Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CNPJ 10.805.198/0001-34
Inscrição estadual 115115001
Registro no IBAMA 5354081
CREA BA20537
Praça Barão do Rio Branco, nº 185 - 1º andar - Cidade
Endereço Nova.
CEP: 45.652-140
E-mail atlantica_consultoria@yahoo.com.br
i
EIA – ILHÉUS MINERADORA
10
Figura 02 – Localização geográfica do empreendimento
Figura 03 – Localização do empreendimento dentro do contexto de bacias 11
hidrográficas.
Figura 04 – Localização da Ilhéus Mineradora nas Unidades de Conservação da 12
região.
Figura 05 – Localização dos empreendimentos próximos à Ilhéus Mineradora 13
16
Figura 07 – Cabruca e pastagens da fazenda.
17
Figura 08 - Mapa de uso e ocupação do solo
18
Figura 09 – Vias de acesso
19
Figura 10 – Via de acesso até a fazenda
21
Figura 11 – Seta indicativa da área de lavra
21
Figura 12 – Ilustração do método de lavra a ser utilizado
22
Figura 13 – Localização da área de lavra
23
Figura 15 – Fotos da área a ser lavrada
28
Figura 16 – Mapa geológico da área em estudo
Figura 17 – Areias oriundas do Grupo Barreiras e cobertura Tercio Quaternário 30
oriunda de rochas granulíticas
Figura 18 – Detalhe do Depósito de areia – porção centro leste da área 31
34
Figura 21 – Aspectos geomorfológicos da área
Figura 28- Presença de indivíduos acaule, que são frequentes no sub-bosque da área 50
estudada.
Figura 29 - Registro de ameaças presentes na área estudada, como a retirada de
madeira (acima à direita), a caça (acima à esquerda) e a prática de corte e queima (as 51
duas fotos embaixo).
75
Figura 37 – Fazendas localizados nas proximidades da Fazenda Santa Luzia.
Figura 38 – Vilarejos localizados próximos ao empreendimento na Fazenda Santa 76
Luzia.
Figura 39 –Ribeira das Pedras 79
83
Figura 40 – Layout da Área Diretamente Afetada - ADA
84
Figura 41 – Layout da Área de Influência Direta – AID
101
Figura 44 – Modelo de coletores
115
Figura 46 – Densidade de fumaça
Figura 47 – Modelo da escala Ringelmann adotado para execução dos ensaios 116
TABELAS
67
Tabela 5 - Répteis encontrados na Fazenda Santa Luzia.
QUADROS
iii
EIA – ILHÉUS MINERADORA
102
Quadro 4 – Destinação dos resíduos
Quadro 7 – Padrão de emissão de fumaça preta de acordo com a Portaria 85/86 do 117
IBAMA
117
Quadro 8 – Frequência das medições e manutenções
iv
EIA – ILHÉUS MINERADORA
SUMÁRIO
v
EIA – ILHÉUS MINERADORA
EQUIPE TÉCNICA
Profissionais REGISTRO
Marco Tulio Miranda de CREA - BA
Geólogo
Oliveira 10.599-D
CRBio – BA
Leonardo Gomes Neves Biólogo, Espc. em Fauna
85276/05D
CRBio – BA
Camila Primitivo de Oliveira Bióloga, Espc. em Flora
67832/05D
Outros Colaboradores
José Lima da Paixão Biólogo e Técnico Agropecuário
vi
EIA – ILHÉUS MINERADORA
APRESENTAÇÃO
vii
EIA – ILHÉUS MINERADORA
4
EIA – ILHÉUS MINERADORA
gerenciamento dos recursos hídricos no país. Responsável também pela outorga de água
superficial e subterrânea, inclusive aquelas que são utilizadas na mineração;
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA: responsável por formular as
políticas ambientais, cujas Resoluções têm poder normativo, com força de lei, desde que,
o Poder Legislativo não tenha aprovada legislação específica;
Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH: responsável por formular as
políticas de recursos hídricos; promover a articulação do planejamento de recursos
hídricos; estabelecer critérios gerais para a outorga de direito de uso dos recursos
hídricos e para a cobrança pelo seu uso.
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA: responsável, em nível federal, pelo licenciamento e fiscalização ambiental;
Centro de Estudos de Cavernas – CECAV (IBAMA): responsável pelo
patrimônio espeleológico.
6
EIA – ILHÉUS MINERADORA
8
EIA – ILHÉUS MINERADORA
9
EIA – ILHÉUS MINERADORA
10
EIA – ILHÉUS MINERADORA
11
EIA – ILHÉUS MINERADORA
12
EIA – ILHÉUS MINERADORA
13
EIA – ILHÉUS MINERADORA
15
EIA – ILHÉUS MINERADORA
16
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Viabilidade Locacional
17
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Diante das abordagens levantadas acima, pode-se perceber que a área em estudo
possui uma posição geográfica estratégica, atrelado a esse aspecto, pode-se contar
também com o acesso facilitado por estrada vicinal já existente e em bom estado de
conservação, apontou esta área como a melhor alternativa de se instalar um
empreendimento desta modalidade.
18
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Sobre a exploração
20
EIA – ILHÉUS MINERADORA
21
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Caracterização do processo
determinado.
TRATOR ENCHEDEIRA
CAÇAMBA
23
EIA – ILHÉUS MINERADORA
24
EIA – ILHÉUS MINERADORA
a) Clima
O município de Ilhéus possui um clima quente e úmido, amenizado pelos ventos
provindo do oceano, e é uma das cidades que registram as temperaturas um pouco
quente no estado da Bahia, chegando a registrar 26,2°C em 2006, mas já foram
registradas temperaturas inferiores a 19°C em diversos anos anteriores. As chuvas são
bem distribuidas durante o ano, sendo o maior período das chuvas torrenciais (mais
intensas e fortes) que ficam concentradas nos meses de novembro a março, com um
índice médio de pluviometria em torno de 1.300mm/ano.
b) Geologia Regional
Afloram na região rochas do embasamento cristalino e suprajacentes que serão
descritas a seguir em ordem cronológica da mais nova para mais antiga, localizadas no
Domínio do Escudo Oriental da Bahia, subdomínio A, Zona de Jequié.
Depósitos Aluviais: Trata-se de sedimentos inconsolidados,
predominantemente arenosos, com lentes mais finas de silte e argila e cascalhos
variados geralmente na base, aparecendo raramente em forma de lentes no meio
do conjunto. Nas áreas de inundação aparecem geralmente sedimentos finos
ricos em matéria orgânica.
Areias litorâneas com conchas Marinhas: Trata-se de areias que apresentam
selecionamento de bom a moderado, com conchas marinhas e tubos fósseis. Na
parte superior destes terraços existem cristas e cordões litorâneos notavelmente
bem desenvolvidos. As estruturas sedimentares presentes são representadas
quase que exclusivamente por estratificação da face da praia.
26
EIA – ILHÉUS MINERADORA
c) Gelologia Local
Toda a água lançada sobre esta camada arenosa desaparece em poucos segundos
não sendo possível efetuar medidas com precisão.
O nível de cascalho é impenetrável apenas a sondagem a trado, porém a sua
porosidade e permeabilidade é também extrema, não se verificando retenção de água
em sua extensão de ocorrência.
Nas sondagens efetuadas não foi encontrada o nível do lençol freático, que no local
varia muito de acordo com o índice pluviométrico, devido à alta permeabilidade e
porosidade das camadas superficiais.
De acordo com os dados obtidos pode-se afirmar que a área é muito permeável,
ou seja tem permeabilidade primária, com absorção relativa muito rápida.
COBERTURA TÉRCIO
QUATERNÁRIA
SUL
AREIA
OESTE
LESTE
NORTE
Figura 17 - Areias Oriundas do Grupo Barreiras e Cobertura Tércio Quaternária Oriunda de Rochas
Granulíticas.
30
EIA – ILHÉUS MINERADORA
31
EIA – ILHÉUS MINERADORA
As formas de relevo que aparecem na área são determinadas mais pela erosão e
alteração causada por intemperismo das rochas que por eventos estruturais exceto pelo
vale que corta a área na direção norte sul, provavelmente formado por uma fratura que
separa as rochas do Embasamento Cristalino das do Grupo Barreiras.
Na porção leste da área onde ocorrem as areias provenientes da alteração das
rochas do Grupo Barreiras os morros têm os topos em forma tubulares com vales rasos e
estreitos, normalmente esculpidos por águas pluviais. O alto grau de porosidade e
permeabilidade não permite a circulação intensa de água na superfície o que não
permite a escavação de vales mais profundos. Já na porção oeste onde ocorre solo mais
argiloso proveniente da alteração de rochas granulíticas do Embasamento Cristalino, os
morros têm formas de cristas mais agudas com os vales mais largos e mais profundos, o
que significa maior circulação de água na superfície devido ao menor grau de porosidade
e permeabilidade.
O relevo da área é de maneira geral acidentado com desníveis mais acentuados na
porção oeste da área, podendo ser caracterizado como do Tipo Planalto Pré-Litorâneo
na sua porção oeste e Planície Litorânea na sua porção leste. A presença de rochas do
32
EIA – ILHÉUS MINERADORA
33
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Ocorrem na área dois tipos de cobertura: um mais recente formado por areais
inconsolidadas de cor esbranquiçada, muito rica em sílica, granulometria média, com
cascalho composto por seixos de quartzo na base, com manchas mais ricas em argila que
apresentam coloração mais avermelhada, ocupando toda porção leste; outro formado
por cobertura detrítica tércio quaternária, de coloração amarelada a avermelhada,
composta por solos areno argilosos ás vezes argilo arenoso, quando assumem coloração
mais avermelhada.
A cobertura formada por areia esbranquiçada de granulometria média é oriunda
de alteração intempérica de rochas do Grupo Barreiras, é composta por sedimentos
arenosos bastante inconsolidados, com baixo teor de argila, tendo uma camada
superficial de no máximo 30 cm rica em matéria orgânica. Nos fundos dos vales é
comum a presença de seixos de quartzo, sub arredondados, também desagregados.
Estas areias aparecem muitas vezes associadas a latossolos amarelados, relativamente
mais ricos em argila e geralmente são de baixa fertilidade, usados frequentemente para
plantação de pastagem para uso na pecuária. Normalmente são solos transportados.
A cobertura formada pela alteração das rochas granulíticas do embasamento
cristalino é de cor amarelada com manchas avermelhadas. Tem composição areno
argilosa, por vezes argilo arenosa com as porções mais ricas em argila assumindo uma
cor mais avermelhada. Trata-se de solos mais coesos, também com uma camada
34
EIA – ILHÉUS MINERADORA
a. Hidrologia.
Os drenos que ocorrem no entorno da área a ser explorada são de águas pluviais e
só “correm” em época de chuvas e mesmo assim tem curta duração. Normalmente eles
convergem para um vale de direção norte sul, provavelmente formado por uma fratura
no contato das areias com a cobertura detrítica tércio quaternária. Estes drenos, que
formam córregos apenas nas épocas chuvosas, deságuam no Rio sete Voltas, que por sua
vez deságua no Rio Tiriri, todos pertencentes à Bacia do Rio Almada.
As águas que correm nos drenos do entorno da área onde será efetuada a
exploração são águas pluviais que infiltram nas areias inconsolidadas oriundas da
35
EIA – ILHÉUS MINERADORA
36
EIA – ILHÉUS MINERADORA
b. Hidrogeologia
37
EIA – ILHÉUS MINERADORA
38
EIA – ILHÉUS MINERADORA
39
EIA – ILHÉUS MINERADORA
40
EIA – ILHÉUS MINERADORA
41
EIA – ILHÉUS MINERADORA
42
EIA – ILHÉUS MINERADORA
43
EIA – ILHÉUS MINERADORA
44
EIA – ILHÉUS MINERADORA
45
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Figura 25 – Fazenda Santa Luzia. Em destaque o futuro local de extração de areia (setas preta) e o local do
remanescente florestal inventariado (seta branca).
46
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Figura 26 – Metodologia sendo aplicada na área da fazenda Santa Luzia. Marcação das parcelas e dos
indivíduos (à esquerda) e coleta para identificação taxonômica (a direita). 47
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Resultados encontrados
Tabela 1 - Parâmetros estruturais das parcelas amostradas (0,1 ha cada) na área do futuro
empreendimento, Ilhéus -Uruçuca/BA.
Diâmetro Altura Densidade Nº Espécie Riqueza
médio (cm) média (m) (ind./ha) (sp./ha)
Parcela 1 15,66 (± 8,5) 8,1 (± 2,8) 150 14 140
Parcela 2 14,8 (± 12,3) 8,2 (± 3,1) 120 10 100
Parcela 3 11,5 (± 6,6) 7,7 (± 3,4) 160 14 140
Parcela 4 16,3 (± 16,0) 10,7 (± 4,3) 250 14 140
Parcela 5 10,3 (± 2,8) 5,2 (± 1,5) 130 7 70
Parcela 6 21,0 (± 11,8) 6,5 (± 1,7) 110 6 60
Parcela 7 18,1 (± 16,7) 6,3 (± 1,7) 90 8 80
Parcela 8 12,7 (± 7,7) 6,5 (± 2,5) 120 11 110
Parcela 9 13,4 (± 6,7) 9,3 (3,9) 210 8 80
Parcela 10 10,2 (± 4,8) 7,0 (± 3,0) 190 14 140
Média da área (1 ha) 14,4 7,6 - - -
Total da área (1 ha) - - 153 55 55
Figura 27 – Imagem de um indivíduo remanescente de maior porte e de trechos de mata mais estruturada
(foto à esquerda). Imagem de uma gameleira estranguladora (Ficus sp.) que necessita de uma estrutura
pré-estabelecida para iniciar seu estabelecimento, indicando uma estrutura mais antiga (foto à direita).
49
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Outra família com importante destaque na área estudada é Arecaceae. Sua riqueza
e abundância foi a mais alta se considerarmos os indivíduos acaules (espécies que
demoram muito ou não apresentam caule evidente acima do solo, mesmo e fases já
reprodutiva; Figura 28). Todos os indivíduos acaules observados pertenceram à família
Areacaceae e estavam distribuídos em seis espécies: Attalea funifera (piaçava), Bactris
ferruginea, B. acanthocarpa e B. setosa (mané velho), Elaeis guineensis (dendê), Syagrus
botryophora (pati). A família Arecaceae é considerada uma família muito importante
para a dinâmica da floresta, pois apresentam recursos mesmo em períodos de escassez
de frutos (Galetti & Aleixo 1998; Peres 2000).
Figura 28– Presença de indivíduos acaule, que são frequentes no sub-bosque da área estudada.
ET AL. 2008; LOBO et al. 2010). A retirada e/ou queima dessas áreas permitem que o
efeito de borda atinja cada vez mais o interior do fragmento, e consequentemente, os
pequenos trechos com áreas mais estruturadas presentes, também se tornarão áreas de
capoeira mais inicial, causando perda de riqueza e diversidade.
Figura 29 – Registro de ameaças presentes na área estudada, como a retirada de madeira (acima à
direita), a caça (acima à esquerda) e a prática de corte e queima (as duas fotos embaixo).
CONSIDERAÇÕES
Figura 30 – Espécies com algum tipo de recurso alimentar disponível, registrada no mês de março,
quando foi realizado o trabalho de amostragem.
52
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Diante desde estudo, fica evidente que esta área deve ser protegida, e que ações de
manejo como enriquecimento e controle de invasoras podem auxiliar na sua persistência,
assim como a proteção contra novas perturbações antrópicas. A maior eficiência do
processo de enriquecimento da área pode ser atingida utilizando espécies tardias
(tolerantes à sombra). Priorizando as espécies tardias que tem baixa frequência ou
ausentes na área estudada, mas que são encontradas em floresta próxima, como as da
Fazenda Almada.
53
EIA – ILHÉUS MINERADORA
ANEXO 1
Espécies arbóreas amostradas no remanescente florestal e seus respectivos parâmetros fitossociológicos, Ilhéus-Uruçuca/BA. Lista está
disposta por ordem alfabética das famílias.
Nº
Família Espécies Nome popular FR DR AB DoR IVI
Ind.
Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. Pau-pombo 14 4,72 9,15 0,5574 13,37 27,24
Annonaceae Xylopia sericea A.St.-Hil. Pindaíba-pimenta 1 0,94 0,65 0,0008 0,02 1,62
Apocynaceae Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson Janaúba 4 2,83 2,61 0,0123 0,29 5,74
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyrm. Matatauba 6 3,77 3,92 0,0956 2,29 9,99
& Frodin
Arecaceae Elaeis guineensis Jacq. Dendé 5 0,94 3,27 0,1466 3,52 7,73
Arecaceae Euterpe edulis Mart. Jussara 4 2,83 2,61 0,0037 0,09 5,53
Bignoniaceae Jacaranda semisserrata Cham. Carobinha 5 0,94 3,27 0,0441 1,06 5,27
Boraginaceae Cordia magnoliaefolia Cham. Baba-de-boi 2 1,89 1,31 0,0014 0,03 3,23
Burseraceae Protium aracouchini (Aubl.) March. Amescla 3 2,83 1,96 0,0036 0,09 4,88
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Amescla 1 0,94 0,65 0,0007 0,02 1,61
Clusiaceae Tovomita choisyana Planch. & Triana Mangue 2 1,89 1,31 0,0030 0,07 3,27
Clusiaceae Tovomita mangle G. Mariz Mangue-da-mata 4 2,83 2,61 0,0103 0,25 5,69
54
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Nº
Família Espécies Nome popular FR DR AB DoR IVI
Ind.
Clusiaceae Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Bicuíba-vermelha 2 1,89 1,31 0,0055 0,13 3,33
Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) Muell. Arg. Tapiá 1 0,94 0,65 0,0002 0,01 1,60
Euphorbiaceae Mabea piriri Aubl. Leiteira 3 1,89 1,96 0,0071 0,17 4,02
Euphorbiaceae Pera glabrata (Schott) Poepp. Ex Baill. Sete-cascas 4 3,77 2,61 0,0285 0,68 7,07
Euphorbiaceae Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. Cocão 9 6,60 5,88 0,0348 0,83 13,32
Euphorbiaceae Sebastiania gaudichaudii (Muell. Arg.) Muell. 1 0,94 0,65 0,0003 0,01 1,60
Arg.
Fabaceae Albizia polycephalum (Benth.) Killip ex Record Monzê 2 1,89 1,31 0,0645 1,55 4,74
Fabaceae Andira anthelmia (Vell.) J. F. Macbr. Angelin 1 0,94 0,65 0,0002 0,00 1,60
Fabaceae Andira vermifuga (Mart.) Benth. Amargoso 1 0,94 0,65 0,0062 0,15 1,75
Fabaceae Dialium guianense (Aubl.) Sandwith Jitaí-preto 4 2,83 2,61 0,0718 1,72 7,17
Fabaceae Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos Sucupira-verdadeira 1 0,94 0,65 0,0058 0,14 1,74
Fabaceae Parkia pendula (Willd.) Benth. Juerana-vermelha 1 0,94 0,65 0,0009 0,02 1,62
Flacourtiaceae Casearia sylvestris Sw. Aderninho-de- 2 1,89 1,31 0,0042 0,10 3,29
capoeira
55
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Nº
Família Espécies Nome popular FR DR AB DoR IVI
Ind.
Lauraceae Cryptocarya mandioccana Meisn. in DC. Louro-cravo 2 1,89 1,31 0,0036 0,09 3,28
Lauraceae Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. Louro-sabão 3 0,94 1,96 0,0076 0,18 3,09
Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Miers Biriba 7 4,72 4,58 0,0849 2,04 11,33
Malpighiaceae Byrsonima stipulacea Adr. Juss. Murici 1 0,94 0,65 0,0019 0,04 1,64
Melastomataceae Henriettea succosa (Aubl.) DC. Mundururu-ferro 9 2,83 5,88 0,0956 2,29 11,01
Melastomataceae Miconia mirabilis (Aubl.) L.O.Williams Mundururu 4 1,89 2,61 0,0181 0,43 4,94
Melastomataceae Tibouchina elegans (Gardn.) Cogn. Pequi de capoeira 1 0,94 0,65 0,0039 0,09 1,69
Monimiaceae Siparuna guianensis Aubl. Negramina 3 1,89 1,96 0,0031 0,07 3,92
Moraceae Brosimum rubescens Taub. Conduru-vermelho 1 0,94 0,65 0,0002 0,00 1,60
Moraceae Ficus insipida Willd. Gameleira-vermelha 1 0,94 0,65 0,0140 0,34 1,93
Moraceae Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby Amora-vermelha 3 2,83 1,96 0,0053 0,13 4,92
Moraceae Pourouma guianensis Aubl. Tararanga-de-lixa 1 0,94 0,65 0,0013 0,03 1,63
Moraceae Pourouma mollis Trécul Tararanga-vermelha 1 0,94 0,65 0,0040 0,10 1,69
Moraceae Pourouma velutina Miq. Tararanga 1 0,94 0,65 0,0020 0,05 1,65
56
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Nº
Família Espécies Nome popular FR DR AB DoR IVI
Ind.
Myristicaceae Virola officinalis (Mart.) Warb. Bicuíba-vermelha 2 1,89 1,31 0,0121 0,29 3,48
Myrtaceae Psidium guineense Sw. Araça-vermelho 1 0,94 0,65 0,0021 0,05 1,65
Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz Farinha-seca 4 3,77 2,61 0,0151 0,36 6,75
Olacaceae Tetrastylidium brasiliense Engl. Cavoeiro 4 2,83 2,61 0,0043 0,10 5,55
Sapotaceae Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Gameleira 1 0,94 0,65 0,0005 0,01 1,61
Sapotaceae Pouteria laurifolia (Gomez) Radlk. Bapeba-de-nervura 2 0,94 1,31 0,0010 0,02 2,28
Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Pau-paraíba 8 1,89 5,23 2,7621 66,24 73,36
Tiliaceae Apeiba tibourbou Aubl. Pau jangada 1 0,94 0,65 0,0006 0,01 1,61
Legenda: FR – freqüência relativa; DR – densidade relativa; AB – área basal; DoR – dominância relativa; IVI – índice de importância
57
EIA – ILHÉUS MINERADORA
A riqueza biológica da Mata Atlântica é comparável àquela dos biomas florestais mais
ricos do mundo, incluindo a Amazônia. A fauna da região é composta por no mínimo 261
espécies de mamíferos, 620 de pássaros, além de 260 anfíbios (FONSECA, 1997;
MITTERMEIER et al., 1997). Destes, 73 mamíferos, 160 pássaros e 128 anfíbios são
considerados endêmicos a esse bioma (MITTERMEIER & MITTERMEIER, 1997).
O processo de fragmentação na Mata Atlântica tornou-se bastante acelerado no sul da
Bahia, sendo uma grande ameaça à manutenção da biodiversidade (MOURA, 1999). Entre
1945 e 1990, a cobertura vegetal no extremo sul da Bahia foi reduzida de 85% para 6% de
sua área original (MENDONÇA et al., 1993 apud CASSANO, 2006).
A redução e a fragmentação do hábitat têm consequências sobre a estrutura e os
processos nas comunidades (LOVEJOY et al., 1983). Além da evidente redução de área
florestal e dos habitats originais, estudos indicam que a distribuição e o deslocamento das
espécies entre e nos fragmentos dependem principalmente do tamanho, grau de
isolamento e arranjo dos fragmentos, além do efeito de borda (SOULÉ et al., 1992;
ANDRÉN, 1994). A estrutura da paisagem, por sua vez, determina processos dinâmicos de
dispersão, extinção e recolonização de espécies que habitam as diferentes unidades
(ROLSTAD, 1991; METZGER, 1999).
Para proteger e manejar uma espécie animal é necessário entender sua relação
biológica com o ambiente e a situação atual da sua população. Essas informações podem
ser obtidas por observações em campo, visto que apenas uma pequena porcentagem das
espécies do mundo foi estudada e a ecologia de muitas muda de um lugar para outro
(Primack e Rodrigues, 2001).
Desta forma, o presente estudo tem como objetivo realizar o diagnóstico das espécies
da macrofauna terrestre, com intuito de coletar informações relevantes sobre o grupo no
empreendimento Fazenda Santa Luzia.
MÉTODOS
a) Mamíferos
A região Neotropical é um grande centro de diversidade de mamíferos, abrigando
aproximadamente um quarto da mastofauna mundial (NOWAK, 1999; PATTERSON, 2000),
58
EIA – ILHÉUS MINERADORA
com cinco ou mais mamíferos neotropicais sendo descobertos a cada ano (EMMONS &
FEER, 1999).
Entre os mamíferos, existe uma variação muito grande de tamanho corpóreo, hábitos
de vida e preferência de hábitat. Por isso, pesquisas e inventários de mamíferos requerem a
utilização de várias metodologias específicas para diferentes grupos de espécies (VOSS &
EMMONS, 1996). Os hábitos predominantemente noturnos da maioria das espécies, as
áreas de vida relativamente grandes e as baixas densidades populacionais dificultam o
estudo como, por exemplo, de tatus, tamanduás, cutias, pacas, antas, porco-do-mato,
veados e carnívoros (PARDINI Et al., 2004).
No presente trabalho foram utilizadas cinco metodologias distintas para o
levantamento da masto-fauna não voadora:
1. Entrevistas semi-estruturadas com informantes selecionados;
2. Armadilhas fotográficas;
3. Procura ativa em transectos na busca de evidências diretas ou indiretas
tendo como método auxiliar a técnica de playback;
4. Captura de pequenos mamíferos;
5. Visualizações de mamíferos dentro do projeto Mico-cabruca na Fazenda
Almada distante a apenas 500m da área do atual estudo.
a) Entrevistas:
Foram realizadas com informantes selecionados. A seleção do informante partiu de
um pressuposto qualitativo e buscou identificar pessoas com um maior conhecimento, em
relação a outros de sua comunidade, acerca de uma questão específica como caça, pesca e
uso de plantas medicinais como em Printes (2007), pois essas pessoas têm mais contato
com a mata e mais chances de visualizarem os animais. O processo de seleção do
informante assume que o conhecimento em questão não está homogeneamente distribuído
na comunidade de modo que a aplicação de questionários aleatórios não trará um
resultado satisfatório (PRINTES, op cit., 2007). Todos os informantes eram funcionários da
fazenda e/ou moravam nas redondezas a mais de cinco anos. No momento da entrevista
foram abordados, informalmente, aspectos da biologia das espécies de mamíferos da
região. Para facilitar a identificação das espécies foram mostradas fotos de diversas
espécies de mamíferos , o entrevistado era questionado sobre o local que o animal foi visto,
59
EIA – ILHÉUS MINERADORA
2. Armadilhas fotográficas:
Foram utilizadas duas câmeras fotográficas disparadas automaticamente pela
interrupção do feixe de luz infravermelho emitido continuamente a partir de um
dispositivo (“trailmaster”) acoplado às mesmas (figura 31). Todas as fotos registram data e
horário do evento, fornecendo a possibilidade de padronização de esforço amostral entre
pontos amostrais, viabilizando a comparação dos dados entre elas. As câmeras ficaram 10
dias em campo, sendo que o critério utilizado para a disposição das câmeras foi a presença
de sítios de alimentação, rastros, fezes, ou qualquer outro vestígio que aponte a presença
de mamíferos na área. Os animais foram atraídos por iscas (frutas, sardinha, sal grosso e
bacon), renovados diariamente.
arborícolas como primatas. Durante cinco dias, nos períodos de 6:00 h às 12:00h e das
14:00h às 18:00h, transectos (trilhas) foram percorridos à pé, devagar, e a uma velocidade
constante de1,5 km/h com paradas de 1min a cada 100 metros. Utilizou-se binóculo e
câmera fotográfica para identificação e registro das espécies. Durante a caminhada para
cada avistamento eram anotados: espécie visualizada, horário, número de indivíduos, e
estrutura etária do grupo (quando possível). Os vestígios não identificados em campo
foram fotografados, nos casos de rastros e pegadas.
Para facilitar o registro de primatas, foi utilizada a técnica de playback durante os
transectos, para a atração dos mesmos. Esse método já se mostrou bastante eficaz para o
levantamento de primatas da família Callitrichidae (KIERULFF, 2000; MENDES, 1993,
1997; PINTO, 1994; NEVES et al 2006). A técnica de PB utilizada consiste na reprodução de
vocalizações dos primatas da região (Callithrix sp, Cebus xanthosternos, Callicebus
melanochir, Alouatta guariba guariba) gravadas em CD, com o auxílio de um amplificador
Saul Mineroff modelo SME-AFS e um cd-player Panasonic SL-SX470, com o intuito de
estimular uma resposta dos grupos selvagens.
61
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Figura 33 - Faz Santa Luzia em primeiro plano e Faz. Almada em segundo plano, mostrando a conectividade
entre as áreas.
62
EIA – ILHÉUS MINERADORA
b) Aves
c) Répteis e Anfíbios
RESULTADOS:
a) MAMÍFEROS
63
EIA – ILHÉUS MINERADORA
2 - Armadilhas fotográficas: Das duas câmeras instaladas no local, uma bateu sete
fotos de um grupo de quati (Nasua nasua) figura 34 e a outra quatro fotos de saruê
(Didelphis aurita) figura 35.
64
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Ordem Didelphimorphia
Um indivíduo de saruê (Didelphis aurita);
Ordem Rodentia
Um indivíduo de cutia (Dasyprocta aguti).
b) AVES
65
EIA – ILHÉUS MINERADORA
66
EIA – ILHÉUS MINERADORA
c) RÉPTEIS
d) ANFÍBIOS
DISCUSSÃO
hábito cultural e não por subsistência e de difícil combate sendo a educação ambiental uma
metodologia a ser usada em longo prazo.
O registro de dois grupos de mico-leão-da-cara-dourada em um momento de
encontro evidência a importância da área para a sobrevivência de no mínimo dois grupos
de uma espécie ameaçada de extinção. Os grupos são territorialistas e defendem as partes
do território que contenham recursos chave para a sobrevivência da espécie como fruteiras
e locais de dormida.
Espécies ameaçadas:
A espécie é endêmica da mata Atlântica do sul da Bahia, tendo como limite norte de
distribuição o rio de Contas e limite sul o rio Pardo (COIMBRA-FILHO & MITTERMEIER,
1977; PINTO, 1994), a distribuição atual da espécie também inclui florestas localizadas a
sul do rio Pardo, entre este e o rio Jequitinhonha, tendo havido, portanto, uma expansão de
sua distribuição, provavelmente em decorrência do assoreamento do rio Pardo e o
desmatamento de suas margens (RYLANDS et al., 1991/1992). A espécie se encontra na
categoria em perigo tanto na lista internacional (IUCN, 2007) como na lista nacional
(Biodversitas, 2008), critérios B2ab; C2a(i); E. As maiores ameaças são a perda e
degradação do habitat, a fragmentação florestal e o comércio ilegal. Não existem grandes
blocos de mata e os fragmentos remanescentes encontram-se totalmente isolados. A
69
EIA – ILHÉUS MINERADORA
maioria desses fragmentos é de floresta secundária e a retirada de madeira, para uso nas
próprias fazendas, é comum, diminuindo a qualidade do habitat disponível. Nos últimos
anos, as plantações de cacau, localizadas principalmente na parte leste da distribuição, vem
sofrendo fortes alterações (ALGER & CALDAS, 1994). A queda do preço e o alastramento da
vassoura de bruxa (Crinipellis perniciosa), fungo que ataca as plantações de cacau, levaram
à substituição de áreas de cabruca por pastagens ou outras formas de uso do solo, que não
permitem sua utilização pelo mico-leão-da-cara-dourada. Consequentemente diminui a
quantidade de habitat disponível para a espécie, além de eliminar possíveis corredores
entre blocos de mata. Por outro lado, tem havido uma tendência ao raleamento das
cabrucas (com a derrubada de algumas árvores nativas para maior incidência solar). O
efeito dessa prática sobre as populações de mico-leão não é bem conhecido, mas é muito
provável que seja negativo, já que a existência de árvores nativas de grande porte é
essencial para a utilização das cabrucas pelos micos. A perda de habitat pela exploração
madeireira, com conseqüente fragmentação, é intensa em toda área de distribuição da
espécie. Agravando mais a situação, L. chrysomelas ainda é uma espécie visada para o
comércio ilegal (CARVALHO, 2008).
13 áreas onde há híbridos da espécie com co-genéricos, sendo uma área de híbridos de C.
kuhlii X C. geoffroyi e 12 áreas de híbridos de C. kuhlii X C. penicillata. C. kuhlii pode estar
perdendo área para C. penicilatta ao norte e a oeste de sua distribuição, pois esta é mais
generalista que aquela e compete de forma desigual na captação de recursos.
É importante ressaltar que, mesmo que não conste em nenhuma lista de espécies
ameaçadas, uma espécie pode estar ameaçada regionalmente. Até o momento somente seis
Estados brasileiros possuem suas listas de espécies ameaçadas. Animais como caititus,
tatus, pacas e veados apesar de não estarem ameaçados nacionalmente já foram extintos
em muitas localidades tanto pela caça desenfreada como pela perda de hábitat.
Os pequenos mamíferos têm papel importante nas cadeias alimentares e na dispersão
de sementes. Dois problemas derivam das dificuldades em capturas, em primeiro lugar, a
coleta em si, como eles são noturnos e de difícil visualização a captura é a única alternativa
para estudá-los. O segundo problema resulta do pequeno número de estudos ecológicos,
uma vez que são poucos coletados e estudados, tem sido difícil determinar as causas que
podem indicar sua raridade e ameaças de extinção.
Nenhum espécime foi coletado durante a pesquisa, como a maioria dos pequenos
mamíferos são florestais e muitos são arborícolas acredita-se que o desmatamento e a
fragmentação sejam as principais ameaças à continuidade dessas espécies.
AVES: Foram encontradas 59 espécies, sendo 49%( N= 29) em área aberta e 51% (N=
30) no interior da mata. Somente uma espécie ameaçada de extinção foi registrada:
A espécie balança-rabo-canela (Gaucis dohrnii) é considerada na categoria Em Perigo
(IUCN, 2007) e se trata de um beija flor florestal pouco conhecido. A perda de habitat é a
principal causa do quase desaparecimento dessa espécie, que foi apontada por
especialistas como muito rara e à beira da extinção. Aparentemente é um beija flor exigente
quanto a qualidade do habitat e sua distribuição geográfica compreende uma pequena área
no sul da Bahia e Espirito Santo.
A presença de espécies de hábitos essencialmente florestais como os arapaçus e
araçaris indica que as matas da região, ainda que bastante fragmentadas, conseguem
abrigar espécies mais exigentes.
A presença de aves de rapina como o Caracara plancus, Mivalgo chima chima, Falco
femuralis, Herpetotheres cachinnans, Rupornis magnirostis e Tyto alba indicam que essas
espécies estão tirando vantagens das grandes área abertas da região, essas espécies se
71
EIA – ILHÉUS MINERADORA
CONCLUSÕES
A área da Fazenda Santa Luzia ainda abriga uma rica fauna que precisa ser
preservada. Como evidenciado na coleta de dados (entrevistas e transectos na mata) a caça
é bastante comum na região, a proibição da caça junto com medidas educativas de
Educação Ambiental são de vital importância para preservação das espécies cinegéticas.
Os fragmentos de mata pertencentes à Fazenda Santa Luzia precisam ser protegidos
contra a erosão do solo e poluição provocados pelos dejetos de resíduos, e contra uma
maior ação do efeito de borda. Aves e mamíferos são sensíveis a ruídos e tendem a
desaparecer caso alguma medida não seja tomada. Recomenda-se a não exploração da
areia a menos de 30 metros dos fragmentos florestais.
72
EIA – ILHÉUS MINERADORA
73
EIA – ILHÉUS MINERADORA
74
EIA – ILHÉUS MINERADORA
75
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Figura 38 – Vilarejos localizados próximos ao empreendimento na Fazenda Santa Luzia. Elaborado por:
José Nazal, 2013.
76
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Santa Luzia
Santa Luzia é uma pequena localidade situada na região de Lava Pés. É formada
por seis casas, todas de alvenaria, com banheiro e fossa. Há um poço, mas a água não é
canalizada. O lixo é queimado, uma vez que não há serviço de coleta. A localidade é
formada por trabalhadores rurais, que trabalham nas fazendas de cacau ou plantam nas
suas pequenas propriedades. A escola e o posto de saúde que atendem à localidade são
os de Lava Pés. Há, no entanto, um agente comunitário de saúde que trabalha na
localidade. Há uma linha de transporte que atende à região. A localidade já possui
energia elétrica e acesso a telefonia celular das empresas Vivo e Tim. Entretanto, não
possui orelhão. A população é evangélica e as festas realizadas são de cunho religioso.
Não há associação na comunidade (EIA Porto Sul, 2011).
Lava Pés
A região de Lava Pés é grande e engloba diversas pequenas localidades. Próximo à
Rodovia Ilhéus-Uruçuca, uma família formou uma localidade composta por sete casas.
Nesse loteamento, que ainda não tem nome, as casas são de alvenaria, têm banheiro e
fossa. Não há água canalizada; ela é buscada na fonte. Não há também coleta de lixo, que
é queimado. A região como um todo é formada por trabalhadores rurais que se
conformam como pequenos produtores ou ofertam sua mão de obra às fazendas de
cacau. Alguns, no entanto, buscam empregar-se na economia urbana de Ilhéus. De
maneira geral, em Lava Pés, as propriedades são pequenas, de 3 a 4 hectares, embora
haja grandes propriedades produtoras de Cacau, como a do Sr. Geraldo Riachuelo que,
segundo informações, é o maior empregador da região. Nessa região, os serviços de
saúde e educação são buscados na vila de Lava Pés, onde há uma escola de nível
fundamental e um posto de saúde, que recebe um médico quinzenalmente. Há um agente
comunitário de saúde que atende à região. No que se refere ao lazer, nessa área, que é
mais próxima à rodovia, o acesso mais fácil à zona urbana acaba atraindo a população
para as suas festas e bares. A região como um todo já possui acesso a energia elétrica.
Nessa área específica, não há rede de telefonia celular, apenas aquela alcançada com
antena rural de telefonia (EIA Porto Sul, 2011).
77
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Castelo Novo
Trata-se de um distrito formado por casas com certa estrutura, de alvenaria, com
banheiros e acesso a água canalizada. A água canalizada é proveniente do rio Almada,
mas não é tratada. Segundo o agente comunitário de saúde, as principais doenças da
localidade são verminoses, hepatite, dengue e meningite. Um dos principais problemas
indicados foi à falta de esgotamento sanitário. A comunidade dispõe de terminais fixos
individuais de telefonia, mas não tem cobertura de telefonia móvel. Há um Posto de
Saúde da Família no distrito, que oferece serviços de atendimento ambulatorial,
estratégia de saúde da família e conta com um agente comunitário que atende à
população. Também há uma escola de nível fundamental. A economia do distrito
fundamenta-se nos trabalhos vinculados aos serviços públicos da educação e da saúde,
nos pequenos comércios locais, como os bares, e em uma relação de subsistência com o
rio, através da pesca. Há uma associação de moradores de Castelo Novo e há também a
Colônia de Pesca Z34. Também é comum o trabalho nas fazendas da região,
principalmente na produção de cacau, que estimula a relação de “meeiros” nas fazendas
(EIA Porto Sul, 2011).
78
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Vila Olímpio
A Vila Olímpio também é uma dessas pequenas centralidades de uma vasta zona
rural. As casas, em sua maioria, são de alvenaria, têm banheiros e fossas. A falta de
esgotamento sanitário não foi indicada como um dos problemas centrais. No entanto, a
falta de água conforma-se como uma das maiores dificuldades da localidade. Em
especial, a falta de água tratada. A falta de energia, que é muito intermitente na região, e
as péssimas condições da estrada são problemas para a comunidade. A economia da
localidade fundamenta-se nas atividades rurais, na pesca de subsistência no rio Almada,
e nos pequenos serviços, como atividades no comércio, de pedreiro e cabeleireiro, além
da renda de aposentadorias (EIA Porto Sul, 2011).
Valão
É formada por cerca de 50 casas dispersas e sem um núcleo. Algumas residências
são de taipa, outras de madeira e algumas de alvenaria; a maioria delas de padrão
inadequado. As que têm banheiro utilizam água de balde, pois não há água canalizada na
localidade. Uma grande parte das casas tem fossa. Algumas casas possuem cisternas, que
captam água de nascente. Não há coleta de lixo, que é queimado. As residências estão
ligadas à rede de energia elétrica e na comunidade não há cobertura para telefonia
móvel. As propriedades da região são pequenas, com aproximadamente quatro hectares,
onde são plantados banana, coco, abacate e legumes, produção voltada para a
79
EIA – ILHÉUS MINERADORA
De uma forma geral pode-se concluir que de fato a atividade a ser implementada
não é a grande preocupação da população, pois as condições básicas de sobrevivência e
desenvolvimento não existem na localidade, conforme quadro resumido abaixo:
80
81
EIA – ILHÉUS MINERADORA
A Resolução CONAMA 01/86, em seu artigo 5º, inciso III, inclui entre as diretrizes
gerais dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA), a definição dos limites da área
geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de
influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se
localiza.
Sendo assim a área de influência é aquela que de alguma forma sofre e exerce
influência sobre o empreendimento, seja nos aspectos físicos, bióticos ou
socioeconômicos; consistindo este espaço ainda, suscetível de sofrer alterações como
consequência da implantação, operação e manutenção ao longo da vida útil do
empreendimento.
82
EIA – ILHÉUS MINERADORA
83
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Por fim, a Área de Influência Indireta – AII – abrange um território que é afetado
pelo empreendimento, mas nos quais os impactos e efeitos decorrentes do
empreendimento são considerados menos significativos do que nos territórios das
outras duas áreas de influência (ADA e a AID). Nessa área tem-se como objetivo analítico
propiciar uma avaliação da inserção regional do empreendimento. Corresponde à região
no entorno da Área de Influência Direta onde se espera a ocorrência de impactos
indiretos vinculados à implantação e operação do empreendimento.
84
EIA – ILHÉUS MINERADORA
85
86
EIA – ILHÉUS MINERADORA
87
EIA – ILHÉUS MINERADORA
88
Remoção da camada vegetal
Escavação a céu aberto
Disposição de estéreis
Serviços de apoio
Transporte e equipamentos
Atividade/Instalações
sociais
Outras
Uso do solo
Ruídos
emissões Vibrações
Aspectos
Atração de pessoas
Perda da vegetação
Degradação do solo
Geração de impostos
Geração de empregos
Alteração da topografia
Meio Biofísico
Deterioração da qualidade do ar
Perda de habitats
Redução da base de recursos
Impacto visual
Incômodo e desconforto
Possíveis acidentes
Crescimento da população
Revegetação;
Atualmente essa drenagem natural está carreando sedimentos para o curso hídrico
próximo. Sendo assim como forma de controle quando o empreendimento estiver
funcionando será implantado duas caixas decantadoras ao longo do leito natural da
drenagem pluvial a fim de evitar possíveis assoreamentos essas caixas tem a função de
decantar os sólidos liberando apenas a parte líquida. Essa caixa passará por
manutenções periódicas.
Pode-se considerar também como controle na poluição nos cursos d’água o desvio
da água pluviais das frentes de lavra, o controle da erosão (compactação do solo), o
replantio de vegetação e umedecimento da vegetação.
93
94
EIA – ILHÉUS MINERADORA
95
EIA – ILHÉUS MINERADORA
96
EIA – ILHÉUS MINERADORA
CATEGORIA CARACTERÍSTICAS
Acondicionamento
IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES
Transporte interno
Armazenamento
externo
Destinação final
99
EIA – ILHÉUS MINERADORA
b) Acondicionamento/Armazenamento
Os recipientes adequados para acondicionar o lixo, considerando a adequação para
acondicionamento do mesmo, merecem destaque:
Sacos plásticos;
Contêineres de Plásticos;
Contêineres de metal.
Os sacos plásticos a serem utilizados no acondicionamento do lixo domiciliar
devem possuir as seguintes características:
Ter resistência para não se romper por ocasião do manuseio;
Ter volume de 20, 30, 50 ou 100 litros;
Possuir fita para fechamento da "boca";
Ser de qualquer cor, com exceção da branca (normalmente os sacos de cor
preta são os mais baratos). Estas características acham-se regulamentadas
pela norma técnica NBR 9.190 da ABNT.
Os contêineres de plástico são recipientes fabricados em polietileno de alta
densidade (PEAD), nas capacidades de 120, 240 e 360 litros (contêineres de duas rodas)
100
EIA – ILHÉUS MINERADORA
c) Transporte interno
Todo o material gerado durante a atividade deverá ser estocado temporariamente
em contêineres que serão recolhidos duas vezes por dia por funcionário treinado,
seguindo os padrões de segurança (sempre dentro das ruas de sinalização – faixas
amarelas no piso) e ficarão disponíveis para o transporte externo.
d) Reutilização e reciclagem
O reaproveitamento das sobras de materiais dentro do próprio canteiro segue as
recomendações da Agenda 21 e é a maneira de fazer com que os materiais que seriam
descartados com um determinado custo financeiro e ambiental retornem em forma de
materiais novos e sejam re-inseridos na construção evitando a retirada de novas
matérias-primas do meio ambiente.
e) Transporte externo
Deverá ser feito por empresas licenciadas, bem como a destinação final dos
resíduos.
Os principais tipos de veículos utilizados para a remoção dos resíduos são
caminhões com equipamento poliguindaste ou caminhões com caçamba basculante que
deverão sempre ser cobertos com lona, para evitar o derramamento em vias públicas.
Empresas, cooperativas ou
Proteger de associações de coleta seletiva que
Papelão
intempéries. comercializam ou reciclam estes
resíduos.
Empresas, cooperativas ou
associações de coleta seletiva que
Metal Não há.
comercializam ou reciclam estes
resíduos.
103
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Os resíduos líquidos também conhecidos como esgotos são águas que, após a
utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas.
A devolução desses efluentes ao meio ambiente deverá prever, se necessário, o seu
tratamento, seguido do lançamento adequado. Os efluentes gerados serão provenientes
dos sanitários e das águas pluviais.
Sanitários:
Com relação ao sanitário do empreendimento será utilizado o sistema de fossa
séptica e seu uso evita que o despejo dos efluentes seja lançado de forma irregular em
córregos ou canais próximos.
As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto domestico nas
quais são feitas a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto.
Fisicamente consistem basicamente em uma caixa impermeável onde os esgotos
domésticos se depositam. Elas devem ser limpas periodicamente.
104
EIA – ILHÉUS MINERADORA
105
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Águas Pluviais:
As águas pluviais são outra fonte de efluentes líquidos gerados no
empreendimento, pois podem acarretar danos as áreas de florestas e córregos, devido
ao aumento de sedimentos nos rios, que podem vir a causar futuramente um
assoreamento e alagamentos de áreas florestadas.
O planejamento dos sistemas de drenagem das águas pluviais deve levar em
consideração inúmeros aspectos ambientais, sociais e técnicos para que possa ser
viabilizado um sistema eficiente.
Para que isso seja minimizado será planejado um sistema de drenagem utilizando
canaletas para que a água escoe entre elas, usando métodos que possam vir a ajudar na
diminuição da velocidade da água e direcioná-la para um ponto específico, além de reter
boa parte dos sedimentos com uma caixa separadora e de decantação de sedimentos.
Outro ponto que deve ser levado em consideração com relação às águas pluviais é
o armazenamento em cisternas podendo ser utilizadas para abastecimento ou
suprimento de alguma atividade. As cisternas são reservatórios que acumulam a água de
chuva captada pela superfície dos telhados, pelo próprio escoamento no solo pelas
canaletas ou ainda diretamente em pátios. Essa água armazenada poderá ser utilizada
para diversos fins no empreendimento, como por exemplo, lavagem de pisos, regar
plantas entre outras necessidades.
b) Limites de Tolerância
É a intensidade/concentração máxima relacionada com a natureza e o tempo de
exposição aos riscos ambientais, que não causará danos a saúde da maioria dos
trabalhadores expostos, durante a sua vida laboral. Esse conceito leva em conta aspectos
estatístico e está intimamente ligada a susceptibilidade do indivíduo, portanto não é
garantia de proteção a todos os trabalhadores.
c) Tipos de Riscos
Entende-se por risco a probabilidade de ocorrência de algum evento indesejado,
numa relação onde risco seria igual a perigo de acidentes por medidas preventivas
adotadas.
107
EIA – ILHÉUS MINERADORA
básicos para a elaboração de uma estratégia de amostragem. Para isso faz-se necessário
o esclarecimento sobre alguns itens;
Área – Tem fundamental importância a área onde será realizada avaliação, pois
a utilização de referências fixas como: galpões, linhas e estações de trabalho, ajudam na
identificação correta e em um futuro próximo poder ser reavaliada;
Números de Expostos – A quantificação dos trabalhadores expostos deve ser
realizada no ambiente de trabalho, observando de forma detalhada a situação e alguns
fatores pertinentes como: funções, tarefas ou atividades; turnos, turmas e horários de
trabalho; movimentação de materiais e de pessoal.
Frequência e Duração da Exposição – Torna-se importante o conhecimento
da frequência com que determinada tarefa é desenvolvida ao longo de uma jornada,
além de considerar informações toxicológicas.
Ritmo de trabalho e Produção – A variação do ritmo de trabalho pode
interferir, ou não, na exposição ocupacional;
Ventilação e Condições Climáticas – A atividade pode ser executada em local
com ventilação controlada e constante, a exemplo de cabines de pintura de indústria
automobilística, com temperatura, umidade e velocidade do ar sob rígido controle. Outra
situação seria operações com sistemas de ventilação local exautora que podem ou não
estar funcionando independente do processo produtivo. Outros locais ainda sem
ventilação mecânica dependem única e exclusivamente de condições climáticas.
110
EIA – ILHÉUS MINERADORA
A Mineradora:
Providenciar a elaboração e efetiva implantação do programa, custeá-lo e
garantir que se cumpra;
Apresentar e discutir o documento-base do PPRA, suas alterações e
complementações, sendo sua cópia anexada ao livro de ata desta comissão;
Deixar disponível o documento-base, suas alterações e complementações de
modo a proporcionar o imediato acesso das autoridades competentes;
Indicar claramente no cronograma, previsto na estrutura do programa, os
prazos para o desenvolvimento e cumprimento das metas do PPRA;
Dar ciência aos trabalhadores, de maneira apropriada e suficiente, sobre os
riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios
disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos garantindo a proteção de sua integridade
física e de sua saúde;
Caso ocorram riscos ambientais que coloquem em situação de graves e
iminentes riscos um ou mais trabalhadores, garantir que estes possam interromper as
suas atividades, comunicando, de imediato, o fato ao superior hierárquico direto para as
devidas providências.
Aos Trabalhadores:
Colaborar e participar na implementação e execução do PPRA;
Acatar e atender as orientações recebidas nos treinamentos recomendados pelo
PPRA;
Informar à chefia imediata todas as ocorrências que a seu julgamento possam
implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
111
EIA – ILHÉUS MINERADORA
A fumaça preta é medida através da escala Ringellman, conforme figura 45, que
consiste em uma escala gráfica para avaliação colorimétrica de densidade de fumaça,
constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre o branco e o
preto. As 05 graduações de cinza começam do branco total, 0 (zero) = 0%, 1 = 20%, 2 =
40%, 3 = 60%, 4 = 80% e finalmente 5 = a 100%, representando neste caso, o preto total.
Essas graduações representam a quantidade de negro existente em cada uma.
115
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Quadro 7: Padrão de emissão de fumaça preta de acordo com a Portaria 85/96 do IBAMA
Índice de fumaça Padrão aceitável
Para veículos em localidades até 500 m de
Nº 2 altitude e veículos de circulação restrita a
centros urbanos, em qualquer altitude.
Para veículos em localidades acima de 500 m
Nº 3
de altitude.
Desta forma, o padrão que deve ser adotado consiste no nº 2, já que o município é
litorâneo e estar situado ao nível do mar.
c. Definição de responsabilidades
117
EIA – ILHÉUS MINERADORA
d. Treinamento
Obs.
C: conforme P: manutenção preventiva.
N/C: Não conforme C: manutenção corretiva
118
EIA – ILHÉUS MINERADORA
III. Calor
A exposição ao calor deve ser controlada por meio de:
Medidas Ambientais: Como a circulação do ar (uso de ventiladores situados em
locais adequados), a ventilação introdução de ar fresco no ambiente quente e ou a
eliminação de ar quente e umidade, se as fontes são localizadas.
Com o planejamento adequado do número e a duração das exposições, os períodos
de descanso devem ser passados em áreas de descanso frescas.
Medidas Pessoais: Com exames médicos, dando-se particular atenção aos
sistemas cardiovasculares, renal, endócrino e respiratório, assim como à pele, com a
aclimatação ao calor (adaptar fisiologicamente o trabalhador ao ambiente quente), com
o consumo de água e de sal (hidratação), com roupas adequadas e equipamentos de
proteção individual (aventais, mangas largas, luvas para o contato com peças quentes) e
com a educação sanitária dos trabalhadores.
Para analisar a quantidade de calor consulta-se a NR-15 conforme a seguir:
Regime de Trabalho
Intermitente com Descanso no TIPO DE ATIVIDADE
Próprio Local de Trabalho
(por hora) LEVE MODERADA PESADA
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho 30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho sem a
adoção de medidas adequadas de acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
controle
IV. Umidade
É importante lembrar que as medidas de controle deste agente físico,
normalmente passam pela efetiva utilização de EPI's que protegem o trabalhador
exposto contra a ação da umidade sobre o organismo humano.
A umidade excessiva em condições de riscos acentuados, expõe o funcionário a
infecções respiratórias, a doenças de pele e doenças circulatórias, entre outras. Aos que
119
EIA – ILHÉUS MINERADORA
V. Contaminantes Químicos
Os contaminantes químicos podem se apresentar no ar sob formas de sólidos,
líquidos e gasosos, recebendo os nomes de: neblina, névoa, poeira, vapor, fumos, etc.
Eles podem penetrar no organismo humano pelas vias respiratórias (inalação), cutâneas
(absorção pela pele) e digestiva (absorção gastrointestinal). Alguns contaminantes
possuem efeitos cumulativos e outros, acabada a exposição ao produto, o organismo os
elimina gradativamente.
Noventa por cento das doenças profissionais, exceção às dermatites, são atribuídas
à absorção através dos pulmões, isto é, inalação. Nem todos os contaminantes do ar que
chegam aos pulmões, são absorvidos pelo sangue. Parte dos contaminantes pode ser
expelido pelo ar expirado, outra parte pode ser captada pela secreção das mucosas,
engolidas a seguir e finalmente expelida pelos intestinos.
A susceptibilidade a um dado contaminante varia de indivíduo para indivíduo. Para
alguns, a exposição a um dado contaminante pode provocar um envenenamento médio
para outros, pode ser grave ou fatal. Isto depende, entre outros parâmetros, da saúde do
indivíduo, da dose do agente agressivo e do ritmo de trabalho que o trabalhador
desenvolve.
Os contaminantes podem apresentar os seguintes graus de toxidez:
Nulo: se não apresentam riscos sob nenhuma condição ou algum risco sob
condições extremas.
Leve: se provocam alterações imediatas no organismo, mas que desaparecem
quando termina a exposição ao contaminante.
Moderado: se podem produzir alterações reversíveis ou irreversíveis, porém não
suficientemente severas para provocar dano permanente ou morte.
Alto: se podem causar morte ou dano permanente por pequena que seja a
exposição ou a quantidade absorvida pelo organismo.
Os métodos para evitar que os contaminantes produzam danos à saúde podem ser:
a) Projeto correto do processo, levando em conta desde o início da escolha dos
produtos usados e quais os riscos que apresentam;
120
EIA – ILHÉUS MINERADORA
pele (incluído exame micológico direto) para prevenir possíveis contaminações pôr
vírus, bactérias ou outros microorganismos capazes de provocar doenças infecto-
contagiosas.
Sinalização Interna
A lavra deverá ser sinalizada com avisos e pictogramas de advertência. Estas
placas de sinalização serão divididas em: placas de perigo, de advertência e de aviso.
Sinalização Externa: Todo o perímetro da lavra deverá ser isolado com barreiras de
proteção de forma a evitar o ingresso de pessoas estranhas e que possam colocar-se em
situação de risco.
124
EIA – ILHÉUS MINERADORA
RECOMENDAÇÕES:
126
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Além do capacete, luvas e botas, fornecer protetor solar para os funcionários que
trabalham a céu aberto;
Treinar os colaboradores sobre o uso correto dos EPI’s, além de colher
assinaturas através das fichas de identificando o funcionário e o Código de Aprovação
(CA) dos EPI’s;
Todo equipamento de proteção individual deverá ser trocado trimestralmente
por conta da poeira proveniente da construção e desgaste em geral;
Colocar sinalização interna da obra quanto ao desenvolvimento das atividades
no empreendimento, dividas em placas de perigo, de advertência e de aviso, e
externamente onde todo o perímetro da obra deverá ser isolado com tapumes de forma
a evitar o ingresso de pessoas estranhas à obra e que possam colocar-se em situação de
risco.
Monitorar a validade dos extintores, bem como a marcação devendo ser
assinalados por um círculo ou por uma seta larga, vermelha com bordas amarelas;
128
EIA – ILHÉUS MINERADORA
6.3.1. CONCEITOS
6.3.2 AS OCORRÊNCIAS
Há uma série de acidentes que podem gerar danos ambientais, alguns deles são:
Derramamento ou vazamento de produtos químicos;
Incêndios;
Explosões;
Colisões;
Contaminações por microorganismos.
Entre as várias consequências de um acidente ou emergência ambiental podemos
citar:
Poluição do ar;
Contaminação do homem;
Destruição de ecossistemas;
Danos à saúde humana;
Prejuízos econômicos etc.
6.3.3.GERENCIAMENTO DO ACIDENTE
O combate a uma situação emergencial deve ser planejado com antecedência para
evitar decisões de última hora, retardamento no combate e ações inadequadas. Em
certos casos, as vítimas em um acidente não são as que se encontravam no local, e sim
pessoas que chegam para tentar ajudar, curiosos e desinformados.
130
EIA – ILHÉUS MINERADORA
6.3.4. PREVENÇÃO
Uma das técnicas de prevenção de acidentes é chamada de Análise de Riscos. Toda
essa análise irá possibilitar o Gerenciamento de Riscos, que é a formulação e
implantação de procedimentos (técnicos e administrativos), que visam controlar e
reduzir os riscos existentes. O gerenciamento deve também permitir que a instalação
opere dentro dos níveis de segurança considerados toleráveis.
Grupo Atribuições
- Comunica a emergência a o Representante da
empresa.
- Comunica a emergência a Órgãos públicos.
Coordenador geral do Plano
- Requisita recursos externos (Corpo de
Bombeiros).
- Executa as ações de controle.
- Manter o Plano Atualizado
- Distribuir cópias
- Fazer cumprir o cronograma de treinamento.
Administrador do Plano
- Comunica a emergência ao Coordenador do
Plano
- Solicita apoio.
- Executa operações para eliminação das causas
Controle de emergência
das emergências.
Brigada de incêndio - Executa ações de combate a emergência
Acidentes e soluções:
Os principais procedimentos de combate incluem:
Reparos de emergência;
Ações de rescaldo.
Outros Equipamentos
Macas para transporte de emergência, devendo os acidentados serem
rapidamente removidos para outro local longe do perigo.
132
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Dia/mês/ano:
X – Identificação do comunicante:
Nome completo:
Cargo/emprego/função na instalação:
XI – Outras informações julgadas pertinentes:
Plano de evacuação
É um instrumento operacional através do qual podem ser estudadas e planificadas
as operações a serem cumpridas em caso de emergência com a finalidade de permitir
saída ordenada para todos os ocupantes de um local de um evento funesto ou
acidentado da empresa. Ele se divide em três categorias: estratégia, tática e logística.
Estratégia
Distribuir mapas dos vários setores, indicando as vias de escape, escadas, pontos de
saídas rápidas, etc. em locais visíveis.
Estabelecer análise de risco por área funcional, visando a análise a ser realizada no
PPRA.
Predispor de meios de comunicação destinados às emergências.
Ter conhecimento e afixar em locais visíveis o número do Corpo de Bombeiros de
outros órgãos que exerçam atividades de calamidade púbica.
Tática
Preparar o modo de evacuação dos funcionários do posto;
Investigação para verificar a dimensão do dano e do risco em evolução;
Definir o circuito de evacuação interno e externo;
Manter o centro de informações para os parentes dos funcionários e para a imprensa
através da Secretaria e sala de Acompanhamento Ambiental.
Logística
Manter material de proteção e agentes extintores, conforme exigências do laudo
técnico do corpo de bombeiros e no mínimo 1 hidrante a cada 100 metros,
posicionando-os especialmente perto das áreas de maior risco de incêndio.
134
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Rádio transmissor – a ser utilizado em cada caso onde não exista telefone.
Possuir sistema de iluminação de emergência autônomo e transportável, lâmpadas a
prova de explosão.
Manter macas, EPI’ s, manuais e maletas de primeiros socorros.
Sistemas de Alerta
Este item tem por objetivo, definir o Plano de Comunicações na empresa para as
situações de Alarme de um incidente ou acidente e durante a aplicação do Plano de
Emergência. Assim, o alarme deverá soar logo após ter sido detectado o problema, de
acordo com instruções deste documento, sendo comunicado à secretaria que contatará o
pessoal designado para a emergência e os primeiros socorros, atendimento de urgência
e emergência caso haja necessidade.
Telefones de emergência.
Telefones úteis
Corpo de bombeiros (73) 193
Polícia Militar da Bahia. (73) 190
Hospital Regional de Ilhéus (73) 3634-3274
SAMU (73) 192
135
EIA – ILHÉUS MINERADORA
Acidente Ambiental
Informal
Consultoria Ambiental
Recepção da Empresa
Aciona a equipe
de limpeza.
Coordena a ação de
mitigação do acidente
ambiental.
Dirige ao local do
acidente
Coordenam a atuação de
mitigação do acidente
ambiental
IMPLANTAÇÃO DO PLANO
Simulados;
Treinamentos.
137
EIA – ILHÉUS MINERADORA
6.4.1 Métodos
Em linhas gerais a recuperação deste local será precedida de operações básicas
para recomposição topográfica e paisagística, reaproveitamento de todo o solo orgânico
armazenado anteriormente, plantio de espécies nativas, estabelecimento de ilhas
vegetativas e manutenção da área.
A metodologia de recuperação a ser adotada consiste na regeneração induzida,
visando criar mecanismos para aceleração da sucessão natural de espécies nativas.
Tendo em vista que a área não possui uma grande declividade, serão necessárias as
utilizações de procedimentos geotécnicos envolvendo terraplenagem e formação de um
sistema de drenagem.
O primeiro passo para se implementar as técnicas de recuperação de áreas
degradadas é o isolamento da área. È uma medida preventiva contra pisoteio e fogo –
principais fatores que impedem uma boa regeneração florestal. Este isolamento pode
ser através do uso de cercas ou aceiros bem definidos.
Dentre as diversas formas de reconstituição da vegetação, vários são os métodos
que poderão ser utilizados, neste caso optou-se por plantio de mudas nativas. Nas áreas
de domínio da mata atlântica como é o caso do empreendimento em estudo, esta é uma
das opções mais indicadas e utilizadas devido ao grande índice pluviométrico da região.
138
EIA – ILHÉUS MINERADORA
São exemplos de algumas espécies nativas que podem ser encontradas no Viveiro
de Mudas do Instituto Floresta Viva:
Espécie Representação
139
EIA – ILHÉUS MINERADORA
É importante ressaltar que se optou por trabalhar com espécies nativas, da região
em questão, para garantir um nicho ecológico nas paisagens construídas. As espécies
nativas têm uma maior capacidade de resistir às adversidades climáticas. Maior também
será sua capacidade de absorver os impactos negativos, como a poluição, e menor a
probabilidade da disseminação de pragas e doenças. Consegue-se desta forma, um
microsistema vivo e saudável, composto por diferentes espécies de seres vivos
interdependentes. Sendo assim, através do recurso da criação de bosque será criada
uma paisagem harmônica e viva.
espaçamento a ser usado terá 3,0 x 3,0 m entre plantas, evitando-se alinhamentos
homogêneos, o que propiciará um melhor efeito paisagístico. Para aquelas áreas onde
estiver prevista a implantação de cortina verde – área compostas por espécies do bioma
em estudo e que representa papel vital na estabilização ou minimização da
desestabilização das condições ambientais de vida da região, serão marcadas três fileiras
com espaçamento de 2,5 m x 2,5 m entre plantas, dispostas alternadamente, e 2,5 m
entre fileiras;
Coveamento: as covas terão abertura de 40 x 40 x 40 cm, para mudas em
embalagens de 10 cm de diâmetro e 25 cm de altura. Para as cortinas vegetais, a
abertura de cova será de 50 x 50 x 50 cm, observando que o tamanho das covas sempre
dependerá do tamanho das mudas e da maneira que foram produzidas;
Calagem: a correção da acidez do solo consistirá na incorporação de calcário nas
covas, dois a três meses antes do plantio, utilizando-se uma quantidade média de 150 a
250 g/cova;
Adubação na cova: o adubo deverá ser incorporado intimamente a todo volume
de terra reposto nas covas. O adubo a ser usado, do tipo NPK, terá sua quantidade
indicada por análise de solo;
Coroamento: consiste na formação de um pequeno monte de terra de formato
circular ao redor das covas, com um raio mínimo de 0,60 m, tendo por finalidade evitar a
competição aérea e radicular entre ervas daninhas e mudas;
Plantio e replantio: o plantio será realizado na época de maior umidade no solo
e temperaturas amenas, como a região é favorecida o ano todo, escolher com cuidado
dias mais sombrios. A muda será colocada na cova, sobre uma pequena quantidade de
terra fertilizada, preenchendo-se os espaços ao redor com o restante do solo preparado
e proporcionando uma leve compactação. O excesso de terra será disposto ao redor da
muda, com um raio mínimo de 0,20 m, o que proporcionará uma maior retenção da água
das chuvas;
Manutenção: constará de limpeza manual em volta das mudas (coroamento) até
o segundo ano, combate às formigas e irrigação quando se fizer necessário. A adubação
em cobertura será feita em época de chuva, nos dois anos imediatamente posteriores ao
plantio. O fertilizante deverá ser dividido em duas aplicações (com um intervalo de 2 a 3
141
EIA – ILHÉUS MINERADORA
meses entre elas), realizado sob a projeção da copa, em um sulco no entorno da muda,
que será recoberto a seguir.
Verificar se as plantas estão com clorose (falta de clorofila). Caso ocorra adotar
adubação nitrogenada.
colmatação e gerando as chamadas crostas. Esta formação de crosta está muitas vezes
associada aos ciclos de molhagem e secagem do solo, que fazem com que ele atinja
elevadas densidades.
Com a atividade humana o solo sofre ao longo do tempo a ação de agentes
químicos atrelados a água de chuva, a água de irrigação, a água de esgoto, a efluentes de
mineração e industrial e a insumos agrícolas. Dependendo do tipo de solo a ação do
agente pode ser inibidora ou aceleradora do processo erosivo. Assim por exemplo, as
chuvas ácidas podem em certos solos, devido ao baixo pH, favorecer a floculação das
partículas de argila e contribuir para a maior resistência a erosão, em outros este
mesmo tipo de chuva poderá propiciar a destruição dos cimentos agregadores das
partículas e acelerar o processo erosivo.
143
EIA – ILHÉUS MINERADORA
6.4.5 CRONOGRAMA
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Ano/Trimestre
OPERAÇÕES 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º
6.4.6 CUSTOS
CUSTOS
Custo da hora homem= R$ 3,20 Custo da película cacau = R$ 0,20/ Kg
Custo da isca granulada = R$ 20,00/Kg Custo da muda= R$ 1,00/muda
Custo do herb. natural = R$ 18,00/litro Custo do cálcario dolomítico = 0,12/Kg
144
EIA – ILHÉUS MINERADORA
145
EIA – ILHÉUS MINERADORA
6.5.1 METODOLOGIA
146
EIA – ILHÉUS MINERADORA
I. Linhas de ação
- Solo e água;
b) Palestras:
148
EIA – ILHÉUS MINERADORA
As palestras são ações educativas que incluem não só a passagem de saberes pelo
palestrante, mas como a troca de informações entre este e os participantes. Não existe
uma relação simples e facilmente previsível entre o conteúdo da mensagem e sua
eficácia, porém, existem condições que devem estar presentes a fim de que a mensagem
provoque a resposta desejada: deve ser formulada e transmitida de maneira a despertar
a atenção do destinatário, além de sugerir meios adequados à situação do grupo a qual
pertence o destinatário.
Dessa forma, deve ser realizada com vocabulário simples e popular, respeitando,
quando possível, os regionalismos, e sempre envolvendo a participação da platéia nas
questões-chave. A utilização de mídias como recursos audiovisuais (ilustrações, slides e
retroprojetor) serão utilizadas para facilitar a comunicação e maximizar o potencial para
resultados positivos.
Conceitos básicos de ecologia, práticas conservacionistas e a questão da inserção
do empreendimento deverão ser abordados inicialmente de forma a contextualizar os
espectadores sobre o ambiente que os cerca e a importância da região onde executam
suas atividades.
Para o público-alvo, trabalhadores do empreendimento, cada palestra deverá ter,
no máximo, 2 horas de duração, sendo propostas turmas com número máximo de 60
participantes. Em razão da gama de assuntos serem extensa, o planejamento prévio das
palestras deverá ocorrer levando-se em consideração o número de funcionários à época
e a manutenção ou substituição dos mesmos nos períodos posteriores. Mesmo que os
assuntos já tenham sido abordados em palestras anteriores, novas informações podem
ser acrescentadas.
Para o público-alvo comunidades do entorno do empreendimento as turmas
poderão ser maiores e as palestras com temas mais abrangentes já que estas se darão de
forma eventual.
Para a realização das palestras, é necessário um conhecimento prévio do nível de
escolaridade e do perfil ambiental dos trabalhadores para a escolha das atividades a
serem realizadas e do nível de informações a serem transmitidas. Para a aquisição
dessas informações podem ser realizadas conversas informais, aplicação de
questionários ou entrevistas.
Dentre os assuntos a serem abordados nas palestras e oficinas estão:
149
EIA – ILHÉUS MINERADORA
c) Oficinas:
As oficinas constituem espaços de aprendizado com ênfase na prática, onde são
compartilhadas as atividades e metodologias importantes para o desenvolvimento dos
processos de educação ambiental. Deve ser iniciada com uma breve apresentação dos
participantes e de suas expectativas.
A seguir são apresentados alguns exemplos de oficinas que poderão ser realizadas.
Entretanto, as oficinas poderão sofrer alterações em função do profissional que realizará
os trabalhos e interesse do público-alvo.
- Jornal Ambiental: A finalidade da Oficina de Elaboração de Jornal Ambiental é
apresentar os mecanismos necessários para a elaboração de jornais no contexto
ambiental, visto ser um importante recurso, trabalhando com o desenvolvimento crítico
dos trabalhadores e permitindo a reflexão sobre os recursos expressivos relativos a
temas ambientais. O Jornal deverá ser elaborado em grupo de no máximo cinco pessoas,
e cada grupo ficará responsável por um tema. Um concurso para a escolha do melhor
jornal produzido poderá ser realizado, podendo o jornal ganhador ser fixado em mural
ou mesmo impresso e distribuído aos trabalhadores. Deve ser incentivada a realização
de entrevistas para a composição do jornal.
- Análise de Fotografias: A fotografia é uma linguagem universal, capaz de
transmitir sentimentos e emoções que dispensam palavras, um grande recurso para a
Educação Ambiental. Nessa oficina deverão ser formados grupos de no máximo cinco
pessoas, distribuídos revistas e jornais relacionados aos temas a serem abordados, e
solicitado a cada grupo que escolham as fotografias que mais os marcaram. Após a
explanação de cada grupo, as fotografias deverão ser coladas em um mural que poderá
ser permanentemente exposto no local.
- Percepção Ambiental: Nesta oficina, os trabalhadores devem ser orientados a
perceberem o ambiente que os cerca e a partir disso, transcreverem para o papel,
150
EIA – ILHÉUS MINERADORA
d) Sinalização educativa
A colocação das placas busca conscientizar tanto os trabalhadores da obra como a
população residente nas proximidades do empreendimento.
cartazes, como são próprios deste meio, veicularão sintéticas mensagens ambientais
vinculadas aos eixos temáticos. Os vídeos informativos, além de abordarem os aspectos
e temas ambientais, tratarão do empreendimento e do processo de licenciamento
ambiental, incluindo impactos e medidas de controle adotadas.
A confecção de adesivos com slogans de proteção ambiental também são sugeridos
como forma de prevenção de acidentes.
152
EIA – ILHÉUS MINERADORA
6.5.5 CRONOGRAMA
Elaboração de livretos ou
cartilhas
Palestras
Oficinas
Monitoramento dos
indicadores do programa
Elaboração de relatórios
das atividades
153
EIA – ILHÉUS MINERADORA
154
155
EIA – ILHÉUS MINERADORA
AGUIAR, J.M. 2004. Summaries and Species Discussion. In: FONSECA, G; AGUIAR, J;
RYLANDS, A; PAGLIA, A; CHIARELLO, A; SECHREST, W. (Orgs.). 2004. The 2004
Edentate Species Assessment Workshop. Washington. P.3-26.
AMORIM AMA, FIASCHI P, JARDIM JG, THOMAS WW, CLIFTON B, CARVALHO AM (2005)
The vascular plants of a forest fragment in southern Bahia, Brazil. Sida 21:1726–1752
ARAÚJO, M; ALGER, K; ROCHA, R; MESQUITA, C.A.B. 1998. A Mata Atlântica no Sul da
Bahia. Cadernos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, n.8, Conselho Nacional da
Reserva da Biosfera.
BECK H. A review of peccary-Palm interactions and their ecological ramifications across
the neotropics. Journal of Mammalogy. 2006;87(3):519-530.
BERTONATTI, C; PERERA, A. 1994. Lobito do Rio. Revista de Vida Silvestre. Ficha n. 34,
Nuestro Libro rojo. Fundacion Vida Silvestre Argentina, 2p.
BIERREGAARD Jr., R.O. 1990. Species composition and trophic organization of the
understory bird community in a central Amazonian terra firme forest. In Four
Neotropical Rainforests (A. H. Gentry, ed.). Yale University, New Haven.
BIODVERSITAS. 2008. Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção.
MACHADO, A.B.M; DRUMMOND, G.M; PAGLIA, A.P. (Ed.). Brasília, DF: MMA; Belo
Horizonte, MG: Fundação Biodversitas. 2v.(1420p.): Biodiversidade; 19.
CARDOSO NA, LE PENDU Y, LAPENTA MJ, RABOY BE. Frugivory patterns and seed
dispersal by golden-headed lion tamarins ( Leontopithecus chrysomelas ) in Una
Biological Reserve, Bahia, Brazil. Mammalia. 2011;75:327 - 337.
CASSANO, C.R. 2006. Ecologia e conservação da preguiça-de-coleira (Bradypus
torquatus Illiger, 1811) no sul da Bahia. 2006. Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-graduação em Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz, como requisito
para obtenção do grau de Mestre em Zoologia. Ilhéus, Bahia.
CHEIDA, C.C. 2002. Dieta, dispersão de sementes e comportamento de forrageio do
Cachorro-do-mato, Cerdocyon thous,( Carnivora, Canidae) em uma área de Floresta
Atlântica : Reserva Natural Salto Morato, Guaraqueçaba, Paraná. 70 p. Monografia-
Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina.
CHIARELLO, A. G. 1999. Effects of fragmentation of atlantic forest on mammal
communities in south-eastern Brazil. Biological Conservation. v. 89. Essex. p. 71-82.
CHIARELLO, A.G. et al. 2004. A translocation experiment for the conservation of maned
sloths, Bradypus torquatus (Xenarthra, Bradypodidae). Biological Conservation, 118:
412-430.
CHIARELLO, A.G; LARA-RUIZ, P. 2004. Species discussions: Bradypus torquatus.
Edentata, 6:7-8.
CITES. 2010. Convetion on Internacional Trade in Endangered Species of Wild Fauna and
Flora. CITES Species Database. Disponível em : www.cites.org. Acessado em 20-11-
2010.
EISEBERG, J. F; REDFORD, K. H. 1990. Mammals of The Neotropics : The Central
Neotropics. Equador, Peru, Bolívia, Brazil. V3. Chicago: The University of Chicago
Press. 281, P.
EMMONS, L. & FEER, F. 1997. Neotropical rainforest mammals. A field guide. Second
edition. Chicago: The University of Chicago Press.
ETEROVICK, P. C; CARNAVAL, A. C.O. Q; BORGES-NOJOSA, D.L; SILVANO, D.L; SEGALLA,
M.V. 2005. Amphibian declines in Brazil. In: Biotropica. 37 (2): 166-179.
FONSECA, G.A.B. et al. 2003. Corredores de biodiversidade: O Corredor Central da
Mata Atlântica. Em: PRADO, P.I; LANDAU, E.C; MOURA, R.T; PINTO, L.P.S, FONSECA,
G.A.B; ALGER, K. Corredor de biodiversidade na Mata Atlântica do sul da Bahia (CD-
ROM). Ilhéus, IESB, CI, CABS, UFMG, UNICAMP.
156
EIA – ILHÉUS MINERADORA
159