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MEDICINA LEGAL

SEXOLOGIA FORENSE

Por Roberto Lobo


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SUMÁRIO

1 CONCEITO DE SEXOLOGIA ...................................................................................................................... 3


2 PERÍCIAS ............................................................................................................................................... 3
2.1 PERÍCIA DA CONJUNÇÃO CARNAL ................................................................................................... 3
2.1.1 RUPTURA X ENTALHE (CAI MUITO!) ......................................................................................... 4
2.1.2 SINAIS DE POSSIBILIDADE E SINAIS DE CERTEZA ....................................................................... 5
2.2 PERÍCIA EM ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA CONJUNÇÃO CARNAL .................................................... 7
2.2.1 PERÍCIA NO COITO ORAL ......................................................................................................... 7
2.2.2 PERÍCIA DE COITO ANAL .......................................................................................................... 7
2.3 PERÍCIA DA GRAVIDEZ .................................................................................................................... 8
2.3.1 SINAIS DE PROBABILIDADE DE GRAVIDEZ (INDÍCIOS) ............................................................... 8
2.3.2 SINAIS DE CERTEZA DA GRAVIDEZ: .......................................................................................... 9
2.3.3 ANOMALIAS DA GRAVIDEZ: ...................................................................................................10
2.4 PERÍCIA DO PARTO ........................................................................................................................10
2.4.1 SINAIS DE PARTO RECENTE.....................................................................................................10
2.4.2 SINAIS DE PARTO ANTIGO ......................................................................................................11
2.5 PERÍCIA DO ABORTO .....................................................................................................................11
2.5.1 PERÍCIA DO INFANTICÍDIO ......................................................................................................13
2.5.2 PERÍCIA DA PLACENTA ...........................................................................................................13
2.5.3 PERÍCIA DA MÃE ....................................................................................................................13
2.5.4 PERÍCIA DA CRIANÇA .............................................................................................................14
3 SEXUALIDADE ANÔMALA E CRIMINOSA (PARAFILIAS) ...........................................................................19
4 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................20
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ATUALIZADO EM 08/05/20171

SEXOLOGIA FORENSE

Caros alunos do Ciclos, elaborei este material me baseando principalmente em questões


voltadas para os cargos da área jurídica. O material está bastante completo e supre perfeitamente o
estudo para cargos jurídicos.

1 CONCEITO DE SEXOLOGIA

A Sexologia Forense é a parte da Medicina Legal que estuda as questões médico-biológicas e


as perícias ligadas aos delitos contra a dignidade e a liberdade sexual.

2 PERÍCIAS
2.1 PERÍCIA DA CONJUNÇÃO CARNAL

Conjunção carnal é o coito vaginal, isto é, a relação de contato do pênis com a vagina, com ou
sem ejaculação. Na mulher que não teve conjunção carnal, o exame do hímen adquire importância.
No caso de vítima virgem, a perícia de coito vaginal se fundamenta no estudo da integridade
himenal. Por outro lado, nos caso de mulheres de vida sexual pregressa ou hímen complacente, a
perícia se baseia na:
 Presença de gravidez,
 Presença de esperma na cavidade vaginal,
 Presença de fosfatase ácida ou de glicoproteína P30 (de procedência do líquido
prostático) ou
 Contaminação venérea profunda.
O hímen é a membrana que circunda o orifício de entrada da vagina. É variável em forma e
tamanho e tem uma abertura única (o óstio himenal), que pode existir em número maior ou até
mesmo não existir.

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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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Sua borda pode ser regular, irregular ou picotada, nesse último caso assemelhando-se a
rupturas incompletas (sinônimo de entalhe), devendo o legista fazer a diferenciação:

2.1.1 RUPTURA X ENTALHE (CAI MUITO!)

RUPTURA ENTALHE
Se estendem até as borda (Completos) Não se estendem até as bordas (incompletos)
As bordas se coaptam (se encaixam) As bordas não se coaptam
As bordas apresentam cicatriz As bordas são do mesmo tecido do hímen
Sob luz ultravioleta, apresenta-se pálida Apresenta-se mais vermelha
São assimétricos São geralmente simétricos
Ângulo em forma de V Ângulo arredondado

Se as rupturas são recentes, podem apresentar retalhos sangrantes, com hiperemia, edema,
equimose. Não sendo recentes, as bordas já foram cicatrizadas (reepitalizadas), com coloração rósea,
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primeiramente, e esbranquiçada depois. Lógico que não ocorre a reunião dos retalhos himenais, mas
tão somente a cicatrização das suas bordas. A consolidação da rotura leva de 3 a 30 dias.
Estando a mulher em posição ginecológica, ao se dividir o hímen em quadrantes, tem-se dois
superiores e dois inferiores. Quando a relação se der na posição tradicional, a ruptura ocorrerá nos
quadrantes inferiores.
A elasticidade do hímen também é variável, oferecendo maior ou menor resistência à
penetração do pênis.
#ATENÇÃO - NEM SEMPRE O HÍMEN SE ROMPE COM A CONJUNÇÃO CARNAL. O hímen pode ter uma
elasticidade tal que não se rompa com a penetração do pênis. Quando isso ocorre, o hímen é
chamado complacente. Para fins periciais, não fornece subsídios para o diagnóstico da virgindade.
Himens não complacentes também podem não romper, por exemplo quando estiver muito lubrificada,
ou o pênis for muito pequeno. Outras vezes, a presença de muitos entalhes aumenta o orifício e não
há ruptura com a penetração.

Após um parto, as rupturas aumentam, restando apenas fragmentos de hímen, os quais são
chamados de CARÚNCULAS MIRTIFORMES. Logo, as carúnculas mirtiformes indicam que a vítima já
pariu.
#CAIUEMPROVA – Foi considerada INCORRETA a seguinte alternativa: A verificação da presença de
hímen íntegro e complacente em jovem vítima de suposto abuso sexual é suficiente para que o perito
médico legista conclua que não houve conjunção carnal.

2.1.2 SINAIS DE POSSIBILIDADE E SINAIS DE CERTEZA

Existem duas classes de sinais que a perícia procura identificar para constatar a ocorrência de
conjunção carnal: Os sinais que indicam possibilidade, e os sinais de certeza, que levam ao diagnóstico.
Sinais de possibilidade (duvidosos, que não levam ao diagnóstico):
 Lesões nos lábios menores e maiores da vulva
 Equimoses, pontos hemorrágicos, escoriações
 Presença de pelos, dor
 Manchas de sêmen na roupa etc.
Sinais que caracterizam a conjunção carnal (sinais certos)
• Ruptura (já vimos que é diferente de entalhe) do hímen, no caso de mulher virgem,
caracterizada por:
o Sangramento evidente nos 3 primeiros dias
o Secreção na região das rupturas: duram de 6 a 12 dias
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o Equimoses locais: duram até 6 dias
o Cicatrizam em aproximadamente 20 dias
o Lembrar que a não ruptura não dá certeza de que não houve conjunção carnal,
como vimos.
• Presença de espermatozoide no fundo do saco vaginal: CONFIRMA A CONJUNÇÃO,
INDEPENDENTEMENTE DE HAVER RUPTURA HIMENAL. Gera diagnóstico de
conjunção carnal, pouco importando o tipo de hímen.
• Presença de doenças venéreas: Apenas algumas doenças venéreas, no fundo da
vagina, que só se reproduzem por contato (ex.: cancro sifilítico, cancróides,
granulomas e condilomas presentes no fundo da vagina).
• Gravidez: Confirmatório, mesmo com hímen integro.
• Presença de fosfatase ácida: presença, na vagina, de enzima que só existe no líquido
espermático, MESMO NOS VASECTOMIZADOS (já caiu em prova). Para boa parte da
doutrina, a presença de fosfatase ácida não é confirmatória, porque essa enzima está
presente também em alguns órgãos, tecidos e secreções, em baixas concentrações (6
a 20 u.K.A/mL). A próstata produz altas taxas de fosfatase ácida nos valores de 400 a
8000u.K.A/mL. Assim, o achado de alto teor dessa enzima no conteúdo vaginal
(ACIMA DE 300UK) indica (É INDÍCIO, DIFERENTE DA P30 QUE É CONSTATAÇÃO) que
houve ejaculação intravaginal.
• Presença de glicoproteína P30 - é confirmatório de conjunção carnal.
PRESENÇA DE FOSFATASE ÁCIDA GLICOPROTEÍNA P30/PSA
Orientação Certeza

#CAIUEMPROVA - São sinais doutrinários em Medicina Legal de que houve conjunção carnal com uma
mulher, que evidenciava hímen não complacente roto, EXCETO: A) presença de entalhes no hímen. B)
gravidez. C) presença de esperma na vagina ou canal vaginal. D) presença de fosfatase ácida acima de
300 U.K./mLno canal vaginal. E) presença de glicoproteína P30 no canal vaginal.
Gabarito: Letra A.

Os testes utilizados para identificar se há ou não esperma são:


• Reação de Florence (iodatada)
• Método de Barbério (solução de ácido pícrico) - Consiste na utilização de ácido pícrico
sobre a mancha, pois este forma cristais amarelos ao reagir com a espermina.
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• SORO ANTI-ESPERMA OU DE CORIN-STOCKIS - consiste na obtenção de imagens
microscópicas de espermatozóides coloridos, com o uso de reagentes como a
solução de eritrosina amoniacal.
Quanto à coleta, deve ser cuidadosa (swab = cotonete), com exames a fresco e com coloração
pela TÉCNICA CHRISTMAS TREE ou hematoxilina-eosina.

#ATENÇÃO - As ausências de espermatozoides na vagina e no canal anal não afastam definitivamente


as ocorrências de conjunção carnal e do coito anal

2.2 PERÍCIA EM ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA CONJUNÇÃO CARNAL

Ato libidinoso é todo ato praticado com a finalidade de satisfazer com ou sem ejaculação o
apetite sexual. Pode ser coito anal, oral, apalpadas...

2.2.1 PERÍCIA NO COITO ORAL

O coito oral é chamado também de felação (já caiu em prova). É preciso realizar o exame da
secreção bucal o mais precocemente possível. As lesões são raras, dificultando a constatação, tanto
nos lábios como na cavidade bucal. O diagnóstico de certeza é feito através de provas biológicas que
identifiquem o sêmen na boca e das possíveis manifestações tardias de doenças sexualmente
transmissíveis na mucosa bucal. Pode-se também realizar a pesquisa de glicoproteína P30 ou PSA na
secreção oral.

2.2.2 PERÍCIA DE COITO ANAL

O orifício anal é diferente do vaginal, permanece fechado por conta da ação do esfíncter anal.
O esfíncter é composto tanto por músculos cuja contração não controlamos (esfíncter interno), como
músculos que controlamos (esfíncter externo). Quando relaxado, o orifício anal assume seu diâmetro
original. Por outro lado, se contraído, faz com que a pele da região anal fique pregueada.
Quando ocorre o coito anal é possível perceber sinais dele resultantes, como:
• Lesões anais e perianais (períneo é a região entre o ânus e a vagina). São expressas por
equimoses, escoriações...
• FÍSTULA RETOVAGINAL – ruptura dos tecidos entre o reto e a vagina
• As linhas de força da pele do ânus estão dispostas no sentido radiado, fazendo com
que qualquer lesão nesse local assuma a forma de fenda ou triângulo (chamada de
RÁGADE).
o Se mais recentes – radiadas e sangrantes
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o Se mais antigas – triangulares e esbranquiçadas

#ATENÇÃO - Sinal de Winston Johnston - ocorre com a cópula anal mediante violência. É uma rotura
triangular que tem a base na borda do ânus e o vértice no períneo anal.
• A existência de doença venérea na região anal não indica necessariamente que
houve coito anal, pois pode decorrer de secreção que escorreu da vagina. Já no
homem, é sinal mais confiável de que houve relação anal.
• #ATENÇÃO - Também pode-se chegar ao diagnóstico do coito anal pela comprovação
da fosfatase ácida e da glicoproteína P30 ou PSA, que se mostram em forma de
traços na secreção retal, mesmo quando os autores são vasectomizados.

#CAIUEMPROVA – Foi considerada CORRETA a seguinte alternativa: A ruptura himenal recente só


pode ocorrer em cadáver feminino e a rágade, em cadáver de ambos os sexos.

2.3 PERÍCIA DA GRAVIDEZ

Gravidez é o intervalo de tempo decorrido entre o momento de fecundação, com a fixação do


óvulo na parede uterina, e a expulsão do feto através do parto.
O ciclo gravídico se inicia com o óvulo se alojando na parede uterina, após a fecundação. A
partir deste momento, durante aproximadamente 9 meses, o óvulo irá se desenvolver, transformando-
se inicialmente em um embrião, que se desenvolve até o 3° mês, e a partir de então temos o feto
propriamente dito, que se desenvolve até o momento do parto. Este período é marcado pela
amenorréia, ou ausência de menstruação. O ciclo gravídico termina com a expulsão do feto e seus
anexos (dequitação), realizada durante o parto. Após o parto, o organismo feminino passa por um
processo de volta às condições pré-gravídicas, marcado pelo reinício dos ciclos menstruais, chamado
de puerpério.

#ATENÇÃO - Importância para o direito - Lembrar que a gravidez constitui agravante de pena!!!

2.3.1 SINAIS DE PROBABILIDADE DE GRAVIDEZ (INDÍCIOS)

 Amenorréia – Ausência de menstruação. É só indício, pois disfunções hormonais,


perturbações emocionais, desnutrição e obesidade, por exemplo, também podem causa-
la
 Modificações no tamanho do útero (ventre) – Não é certeza, pois processos
inflamatórios e tumores também causam.
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 Modificações pigmentares – Principalmente nos mamilos, abdômen e rosto. Mais uma
vez, disfunções hormonais também podem causar (CLOASMA).
 Máscara da grávida – manchas na face.
 Alterações nas mamas - Engurgitamento mamário, pigmentação areolar, rede de Haller,
saliência dos tubérculos de Montgomery.
 Enjoos e vômitos (Êmesis)
• Sinal de Klüge - Coloração arroxeada da vulva, quer por gravidez, quer por tumores
abdominais, especialmente do aparelho genital feminino;
• Sinal de Jacquemien - Cianose da vagina
• Sinal de Budin - Os dedos que tocam sentem os fundos de saco vaginais almofadados
• Sinal de Oseander - Pulsação vaginal intensamente perceptível
• Sinal de Reil-Hegar - Ao toque bimanual detecta-se moleza e compressibilidade
característica, na região situada anatomicamente entre o colo e o corpo uterino;
• Sinal de Puzos - Baloiço do útero aumentado de volume, em toque ginecológico
bimanual. É, também, apenas mais um sinal de probabilidade, pois indica útero cheio,
mas não afirma gravidez.

2.3.2 SINAIS DE CERTEZA DA GRAVIDEZ:

 Batimentos cardíacos fetais


 Movimentos fetais perceptíveis
 Ultrassonografia – identifica o saco gestacional com 5 semanas, o embrião com 7 e a
cabeça com 11.
 Dosagem de GONADOFRINA CORIÔNICA – Hormônio produzido pela placenta. Na
urina, positiva com 2 semanas de amnorreia (4 de gestação). No sangue, basta alguns
dias de amnorreia, a partir de 2 semanas de gestação.
 Sinal de Piscacek - é a deformação irregular produzida pelo feto no interior da matriz,
provocadora de assimetria uterina.
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2.3.3 ANOMALIAS DA GRAVIDEZ:

SUPERFECUNDAÇÃO SUPERFETAÇÃO GRAVIDEZ EXTRAUTERINA


De dois óvulos da mesma Fecundação de óvulos de Implantação do embrião fora
ovulação, na mesma relação ou ovulações diferentes, do útero.
de relações diferentes. No resultando em gêmeos com Gravidez equitópica é aquela
primeiro são gêmeos. No evolução e nascimento que ocorre fora do lugar
segundo caso são filhos de pais desigual. correto (útero).
diferentes.
Gravidez tubária é aquela em
que o embrião é implantado na
trompa.

2.4 PERÍCIA DO PARTO

Também de suma importância para direito, podendo esclarecer crimes como aborto,
infanticídio (o puerpério), sonegação e substituição de recém-nascidos, atribuição de parto alheio ou
próprio...

#ATENÇÃO - No tocante ao infanticídio, há discordância na doutrina quanto à conceituação do


chamado estado puerperal. Assim, optou o código penal por falar em influência do estado puerperal,
mas durante ou logo após o parto, limitando assim a ampla interpretação obstétrica (recondução do
organismo do fim do parto até a volta de condições gravídicas).

O parto se divide em 3 fases: dilatação, expulsão e dequitação. Para o direito, começa com a
dilatação (já será homicídio ou infanticídio, NÃO MAIS ABORTO).

2.4.1 SINAIS DE PARTO RECENTE

• Vulva inchada
• Lesões vaginais e perineais, se parto vaginal
• Mamas (hipertrofia dos tubérculos de MONTGOMERY) turgidas, com aureola
pigmentada e secreção de colostro nos 2 primeiros dias,
• Leite a partir do 3 dia, encerrando-se ao 20º, caso não haja amamentação
• Flacidez e relaxamento do abdômen, com pigmentação da linha alba
• Estrias gravídicas
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• Carúnculas mirtiformes – São os restos do hímen, se parto vaginal
• Colo do útero semiaberto
• Lóquio – Secreção que escoa dos genitais
o Sangnolento – até o 3º dia
o Serosangnolento – 4 a 8 dias
o Desaparecimento – a partir do 12º dia

#CAIUEMPROVA - Retalhos de hímen roto pelo parto vaginal, os quais se retraem constituindo
verdadeiros tubérculos em sua implantação, correspondem a carúnculas mirtiformes.

2.4.2 SINAIS DE PARTO ANTIGO

• Pigmentação da aréola
• Pigmentação da linha alba
• Carúnculas mirtiformes
• Cicatrizes do períneo
• Orifício do colo do útero em fenda. NA MULHER QUE NÃO PARIU (NULIPARA) OU
QUE FEZ CESÁRIA, O COLO DO ÚTERO É CIRCULAR.

2.5 PERÍCIA DO ABORTO

O aborto é a interrupção da gravidez. INDEPENDE DA EXPULSÃO DO FETO. O exame pericial,


nos casos de abortamento, consiste no diagnóstico de gravidez pregressa. Em caso de óbito, a autópsia
permitirá o exame dos genitais internos e dos pulmões, pois frequentemente detectam-se células de
placenta no tecido pulmonar.
Constituem crime:
• Aborto honorífico - provocado para resguardar a honra da mulher que engravidou.
Pratica-se o aborto como forma de esconder a gravidez.
• Aborto estético - provocado com vistas a preservar a beleza do corpo da mulher.
Seriam os casos de modelos etc.
• Aborto miserável ou econômico-social – Provocado por não haver condições
econômicas e sociais para a criança viver com dignidade, evitando-se assim o seu
nascimento. É também criminalizado em nosso país.
• Aborto eugênico, eugenésico ou piedoso – visa evitar que nasça uma criança com
graves defeitos genéticos. A legislação brasileira não permite expressamente essa
prática. Atenção para o caso do anencéfalo, que é atípico.
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• Aborto criminoso - pressupõe conduta dolosa humana que determina a supressão do
nascituro.
Não constituem crime:
• Aborto natural ou espontâneo - ocorrido de forma espontânea. O próprio organismo
da mãe rejeita (expulsa) o ser em desenvolvimento.
• Aborto acidental - provocado por fatalidades (quedas, choques etc.).
• Aborto permitido ou legal - quando a lei admite o aborto voluntariamente provocado
(não há crime). Subdivide-se em: aborto terapêutico ou necessário e aborto
sentimental, humanitário ou ético.
• #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA - inf. 661 do STF - Interrupção de gravidez de feto
anencéfalo. É inconstitucional a interpretação segundo a qual a interrupção da
gravidez de feto anencéfalo seria conduta tipificada nos arts. 124, 126 e 128, I (aborto
necessário) e II (aborto sentimental), do CP. A interrupção da gravidez de feto
anencéfalo é atípica. Não se exige autorização judicial para que o médico realize a
interrupção de gravidez de feto anencéfalo.

Precisamos ficar atentos para um recente julgado do STF sobre o assunto. Vejamos:

#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA - Inf. 849 do STF - Interrupção da gravidez no primeiro trimestre da


gestação - A interrupção da gravidez no primeiro trimestre da gestação provocada pela própria
gestante (art. 124) ou com o seu consentimento (art. 126) não é crime. É preciso conferir interpretação
conforme a Constituição aos arts. 124 a 126 do Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para
excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro
trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher, bem como
o princípio da proporcionalidade

Meios abortivos:
• Tóxicos: de origem vegetal ou mineral. Agem causando intoxicação da gestante
podendo causar o aborto e até a morte da gestante.
• Mecânicos:
o Diretos: usados na cavidade vaginal (duchas alternadas), no colo do útero
(dilatadores mecânicos), na cavidade uterina (curetagem, etc).
o Indiretos: mais raros, representado pelos traumatismos abdominais.
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#ATENÇÃO - Quanto à utilização da "pílula do dia seguinte": Se a vida começasse com a fecundação,
seria aborto. No entanto, para o direito, a vida começa com a nidação (quando o óvulo fecundado se
prende à parede do útero). Logo, a pílula não caracteriza o aborto. A fecundação ocorre na trompa. O
ÓVULO FECUNDADO CAMINHA NA DIREÇÃO DO ÚTERO E SE FIXA (NIDAÇÃO). A "PÍLULA DO DIA
SEGUINTE" NÃO DEIXA O ÓVULO SE FIXAR. PARA OS QUE ENTENDEM QUE A VIDA COMEÇA COM A
NIDAÇÃO (MAIORIA), A "PÍLULA DO DIA SEGUINTE" NÃO É UM MEIO ABORTIVO.

2.5.1 PERÍCIA DO INFANTICÍDIO

Art. 123, do Código Penal. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo após.
• Durante o parto - período que vai desde a rotura das membranas até a expulsão do
feto da placenta
• Logo após o parto, sob a influência do estado puerperal - tem um sentido mais
psicológico do que cronológico. É um estado e não um tempo definido. O estado
puerperal é justificado pelo trauma psicológico e pelas condições do processo
fisiológico do parto (angústia, inflamação, dores, sangramento e extenuação), cujo
resultado traria o estado confusional capaz de levar a mãe ao gesto criminoso.
Logo, devemos diferenciar, de início, puerpério de estado puerperal. Puerpério é o período
que se inicia com a expulsão do feto e eliminação da placenta, estendendo-se por 6 a 8 semanas. Já
estado puerperal é um período mais um estado psicológico do que um período cronológico. É uma
alteração temporária da puérpera anteriormente sadia, que diminui sua capacidade de entendimento
e libera seus instintos.
Como as alterações psíquicas do estado puerperal não mais existem por ocasião da perícia
psiquiátrica, em decorrência do seu caráter fugidio, torna-se difícil o diagnóstico diante de uma mulher
que se encontra dentro dos padrões da normalidade mental. Vejamos que perícias podem ser
realizadas:

2.5.2 PERÍCIA DA PLACENTA

Havendo dúvidas quanto à ocorrência do crime, o exame da placenta pode identificar


alterações que justifiquem a morte intrauterina do feto.

2.5.3 PERÍCIA DA MÃE

• Sinais de parto (já vimos)


• Caracterização do estado puerperal
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o Critério psicológico – A mulher queria ocultar desonra de uma gravidez
ilegítima?
o Critério físico-psíquico – Baseado na instabilidade devido ao desgaste do
trabalho de parto
o Se a mulher tem histórico de doença mental
o Se a gravidez era indesejada
o Se houve tentativa anterior de abortamento

2.5.4 PERÍCIA DA CRIANÇA

A função da perícia na criança é caracterizar:


• O estado de infante nascido ou o estado de recém-nascido (diagnóstico do tempo de
vida);
• A vida extra-uterina (diagnóstico do nascimento com vida);
• A causa da morte do infante (diagnóstico do mecanismo de morte);
Quanto à intervenção pericial, CHAMADA CRUCIS PERITORUM, por sua complexidade para
afirmar o crime de infanticídio, exige-se para a sua caracterização os seguintes elementos:
• Prova de ser nascente;
• Prova de infante nascido;
• Prova de recém-nascido;
• Prova de vida extrauterina autônoma;
• Época da morte;
• Diagnóstico da causa jurídica da morte do infante;
• Exame somatopsíquico da puérpera.
I. PROVA DE FETO NASCENTE
O ser nascente poderá ser morto durante o parto, ou seja, antes de ter respirado.
Mostrando ao exame pericial as lesões causadoras da morte com as características das produzidas em
vida, como a coagulação do sangue, o afluxo leucocitário, a bossa sero-sanguinolenta etc.
As lesões encontram-se na parte que primeiro apontar na vagina, geralmente na cabeça, e
têm as características de lesões vitais, como processo inflamatório, sangue coagulado...
#ATENÇÃO - Aqui não tem indicação da docimasia hidrostática pulmonar de Galeno (veremos adiante,
ainda nesta FUC), nem de outras provas respiratórias, por isso o perito usará as docimasias
circulatórias, já que, embora o ser nascente não tenha respirado, o sangue, entretanto, circulava nas
artérias. PERCEBA QUE PODE HAVER NASCIMENTO COM VIDA MESMO SEM O FETO TER RESPIRADO.
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II. PROVA DE INFANTE NASCIDO
Conforme ensina a doutrina, o infante nascido é o que acabou de nascer, respirou, mas não
recebeu nenhum cuidado especial. Aquele que, tendo sido expulso do álveo materno, não recebeu
nenhuma assistência, especialmente quanto à higiene corporal, ou ao tratamento do cordão umbilical.
É por isso que o corpo apresenta-se, total ou parcialmente, recoberto por sangue materno ou fetal, o
que se reveste de fundamental importância para a afirmação pericial de que o crime ocorreu logo após
o parto.
Pode apresentar bossa ou TUMOR DO PARTO, que é a saliência violácea do couro cabeludo,
consequência da compressão da cabeça pelo colo do útero. Desaparece em 3 dias.

O infante nascido apresenta cordão umbilical úmido, brilhante e da cor azulada, podendo
estar ligado ou não à placenta.

III. PROVA DE RECÉM-NASCIDO

O conceito médico-legal de recém-nascido abrange um período que vai desde os primeiros


cuidados de higienização corporal, com consequente remoção do sangue materno ou fetal, e de
tratamento do cordão umbilical até o 7º dia do nascimento.
O recém-nascido apresenta tumor do parto em regressão, induto sebáceo nas dobras da pele
e cordão umbilical achatado, seco.
#ATENÇÃO - Importância do cordão umbilical
• Diferencia infante nascido de recém nascido
• Orienta a perícia dando mais ou menos o tempo de vida do recém-nascido. Ajuda
para a caracterização do infanticídio. O corte do cordão umbilical denota lucidez da
mãe que fez o próprio parto, por exemplo, descaracterizando o infanticídio.
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INFANTE NASCIDO RECÉM-NASCIDO
Cordão umbilical úmido, brilhante e da Cordão umbilical achatado e seco
cor azulada, podendo estar ligado ou não à
placenta.

IV. Prova de vida extrauterina autônoma (atenção!!!)

Para a comprovação do nascimento com vida, ou seja, de que o ser humano respirou, utiliza-
se obrigatoriamente um conjunto de provas denominadas docimasias, além das provas ocasionais
(presença de corpo estranho nas vias respiratórias, presença de substancias alimentares no tubo
digestivo...)

PULMÃO QUE NÃO RESPIROU QUE RESPIROU


Menor Maior (ocupa toda a cavidade torácica
Vermelho pardo Vermelho claro
Aspecto uniforme Consistência esponjosa e crepita
Bordas finas Quando espremido sai ar e sangue

As docimásias baseiam-se na possível existência de sinais de vida, manifestados


principalmente nas funções RESPIRATÓRIAS, DIGESTIVAS E CIRCULATÓRIAS (não são apenas
respiratórias). O laudo pericial deve obrigatoriamente esclarecer qual a docimásia pulmonar ou
respiratória empregada para a afirmação conclusiva de que a vítima nasceu com vida, pois a não
obediência a esta metodização desprove a perícia médico-legal da necessária fundamentação para
comprovar a materialidade do infanticídio. Vejamos cada uma delas:

-Baseia-se na densidade do pulmão que respirou e do que não respirou.


 Pulmão que respirou - densidade entre 0,70 a 0,80. Em condições
normais de pressão e temperatura a densidade da água é de 1,0.
Posto em recipiente contendo água em temperatura ambiente,
pulmão que respirou forçosamente flutuará, pois seu peso
DOCIMÁSIA específico é mais leve que o da água;
HIDROSTÁTICA  Pulmão que não respirou - não sobrenadará, por ter peso
PULMONAR DE GALENO específico maior que o da água, ou seja, em torno de 1,40 a 1,92.
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-Só tem valor até 24h após a morte, porque começa a putrefação e os
gases podem atrapalhar.
-Tem 4 fases
DOCIMÁSIA HISTOLÓGICA
DE BALTHAZARD Consiste no exame microscópico dos pulmões
Os campos pleuropulmonares de quem respirou apresentam-se aos
DOCIMÁSIA raios X com tonalidade escurecida. Os pulmões de quem não respirou,
RADIOLÓGICA DE bem como os dos portadores de graus variáveis de atelectasia, ou
BORDAS pneumonia, mostram opacidade aos raios de Roentgen, em forma de
punho ou triangular, o que diminui o valor prático da prova
DOCIMÁSIA SIÁLICA DE Consiste na pesquisa de saliva no estômago do feto. A reação positiva é
DINITZ-SOUZA um indicativo de que existiu vida extra-uterina
Tem indicação em recém-nascido espostejado, do qual só se tem o
DOCIMÁSIA abdômen. Verifica ar no tubo digestivo. Consiste na imersão em água do
GASTRINTESTINAL DE aparelho GASTRINTESTINAL separado em vários segmentos por prévias
BRESLAU ligaduras da cárdia, do piloro, da porção terminal do intestino delgado e
do reto, observando-se se sobrenadam, ou não, todos ou alguns
DOCIMÁSIA AURICULAR É praticada em infante espostejado do qual só se tem a cabeça. Baseia-
DE WREDEN-WENDT- se na existência de ar no ouvido médio, aí levado através das trompas de
GÉLÉ Eustáquio, nos primeiros movimentos respiratórios e de deglutição do
infante nascido vivo
Quando houver apenas o crânio, sem sinal de putrefação, deve-se
DOCIMÁSIA DO NERVO examinar, macroscópica e microscopicamente, a mielinização do nervo
ÓPTICO DE MIRTO óptico, que se inicia após as primeiras 12 horas do nascimento,
completando-se em torno do quarto ou quinto dia
Corta-se o pulmão, previamente lavado em formalina, goteja-se
DOCIMÁSIA glicerina sobre os fragmentos colocados numa placa de Petri e observa-
EPIMICROSCÓPICA se os com objetiva de imersão: se houve respiração autônoma, os
PNEUMOARQUITETÔNICA alvéolos pulmonares mostram-se regularmente distribuídos e
DE HILÁRIO VEIGA DE arredondados, com refringência contrastada em fundo negro; em caso
CARVALHO contrário, visualiza-se um fundo negro sem imagens. No pulmão
putrefeito, as cavidades cheias de gás de putrefação são grandes,
disformes e de distribuição irregular
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DOCIMÁSIA Complementam a docimásia pulmonar de Galeno nos casos duvidosos ou
HIDROSTÁTICAS DE quando apenas a 4.ª fase se positivou. Elas são feitas por aspiração e por
ICARD imersão em água quente; Espreme o pulmão com duas lâminas.
No pulmão que respirou sentem-se pela palpação, um crepitar
DOCIMÁSIA TÁCTIL DE característico e a sensação esponjosa, e, no que não respirou, uma
NERO ROJAS consistência carnosa.
DOCIMÁSIA PLÊURICA DE Na cavidade pleural normalmente existe pressão negativa; ela não pode
PLACZEK ser encontrada no infante que não respirou
DOCIMÁSIA PNEUMO- Segundo esse autor, é possível concluir se houve ou não respiração
HEPÁTICA DE PUCCINOTTI autônoma pela determinação da quantidade de sangue encontrada no
fígado e no pulmão. Este, se respirou, mostra peso específico menor que
o do fígado
A abertura da cavidade toracoabdominal do cadáver permite visualizar as
DOCIMÁSIA hemicúpulas diafragmáticas em convexidade exagerada, caso os pulmões
DIAFRAGMÁTICA DE não tenham respirado, e em posição horizontalizada, quando a respiração
PLOQUET autônoma existiu
DOCIMÁSIA ÓPTICA OU A inspeção direta do pulmão registra aspecto hepatizado do órgão,
VISUAL DE BOUCHUT quando o feto não respirou, e superfície em mosaico, se ocorreu
respiração autônoma
Consiste na colheita de sangue no fígado e no pulmão, determinando-se,
DOCIMÁSIA HEMATO- cuidadosamente, as taxas de hemoglobina; se forem idênticas,
PNEUMO-HEPÁTICA DE obviamente não houve respiração. Em contrapartida, taxa de
SEVERI hemoglobina mais alta no sangue do pulmão fala a favor de respiração
autônoma

Pessoal, eu sei que parece muito. Coloquei todas para o material ficar completo. Mas,
realizando questões, vocês poderão ver as que caem mais. Por exemplo, as de Galeno, de Icard, de
Breslau e de Mirto são bastante recorrentes em provas.
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3 SEXUALIDADE ANÔMALA E CRIMINOSA (PARAFILIAS)

Sexualidade anômala é uma modificação do instinto sexual. Vamos ver as que caem em
provas:
ONANISMO Impulso obsessivo em ficar excitando os órgãos genitais
PEDOFILIA É a predileção sexual por crianças.
ANAFRODISIA Diminuição do apetite sexual do homem.
FRIGIDEZ Diminuição do libido na mulher.
EROTISMO OU AFRODISIA É o apetite sexual acentuado.
SATIRÍASE Ereção quase contínua, com ejaculações repedidas
PRIAPISMO Ereção sem desejo
AUTO-EROTISMO É a manifestação da sexualidade que, para a satisfação sexual, não
depende de parceiro nem de masturbação, depende apenas da
imaginação
EROTOMANIA É a fixação maníaca de alta morbidez, em que o indivíduo se fixa
em alguém fora do campo de seu relacionamento (amor
platônico)
MIXOSCOPIA (VOYEURISMO) Consiste no prazer em presenciar a relação sexual de terceiros. JÁ
CAIU EM PROVA!
FETICHISMO Desejo por objeto ou parte do corpo.
PIGMONIALISMO O indivíduo enamora pela sua criação (desenhos e estátuas).
(ICONOLAGNIA/ICONOMANIA)
FROTTEURISMO Esfregar o órgão sexual em outras pessoas. Se esfregar no
ônibus, por exemplo. JÁ CAIU EM PROVA.
RIPAROFILIA Atração por mulheres grávidas, menstruadas ou sujas. JÁ CAIU
EM PROVA.
NINFOMANIA Desejo exaltado da mulher
EXIBICIONISMO Prazer em exibir os órgãos
NARCISISMO Admiração pelo próprio corpo
LUBRICIDADE SENIL Atração de idosos, muitas vezes impotentes, por pessoas muito
mais jovens.
CRONOINVERSÃO Amor pelo sexo oposto com grande diferença de idade
GERONTOFILIA Atração de jovens por idosos
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EDIPISMO Atração do filho pela mãe
ELETRISMO Atração da filha pelo pai
SADISMO Excitação ao causar maus tratos
MASOQUISMO Satisfação sexual ao sofrer dor e humilhação
NECROFILIA Relação sexual com cadáveres
BESTIALISMO OU ZOOFILIA Satisfação sexual com animais
DONJUANISMO Prazer na conquista
COPROLALIA Desejo sexual de ouvir ou ler dizeres eróticos ou obscenos antes
da prática sexual, sem os quais não consegue se excitar
DOLISMO Atração sexual por bonecos e manequins

4 BIBLIOGRAFIA

Esse material é uma fusão das seguintes fontes:


- Med Leg DC. Delton Croce & Delton Croce Júnior Manual de Medicina Legal 8. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.
- Medicina Legal e Noções de Criminalística – Neusa Bittar – Editora Juspodivm
- Livro de Genival Veloso França
- Anotações pessoais de aulas.

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