Você está na página 1de 4

29.3.

2021
1. Crédito ampliado ao setor não financeiro

Em fevereiro, o crédito ampliado ao setor não financeiro totalizou R$12,3 trilhões (164% do PIB),
crescimento de 1,6% no mês e de 17,8% em doze meses. Essa variação mensal foi influenciada, sobretudo,
pelo crescimento do saldo de títulos de dívida (2,2% no mês), principalmente os títulos públicos.

O crédito ampliado às empresas somou R$4,3 trilhões (57,3% do PIB), variação de 1,1% no mês e de 18,0%
em doze meses. Tanto na variação mensal quanto em doze meses, destacaram-se os aumentos nos
empréstimos, tanto no mercado doméstico quanto os que integram a dívida externa.

O crédito ampliado às famílias alcançou R$2,5 trilhões (33,1% do PIB), com aumentos de 0,7% no mês e
de 10,9% em doze meses, acompanhando a variação de seu principal componente – empréstimos do SFN
– que cresceu, respectivamente, 0,8% e 11,3%.

2. Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

O saldo das operações de


Saldos de crédito - Variação em 12 meses
crédito do sistema financeiro
25
nacional totalizou R$4
20 trilhões em fevereiro,
aumento de 0,7% no mês,
15 distribuído entre as carteiras
de pessoas jurídicas (saldo de
10
% R$1,8 trilhão e variação de
5 0,6%) e de pessoas físicas
(R$2,3 trilhões, 0,8%). O
0 crescimento em doze meses
alcançou 16,1%, resultado
-5
principalmente da expansão
jun 19

jun 20
fev 19

ago 19

ago 20
fev 20

fev 21
out 19

out 20
dez 19

abr 20

dez 20
abr 19

de 22,9% no crédito às
empresas, com o crédito às
Total Pessoa Jurídica Pessoa Física
famílias variando 11,3%.

O crédito livre a pessoas jurídicas alcançou R$1,1 trilhão, acréscimo de 1,2% no mês, com destaque para
as modalidades de desconto de duplicatas e recebíveis, antecipação de faturas de cartão, aquisição de
veículos, ACC e financiamento a exportações. Em doze meses, a variação de 22,5% refletiu principalmente
o crescimento na carteira de capital de giro. O crédito livre para pessoas físicas totalizou R$1,2 trilhão
(0,7% no mês e 10,3% em doze meses). O crescimento no mês reflete principalmente o aumento
observado nas modalidades de crédito pessoal (consignado e não consignado), enquanto, em doze meses,
destaque também para as modalidades aquisição de veículos e composição de dívidas.

No crédito direcionado, o saldo de pessoas jurídicas recuou 0,2% no mês, atingindo R$0,7 bilhão,
mantendo crescimento significativo em doze meses, 23,5%. A carteira de pessoas físicas atingiu R$1
trilhão (0,9% no mês e 12,5% em doze meses), com destaque para os aumentos no rural e imobiliário.

Nota para a Imprensa – 29.3.2021


As concessões totais de
Concessões de crédito
crédito somaram R$313,9
420 bilhões em fevereiro. Na
400 série ajustada sazonalmente
380 as concessões cresceram 6%
360 no mês. Na comparação com
R$ bilhões

340 fevereiro do ano anterior, as


320 concessões acumuladas em
300 doze meses cresceram 3,9%,
280 sendo 9,0% com empresas e
260 -0,7% com famílias.
240 Acumuladas em doze meses,
jul 19

set 19

jul 20

set 20
mar 19

mai 19

mai 20
nov 19

mar 20

nov 20
jan 19

jan 20

jan 21
as concessões totais
cresceram 3,1%.
Dessazonalizado Nominal

O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que apura o custo médio de toda a carteira ativa do sistema
financeiro nacional, situou-se em 17,2% a.a. (+0,2 p.p. na variação mensal e -3,0 p.p. na comparação
interanual). No crédito livre não rotativo, o ICC apresentou-se estável no mês e continuou em redução na
comparação interanual (-4,3 p.p.), alcançando 22,6%. O spread geral do ICC situou-se em 12,3 p.p. (+0,2
p.p. no mês, -2,1 p.p. em doze meses).

A taxa média de juros das operações contratadas em fevereiro caiu para 19,8% a.a., reduções de 0,3 p.p.
no mês e de 3,2 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões, 15,6 p.p., acompanhou
este comportamento, com declínios de 0,2 p.p. e 2,9 p.p., nas mesmas bases de comparação.

No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 28,1% a.a. (-0,4 p.p. no mês e -6,0 p.p. na
comparação interanual). No crédito às famílias, a taxa média de 40,1% a.a. (+0,6 p.p. mês) refletiu
principalmente aumentos no cartão parcelado (+5,6 p.p.) e na composição de dívidas (+2,7 p.p.). No
crédito livre às empresas, a taxa média situou-se em 13,8% a.a. em fevereiro, redução de 1,4 p.p. no mês
e de 3,2% em doze meses. A redução mensal ocorreu principalmente na modalidade de capital de giro
até 365 dias (-13 p.p.), revertendo boa parte do aumento do mês anterior.

A inadimplência alcançou 2,3%, crescimento de 0,2 p.p., distribuído nos segmentos de pessoas jurídicas
(0,2 p.p.) e físicas (0,1 p.p.). Nas operações com recursos livres, a inadimplência permaneceu estável em
2,9%. Nas operações com recursos direcionados, o indicador situou-se em 1,3%, com evolução de 0,2 p.p.,
também distribuída nos segmentos de empresas (0,4 p.p.) e de famílias (0,2 p.p.).

3. Agregados monetários

A base monetária alcançou R$388,8 bilhões em fevereiro, com redução de 4,4% no mês e elevação de
28,2% em doze meses. O papel-moeda emitido e as reservas bancárias recuaram 3,5% e 12,5%,
respectivamente, no mês.

Nota para a Imprensa – 29.3.2021


Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, contribuíram para a contração as
operações com Títulos Públicos Federais, R$30,2 bilhões (colocações líquidas de R$106 bilhões no
mercado primário e compras líquidas de R$75,8 bilhões no mercado secundário), as do Tesouro Nacional,
R$14,7 bilhões, e as da Linha Temporária Especial de Liquidez, R$3 bilhões. Em contrapartida,
apresentaram expansão, os depósitos de instituições financeiras, R$5,4 bilhões (liberações de recursos de
depósitos a prazo, R$3,7 bilhões, e de recursos da poupança, R$1,4 bilhões), as operações do setor
externo, R$13,8 bilhões, e as com derivativos, R$5,1 bilhões.

Os meios de pagamento restritos (M1) atingiram R$571,1 bilhões no mês, diminuição de 1,2%, reflexo do
declínio do papel-moeda em poder do público de 2,4% e da estabilidade dos depósitos à vista.
Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 recuou 1,1% no mês.

O M2 recuou 0,2% no mês, totalizando R$3,9 trilhões, refletindo, além da queda no saldo do M1 (-1,2%),
a redução de 0,4% no saldo dos depósitos de poupança, que totalizou R$1,0 trilhão, após resgates líquidos
de R$5,9 bilhões. O saldo dos títulos emitidos por instituições financeiras, avançou 0,2% no mês, somando
R$2,3 trilhões, após registrar captações líquidas de R$11,6 bilhões nos depósitos a prazo. O M3 não
registrou variação no mês, permanecendo com saldo de R$8,0 trilhões. O saldo das quotas de fundos do
mercado monetário registrou aumento de 0,9%, totalizando R$3,9 trilhões, enquanto as operações
compromissadas com títulos federais e títulos privados recuaram, respectivamente, 7,0% e 4,5%. O M4
não registrou variação no período, totalizando R$8,4 trilhões. Em 12 meses a variação foi de 16,5%.

4. Novas datas de divulgação dos indicadores de endividamento e de comprometimento de renda das


famílias

Em função de novas datas de divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), do IBGE, até dezembro de 2021, as séries mensais dos indicadores de endividamento e de
comprometimento de renda das famílias passarão a ser divulgadas na Nota para Imprensa – Estatísticas
Monetárias e de Crédito com três meses de defasagem.

5. Concessões ajustadas sazonalmente

Concessões dessazonalizadas Variação %


Período Livre Direcionado Total
PJ PF Total PJ PF Total PJ PF Total
No mês 2,7 6,8 4,8 49,0 2,0 5,1 4,7 6,5 6,0
No trimestre -1,0 -3,2 -0,7 -53,1 8,5 -18,7 -8,3 -1,5 -4,0

Nota para a Imprensa – 29.3.2021

Você também pode gostar