Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2021
1. Crédito ampliado ao setor não financeiro
Em fevereiro, o crédito ampliado ao setor não financeiro totalizou R$12,3 trilhões (164% do PIB),
crescimento de 1,6% no mês e de 17,8% em doze meses. Essa variação mensal foi influenciada, sobretudo,
pelo crescimento do saldo de títulos de dívida (2,2% no mês), principalmente os títulos públicos.
O crédito ampliado às empresas somou R$4,3 trilhões (57,3% do PIB), variação de 1,1% no mês e de 18,0%
em doze meses. Tanto na variação mensal quanto em doze meses, destacaram-se os aumentos nos
empréstimos, tanto no mercado doméstico quanto os que integram a dívida externa.
O crédito ampliado às famílias alcançou R$2,5 trilhões (33,1% do PIB), com aumentos de 0,7% no mês e
de 10,9% em doze meses, acompanhando a variação de seu principal componente – empréstimos do SFN
– que cresceu, respectivamente, 0,8% e 11,3%.
jun 20
fev 19
ago 19
ago 20
fev 20
fev 21
out 19
out 20
dez 19
abr 20
dez 20
abr 19
de 22,9% no crédito às
empresas, com o crédito às
Total Pessoa Jurídica Pessoa Física
famílias variando 11,3%.
O crédito livre a pessoas jurídicas alcançou R$1,1 trilhão, acréscimo de 1,2% no mês, com destaque para
as modalidades de desconto de duplicatas e recebíveis, antecipação de faturas de cartão, aquisição de
veículos, ACC e financiamento a exportações. Em doze meses, a variação de 22,5% refletiu principalmente
o crescimento na carteira de capital de giro. O crédito livre para pessoas físicas totalizou R$1,2 trilhão
(0,7% no mês e 10,3% em doze meses). O crescimento no mês reflete principalmente o aumento
observado nas modalidades de crédito pessoal (consignado e não consignado), enquanto, em doze meses,
destaque também para as modalidades aquisição de veículos e composição de dívidas.
No crédito direcionado, o saldo de pessoas jurídicas recuou 0,2% no mês, atingindo R$0,7 bilhão,
mantendo crescimento significativo em doze meses, 23,5%. A carteira de pessoas físicas atingiu R$1
trilhão (0,9% no mês e 12,5% em doze meses), com destaque para os aumentos no rural e imobiliário.
set 19
jul 20
set 20
mar 19
mai 19
mai 20
nov 19
mar 20
nov 20
jan 19
jan 20
jan 21
as concessões totais
cresceram 3,1%.
Dessazonalizado Nominal
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que apura o custo médio de toda a carteira ativa do sistema
financeiro nacional, situou-se em 17,2% a.a. (+0,2 p.p. na variação mensal e -3,0 p.p. na comparação
interanual). No crédito livre não rotativo, o ICC apresentou-se estável no mês e continuou em redução na
comparação interanual (-4,3 p.p.), alcançando 22,6%. O spread geral do ICC situou-se em 12,3 p.p. (+0,2
p.p. no mês, -2,1 p.p. em doze meses).
A taxa média de juros das operações contratadas em fevereiro caiu para 19,8% a.a., reduções de 0,3 p.p.
no mês e de 3,2 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões, 15,6 p.p., acompanhou
este comportamento, com declínios de 0,2 p.p. e 2,9 p.p., nas mesmas bases de comparação.
No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 28,1% a.a. (-0,4 p.p. no mês e -6,0 p.p. na
comparação interanual). No crédito às famílias, a taxa média de 40,1% a.a. (+0,6 p.p. mês) refletiu
principalmente aumentos no cartão parcelado (+5,6 p.p.) e na composição de dívidas (+2,7 p.p.). No
crédito livre às empresas, a taxa média situou-se em 13,8% a.a. em fevereiro, redução de 1,4 p.p. no mês
e de 3,2% em doze meses. A redução mensal ocorreu principalmente na modalidade de capital de giro
até 365 dias (-13 p.p.), revertendo boa parte do aumento do mês anterior.
A inadimplência alcançou 2,3%, crescimento de 0,2 p.p., distribuído nos segmentos de pessoas jurídicas
(0,2 p.p.) e físicas (0,1 p.p.). Nas operações com recursos livres, a inadimplência permaneceu estável em
2,9%. Nas operações com recursos direcionados, o indicador situou-se em 1,3%, com evolução de 0,2 p.p.,
também distribuída nos segmentos de empresas (0,4 p.p.) e de famílias (0,2 p.p.).
3. Agregados monetários
A base monetária alcançou R$388,8 bilhões em fevereiro, com redução de 4,4% no mês e elevação de
28,2% em doze meses. O papel-moeda emitido e as reservas bancárias recuaram 3,5% e 12,5%,
respectivamente, no mês.
Os meios de pagamento restritos (M1) atingiram R$571,1 bilhões no mês, diminuição de 1,2%, reflexo do
declínio do papel-moeda em poder do público de 2,4% e da estabilidade dos depósitos à vista.
Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 recuou 1,1% no mês.
O M2 recuou 0,2% no mês, totalizando R$3,9 trilhões, refletindo, além da queda no saldo do M1 (-1,2%),
a redução de 0,4% no saldo dos depósitos de poupança, que totalizou R$1,0 trilhão, após resgates líquidos
de R$5,9 bilhões. O saldo dos títulos emitidos por instituições financeiras, avançou 0,2% no mês, somando
R$2,3 trilhões, após registrar captações líquidas de R$11,6 bilhões nos depósitos a prazo. O M3 não
registrou variação no mês, permanecendo com saldo de R$8,0 trilhões. O saldo das quotas de fundos do
mercado monetário registrou aumento de 0,9%, totalizando R$3,9 trilhões, enquanto as operações
compromissadas com títulos federais e títulos privados recuaram, respectivamente, 7,0% e 4,5%. O M4
não registrou variação no período, totalizando R$8,4 trilhões. Em 12 meses a variação foi de 16,5%.
Em função de novas datas de divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), do IBGE, até dezembro de 2021, as séries mensais dos indicadores de endividamento e de
comprometimento de renda das famílias passarão a ser divulgadas na Nota para Imprensa – Estatísticas
Monetárias e de Crédito com três meses de defasagem.