O MODERNISMO, um mundo em rutura

Europa, início do século XX

Avanço tecnológico e científico Miséria dos trabalhadores

↓ ↓
Máquinas e progresso Descontentamento, exigência de mudança

CRISE PROFUNDA
↓
I Guerra Mundial (1914-1918) / Revolução Russa (1917)

INTELECTUAIS E A CRISE
O ponto de viragem absoluta

NIETZSCHE, filósofo alemão (final séc.
XIX), considera desajustados os
fundamentos da moral e da conduta
humana ocidental. Propõe a reavaliação
dos valores e a vivência plena da vida.
FREUD, austríaco contemporâneo de
Nietzsche, cria a Psicanálise. Demonstra a
complexidade do Homem, que se revela
– no papel do inconsciente;
– na importância da sexualidade;
– na significação dos sonhos.
EINSTEIN, físico alemão, revolucionou a
ciência com a teoria da relatividade
(1905), que põe em causa grande parte do
conhecimento científico, até então
inquestionável.

O MODERNISMO: uma arte de rutura

• Os artistas tomam consciência de que as velhas formas de arte estavam esgotadas.

• Rutura com a tradição e o conservadorismo.
• Experiência de linguagens estéticas totalmente inovadoras.
• Reinvenção das formas, uso de técnicas como a colagem, experimentação de caminhos desconhecidos.
Surgimento de movimentos novos em todas as formas de expressão artística – literatura, música, pintura.

LITERATURA
 Mudam-se temas, estruturas poéticas, dramáticas e narrativas.
 Recusa-se a linguagem poética tradicional.
 Personagens passam a ser, geralmente, seres vulgares, sem nada de excecional, simples funcionários da pesada máquina
social, burocrática e quotidiana.
 O indivíduo tende a desaparecer num mundo de contradições.

Obras emblemáticas das obras deste período:

Ulisses de James Joyce, O Processo de Franz Kafka e Livro do Desassossego de Bernardo Soares (Fernando Pessoa).

Esbatimento da força do indivíduo, perda da unidade do eu → criação de heterónimos.

Fernando Pessoa leva ao limite o desdobramento da personalidade, o outro eu que nasce do eu (tema com origem na psicanálise de
Freud e um dos preferidos dos modernistas).
Utilização de uma linguagem criativa, original.
Uso inesperado do sentido metafórico dos vocábulos.

REINVENÇÃO DA LINGUAGEM