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Drogas

Intitulamos “droga” qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc.;
um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga.
Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que
leva à dependência como o cigarro e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.

As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo
humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente
sanguínea e atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.

O que leva uma pessoa a usar drogas?


Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são:
curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas
familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em
enfrentar e/ou aguentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por sensações de
prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obtenção e etc.

Droga Natural

Drogas naturais são aquelas que não são produzidas em laboratório e que provocam efeitos alucinógenos de
uma forma natural, sem a composição de produtos químicos. Esses tipos de drogas se diferem das drogas
sintéticas, que são produzidas através de meios químicos. Os principais exemplos de drogas naturais são: 

- Ópio: Extraído dos frutos da papoula, possui uma potente ação analgésica e depressora sobre o Sistema
Nervoso Central; 
- Maconha: Extraída das plantas da espécie Cannabis sativa, é uma das mais comuns drogas da atualidade.

Maconha

A maconha é uma planta herbácea considerada uma droga ilícita, que pode trazer alguns efeitos
negativos e que pode causar dependência.

A planta
Planta herbácea de clima quente e úmido, originária da Índia, a maconha (Cannabis sativa) pertence à família
Moraceae e pode atingir até 5 metros de altura. Possui folhas digitadas e flores pequenas, amarelas e sem
perfume. É uma planta dioica que apresenta talos com flores femininas e talos com flores masculinas. O fato
de a planta possuir talos com flores diferentes influencia na colheita, pois as flores masculinas endurecem
mais rápido, morrendo após a floração, enquanto que as inflorescências femininas permanecem com uma cor
verde-escura até um mês após a floração, quando as sementes amadurecem. Quando não ocorre
fecundação das flores femininas, elas excretam grandes quantidades de resina pegajosa composta por
dezenas de substâncias diferentes. O fruto da maconha é amarelo-esverdeado, pequeno, ovalado e contém
uma substância ácida que serve de alimento para algumas espécies de aves. 
Os primeiros relatos dessa erva no Brasil datam do século XVIII quando era usada para a produção de fibras
chamadas de cânhamos. Tais fibras eram obtidas por meio de vários processos, incluindo desfolhamento,
secagem, esmagamento e agitação que separam as fibras da madeira. Essas fibras fortes e duráveis foram
usadas como velas de navios por séculos e até hoje são utilizadas em cordas, cabos, esponjas, tecidos e fios.
As sementes com muitas proteínas e carboidratos são utilizadas na alimentação de pássaros domésticos, e
em cereais e granolas. Do óleo extraído das sementes fazem-se tintas, vernizes, sabões e óleo comestível. 

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Efeitos em curto e longo prazo
Depois de consumir a cannabis, a pessoa pode apresentar alguns efeitos físicos, como memória
prejudicada, confusão entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, mas com pouco equilíbrio e força
muscular, perda da coordenação, aumento dos batimentos cardíacos, percepção distorcida, ansiedade, olhos
avermelhados por causa da dilatação dos vasos sanguíneos oculares, boca seca e dificuldade com
pensamentos e solução de problemas.
As pessoas que fumam maconha também estão suscetíveis aos mesmos problemas das pessoas que fumam
tabaco, como asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer.

Usos medicinais
Nos séculos passados, a maconha era usada, naChina, como anestésico, analgésico, antidepressivo,
antibiótico e sedativo. A erva foi citada na primeira farmacopeia (livro que reunia fórmulas e receitas de
medicamentos) conhecida no mundo, cerca de 2 mil anos atrás, recomendando o seu uso para prisão de
ventre, malária, reumatismo e dores menstruais. No século XIX, alguns povos começaram a utilizá-la no
tratamento da gonorreia e angina.

Atualmente, muitos acreditam que os efeitos negativos da maconha superam os seus efeitos positivos, mas
muitos efeitos nocivos da maconha permanecem inconclusivos. Por essa razão, algumas pessoas pedem
para que ela seja legalizada a fim de ser utilizada como medicamento no tratamento de algumas doenças,
como câncer e AIDS (combate as náuseas e estimula o apetite), glaucoma (alivia a pressão ocular), epilepsia
(evita as convulsões) e esclerose múltipla (diminui espasmos musculares).

Drogas Sintéticas

As drogas sintéticas são aquelas produzidas a partir de uma ou várias substâncias químicas psicoativas que
provocam alucinações no homem por estimular ou deprimir o sistema nervoso central. Existem também as
drogas semi-sintéticas que são produzidas através de drogas naturais quimicamente alteradas em
laboratórios.

As drogas sintéticas possibilitam que uma pessoa veja, ouça e sinta algo sem que haja estímulo por perto
para tais sensações. Existem pessoas que acreditam que essas drogas são menos prejudiciais ao organismo
e que ainda são menos favoráveis à dependência, mas estão enganados, pois agem da mesma forma que as
drogas tradicionais trazendo inúmeros malefícios ao organismo.

Podem ser utilizadas sob as formas de injeção, comprimido ou pó, variando seu efeito e seus malefícios de
acordo com a substância utilizada. São principalmente consumidas por jovens e adolescentes em seus
períodos de divertimento que a partir do roteiro de lazer definido determinam a droga a ser utilizada.

As drogas sintéticas são: anfetaminas, LSD, GHB, ecstasy, anabolizantes, ice, quetamina, inalantes, efedrina,
poppers. São drogas semi-sintéticas: crack, cocaína, cristais de haxixe, heroína, maconha (modificada),
morfina, codeína e outras.

Cafeína

A cafeína é um composto químico, classificado como alcalóide, pertencente ao grupo das xantinas, além de
atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico, decorrente da alteração
metabólica ocasionada pela mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína favorece o estado de
alerta.

A cafeína é a droga mais consumida no mundo e é encontrada em uma grande quantidade de alimentos,
como chocolate, café, guaraná, cola, cacau e chá-mate, é possível encontrá-la também em alguns
analgésicos e inibidores de apetite. O valor nutricional da cafeína está ligado apenas ao efeito excitante.

Em excesso, a cafeína pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de
cabeça e insônia.

Devido ao estímulo acima mencionado que esta droga proporciona alguns efeitos comprovados, como

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aumento da atenção mental, aumento da concentração, melhoria do humor, diminuição da fadiga.

Segundo estudos dez gramas, em média, de cafeína é uma dose letal para o homem, e em uma xícara de
café são encontrados cem miligramas de cafeína.

Apesar de ser utilizada para solucionar problemas cardíacos, ajudar pessoas com depressão nervosa
decorrente do uso de álcool, ópio, a cafeína é uma droga que causa dependência física e psicológica, uma
vez que para estimular o cérebro utiliza os mesmos mecanismos das anfetaminas, cocaína e heroína. Os
efeitos da cafeína são mais leves, porém manipula os mesmos canais do cérebro, uma das razões que pode
levar as pessoas ao vício.

Inalantes

Os inalantes são substâncias aspiradas pelo nariz ou pela boca que podem ser produzidas a partir de
diferentes princípios ativos que induzem o organismo a produzir modificações alucinógenas e depressoras.
Para a produção dessas substâncias são utilizados solventes juntamente com aerossóis, gasolina, colas,
esmaltes, tintas, acetonas, éter, ambientadores, vernizes, fluído de isqueiro, spray para cabelos e muitos
outros.

Com o intuito de obter excitação e euforia as pessoas utilizam os inalantes. Esses, também podem gerar
efeitos inesperados e indesejáveis de diferentes formas, já que sua composição é bastante variada. Em geral,
provocam agressividade, sonolência, confusão, perda do autocontrole, impulsividade, inquietação, perda da
coordenação motora, vertigem, distorção do tempo e das cores, fraqueza muscular, tremores, delírios,
podendo, em alguns casos, ocorrer paralisia dos nervos cranianos e periféricos, perda de consciência, lesão
cardíaca e no fígado, coma, convulsões e outros.

Os inalantes são substâncias que promovem a dependência de quem os utiliza, bem como a síndrome da
abstinência que normalmente dura dois meses. A síndrome pode ser caracterizada pelos efeitos que ocorre,
como ansiedade, depressão, agitação, perda de apetite, irritação, agressividade, náuseas, tremores e
tonturas. Após a conscientização do usuário sobre o seu problema, esse deve procurar auxílio médico para
que o melhor procedimento para a recuperação seja realizado. Existem vários tipos de tratamento para o
usuário de inalantes, mas esses tratamentos devem ser aplicados por profissionais especializados na área.

Overdose

Superdose, dose excessiva ou, simplesmente, overdose é o termo utilizado para se referir ao consumo de
determinadas drogas ou medicamentos maior do que o corpo é capaz de metabolizar. Podendo ser
provocada ou acidental, o acúmulo destas substâncias no organismo causa um quadro de intoxicação,
desencadeando em morte em um número considerável de casos.

Heroína, crack e cocaína são as drogas ilícitas que mais causam esse tipo de intoxicação; embora se saiba
que o abuso de medicamentos - inclusive mediante receita médica - superam tais valores, sendo um sério
problema de saúde pública. Por ser uma droga legal e de fácil acesso, o álcool também é um grande vilão,
principalmente se associado a determinados fármacos, como tranquilizantes. Alterações no ritmo cardíaco e
respiratório, mudanças no nível de consciência, dor no peito, falta de ar, vômito com sangue, dentre outros,
são alguns de seus sintomas.

Em caso de overdose, o indivíduo necessitará de atendimento médico o mais rápido possível; sendo
importante procurar informações relativas à qual substância foi usada, sua quantidade e quando foi
consumida. Exceto água, nada deve ser dado à pessoa, e vômitos não devem ser provocados.

De acordo com a droga em questão, o tratamento será feito. Em casos de ingestão, por exemplo, lavagens
estomacais e a ingestão de carvão ativado, a fim de impedir a absorção da substância pelo estômago e/ou

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intestino, podem ser necessários. Em muitos casos, o paciente passa por avaliação psiquiátrica, podendo ser
encaminhado para este tipo de tratamento.

Cocaína

A cocaína pode deixar o usuário predisposto a infartos, bem como provocar dores musculares, náuseas,
calafrios e perda de apetite.

A Erythroxylon coca é uma planta encontrada na América Central e América do Sul. Essas folhas são
utilizadas, pelo povo andino, para mascar ou como componente de chás, com a função de aliviar os sintomas
decorrentes das grandes altitudes. Entretanto, uma substância alcaloide que constitui cerca de 10% desta
parte da planta, chamada benzoilmetilecgonina, é capaz de provocar sérios problemas de saúde e também
sociais.
Na primeira fase da extração do alcaloide, as folhas são prensadas em ácido sulfúrico, querosene ou
gasolina, resultando em uma pasta denominada sulfato de cocaína. Na segunda e última, utiliza-se ácido
clorídrico, formando um pó branco. Assim, neste segundo caso, ela pode ser aspirada, ou dissolvida em água
e depois injetada. Já a pasta é fumada em cachimbos, sendo chamada, neste caso, de crack. Há também a
merla, que é a cocaína em forma de base, cujos usuários fumam-na pura ou juntamente com maconha.

Atuando no Sistema Nervoso Central, a cocaína provoca euforia, bem estar, sociabilidade. Pelo fato de que
nem sempre as pessoas conseguem ter tais sensações naturalmente, e de forma intensa, uma pessoa que se
permite utilizar esta substância tende a querer usar novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente.

O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de oxigênio aumenta, mas a
capacidade de captá-lo, diminui. Este fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o
usuário pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e
perda de apetite.

Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato este denominado tolerância à
droga, o usuário tende a utilizar progressivamente doses mais altas buscando obter, de forma incessante e
cada vez mais inconsequente, os mesmos efeitos agradáveis que conseguia no início de seu uso. Dosagens
muito frequentes e excessivas provocam alucinações táteis, visuais e auditivas; ansiedade, delírios,
agressividade, paranoia.
Este ciclo torna-o também cada vez mais dependente, fazendo de tudo para conseguir a droga, resultando
em problemas sérios não só no que tange à sua saúde, mas também em suas relações interpessoais.
Afastamento da família e amigos, e até mesmo comportamentos condenáveis, como participação de furtos ou
assaltos para obter a droga são comuns.

Além de provocar, em longo prazo, comprometimento dos músculos esqueléticos, existem ainda os
agravantes recorrentes da forma de uso. Cocaína injetável, por exemplo, pode provocar a contaminação por
doenças infecciosas, como hepatite e AIDS, e infecções locais. No caso daqueles que inalam,
comprometimento do olfato, rompimento do septo nasal e complicações respiratórias, estas últimas também
típicas dos fumantes, incluindo aí bronquite, tosse persistente e disfunções severas. Gestantes podem ter
bebês natimortos, com malformações, ou comprometimento neurológico.

Romper com a droga é difícil, já que o indivíduo tende a se sentir deprimido, irritadiço, e com insônia. Assim,
quando um usuário opta por deixá-la, deve receber bastante amparo e ser incentivado neste sentido. É
necessária ajuda médica, tanto no processo de desintoxicação quanto tempos depois desta etapa.

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