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Centro Universitário Senac

Câmera Técnica
Prof. João Pregnolato

Barbara Raissa Pereira Oliveira


Bacharelado- Fotografia
3- Semestre

Índice
1. Fenômenos Ópticos......................
2. Objetivas.......................................
3. Profundidade de Campo.........................
4. Alterando plano de foco...................
5. Exercício individual 1.....................
6. Exercícios individual 2....................
7. Exercício individual 3......................
8. Exercício individual 4......................
9. Canon 5D- Perspectiva...................
10. Canon 5D- Profundidade de
Campo.............

Fenômenos Ópticos
Refração:

O fenômeno da refração ocorre quando a luz passa de um


aparato para o outro. Nesta mudança de meios a frequência da
onda luminosa não é alterada, embora sua velocidade e o seu
comprimento de onda sejam.
Com a alteração da velocidade de propagação ocorre um desvio
da direção original.
Veja o exemplo abaixo:

Onde:
• Raio 1 é o raio incidente, com velocidade e comprimento de
onda característico;
• Raio 2 é o raio refratado, com velocidade e comprimento de
onda característico;
• A reta tracejada é a linha normal à superfície;
• O ângulo formado entre o raio 1 e a reta normal é o ângulo de
incidência;
• O ângulo formado entre o raio 2 e a reta normal é o ângulo de
refração;
• A fronteira entre os dois meios é um dioptro plano.

Lei da Refração - Lei de Snell


É utilizada para calcular o desvio dos raios de luz ao mudarem
de meio, e é expressa por:

No entanto, sabemos que:


Além de que:

Ao agruparmos estas informações, chegamos a uma forma completa da


Lei de Snell:

Dioptro
 
É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes.
Quando esta separação acontece em um meio plano, chamamos então,
dioptro plano.

O índice de refração depende da cor da luz utilizada, cores


diferentes sofrem refração apresentando diferentes desvios....
Ex:

Isso ocorre quando a luz branca (policromática) incide sobre


um prisma de vidro, observa-se a separação de cores, resultando
duas refrações que ocorrem nas faces do prisma.
Esse fenômeno é o mais importante, pois ocorre no interior da
objetiva fotográfica onde a luz passa por diferentes vidros.

Reflexão:
Ocorre quando a luz incide sobre uma superfície com o ângulo-
limite L e é completamente refletida. Um exemplo bem comum
de reflexão quando olhamos um asfalto molhado em dias
quentes é um exemplo de miragem consequência da reflexão.
Quando a luz incide sobre uma superfície de separação entre
dois meios, uma parte dela sofre refração e a outra, reflexão,
conforme mostra a figura a seguir:

A figura mostra a reflexão e a refração quando a luz passa de um


meio menos refringente para um meio mais refringente, por
exemplo, passa do ar para a água.

Difração:
Denomina-se difração o desvio sofrido por ondas ao passarem
por um obstáculo, tal como as bordas de uma fenda ou pequena
abertura. Por ser ondulada ela determina a quantidade de luz que
atingira a região de sombra geométrica.
O uso de abertura bem pequenas 32-45-64... Pode reduzir a
nitidez nas fotografias

Absorção:
A luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem
refratada, sendo absorvida pelo corpo, e aquecendo-o. Ocorre
em corpos de superfície escura.

Transmissão:
Depende das características de cor, e é transmitida por meio de
uma lâmina de vidro. A transmissão é dependente da cor uma
lente projetada de forma errada atua como filtro, assim permite
uma transmissão maior de uma certa cor, com isso altera o
balanço cromático de uma determinada cena.

Objetivas
Conceito de lente normal:
É considerada lente normal, a lente que mais se aproxima com a
visão humana, e sua distancia focal é aproximadamente igual à
diagonal da imagem do filme.

A lente normal tem distância focal de 50 mm com ângulos de


visão de 46º na diagonal sendo comparável com visão
monocular humana que a ordem varia de uma pessoa para outra,
mas é da ordem de 50º. De modo geral as lentes normais são as
mais luminosas para determinado formato.

Lente grande angular:


As lentes grande-angular para câmera de 35 mm podem ser
subdivididas em três categorias quanto ao ângulo de visão:

*objetivas semigrande-angulares, que cobrem um campo de 60º


a 75º;

*objetivas grande-angulares, que cobrem campos da ordem de


90º;

*objetivas ‘olho-de-peixe’, com campos da ordem de 180º na


diagonal do filme ou mesmo superiores.

Com uma grande angular a máquina abrange uma maior parte da


cena do que com a lente normal. Em geral, uma lente grande
angular cria distorção na imagem e na distância. A distorção da
imagem produz um efeito de curvas.

Teleobjetiva:
Estas objetivas são sistemas ópticos cujas distâncias focais são
maiores que as das objetivas normais.
O número de lentes é menor e a distância entre os primeiros
elementos e o plano do filme é praticamente igual à distância
focal da lente.
A característica mais marcante no uso destas objetivas é a
produção de imagens ampliadas e um aparente "achatamento"
nos planos da imagem. Isto porque elas são produzidas para
observar ou fotografar objetos numa distância mais elevada, e
assim as distâncias relativas entre os objetos se tornam menores.

Existe também um grupo chamado de superteleobjetivas, cujas


distâncias focais variam entre 400 e 1200 mm; elas têm
ampliação mais limitada geralmente são pesadas e é necessário
uso de tripé.

Nas câmeras de médio formato as opções são


Bem limitadas. As teleobjetivas têm distâncias focais
que variam entre 120 e 180 mm (usadas principal
mente em retratos e produtos). E as longas são até 500 mm.
Nos últimos anos foi desenvolvidos um número grande de
teleconverters que é um conjunto óptico que é fixado entre o
corpo da câmera e a objetiva , com a finalidade de aumentar a
distância focal.

Circulo de Iluminação:
É a área circular formada no plano da imagem delimitada pelo
cone de luz que passa através da objetiva. De forma geral, o
circulo de iluminação tem área superior ao círculo de boa
definição.

Circulo de boa definição:


A definição de uma área circular onde a imagem se forma dentro
da qual a imagem tem definição aceitável.

O diâmetro do círculo de boa definição deve


Ter, no mínimo, a mesma medida que a diagonal do
filme. No caso de câmeras como a sinar, que permitem básculas
ou outros movimentos, a área do círculo de boa definição deve
ser bem maior. Tudo irá depender, basicamente, do projeto da
objetiva, da abertura usada e da distância do objeto focalizado;
Sabendo que quanto menores as aberturas das objetivas, maior
será o circulo e quanto mais os objetos da cena estiverem
próximos, maior será o círculo.
Na imagem abaixo se pode ver o que acontece
quando se faz um deslocamento vertical em b e quando se faz o
movimento de báscula em c. Em ambas, partes da imagem não
são aceitáveis.
Ângulo de cobertura:
O ângulo de cobertura muitas vezes é confundido com o ângulo
de campo (ou visão). Esse ângulo é definido pelos segmentos
com vértice no ponto nodal posterior e extremidade no círculo
de boa definição, como mostra a figura abaixo.

O ângulo de cobertura depende do projeto da


objetiva e da abertura utilizada. Para isso, nos catálogos dos
fabricantes normalmente o valor utilizado é 22.

Ângulo de visão:
Conhecido também como ângulo de campo; o ângulo de
campo indica qual é a área que a objetiva pode abranger.

A determinação do ângulo de campo é feita a partir da


equação abaixo.
Sendo k uma dimensão do filme ou do sensor eletrônicos
de uma câmera digital e a distância focal da objetiva.

O ângulo de campo é determinado apenas pela distância


focal da lente e dimensões do filme.

Lente: 70 mm
Lente: 50 mm

Lente: 35 mm
Lente: 28 mm

Lente: 24 mm

Aberrações:
Aberrações esféricas

Considerando um feixe de raios de luz monocromática paralelas


que atravessam uma lente convergente paralelamente ao seu
eixo, os raios mais próximos ao eixo e os raios mais distantes
serão refratados entre dois pontos A e B, conforme a figura:

Lentes com aberrações esférica acentuada produzem


imagens suaves e de baixo contraste. O uso de diversas
lentes associadas, praticamente elimina a aberração
esférica.

Coma:
Quando o ponto luminoso encontra-se fora do eixo da
lente, surge a aberração coma. Ela possui esse nome
porque se envolvermos os raios emergentes no trecho entre
os focos paraxial e marginal, obtemos uma forma
semelhante a um cometa. A coma aumenta conforme a
abertura e a inclinação dos raios de luz, por isso esta
aberração pode aparecer em qualquer sistema óptico. A
correção é feita por métodos parecidos com os utilizados
para corrigir aberrações esféricas.

Astigmaismo:
A lente formará um objeto plano fora do eixo principal,
uma imagem sobre uma superfície curva( não plana)
dependendo da posição do objeto. Exemplo abaixo.
O astigmatismo não pode ser corrigido nas lentes simples,
e nas associações a escolha de materiais apropriados pode
resolvê-lo.

Distorções:
A distorção causada pelo uso de uma lente simples, na
fotografia, está relacionada com a posição do diafragma.
Quando este é posicionado antes da lente, a distorção é em
barrilete, caso contrário, em crescente.

A) Imagem sem distorção

B) Imagem com distorção em crescente

C)Imagem com distorção em barrilete

As lentes em uso geral deve apresentar um deslocamento na


ordem de 1%, já em trabalhos de arquitetura e aerofotogrametria
os erros devem ser menores que 0,3% e 0,1% respectivamente.

Curvatura de campo:
Quando a lente não forma uma imagem reta de um objeto plano,
ela apresentará uma curvatura de campo.
Objetivas APO cromáticas:
Define uma objetiva apocromática, com elementos óticos para
que haja menor aberração cromática.

Profundidade de campo
Círculo de confusão:
Entendemos circulo de confusão que consiste no menor circulo
que será observado como um ponto a certa distância. O olho nu
não pode observar esses pontos isolados, já que uma imagem
pode conter milhões deles.

Para entender um pouco melhor, podemos imaginar a projeção


de um ponto maior, que esteja desfocado. A partir de um certo
tamanho, o olho humano já será capaz de enxergar este círculo,
e ele não confundirá mais. Por causa disso, se a resolução de
uma imagem é baixa e a aumentamos de tamanho, a partir de
determinado tamanho conseguimos enxergar os detalhes e
teremos uma sensação de desfoque.
Distância Hiperfocal:
È a distância entre o sensor da câmera e o plano de foco mais
próximo, quando a lente tiver focada no infinito. A escala de
profundidade de campo que existe na objetiva nos informa a
área de foco que obtemos para cada abertura da lente.

A profundidade de campo dependerá da abertura que será


utilizada.
Cálculo para correção dos valores da escala de
profundidade de campo da Sinar 4x5 para uso
com back PhaseOne P45+ :
Primeiro calcular dividir a diagonal do sensor por 1500, lançar o
valor na calculadora para obter o valor da profundidade de
campo exata, pra compensar o valor de 2 ou 3 pontos a mais.

Passo a passo do uso da escala de


profundidade de campo nas câmeras Sinar:
1º Fazer o enquadramento, determine o plano distante até ficar
sem foco, mexa o fole devagar até achar o primeiro plano de
foco

2º Repita o primeiro passo, desfoque novamente só que dessa


vez procure o foco no plano mais próximo.

3º Zere a escala de profundidade e com o anel de foco fino


focalize o próximo ponto.

4º Ver o diafragma indicado

5º Tire dois pontos do diafragma no anel de foco

Alterando plano de foco


Lei de Scheimpflug:
Baseia-se na ótica geométrica, essa lei representa um método
através do qual se pode aumentar a profundidade de campo sem
uso de aberturas muito pequenas, que podem reduzir a
definição. Mostra que as básculas e giros devem ser feitos de
modo que o plano da objetiva, o plano do filme e o plano que
contém a principal região do objeto se interceptem em uma
única reta.

Passo a passo para cálculo dos movimentos de


báscula e giro nas câmeras Sinar.
Movimento de Báscula e Giro com a câmera Sinar F2 e P2
• Determinar plano a ser focalizado na cena na cena.
Movimento de Báscula F2
• Focalizar um ponto deste plano na linha tracejada horizontal
inferior
(H1)
.
• Zerar escala de inclinação (lado esquerdo do montante
traseiro).
• Com o anel de foco fino, focalizar outro ponto deste plano em
uma linha horizontal
correspondente
(H2)
.
• Verificar o valor indicado na escala de inclinação e aplicar a
báscula.
Movimento de Giro F2
• Focalizar um ponto deste plano na linha tracejada vertical
direita
(V1)
. Zerar escala de
inclinação (lado esquerdo do montante traseiro).
• Com o anel de foco fino, focalizar outro ponto deste plano em
uma linha vertical
correspondente
(V2)
.
• Verificar o valor indicado na escala de inclinação e aplicar o
giro.
• Fazer o foco no plano desejado novamente.
• Calcular profundidade de campo.
Movimento de Báscula P2
• Focalizar um ponto deste plano na linha tracejada horizontal
inferior
(H1)
.
• Com o anel de Báscula, focalizar outro ponto deste plano em
uma linha horizontal
correspondente
(H2)
.
Movimento de Giro P2
• Focalizar um ponto deste plano na linha tracejada vertical
direita
(V1)
.
• Com o anel de Giro, focalizar outro ponto deste plano em uma
linha
vertical correspondente
(V2)
.
• Calcular profundidade de campo.

Exercício Individual 01
Cena com objetos, nitidez em todos os elementos da cena.

Exercício Individual 02
Composição para focalização seletiva 1:

Foco em plano diagonal.

Exercício Individual 03
Composição para focalização seletiva 2:

Foco em plano vertical, central.

Exercício Individual 04
Correção de perspectiva com equipamento de grande formato:

Objeto geométrico

Foto 4.1- Câmera vista superior +/- 30º de inclinação

Sem correção

Foto 4.2- Câmera vista superior +/- 30º de inclinação

Corrigir convergência das linhas verticais da foto 4.1


(paralelas)

Objeto geométrico
Foto 4.3- Câmera vista superior +/- 30º de inclinação

Mostrar partes frontal, superior e lateral do objeto com as


linhas verticais e horizontais pararelas.

Exercício grupo 5 Hasselblad 501cm ou


Canon 5D
Perspectiva: analisar os fatores interferem na perspectiva.

Produzir 3 imagens, sendo:

Foto 1 (lente longa)

Foto 2 (lente curta- câmera na mesma posição da foto 1)

Foto 3 (mesma lente utilizada na foto 2, porém aproximando a


câmera de modo a obter o mesmo enquadramento da foto1)

Exercício grupo 6 Hasselblad 501cm ou


Canon 5D
Profundidade de Campo: analisar se a mudança da Distância
Focal altere a profundidade de campo.

Produzir 3 imagens focalizando sempre no mesmo ponto e


utilizando o mesmo diafragma, sendo:

Foto 1 ( lente longa)

Foto 2 (lente curta- câmera na mesma posição da foto 1)

Foto 3 ( mesma lente utilizada na foto 2, porém aproximando a


câmera de modo a obter o mesmo enquadramento da foto 1).

Refências
Livro: Equipamento Fotográfico- Thales Trigo

http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Refracaodaluz/imagens/leis.JPG

http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Refracaodaluz/leis_de_refracao.php

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/reflexao-total-luz.htm

http://www.infoescola.com/fisica/difracao/

http://www.portalcursos.com/fotografiaBasica/curso/Lecc-11.htm

http://wellingtonoliveiraphotografy.blogspot.com.br/2013/03/grande-angular-tele-
objetiva-normal-ou.html

http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_OG06.asp

http://www.infoescola.com/fisica/aberracoes-opticas/

https://sites.google.com/site/neydiasopticaoftalmica/_/rsrc/1285601329554/lentes/cuv
atura_campo.PNG

https://herbertbarbieri.wordpress.com/2010/03/09/siglas-das-objetivas/

http://www.tudosobrefotografar.com/2011/01/circulo-de-confusao-parte-i.html

http://4.bp.blogspot.com/_5-xepq3PIQ0/TE7EkiZVprI/AAAAAAAAAqs/GDUC-K-
WPpQ/s1600/esquema_1.jpg

http://photos.com.br/aprendendo-distncia-hiperfocal/

http://www.dofmaster.com

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