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INSTITUTO METROPOLITANO DE ENSINO

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO


CURSO DE PSICOLOGIA

MACONHA
EQUIPE:
ANA CLAUDIA
ANDRÉ RICARDO
BRUNO MAGNO
CARLA ANDREIA
ESTER MANGUEIRA
IRIS LOPES SOUSA
KATHLEN
LAURITELMA FERNANDES PROFESSOR: JÚLIO
SILVANE MARTINS
SILVANA BAHIA MANAUS – AM 2023
INTRODUÇÃO
 Maconha A maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo. Está
entre as plantas mais antigas cultivadas pelo homem. Na China seus
grãos são utilizados como alimento e no Nepal servem para
fabricação de óleo comestível.

 Maconha é uma droga derivada da planta Cannabis sativa, um


arbusto de cerca de dois metros de altura, de origem asiática, que
cresce em zonas tropicais e temperadas. Sabe-se que a planta já
era usada sob forma medicamentosa na China no ano 7000 a.C. Na
Índia, a mesma era grandemente utilizada para curar prisão de
ventre, malária e dores menstruais.

 A partir do século XVIII, a planta passou a ser estudada de uma


forma mais científica, aspecto que resultou em seu grande uso
para fins terapêuticos, como no tratamento da asma, tosse ou
problemas nervosos.
INTRODUÇÃO
 A maconha foi levada para a África e para a América pelos europeus.

 Na América do Sul, as primeiras plantações da Cannabis foram feitas no Chile,


pelos espanhóis.

 No Brasil, a mesma foi trazida pelos escravos africanos. Há, inclusive, registros de
um esforço da Coroa Portuguesa em tentar incentivar o cultivo da espécie
para fins comerciais em 1783, já que sua fibra era a base de inúmeros produtos
europeus.

 No final do século XIX, a planta já era utilizada como psicotrópico por


artistas e escritores, no entanto ainda era considerada um medicamento, sendo
usada por muitos laboratórios farmacêuticos. A partir dos anos 60, o consumo da
maconha como entorpecente passou a ser feito de forma crescente, entre pessoas
de todas as classes sociais. Atualmente, esta é a droga ilícita mais consumida no
mundo: das 200 milhões de pessoas que consomem algum tipo de substância
psicoativa ilícita, 160 milhões consomem a maconha.
EFEITOS (AGUDOS) MAIS IMPORTANTES DA MACONHA
 Efeitos Agudos : efeitos da maconha estão relacionados com a potência,
dose, modo de uso, perfil psicológico e o local de uso (“setting”).
 A curto prazo é comum que a maconha produza os seguintes efeitos:
 Efeitos euforizantes: Aumento da autoconfiança e grandiosidade, hilaridade,
risos imotivados, sensação de relaxamento, aumento da sociabilidade, do
desejo sexual e da capacidade de introspecção.
 Déficits motores: Incoordenação motora, redução da capacidade para
execução de atividades motoras complexas.
 Efeitos no sistema cardiovascular:Taquicardia (140 a 160)batimentos/min),
taquipneia, hipotensão, hipotermia.
 Efeitos físicos: Hiperemia por vasodilatação conjuntival (olhos
avermelhados), xerostomia (boca seca), tontura, tosse, broncodilatação,
aumento do apetite, depressão, ansiedade, irritabilidade e letargia.
 Prejuízos cognitivos: Dificuldades de concentração, na capacidade de
solucionar problemas, comprometimento na memória de curto prazo, senso
temporal alterado, redução da acuidade auditiva, redução das atividades da
vida diária, ataques de pânico, paranoia, prejuízo no julgamento, fator
desencadeador da esquizofrenia em indivíduos predispostos ou piora do
quadro, aumento da percepção das cores, sons, texturas e paladar,
despersonalização, “fuga” de ideias, sonolência (RIBEIRO et al.,2005;
CRIPPA et al., 2005).
ALTERAÇÕES NEUROFISIOLÓGICAS DO USO CRÔNICO DA MACONHA.

Pesquisas comprovam que o uso prolongado da maconha


pode provocar alterações neurofisiológicas e esse prejuízo
está relacionado ao tempo de uso do que à freqüência do
consumo. Acrescenta-se que essa substância psicoativa atua
no cérebro em áreas ligadas às emoções estimulando o
indivíduo usuário repetir o uso em busca de prazer.
ALTERAÇÕES COGNITIVAS DECORRENTES DO USO CRÔNICO DA
MACONHA( CANNABIS SATIVA)

Uso crônico de maconha pode provocar déficits cognitivos, alterações em


funções associadas direta e indiretamente ao córtex pré-frontal.
Principalmente quando o uso desta substância ocorre durante a
adolescência.
Como:
 Prejuízos na Atenção
 Memória de curto prazo
 Aprendizagem
 Coordenação Motora
METABOLISMO E METODOS DE TESTE

Métodos de Teste
Tempo que o inicio da
permanece no metabolização do
organismo? Cannabis?  Folículo Piloso
 Quais os fatores  Depois de  Teste de Urina.
de tempo de consumido.  Teste de suor
duração?  Teste de Saliva
 Exame de Sangue
MACONHA CAUSA DEPENDÊNCIA

Mito ou Verdade?

A maconha pode causar dependência


MANUTENÇÃO DO CONSUMO FATORES

01 02 03
SENSAÇÕES FrequênciA E A Vulnerabilidade à
POTÊNCIA/ALTAS sintomas ansiosos e
CONCENTRAÇÕES depressivos
QUAIS OS TRATAMENTOS? COMO É O PROCESSO
DE ABSTINÊNCIA DO DEPENDENTE DA MACONHA?

TRATAMENTOS

Terapia psicológica
O estado emocional do dependente de maconha exige atenção e cuidados especiais. Nesse
sentido, o suporte psicológico é essencial ao fortalecimento mental do paciente para a prevenção
de recaídas. O tratamento de dependência à maconha requer a combinação de diversas
intervenções, das quais o acompanhamento psicoterapêutico é primordial.

Medicamentos para o tratamento da dependência de maconha

Uma das etapas mais relevantes do tratamento contra a dependência química é o controle das
crises de abstinência. Isso torna crucial o uso de remédios específicos para auxiliar no processo
de desintoxicação do organismo e na superação dos efeitos causados pela falta da droga.
QUAIS OS TRATAMENTOS? COMO É O PROCESSO DE ABSTINÊNCIA DO
DEPENDENTE DA MACONHA?
Em uma pesquisa feita em 2019, concluiu-se que na atualidade, não existem remédios
específicos para o tratamento das pessoas que usam maconha. (Nielsen S. et al., 2019).

Para o tratamento da abstinência no final do tratamento foram usados: Preparações com THC
(o principal constituinte da cannabis), que foram considerados ineficazes. Os antidepressivos
inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRI), os antidepressivos de ação mista, a
buspirona e a N-acetilcisteína também podem ser ineficazes. Foram gerados dúvidas sobre o
efeito dos anticonvulsivantes e dos estabilizadores do humor.

Baseado nos resultados dos estudos existentes, o uso de todos os medicamentos ainda deve
ser considerado experimental.
O processo de abstinência do dependente da maconha

A síndrome de abstinência de maconha tem sido descrita por sintomas que desaparecem com
a retomada do consumo da substância como: desconforto generalizado, “fissura”, diminuição do
apetite, perda de peso, insônia, agressividade, irritabilidade, angústia, cansaço, nervosismos ou
ansiedade. Já os sintomas físicos podem ser: Dor abdominal, tremor, sudorese, febre, calafrios ou
cefaleia.
OS PSICOFÁRMACOS MAIS UTILIZADOS (AÇÃO)

Como proceder com a farmacoterapia em usuários de


maconha?

O manejo medicamentoso para usuários de maconha


permanece focado nos estados de intoxicação aguda por canábis,
nas psicoses induzidas por maconha e na busca por comorbidades
psiquiátricas associadas ao uso desta droga, como por exemplo,
depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e
esquizofrenia. São boas opções para controle de depressão e
ansiedade o uso da medicação antidepressiva FLUOXETINA e do
ansiolítico BUSPIRONA, ambos com estudos comparativos
mostrando diminuição do consumo nos grupos tratados.
OS PSICOFÁRMACOS MAIS UTILIZADOS (AÇÃO)

No caso do tratamento de psicoses induzidas por uso de canábis,


pacientes tratados com OLANZAPINA ou HALOTERIDOL tiveram boas
respostas e apresentaram menores taxas de efeitos extrapiramidais nesses
casos. DIVALPROATO tem sido usado para alívio de sintomas de
abstinência de maconha pois diminuiu o craving de maconha durante a fase
de abstinência, no entanto houve piora de sintomas de ansiedade,
irritabilidade e cansaço. Outra intervenção farmacológica provável de receber
atenção futura é o uso de um antagonista canabinóide que bloqueia os
efeitos da maconha. Recentes pesquisas indicam que o receptor CB1 está
envolvido no comportamento, na cognição, na psicomotricidade e nos efeitos
cardiovasculares da maconha, o RINONABANT .Este antagonista seletivo do
CB1 tem se mostrado um bloqueador dos efeitos psicológicos e fisiológicos
agudos da maconha em voluntários, e esta combinação ou um antagonista
semelhante pode ter implicações importantes para pesquisa farmacológica
futura no tratamento da dependência de maconha.
USO TERAPÊUTICO DA CANNABIS

Estudos apontam que a associação da


cannabis em medicamentos, apresenta
resultados no tratamento da epilepsia, autismo,
Alzheimer, Parkinson, dores crônicas, câncer,
dentre outras. Familiares relatam que o
medicamento a base de cannabis, reduz a
frequência de convulsões em crianças, de
dezenas diariamente para uma ou duas
convulsões por semana.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A discussão em torno do uso da maconha é complexa por envolver uma variedade de aspectos:

• SAÚDE
• POLITICAS PÚBLICA
• SOCIAIS
• ECONÔMICAS

E é fundamental reconhecer a necessidade de abordar o tema com base em evidências científicas,


considerando os diversos aspectos envolvidos.
Medicina x Uso recreativo

 Benefícios medicinais da maconha. no tratamento de condições médicas, como


dor autismo, Alzheimer, Parkinson crônica, epilepsia e náuseas associadas à
quimioterapia.

 Por outro lado, é essencial abordar as preocupações relacionadas ao uso recreativo


da maconha. Questões de saúde mental, especialmente em adolescentes, e o
impacto no desempenho cognitivo são temas de debate significativos.
Social x Criminalização

 No aspecto social, A criminalização frequentemente resulta em consequências


desproporcionais, afetando principalmente comunidades marginalizadas e de
baixo poder aquisitivo.

 A revisão das políticas de criminalização deve ser pautada em uma abordagem


mais justa e equitativa.
Segurança x Educação

 Modelos que priorizam a segurança, o controle de qualidade e a educação sobre o


uso podem contribuir para minimizar riscos associados tanto do uso da substância
quanto nas causas e consequências de seu uso na sociedade.
 Em conclusão, as considerações finais sobre a maconha devem refletir a
complexidade do tema, integrando perspectivas médicas, sociais, econômicas e
éticas. A busca por políticas equilibradas, embasadas em evidências, é
fundamental para enfrentar os desafios relacionados ao uso da maconha, visando
o bem-estar individual e coletivo.
REFERÊNCIA
Crippa, J. A.; Lacerda, A. L.; Amaro, E.; Busatto Filho, G.; Zuardi, A. W.;
Bressan, R. A. Brain effects of cannabis- neuroimaging findings. Revista
Brasileira Psiquiatria, v. 27, n. 1, p. 70-78, 2005.
Nielsen S.;Gowing L.;Sabioni P.; Le Foll B. Farmacoterapia para
dependência de cannabis; Medicamentos para o tratamento da
dependência de cannabis Cochrane Database of Systematic Reviews
2019, Issue 1. Art. No.: CD008940. Disponivel em:
<https://doi.org/10.1002/14651858.CD008940.pub3>
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