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O Evangelho de Mateus
Sábado à tarde
14 a 21 de maio
Ano Bíblico: 2Cr 14–16
LEITURAS DA SEMANA:
Gl 4:4; Hb 7:26; Mt 16:13-20; Ef 2:20; Mt 16:21-27; 17:1-9
"Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a Seus discípulos que Lhe era necessário seguir para Jerusalém e
sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia"
(Mt 16:21).
O Novo Testamento é claro: Jesus nha que morrer. Ao enfrentar a iminente sombra da cruz, Ele orou: “Agora, está
angus ada a Minha alma, e que direi Eu? Pai, salva-Me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para
esta hora” (Jo 12:27). Esse era o plano divino, concebido na mente de Deus, mesmo “antes dos tempos eternos” (Tt 1:2;
ver também 2Tm 1:9).
Foi por essa razão que Jesus não disse simplesmente que iria sofrer muitas coisas, ser morto e ressuscitado no terceiro
dia; Ele disse que Lhe era necessário enfrentar tudo isso. Devido à natureza de Deus, à san dade da lei e à realidade do
livre-arbítrio, Sua morte era a única maneira de salvar a humanidade da penalidade da transgressão.
Embora o estudo desta semana ensine um pouco mais sobre a história de Jesus, nosso foco será Pedro e sua resposta
ao ministério de Jesus, enquanto Ele marchava rumo a uma morte planejada “antes dos tempos eternos”.
Chegou o dia de impactar sua comunidade. Esperança no coração e livro na mão: Assim você pode alcançar pessoas que precisam viver com
esperança!
Domingo
Ano Bíblico: 2Cr 17–20
“Tu és o Cristo”
Imagine como as coisas devem ter sido para Pedro, que havia estado com Jesus quase desde o início. O que deve ter
passado por sua mente enquanto ele testemunhava um acontecimento incrível após outro: curas, expulsão de
demônios, alimentação de mul dões, surpreendentes ensinos, controle da natureza, ressurreição de mortos e até a
experiência de andar com Jesus sobre a água? Que perguntas devem ter voltado à sua mente dia após dia, ao ver coisas
1. Leia Mateus 16:13-17. Que pergunta Jesus fez aos discípulos? O que significa o fato de Pedro ter sido o único a
responder? Por que a resposta dele é tão importante?
A declaração de Pedro a respeito de Jesus ser “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 16), é um dos pontos altos da Bíblia.
Pedro O chamou de “Cristo”, o Ungido, e, com tal confissão, estava dizendo (corretamente, como foi mais tarde
demonstrado) que Jesus era o Messias, Aquele que viria em cumprimento das promessas da aliança, feitas a Abraão e
depois a Israel (ver Gl 3:16).
Além disso, Pedro proclamou Jesus como o Cristo na região de Cesareia de Filipe. Essa era uma região gen lica. Nos
dias anteriores, Pedro havia observado Jesus Se importar não só com os judeus, mas também com os gen os. Com o
auxílio do Espírito Santo, Pedro reconheceu que Jesus era muito mais do que um profeta judeu, como outros haviam
sugerido. Seu ministério ia muito além da obra de João Ba sta, Elias ou Jeremias. Na verdade, esse ministério devia
abranger a humanidade toda. Portanto, Jesus Se autodenominou “Filho do homem”, o que mostra Sua iden ficação
pessoal com todos os seres humanos. Como a Bíblia mostra posteriormente, Pedro ainda nha muito que aprender
sobre Jesus e sobre a plenitude e a universalidade do que Ele nha vindo fazer.
O que Jesus fez em sua vida que pode ser testemunhado a outros? Por que é sempre bom conservar essas coisas diante de
nós e compar lhá-las?
Segunda
Ano Bíblico: 2Cr 21–23
2. Leia Mateus 16:17-20. O que Jesus disse a Pedro e qual é o significado de Suas palavras?
A expressão “sobre esta pedra” tem sido mo vo de controvérsia dentro da igreja cristã. Os católicos interpretam que a
“pedra” significa o próprio Pedro, argumentando que ele foi o primeiro papa. Os protestantes, porém, rejeitam essa
interpretação, e com boa razão.
O peso bíblico das evidências é claramente em favor da ideia de que a pedra seja o próprio Cristo, e não Pedro.
Primeiro, em algumas ocasiões Pedro se referiu a Jesus, e não a si mesmo, com a figura da pedra (ver At 4:8-12; 1Pe 2:4-
8).
Segundo, ao longo de toda a Bíblia é encontrada a figura de Deus e de Cristo como uma rocha. Em contraste com isso, os
seres humanos são retratados como fracos e indignos de confiança. “Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos
pó” (Sl 103:14). “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação” (Sl 146:3). Como
João escreveu sobre Jesus: “Não precisava que ninguém Lhe desse testemunho a respeito do homem, pois Ele bem sabia
o que havia no homem” (Jo 2:25, NVI). Ele sabia, também, o que havia em Pedro (Mt 26:34).
3. Em contraste com a fraqueza humana, o que os textos seguintes nos dizem sobre quem, na verdade, é a Pedra sobre a
qual a igreja está edificada? 1Co 10:4; Mt 7:24, 25; Ef 2:20
“Como a igreja parecia fraca, quando Cristo proferiu essas palavras! Havia apenas um punhado de crentes, contra os
quais se dirigiria todo o poder dos demônios e dos homens maus. Entretanto, os seguidores de Cristo não deveriam
temer. Edificados sobre a Rocha de sua fortaleza, não poderiam ser vencidos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 413).
Terça
Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
O problema de Pedro não foi que ele es vesse tentando proteger Jesus. Ele estava tentando conduzir Jesus. Não estava
mais seguindo Jesus; estava dizendo a Ele que o seguisse.
Jesus disse: “Para trás de Mim, Satanás!” (v. 23, NVI) porque, como o próprio inimigo no deserto, Pedro havia se
tornado uma ameaça à missão de Cristo.
Marcos 8:33 declara que, durante essa conversa, Jesus Se virou e olhou para Seus discípulos. Ele nha vindo para
salvá-los. Não cairia na tentação de fazer outra coisa, e certamente isso não ocorreria por meio de um de Seus próprios
discípulos, não importando suas boas intenções.
Por mais que Pedro vesse crescido espiritualmente, ainda estava tentando controlar as coisas, inclusive o próprio
Jesus. Nesse sen do, Pedro não era tão diferente de outro discípulo, Judas, que tentava controlar Jesus e executar seus
próprios planos a respeito daquilo que ele achava que um Messias devia ser. Mas, ao contrário de Judas, Pedro se
arrependeu profundamente e se dispôs a ser disciplinado e perdoado.
5. Leia Mateus 16:24-27. O que Jesus queria dizer quando declarou: “Quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas
quem perder a vida por Minha causa, a encontrará” (v. 25, NVI)?
A cultura em que vivemos nos diz que devemos seguir nossos sonhos e sacrificar tudo pelo que queremos. Mas Jesus
nos diz o oposto. Ele nos convida a renunciar aos nossos sonhos e entregá-los ao Senhor. Pedro e os discípulos
estavam gradualmente aprendendo o que é a verdadeira fé, que não deve ser simplesmente uma experiência
emocionante de ir em busca do que mais se deseja. A verdadeira fé é a dolorosa experiência de renunciar ao que mais
se deseja. Quando você deixa de se apegar aos seus sonhos, está “perdendo sua vida” e, ao mesmo tempo, a está
encontrando.
Que coisas você teve que perder para seguir Jesus? Talvez essas coisas parecessem importantes, mas, olhando para trás,
como elas se parecem agora?
Quarta
Ano Bíblico: 2Cr 26–28
Encorajamento do Céu
6. Leia Mateus 17:1-9. O que aconteceu no monte, e por que isso foi tão importante para o próprio Jesus e os discípulos?
Jesus “havia vivido na comunhão e no amor do Céu; no mundo que Ele próprio criara, no entanto, encontrava-Se
solitário. Então o Céu enviou seus mensageiros a Jesus; não anjos, mas homens que suportaram sofrimentos e tristezas,
e estavam aptos a se compadecer do Salvador na prova de Sua existência terrestre. Moisés e Elias foram colaboradores
de Cristo. Compar lharam de Seus anseios em torno da salvação dos homens. [...] Esses homens, escolhidos de
preferência a todos os anjos que rodeiam o trono, nham vindo conversar com Jesus acerca das cenas de Seu
sofrimento, e confortá-Lo com a certeza da compaixão do Céu. A esperança do mundo, a salvação de toda criatura
humana, foram o assunto de sua entrevista” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 422, 425).
É interessante que Jesus, o Filho de Deus, em Sua humanidade, precisou de conforto e encorajamento desses homens
Além disso, apesar de tudo o que nham visto e ouvido, Pedro, Tiago e João teriam ainda mais razões para crer. A voz
vinda da nuvem certamente iria encorajá-los também, depois que eles vencessem seu medo inicial. É bastante
revelador, também, que Mateus tenha dito que Jesus, “aproximando-Se deles, tocou-lhes [...], dizendo: Erguei-vos e não
temais” (Mt 17:7). Mesmo em meio a tudo o que estava prestes a enfrentar, Jesus confortou e encorajou Seus discípulos.
Não importa quem sejamos, nem quanto nossa fé e entrega sejam fortes, às vezes, precisamos de encorajamento. Você
conhece alguém que esteja precisando de mo vação? O que você pretende fazer para ajudar essa pessoa?
Quinta
Ano Bíblico: 2Cr 29–31
Embora fosse exigido que todos os judeus pagassem o imposto do templo, os sacerdotes, levitas e rabis eram isentos
dele. Assim, quando perguntaram se Jesus pagava o imposto, estavam desafiando Seu ministério.
Ellen White escreveu que, naquela ocasião, Pedro perdeu uma oportunidade, de testemunhar sobre a absoluta
autoridade de Cristo. “Por sua resposta ao coletor, de que Jesus pagaria o tributo, havia sancionado, virtualmente, o
falso conceito que os sacerdotes e principais líderes estavam procurando espalhar a Seu respeito. [...] Se os sacerdotes
e levitas estavam isentos, em virtude de sua ligação com o templo, quanto mais Aquele para quem o templo era a casa
de Seu Pai!” (O Desejado de Todas as Nações, p. 433, 434).
Podemos aprender muito com a misericordiosa resposta de Jesus a Pedro. Em vez de humilhá-lo, Cristo explicou
gen lmente o erro do discípulo. Além disso, Jesus Se adaptou de maneira muito cria va ao curso de ação que Pedro
havia seguido. Em vez de simplesmente pagar o imposto, reconhecendo assim que era obrigado a fazê-lo, Cristo obteve
o dinheiro para o imposto de outra forma: da boca de um peixe.
Aquele milagre foi incomum; foi a única vez em que Jesus realizou um milagre que, aparentemente, foi para Seu próprio
bene cio. Mas esse não era o propósito do milagre. O prodígio foi uma demonstração da autoridade que Jesus nha,
não só sobre o templo, mas também sobre toda a criação. Do ponto de vista humano, deve ter sido di cil tentar
entender de que maneira Jesus realizou esse milagre. Apesar de todas as coisas que Pedro já nha visto, você pode
imaginar o que ele deve ter pensado quando lançou o anzol, pegou seu primeiro peixe e achou a quan a necessária
para pagar o imposto do templo? (Ver Is 40:13-17.)
Embora não fosse necessário que Jesus e Seus discípulos pagassem o imposto do templo, eles pagaram assim mesmo, para
evitar controvérsias desnecessárias. Como reduzir a importância das situações, especialmente no que diz respeito às coisas
que não são absolutas, para evitar conflitos desnecessários?
Sexta
Ano Bíblico: 2Cr 32, 33
Estudo adicional
O relato de como Jesus fez com que Pedro rasse, da boca do primeiro peixe que pescou, a exata quan a de dinheiro de
que necessitavam, é uma história extraordinária. Em contraste com os outros pos de milagres (cura de doentes,
restauração da visão aos cegos, ressurreição de mortos, alimentação de famintos), este é de natureza totalmente
diferente. Na Bíblia, também temos o machado que flutuou (2Rs 6:2-7) e a porção de lã molhada na terra seca, bem
como a porção de lã seca na terra molhada (Jz 6:36-40). Portanto, esse po de milagre não é de natureza totalmente
desconhecida. Por que Jesus simplesmente não entregou a Pedro o dinheiro e lhe disse que fosse pagar o imposto, em
vez realizar um feito tão incrível para resolver um problema rela vamente pequeno? O texto não diz. Contudo, como a
lição declara, o milagre nos mostra o extraordinário poder de Deus, o que não deveria nos surpreender. O simples fato