem ser analisadas, como, por exemplo,
órgãos colhidos na autópsia, fluídos biológicos obtidos do cadáver ou do vivo, produtos (líquidos,
sólidos, vegetais...). Vejamos alguns exemplos mais importantes: sangue, fígado, urina (apresenta valor
interpretativo pobre, pois pode variar de acordo com desidratação, ingestão de água...), estômago
(pois algumas substâncias são ingeridas via oral)...
Havendo suspeita de morte relacionada com a presença de compostos químicos lesivos ao
organismo, deve-se realizar o exame toxicológico. Nesses casos, a coleta do sangue deverá ser feita
nas veias femorais.
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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3 SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS OU PSICOATIVAS
Essas substâncias têm ação no Sistema Nervoso Central - SNC, são capazes de influir no
estado de ânimo das pessoas, de interferir na capacidade de pensamento, análise, abstração,
julgamento e nas ações.
Vamos estudar alguns conceitos:
3.1 CONCEITOS
3.1.1 TOLERÂNCIA
É a necessidade de doses cada vez maiores para conseguir os mesmos efeitos. Algumas
drogas, depois de repetidas administrações, levam a um efeito chamado TOLERÂNCIA (estado de
resposta reduzida a um efeito de uma substância) que com o tempo leva o usuário a duas opções:
Aumentar a quantidade da droga ou o número de doses para obter o mesmo efeito
ou;
Mudar para uma substância mais forte, a fim de continuar mantendo os mesmos
níveis de prazer.
Em ambas, há o perigo da overdose. Logo, algumas drogas causam a dependência física no
organismo, que se ajusta à presença da droga, fazendo com que essa passe a ser necessária. Desta
forma, surgem os transtornos de ordem fisiológica. Sem a droga, o indivíduo poderá apresentar crises
de abstinência: calafrios, cefaleia, cãibras, sudorese, taquicardia...
Ocorre o sistema de recompensa do cérebro. Ou seja, a quantidade de dopamina
(neurotransmissor ligado ao prazer) aumenta no centro do sistema nervoso central (chega a ser 10
vezes maior que a produzida por prazeres cotidianos) e, como resultado, o sistema de recompensa
reage e diminui a sua sensibilidade. A partir daí, para conseguir o mesmo prazer inicial, o usuário tem
de consumir cada vez mais a substância.
É a necessidade física e anormal causada pela suspensão abrupta ou dosagem insuficiente das
drogas, denominada síndrome de abstinência. Consiste na necessidade presente ao nível fisiológico, o
que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da
"abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independentemente da
vontade do indivíduo.
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A dependência física e a tolerância podem se manifestar isoladamente ou associadas,
somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações
somáticas, causando a dramática situação do "DELIRIUM TREMENS". Isto significa que o corpo não
suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico.
É a fissura, manifestação psíquica que leva o indivíduo a usar a droga por qualquer meio. A
pessoa é tomada por uma forte vontade de administrar a droga à qual se habituou. Existe um
compulsão para o uso contínuo da droga. Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar
outra dose transforma-se em necessidade, que, se não satisfeita, leva o indivíduo a um profundo
estado de angústia (estado depressivo).
3.1.5 TOXICOMANIA
3.1.6 TOXICOFILIA
Alunos Ciclos, atenção, pois será esse tópico o perguntado na sua prova. De acordo com os
efeitos produzidos no Sistema Nervoso Central, as drogas podem ser classificadas em 3 categorias
(decorar os sinônimos):
Depressoras = PSICOLÉPTICOS;
Estimulantes = PSICOANALÉPTICOS
Perturbadoras = PSICODISLÉPTICOS
São substâncias que deprimem a atividade mental, diminuem a vigília, reduzem a atividade
intelectual, sedam a tensão emocional, induzem o sono, relaxam os músculos e diminuem a ansiedade.
Diminuem a atividade cerebral, alterando as respostas funcionais e reflexos.
O Sistema Nervoso Central trabalha mais lentamente e as reações do usuário são de
o Lentidão, sonolência, apatia,
o Falta de coordenação motora,
o Dificuldade de concentração e
o Perda de memória.
Estes tipos de drogas podem atuar
o Sobre o estado de vigília (noolépticos), onde ficam incluídos os hipnóticos
(soníferos), barbitúricos ou não; ou
o Sobre o humor (timolépticos), subgrupo em que se incluem os
Neurolépticos (fenotiazina, reserpínicos e butirofenonas) e
Tranquilizantes (meprobamato, diazepínicos).
Neste grupo incluem-se:
Álcool
Alguns hipnóticos que combatem a insônia, barbitúricos (Gardenal), não-barbitúricos
(Mogadon, Dalmadorm, Dormonid, Sonebon), ansiolíticos que são calmantes que
diminuem a ansiedade.
Opiáceos naturais (morfina e codeína),
Opiáceos semi-sintéticos (heroína) e
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Opiáceos sintéticos (Metadona)
Solventes (cola de sapateiro, benzina, acetona).
São substâncias que estimulam a atividade mental, aumentam a vigília, causam insônia,
excitam a atividade intelectual, exaltam a tensão emocional, aumentam a atividade do Sistema
Nervoso Central
Sob seus efeitos o usuário se sente com muita energia, disposição, pois estas drogas afastam
o cansaço e a fome. Aumentam a percepção, ficando os demais sentidos ativados.
Exemplos dessa categoria são:
COCAÍNA
CRACK
CAFEÍNA
TEOBROMINA
MDMA OU ECSTASY
ANFETAMINAS (BOLINHA, ARREBITE)
Iremos estudar cada uma adiante.
São substâncias que perturbam a atividade mental, gerando distorção da realidade (delírios),
alucinações, ilusões, estados confusionais e despersonalização. São drogas que agem modificando a
qualidade da atividade cerebral (não a quantidade), levando o usuário a alteração de sua percepção,
podendo ocorrer confusão mental, delírios, alucinações, despersonalização, distorção do tempo e do
espaço.
São exemplos:
Maconha (THC)
Skunk
Chá de cogumelo
Cogumelo (espécie de fungo que parasita excremento de animais - DMT)
LSD-25 (ácido lisérgico) conhecido vulgarmente “doce”
Anticolinérgicos (como Artane® e o Bentil®).
Tabela resumo
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PSICOLÉPTICAS PSICOANALÉPTICAS PSICODISLÉPTICAS
Deprimem a atividade mental, Estimulam a atividade mental, Perturbam a atividade mental,
diminuem a vigília, reduzem a aumentam a vigília, causam gerando distorção da realidade
atividade intelectual, sedam a insônia, excitam a atividade (delírios), Agem modificando a
tensão emocional, intelectual, exaltam a tensão qualidade da atividade
emocional cerebral (não a quantidade),
Álcool, ópio, Fenorbarbital Coca, crack, oxi, anfetamina Maconha, LSD, cogumelo
(gardenal), barbitúricos (bolinha, speed, ecstasy, (santo daime), meta
(calmantes), soníferos, cola de cristal, rebite)
sapateiro, morfina, heroína,
álcool
Colocarei apenas as mais importantes (as outras é preciso saber apenas a que grupo
pertencem) e, para facilitar, falarei primeiro das psicolépticas, em seguida das psicoanalépticas e só
então das psicodislépticas (na ordem):
Psicolépticas:
3.3.2 ÁLCOOL
V. ALCOOLISMO CRÔNICO
3.3.4 COCAÍNA
3.3.7 MACONHA
Vamos estudar também na lei de drogas, mas há importante julgado do STJ tratando da
maconha:
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA - Inf. 582 do STJ - LEI DE DROGAS. Presença de canabinoides na
substância é suficiente para ser classificada como maconha, ainda que não haja THC. Classifica-se
como "droga", para fins da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), a substância apreendida que possua
"canabinoides" (característica da espécie vegetal Cannabis sativa), ainda que naquela não haja
tetrahidrocanabinol (THC).
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3.3.8 COGUMELOS
3.3.9 LSD-25
4 BIBLIOGRAFIA