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Direito Civil III
Direito Civil III
© 2012
13/08/12
Ø Conteúdo Programático
Contratos em espécie.
Fatos Jurídicos são fatos que têm relevância para o direito, isto é, quando cria, modifica ou
extingue direitos.
I. Ato Ilícito: Para se definir o significado de ato ilícito, deve-se ter em mente duas ideias principais:
A primeira delas determina que pratica ato ilícito o indivíduo que, por sua ação ou omissão, que age
com culpa (em seu sentido amplo, envolvendo o dolo, ou seja, a intenção de causar o dano e a culpa,
quando o agente agir de forma negligente, imprudente ou com imperícia), causando prejuízos a
terceiros. Para a configuração do ato ilícito, deverá existir os requisitos: conduta humana, nexo, dano,
culpa.
A outra ideia é a de abuso de direito, que ocorre quando a pessoa, ao exercer um direito, exceder os
limites permitidos em razão das finalidades do direito, seu fim econômico e social, boa-fé e os bons
costumes.
Dessa forma, o ato ilícito é devido àquele que agir com culpa ou em abuso de direito.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
II. Ato Jurídico Lícito (Latu Sensu)(Retirado da matéria de TGD): Toda ação ou omissão humana,
voluntária ou involuntária que traga consequências jurídicas.
a. Ato Jurídico em Sentido Estrito (Strictu Sensu): Toda ação ou omissão cujos efeitos advém mais da lei
do que da vontade. A vontade é expressa em apenas alguns casos.
Ex. adoção, pois necessita da manifestação da vontade, porém os efeitos advirão primariamente da lei.
b. Negócio Jurídico: Toda ação ou omissão cujos efeitos advém mais da vontade do agente do que da
lei. SEMPRE DEPENDE DA VONTADE.
Ex.: Contratos
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2.1. Conceito
O negócio jurídico se divide em unilateral (uma parte), bilateral (duas partes) e plurilateral
(várias partes que irão celebrar o negócio).
Nota:
Ex. Contratos de doação gera obrigação somente para uma parte, o doador. O donatário não possui
obrigações.
Ex. Contrato de compra e venda. Uma parte se obriga a pagar e outra a entregar o bem.
SUPERIMPORTANTE:
- Requisitos Contrato:
É um negócio jurídico em que as partes se obrigam, no qual uma delas se obriga a entregar a
coisa e a outra a pagar a quantia combinada.
IMPORTANTE:
2. Partes
- Comprador
- Vendedor
3. Fases
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4. Características
Os contratos de compra e venda de imóveis cujo valor é superior a 30 vezes o salário mínimo, este
contrato dever-se-á se dar através da forma de escritura pública.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre
imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
IMPORTANTE:
I. Faz-se a escritura pública no cartório de compra e venda. PODE SER FEITA EM QUALQUER
CARTÓRIO DE NOTAS.
II. A transferência, por sua vez, é feita no cartório de registros e através do registro do imóvel
no nome do comprador. DEVE SER FEITA SOMENTE NO CARTÓRIO EM QUE O IMÓVEL ESTÁ
LOCALIZADO.
Contrato preliminar no qual se promete a compra e venda de imóvel. Para este contrato não
há NENHUMA exigência quanto à forma.
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao
contrato a ser celebrado.
Nota:
I. Consensuais: basta o consenso das partes para que ele se aperfeiçoe. Exige-se apenas o consenso das
partes para que se forme o contrato. O meio utilizado não é importante. Basta o consenso. NÃO HÁ
UMA FORMA PRESCRITA NA LEI.
II. Formais: Aqueles que exigem a observância de certas formas estipuladas pelo legislador. Há uma
solenidade para sua validade. A FORMA DO CONTRATO ESTÁ PRÉ-ESTABELECIDA EM LEI.
III. Reais: Não se justificam nos dias de hoje, porém existem. É aquele que se perfaz quando há a
declaração de vontade juntamente com a tradição da coisa.
Ex. No empréstimo só se paga juros a partir do momento em que se utiliza o dinheiro disponível para tal.
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14/08/12
Nota:
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre
vivos, só se adquirem com a tradição.
- Registro:
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se
adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247),
salvo os casos expressos neste Código.
- Bem móvel:
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto
possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de
terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
Nota:
5. Elementos Essenciais
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes
acordarem¹ no objeto² e no preço³.
(1) Consentimento: As partes devem consentir no que diz respeito à realização do contrato.
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6. Obrigações
- Vendedor
- Comprador
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de
certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o
contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
- Interpretação:
Pode ser objeto de coisa atual ou futura. No caso se objeto de coisa futura e esta não vier a existir, este
ficará sem efeito, pois faltará seu elemento essencial OBJETO, a não ser se a intenção das partes era de
concluir contrato aleatório (Vide abaixo).
Ex. Contrata-se um indivíduo para pescar e este volta sem nenhum peixe.
Nota:
- CONTRATOS ALEATÓRIOS (Retirado da Matéria de Civil II): Nestes contratos, conta-se com a sorte,
uma vez que há o risco. Há “uma dose de imprevisibilidade”, uma vez que a definição das prestações
depende de um dado imprevisível.
Ex. Comprar ações na bolsa de valores. / Seguro de vida (não se sabe se a prestação será devida).
A Teoria da imprevisão não se aplica a estes contratos porque a parte ASSUME O RISCO.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem
a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi
prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado¹ venha
a existir.
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IMPORTANTE:
- Exceptio non adimpleti contractus (Exceção do contrato não cumprido): Caso uma parte não
cumpra sua obrigação, fica a outra desobrigada de cumprir a sua.
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode
exigir o implemento da do outro.
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o
preço.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes
a fixação do preço.
- Interpretação
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo
designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o
contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e
determinado dia e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de
objetiva determinação.
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não
houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas
habituais do vendedor.
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
Nota:
Macete:
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7. Requisitos
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,
exceto no regime da separação absoluta:
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável
o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a
sociedade conjugal.
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge
do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o
da separação obrigatória.
NESTES CASOS, NEGÓCIO JURÍDICO PODE SER REALIZADO, PORÉM É PASSÍVEL DE ANULAÇÃO. ANALISA-
SE, PORTANTO, A VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO.
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro
consorte a quiser, tanto por tanto¹. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá,
depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e
oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na
falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os
comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
(1) Tanto por tanto: vender a parte pelo que a coisa vale.
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Nota:
Anulável: Convalesce¹, se torna válido. Juiz NÃO reconhece de ofício. (art. 172)
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Ato
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso
do tempo.
(1) Convalescer: é recuperar-se de uma moléstia, é estar em processo de cura. Evidentemente que
nem todas as enfermidades, a depender do estágio e da gravidade que apresentam, são passíveis de
cura, situação em que não há convalescença. Outras, menos graves, podem ser extirpadas do
organismo, após o que o enfermo, convalescendo, restabelece-se, passando a viver com normalidade.
O mesmo ocorre com os contratos. Alguns, por estarem contaminados com vícios a bem dizer
incuráveis, não convalescem, tal qual se dá com os contratos nulos – adiante ver-se-á a exceção
representada pela prescrição. Outros, no entanto, combalidos por defeitos de menor expressão e
gravidade, que em direito qualificam o contrato anulável, podem recuperar-se, convalescendo.
- Impedimentos:
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que
estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da
justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem,
ou a que se estender a sua autoridade;
IMPORTANTE:
- Tendo em vista os costumes, que são fonte do Direito, e a insignificância dos bens em
questão, é permitido que crianças comprem, por exemplo, balas em um supermercado,
mesmo que não possuam a capacidade civil.
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20/08/12
Nota:
b) Objetivos:
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a
respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador
terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução
do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
Ex. Caso uma imobiliária venda vários apartamentos com 1/20 de sua área combinada, faltará com a
boa-fé objetiva¹, devendo responder judicialmente.
(1) Boa-fé objetiva (Retirado da matéria de Civil II): Verifica-se se a conduta objetivamente considerada é
capaz de lesar o indivíduo ou de gerar certa expectativa de lesão, se no meio social em questão a
conduta leva a um determinado entendimento. Ou seja, avalia-se então a REPERCUÇÃO da conduta em
si no meio social.
Consiste em conferir ao magistrado o poder de analisar se a conduta das partes é ou não adequada a
um determinado contexto histórico-social, econômico, etc.
Ex. Casas Bahia através de “propaganda enganosa” induz o consumidor a supor que o pagamento de
uma compra parcelada começaria após a páscoa, sendo que, na verdade, haveria somente a “junção” da
primeira parcela com a terceira.
§ 2o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida
exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço
ou devolver o excesso.
§ 3o Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa
certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não
conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus.
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Os contratos de compra e venda de imóveis cujo valor é superior a 30 vezes o salário mínimo, este
contrato dever-se-á se dar através da forma de escritura pública.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre
imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de
decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador,
inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a
realização de benfeitorias necessárias.
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido
contra o terceiro adquirente.
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda
que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar
seu agrado.
Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa
tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta
dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
Art. 515. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condições
iguais, o preço encontrado, ou o ajustado.
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Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se
exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em
que o comprador tiver notificado o vendedor.
Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum,
só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder
ou não exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita.
Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor
ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se
tiver procedido de má-fé.
e) Reserva de domínio:
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço
esteja integralmente pago.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no
domicílio do comprador para valer contra terceiros.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja
integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi
entregue.
Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título
representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos.
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento,
a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido
comprovado.
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21/08/12
Professor: Hugo Rios Bretas
Nota:
Ação de complementação cabe nos casos em que há 1/20 a menos na área acordada do
imóvel.
Ø Permuta (Troca)
1. Considerações Iniciais
Considerado como a modalidade mais antiga de contrato, uma vez que na antiguidade a
humanidade não possuía a sofisticação para valorar economicamente os bens.
Não é necessária a noção de dinheiro, que é vital para a compreensão do contrato de compra
e venda.
A permuta NÃO ADMITE A TROCA DE DINHEIRO, uma vez que esta, na verdade, é um contrato
de compra e venda.
Valor econômico não é, necessariamente, ligado à pecúnia. Neste sentido, a permuta não
flexibilizou a economicidade dos contratos e sim a exigência do dinheiro.
I. Escambo simples: Troca-se algo que se tem em abundância por algo que está em escassez. NÃO HÁ
IDENTIFICAÇÃO DE VALOR ECONÔMICO.
II. Escambo especializado: Havia valor econômico. “Perde o sentido trocar arroz por um cavalo.”
Trocava-se sem qualquer participação do Estado.
III. Permuta regrada: Troca que apresenta diretamente o respeito às legislações do Estado, ou seja,
quem dita as normas de fato da permuta É O ESTADO. “O legislador cria as regras e não os donos dos
meios de produção”. Vigente nos dias atuais, presente no nosso Código Civil.
2. Essência
IMPORTANTE:
- As regras gerais estão adstritas ao contrato mais pródigo: o de compra e venda. Ou seja, na
lacuna do contrato de permuta, aplicar-se-ão, subsidiariamente, as disposições de compra e
venda.
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3. Vedação
4. Classificação
4.1. Vontades
(1) Sinalagmático: é um contrato equilibrado do início ao fim, ou seja, não é marcado pela
onerosidade².
(2) Onerosidade:
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga
a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi
celebrado o negócio jurídico.
- Interpretação:
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar
excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença
que a decretar retroagirão à data da citação.
- Interpretação:
4.2. Impessoal
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4.3. Real
SUPERIMPORTANTE:
- No âmbito do negócio jurídico, a lateralidade é analisada sob a perspectiva da VONTADE das
partes.
- Já no âmbito dos contratos, a lateralidade é analisada sob a perspectiva das PRESTAÇÕES das
partes.
5. Formas de tradição
(1) Tradição: A transferência da propriedade mediante uma entrega simbólica dos bens.
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre
vivos, só se adquirem com a tradição¹.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se
adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247),
salvo os casos expressos neste Código.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro
de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do
imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o
respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
6. Outorga
Nota:
III. Fiança;
IV. Hipoteca.
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7. Vício
8. Trocas desiguais
- Se dividem em:
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o
instrumento da troca;
II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos
outros descendentes e do cônjuge do alienante.
Nota:
IMPORTANTE:
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27/08/12
Ø Contrato estimatório
1. Essência
É uma missão, uma busca, um desejo quando uma determinada pessoa cujo nome se dá por
CONSIGNANTE entrega um bem móvel para o outro personagem – CONSIGNATÁRIO – com a
missão de vender este bem.
2. Natureza Real
IMPORTANTE:
Detentor Possuidor
Consignante.
IMPORTANTE:
O Código Civil permite que o CONSIGNATÁRIO compre o bem, ou seja, este pode deixar de ser
detentor para se tornar proprietário.
4. Personagem
5. Lapso Temporal
(1) Princípio da autonomia das partes: é o princípio que garante às partes o poder de manifestar a
própria vontade, estabelecendo o conteúdo e a disciplina das relações jurídicas de que participam. Em
regra permanece a vontade dos contratantes.
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Nota:
- Quando não há prazo fixado, o consignante pode reaver seu bem através da Constituição em
Mora¹.
(1) Constituição em Mora: Incidência, nesta, do devedor que não cumpre a obrigação no prazo
convencionado, ou do credor que se recusa a receber a prestação no tempo e lugar preestabelecidos.
IMPORTANTE:
(1) Astreintes: Multa processual aplicada para o fim de fazer cumprir decisão judicial de obrigação de
fazer ou de não fazer. Geralmente diária (Artigos 14, 461 e 461-A do CPC).
Ex. O Juiz determinou multa (astreinte) diária de R$1000,00 caso o Diretor do Porto impeça de serem
descarregados os navios transportadores de soja transgênica.
6. Responsabilidade
Com culpa ou sem culpa, ou seja, em qualquer situação o consignatário será responsável.
Trata-se da RESPONSABILIDADE OBJETIVA¹.
7. Vantagem
(1) Sobreposição: O consignatário pode vender o bem por preço além do que foi pedido e ficar com a
diferença.
Nota:
- Sobreposição não pode ser chamada de comissão, pois esta é estipulada no contrato de
comissão.
8. Gastos
- Os gastos extraordinários, por sua vez, deverão ser custeados pelo CONSIGNANTE.
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9. Previsão Legal
Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica
autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido,
restituir-lhe a coisa consignada.
Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em
sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável.
- Interpretação:
Não importa o motivo, o consignatário jamais será exonerado do dever de restituir, de devolver ao
consignante.
Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do
consignatário, enquanto não pago integralmente o preço.
Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a
restituição.
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28/08/12
Ø Contrato de doação
1. Essência
Marcado pela liberalidade, que, por sua vez, traz consigo um “tom de solidariedade”.
Enfim, sua essência é a disposição de riquezas por parte, que acarreta em diminuição
patrimonial.
- Conceito: Contrato por meio do qual existe a disposição de riquezas por parte do DOADOR
em favor do DONATÁRIO que, por sua vez, aumenta o seu patrimônio.
2. Razões da liberalidade
Art. 5º
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Nota:
4. Forma
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5. Aceitação
É um negócio jurídico BILATERAL, pois é necessário que o DONATÁRIO aceite e este aceita SE
QUISER.
- Aceitação expressa:
- Aceitação Presumida: Totalmente legítima, pois trata-se um fazer que denota a aceitação.
Ex. Sujeito aceita patrocinar a causa de certo indivíduo que está preso e se dirige ao presídio
em que este está preso.
Da Colação
Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para
igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.
Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte
indisponível, sem aumentar a disponível.
7. Doação universal
Se não houver herdeiros necessários¹, é possível a doação universal, desde que, para tanto,
seja garantida a cláusula de usufruto infinito a fim de se garantir as condições mínimas de
dignidade.
Nota:
NÃO EXISTE DOAÇÃO DE POSSE. Assim sendo, somente o proprietário pode doar.
Acontece quando há extrapolação do limite de 50% dos bens que podem ser doados quando
existem herdeiros necessários.
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da
liberalidade, poderia dispor em testamento.
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Rafael Barreto Ramos
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03/09/12
Nota:
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência
do doador.
9. Outorga
Será necessária a outorga uxória, exceto nos casos de casamentos regidos pelo regime de
separação absoluta de bens.
- Evicção¹:
Não cabe ação de regresso do evicto contra o, neste caso, doador, pois não há prejuízo
material.
(1) Evicção – (Lat. evictione.) S.f. É a privação parcial ou total de alguma coisa, que apesar de adquirida
de boa-fé, é ilegal, devido a mesma já pertencer de direito a outra pessoa, o verdadeiro dono, através
de processo judicial, prova e solicita a sua posse.
Partes:
I. Evicto: aquele que perde o bem, ainda que esteja de boa fé.
- Vícios: Não cabe ação contra vícios, ainda que estes sejam redibitórios (ocultos).
O donatário somente poderá reclamar qualquer responsabilidade contra o doador se este tiver
agido com culpa¹. No caso de cometimento de ato ilícito, o doador terá que pagar indenização
por danos materiais e morais.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
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Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se
adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247),
salvo os casos expressos neste Código.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro
de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do
imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o
respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
O único que pode doar é o proprietário. Assim sendo, pode-se dizer que neste caso trata-se de
doação de propriedade futura.
Nota:
- Requisitos de existência:
14. Espécies
IMPORTANTE:
Enfim, é natural da doação que haja uma desproporção entre prestação e contraprestação.
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14.2. Modal
Aquela em que há certo encargo/ônus para o donatário. Para que seja considerado
ônus/encargo, deve ir ALÉM da natureza do próprio ato de doação.
14.3. Remuneratória
Ex. Indivíduo que ganha um bombom por ter feito uma boa palestra.
14.4. Meritória
IMPORTANTE:
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04/09/12
14.5. Periódica
Ex. Pessoa se acostuma com doações reiteradas por um período de 10 anos e o juiz define que
as doações perdurem por mais 1 ano para que esta alcance sua independência.
14.6. Conjuntiva
14.7. Contemplativa
Doação justificada/fundamentada, haja vista que é voltada para determinado fim estabelecido
pelo doador. Expõe no semblante do doador sua intenção.
Ex. Estou lhe doando para que você pague a mensalidade da faculdade, uma vez que você não
trabalhou no ano passado.
Doo esta casa ao meu filho, desde que esta não a venda, uma vez que não possui
responsabilidade e eu quero garantir sua moradia.
IMPORTANTE:
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16. Concubinato
Versa sobre o adultério. Impede o doador adúltero de doar um bem do outro cônjuge ao
amante.
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por
seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal¹.
(1) Exceção do contrato não cumprido: Se eu não cumpro minha prestação, não posso exigir a
contraprestação.
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
(Vida)
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava. (Vida)
Nota:
Juízes cíveis não podem verificar as hipóteses penais acima. Para poder afirmar que houve
tentativa de homicídio, o juiz cível deve esperar a resolução do processo penal, que,
geralmente, demora mais de 1 ano.
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17.1. Impedimentos
- Remuneratória
- Casamento
18. Prazo
Prazo decadencial de 1 ano, a contar dos fatos, para que a revogação seja pleiteada. Assim
sendo, vide nota acima, o prazo é extremamente exíguo e de difícil cumprimento.
(1) Contrato preliminar: Os contratos preliminares seguirão todos os parâmetros do contrato principal.
Será, portanto, contíguo, similar, a todos os elementos do contrato principal. Este precisará, então,
SEGUIR TODOS ELEMENTOS DO CONTRATO PRINCIPAL, exceto a forma.
OU
Anuncia a iminência do contrato principal. Pode ser definido por duas palavras:
Ninguém é obrigado a doar, uma vez que não se pode exigir a liberalidade, a boa vontade de
alguém, pois não haverá perdas patrimoniais.
Em linhas gerais, a promessa de doação é DISCUTÍVEL, salvo a doação com encargo, que, por
sua vez, é possível.
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10/09/12
Ø Empréstimo (Genérico)
1. Essência
2. Natureza obrigacional
3. Classificação
- Comutativo¹
Nota:
4. Natureza Real
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5. Comodato
IMPORTANTE:
- Existe SUBCOMODATO, assim como existe sublocação. Ou seja, o comodatário pode realizar
um contrato de comodato do mesmo bem com um terceiro.
- Trata-se de um contrato UNILATERAL, uma vez que somente o comodatário fica obrigado a
devolver a coisa que lhe foi emprestada.
- Se o bem for perdido nas mãos do comodatário, sofre o proprietário a perda e não pode
exigir uma reparação patrimonial.
Nota:
I. Bens fungíveis: podem ser substituídos por outros de mesmo gênero, espécie e qualidade.
II. Bens infungíveis: bens que não podem ser substituídos por outros de mesmo gênero, espécie e
qualidade.
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11/09/12
5.1. Capacidade
5.2. Possuidor?
Não é necessário a estipulação de um prazo. Caso não haja prazo e o comodante deseje reaver
o bem, deverá realizar a notificação extrajudicial e a constituição em mora. Se o comodatário
não devolve a coisa, deverá pagar valores referentes a ao aluguel da coisa a partir da
constituição em mora.
Ex. Indivíduo empresta uma segunda casa a alguém e tem a sua alagada. Neste caso,
comprovada a urgência, poderá o indivíduo reaver sua casa antes do prazo.
Por outro lado, a devolução imediata NÃO É POSSÍVEL, uma vez que possui caráter vexatório.
Se houve a perda total ou parcial (deterioração), sofre o credor/comodante, desde que não
haja culpa do comodatário. Caso haja, nasce a necessidade da indenização do valor da coisa
mais perdas e danos.
5.7. Nacionalidade
Portanto, os valores em torno dos contratos de comodato são valores deverão ser mensurados
em moeda nacional.
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É um dos princípios que avalizam o comodato. O comodante não deve expor o comodatário ao
vexame nem invadir sua privacidade.
Caso semelhante ocorre na lei do inquilinato, a qual dispõe que o locador não poderá fiscalizar
ostensivamente o locatário.
Precária, uma vez que não há estabilidade, haja vista que o comodante pode reaver o bem a
qualquer momento, desde que não seja de forma imediata. Ou seja, o comodatário deve
seguir as limitações impostas pelo comodante.
Sim, é possível somente em questões de URGÊNCIA, que deverá ser reconhecida pelo
JUDICIÁRIO.
Apesar de o código civil não ter disposto claramente, o comodante pode exigir uma garantia
na realização do contrato de comodato.
Se houver desvio dos fins, haver-se-á a EXTINÇÃO DO CONTRATO DE COMODATO, uma vez
que o contrato de comodato se baseia na confiança do comodante no comodatário.
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(2) Despesas extraordinárias: despesas incomuns, que ocorrem, muitas vezes, com o uso de longo
prazo.
Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo
da coisa emprestada.
Pertencem ao comodante.
5.17. Mora
A mora tem como consequência a perda da gratuidade da relação contratual. Assim sendo,
será cobrado aluguel do empréstimo da coisa.
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17/09/12
5.18. Restituição
Nota:
2. Objeto
Nota:
- O mutuário poderá reclamar com o mutuante caso o empréstimo tenha sido doloso, ou seja,
tenha havido um prejuízo ao mutuário com dolo por parte do mutuante.
Nota:
- Se mútuo gratuito ou comodato, o devedor perde o objeto sem culpa, qual a consequência?
4. Restituição
Não é a restituição do bem em si, uma vez que se houver a restituição do bem em si,
caracteriza-se o comodato.
- Nos casos de contrato mútuo oneroso, se houver perda do bem, ainda que sem culpa do
mutuário, este será obrigado a restituir o bem.
- Nos casos de mútuo gratuito, caso haja perda do bem sem culpa do mutuário, este fica
desobrigado de restituir o bem.
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Ex. Empresto-lhe um vade mecum 2012 se, somente se, você me emprestar um mais antigo.
IMPORTANTE:
Nota:
No contrato mútuo, não se aplica a hipótese do egoísmo¹, que, por sua vez, é aplicável ao
comodato.
(1) Hipótese do egoísmo: No risco de perecimento, aquele que pegou emprestado é obrigado a salvar
primeiro os bens emprestados a seus próprios bens.
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser
este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se
possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
Nota:
6. Juros Legais
6.1. Operações não financeiras (Não Confiável – Vide material complementar abaixo)
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou
quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a
mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Conforme define o artigo 161, da lei 5.472/69, os juros serão de 12% ao mano, ou seja, de 1%
ao mês.
Assim sendo, em suma, os juros para as operações não financeiras será de 1% ao mês.
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IMPORTANTE:
O Código Civil anterior determinava, em seu artigo 1.062, que os juros devidos por força de lei, quando
não convencionados, seriam de 6% ao ano, inexistindo tal limitação nos casos em que as partes
mencionassem no contrato a taxa de juros a ser utilizada.
Por sua vez, o artigo 1º do Decreto nº 22.626, de 7 de abril de 1933 (Lei de Usura) proibia a estipulação
de taxa de juros superiores ao dobro da taxa legal, ou seja, independentemente da existência ou não de
previsão contratual, esta taxa não poderia ser superior a 12% ao ano, sob pena de ser considerado nulo
o contrato, além das penalidades previstas na própria Lei da Usura. A Lei de Usura vedava a
capitalização de juros (anatocismo), admitindo, todavia, a acumulação de juros vencidos aos saldos
líquidos em conta-corrente de ano a ano.
Essa sistemática foi alterada pelo NCC, que disciplinou a matéria, em seu artigo 406, como segue:
"Artigo 406 - Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada,
ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a
mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional."
Em razão de o artigo 406 do NCC prever a sua regulamentação por norma relativa ao "pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional", cumpre-nos analisar o disposto no Código Tributário Nacional -
CTN (Lei nº 5.172, de 25 de dezembro de 1966).
Nesse sentido, o parágrafo 1º do artigo 161 do CTN estabelece que o crédito não integralmente pago no
vencimento será acrescido de juros de mora, calculados à taxa de 1% ao mês, nos casos em que a lei não
dispuser de modo diverso. Diante disso, a questão restou aparentemente solucionada no sentido de que
a taxa de juros deveria ser aplicada à razão de 12% ao ano.
Muito se discutiu a respeito da aplicabilidade ou não da taxa SELIC como índice de apuração dos juros
legais, uma vez que, além de impedir o prévio conhecimento dos juros, posto que é publicada
mensalmente, esta taxa abrange, não só os juros propriamente ditos, como também a correção
monetária do período.
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Entretanto, por ser a aplicação da taxa SELIC expressamente prevista na legislação federal para o
pagamento de impostos federais em atraso, somos da opinião de que esta taxa deverá ser considerada
pelas empresas como limitadora dos juros contratuais, atendendo-se, desta forma, o disposto no artigo
406 do NCC(3).
Interessante salientar, ainda, que o artigo 591 do NCC permite agora a capitalização anual dos juros, no
caso de mútuos.
As operações de mútuo realizadas por instituições financeiras, assim entendidas como aquelas que
integram o Sistema Financeiro Nacional, não estão sujeitas à Lei de Usura e são regidas por regras
próprias, estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Consoante a Súmula 596, de 15 de dezembro
de 1976, do Supremo Tribunal Federal (STF), as disposições da Lei da Usura não se aplicam às taxas de
juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que
integrem o Sistema Financeiro Nacional.
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Rafael Barreto Ramos
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24/09/12
Nota:
7. Menor (Incapazes)
Atinge o plano da eficácia, uma vez que há o empréstimo. Se houvesse o silencio por parte do
legislador, atingiria o plano da validade, uma vez que se trataria de nulidade e/ou
anulabilidade.
7.1. Exceções
7.1.1. Engodo
Se o menor mutuário deu causa ao empréstimo, enganando o mutuante no tocante à sua maioridade, o
negócio será VÁLIDO.
Caso o menor mutuário requeira um empréstimo de alimentos para não perecer, sendo imprescindível
para sua vida, caberá ao mutuante o direito de restituição posterior.
7.3. Labor
Quando o empréstimo foi contraído por parte do menor, e este menor tem provisão, o negócio será
válido.
8. Prazos Implícitos
Decorrem da LACUNA do contrato. Ainda que não estipulados em contrato, deverão ser
seguidos.
II. Empréstimo agrícola: O pagamento será feito na próxima colheita, a fim de que o mutuante
receba de uma colheita fresca, não deteriorada.
Ex. Se for estipulado por determinada sociedade que a devolução de uma arma deverá se dar
após 2 meses.
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8. Previsão legal
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o
que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
- Interpretação:
Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm
todos os riscos dela desde a tradição.
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não
pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.
- Interpretação:
II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus
alimentos habituais;
III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes
poderá ultrapassar as forças; (Labor)
- Interpretação:
Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de
redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.
- Interpretação:
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou
quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a
mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
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I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como para
semeadura;
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.
2. Amplitude
O disposto no Código Civil, por sua vez, possui aspecto subsidiário. Ou seja, somente se aplica
o Código Civil quando outro ramo específico não puder ser aplicado.
Nota:
(1) Destinatário final: Aquele que não tem a intenção de revenda, que irá consumir/utilizar o bem.
(2) Pessoa Vulnerável: é a pessoa que possui uma fragilidade emocional (abalo psíquico), econômica
(pobre) ou informacional (ignorante).
Nas prestações de serviço, por sua vez, caso haja vínculo empregatício, aplicar-se-á o decreto
5452/43, ou seja, a Consolidação das Leis Trabalhistas.
3. Outros Ramos
Direito Empresarial
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25/09/12
4. Classificação
(1) Devedor
Segundo autores, como Maria Helena Diniz, através da interpretação semântica, chega-se à seguinte
classificação:
O fato que não se pode trocar a pessoa do prestador do serviço sem anuência do contratante
torna este contrato Pessoal.
IMPORTANTE:
- Contrato típico: é aquele que está previsto em alguma disposição legal não sendo,
necessariamente, no Código Civil.
Nota:
- Obrigação complexa: quando se identifica no caso concreto, partes que são credores e
devedores simultaneamente.
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6. Transferência de personagens
- Consequências:
I. Retenção do pagamento até que o serviço seja realizado pelo prestador de serviço original, podendo
alegar ocasional perda de qualidade, etc.
IMPORTANTE:
- Caso de urgência:
II. Terceiro prestador de serviço cobra valor inferior: deverá o prestador do serviço devolver a quantia
que lhe foi paga ao dono do serviço.
Ex. Contrata-se certo prestador para realização de trabalho acadêmico com data certa para a
entrega. Se, na iminência desta data, o prestador não tenha feito o trabalho, poderá o dono do
serviço nomear terceiro para sua realização e, assim sendo, mesmo se o terceiro prestador
cobrar um valor mais elevado ao estipulado inicialmente, deverá o prestador original arcar
com as custas. Caso o terceiro prestador não cobre pelo serviço, deverá o prestador original
devolver o valor que lhe foi pago inicialmente.
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7. Natureza obrigacional
Obrigação de fazer.
8. Habitualidade/Costume
Contrapõe-se à empreitada, que, por sua vez, projeta o fim da obra, sendo, portanto, o
pagamento feito na sua integralidade.
Alicia-se o prestador de serviços, segundo o Código Civil, caso sejam caracterizados dois
pressupostos:
Ex. Caso a faculdade alicie certo professor a lecionar, deverá pagar a importância de 2 anos do
seu salário.
Nota:
10. Duração
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Neste caso, acredita o professor que o legislador disse menos do que queria, uma vez que o
termo agrícola deveria ser substituído pela palavra rural¹.
Acredita-se, portanto, que o termo agrícola diz respeito à localização do imóvel (urbana e
rural).
(1) Rural: é gênero que possui duas espécies, sendo estas: Agrícola e Pecuário.
Ex. Caso a Vale venda uma de suas mineradoras, determinado prestador de serviços deverá
continuar prestando-o no mesmo município.
Cabe ressaltar, em suma, que a obrigação de prestar o serviço será relacionada AO MESMO
DONO DO SERVIÇO.
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01/10/12
12. Fim¹ por parte do dono – efeito
(1) Fim do contrato (extinção): Pode ocorrer tanto pelo desejo do dono, quanto pelo prestador do
serviço. Hipóteses de fim do contrato:
III. Força maior: Busca de regresso ao status quo ante, ou seja, à situação anterior à
celebração do contrato.
IV. Execução: Efeito desejável, ou seja, que o serviço tenha acontecido e o prestador tenha
recebido.
Nota:
Já na força maior, por sua vez, trata-se de uma causa além do domínio das partes, no entanto, há
participação humana.
IMPORTANTE:
13. Fim do contrato sem justa causa por parte do dono (Dono à Sem Justa Causa à
Efeito)
- Efeitos:
O dono do serviço terá que pagar TODAS AS PRESTAÇÕES VENCIDAS mais 50% de todas as
prestações vincendas¹ até o fim do contrato.
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- Interpretação:
Aspecto subsidiário do disposto no Código Civil no que diz respeito à prestação de serviços.
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial¹, pode ser contratada
mediante retribuição.
Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a
retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade.
Art. 598. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de quatro anos, embora o
contrato tenha por causa o pagamento de dívida de quem o presta, ou se destine à execução de certa e
determinada obra. Neste caso, decorridos quatro anos, dar-se-á por findo o contrato, ainda que não
concluída a obra.
- Interpretação:
Lapso temporal de, no máximo, 4 anos para a duração do contrato de serviços. Findado os 4 anos,
encerrar-se-á o contrato, ainda que a prestação de serviço se encontre pela metade.
Art. 602. O prestador de serviço contratado por tempo certo, ou por obra determinada, não se pode
ausentar, ou despedir, sem justa causa, antes de preenchido o tempo, ou concluída a obra.
Parágrafo único. Se se despedir sem justa causa, terá direito à retribuição vencida, mas responderá por
perdas e danos. O mesmo dar-se-á, se despedido por justa causa.
- Interpretação
Caput
Não se pode dispensar, sem justa causa. Por justa causa, poderia. Se o dono da obra dispensa, tratar-se-
á de resilição.
Parágrafo único
Se o prestador se demitir sem justa causa ou se o dono demitir o prestador com justa causa, terá o
prestador direito ao recebimento das prestações vencidas, porém responderá por perdas e danos.
Art. 603. Se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será obrigada a pagar-
lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de então ao termo legal do
contrato.
- Interpretação
O dono do serviço terá que pagar TODAS AS PRESTAÇÕES VENCIDAS mais 50% de todas as prestações
vincendas¹ até o fim do contrato.
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Nota:
Sem justa causa: art. 603. / Com justa causa: art. 602.
Art. 608. Aquele que aliciar¹ pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a
este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois
anos.
(1) Aliciar: aplica-se a ideia do aliciamento somente quando se tratar de prestador exclusivo e atividade
específica.
- Considerações:
Nota:
- Primeira prova:
Questão 1: Comodato ou “subcomodato” é o empréstimo, por parte do comodante (proprietário), de coisa fungível e onerosa em
favor do comodatário. Este contrato permite a modalidade precária, além de definir que as obrigações de manutenção são do
comodatário e os frutos são a ele concernentes. Some-se também que se houver desvio da finalidade contratual e houver perda
ou deterioração da coisa, a responsabilidade será do comodatário, ainda que haja caso fortuito ou força maior. Por fim, se o
comodatário se atrasar na restituição, haverá a incidência de alugueis.
FALSA
Questão 2: O contrato de compra e venda é consensual, bilateral, oneroso, comutativo e típico. Esse contrato tem como
elementos a coisa, o preço e o consentimento. Outro detalhe importante acerca do contrato de compra e venda diz respeito à
necessidade de escritura pública, quando se estiver diante da transferência de um bem imóvel, cujo valor exceda ao de trinta
vezes o maior salário mínimo vigente no país, salvo disposição de lei em contrário.
VERDADEIRA
Questão 3: No contrato de compra e venda existem capacidades excepcionais. Vale dizer, para a realização da venda de bens
imóveis, assim como na troca de valores desiguais, de ascendentes para descendentes é necessária a autorização dos demais
descendentes e do cônjuge alienante. Nesse interim, sem as citadas autorizações, anulável será o negócio jurídico. Por outro lado,
se houver por parte dos tutores, curadores, juízes, secretários e leiloeiros, dos bens que lhe sejam confiados, o efeito será de
nulidade.
Questão 4: No condomínio no que tangencia a parte indivisível, nota-se que o condômino, caso queira vender a sua parte a
estranhos, poderá fazê-lo, desde que o comprador não seja descendente do vendedor. Outro detalhe importante sobre a compra
e venda diz respeito à venda por amostra, que exige que a referida amostra seja fidedigna à realidade do produto.
FALSA
Questão 5: Na compra e venda de imóveis, a venda ad corpus e a venda ad mensuram são expressões idênticas. Em relação à
ambas, observa-se, que caso haja uma diferença entre as medidas ajustadas e as medidas efetivamente percebidas, só será
possível dirimir as controvérsias se houver um vício de consentimento.
FALSA
Questão 6: A retrovenda, a preempção, venda a contento e reserva de domínio, observa-se que estas modalidades se operam
exclusivamente em relação aos bens imóveis e todas repercutem como direitos potestativos. Ademais, em todas as hipóteses não
haverá a transferência da propriedade.
FALSA
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Questão 7: O contrato estimatório gera em favor do consignatário a incumbência de vender um bem de propriedade do
consignante, a partir da transferência de propriedade. Nesse patamar, as despesas extraordinárias correrão contra o consignante.
Em outros termos está a reserva de domínio, que se assemelha ao arrendamento mercantil e à alienação fiduciária. Hipóteses
essas que autorizam a prisão civil.
FALSA.
Questão 8 O contrato de doação consiste em negócio jurídico ou contrato unilateral. Doação essa, que pode ser direta ou
indireta, que inclusive pode ser destinada ao nascituro. Acrescente-se que se a doação for feita em favor do relativamente incapaz
é necessária a autorização de seu representante. Todavia, se a doação for pura e simples e for destinada ao absolutamente
incapaz, dispensada será a autorização.
FALSA
Questão 9 A doação admite doação pura e simples, expressa ou tácita. Ainda sobre doação, é possível que esta aconteça, por
parte dos tutores e curadores, em relação aos seus tutelados e curatelados. Como se não bastasse, a doação universal (de todo o
patrimônio é possível), porém, a doação de ascendentes para descendentes é expressamente proibida.
FALSA
Questão 10 A doação remuneratória, pura e simples, modal, segundo o Código Civil, não trazem qualquer diferença entre elas.
Ainda sobre a doação, é devido dizer que inadmissível a cláusula de reversão. Ademais, a revogação da doação pode acontecer, se
esta for a vontade do doador.
FALSA
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02/10/12
Ø Empreitada
1. Essência
2. Tipicidade¹
(1) Tipicidade: É a projeção adotada pelo Código Civil para definir a empreitada.
Construção civil/obra.
3. Personagens
- Principais:
I. Empreiteiro: responsável pelo planejamento e pela execução da obra em si. Essa função pode ser
delegada a um empregado, porém, caso este cometa algum erro, será o empreiteiro responsabilizado
em virtude da culpa in elgendo.
- Adjacentes:
IV. Obreiros: Contratados com vínculo empregatício. Aplica-se comumente, portanto, a Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT.
IMPORTANTE:
- Empreiteiro vs. Obreiros: Aplica-se a CLT caso haja vínculo empregatício ou o Código Civil no
contexto da prestação de serviços na inexistência deste.
- Proprietário vs. Dono da obra: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor, arrolando todos
os integrantes dos quais se tiver conhecimento, a fim de que estes respondam solidariamente
pela dívida.
- Não é necessário provar a culpa da empreiteira nos casos de atos praticados pelos
empregados desta como, por exemplo, o obreiro.
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4. Classificação
I. Trata-se de um negócio jurídico pessoal, pois o dono da obra, ao contratar uma empreiteira,
está observando características específicas do empreiteiro.
III. Oneroso: O empreiteiro cobra do dono da obra e o dono da obra cobra do futuro
proprietário.
IV. Bilateral sui generis: Bilateral porque o empreiteiro recebe efetivamente para executar a
obra e o dono da obra efetua os pagamentos.
Por outro lado, o objetivo tanto do empreiteiro quanto do dono da obra é o de finalizar a obra.
Neste aspecto, trata-se de um contrato plurilateral¹.
5. Natureza obrigacional
6. Abrangência
Ex. Editora contrata um professor para a elaboração de um livro. Neste caso, o professor seria
tanto o empreiteiro quanto o obreiro.
7. Espécies – fornecimento
7.2. Mora
Em relação ao futuro proprietário, o empreiteiro deverá pagar uma multa nos casos de mora.
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08/10/12
8. Preço - Engenheiro
Deve haver uma notificação com o orçamento para que seja possível a cobrança pelo aumento
do preço no mercado.
9. Projeto – alteração
Defesa dos direitos autorais do engenheiro/arquiteto que farão o projeto da obra, sendo que
sua alteração não autorizada caracteriza o crime disposto no artigo 184 do Código Penal.
O empreiteiro, então, pode alterar o projeto sem violar os direitos autorais em dois casos:
“O planejamento do engenheiro vai encarecer tanto a obra que a tornará inviável. O empreiteiro então
fará pequenas alterações a fim de tornar a obra viável.”
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Lapso temporal de 5 anos para garantia por dois fenômenos: solo e segurança.
Neste caso, o dono da obra pode ingressar em juízo contra o empreiteiro dizendo que a obra
pronta não é segura.
O futuro proprietário também terá 5 anos para acionar o dono da obra, empreiteiro ou
qualquer outro que lhe couber nos casos de insegurança na obra.
CDC - Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do
produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do
conhecimento do dano e de sua autoria.
Se o dono da obra, por sua vez, suspender o pagamento sem justificativa, poderá o
empreiteiro parar de prestar o serviço.
Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os
materiais.
§ 1o A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da
entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora de receber. Mas se
estiver, por sua conta correrão os riscos.
Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa correrão
por conta do dono.
Art. 613. Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer antes de entregue, sem
mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a retribuição, se não provar que a perda resultou
de defeito dos materiais e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade.
Art. 614. Se a obra constar de partes distintas, ou for de natureza das que se determinam por medida, o
empreiteiro terá direito a que também se verifique por medida, ou segundo as partes em que se dividir,
podendo exigir o pagamento na proporção da obra executada.
§ 2o O que se mediu presume-se verificado se, em trinta dias, a contar da medição, não forem
denunciados os vícios ou defeitos pelo dono da obra ou por quem estiver incumbido da sua fiscalização.
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Art. 615. Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-
la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados,
ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza.
Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a obra, em vez de
enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço.
Art. 617. O empreiteiro é obrigado a pagar os materiais que recebeu, se por imperícia ou negligência os
inutilizar.
Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro
de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança
do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.
Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação
contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
- Interpretação:
No momento que o dono da obra perceber o prejuízo, deverá propor a ação em 180 dias, desde que não
tenha passado o prazo de 5 anos.
Art. 619. Salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo
plano aceito por quem a encomendou, não terá direito a exigir acréscimo no preço, ainda que sejam
introduzidas modificações no projeto, a não ser que estas resultem de instruções escritas do dono da
obra.
Parágrafo único. Ainda que não tenha havido autorização escrita, o dono da obra é obrigado a pagar ao
empreiteiro os aumentos e acréscimos, segundo o que for arbitrado, se, sempre presente à obra, por
continuadas visitas, não podia ignorar o que se estava passando, e nunca protestou.
Art. 620. Se ocorrer diminuição no preço do material ou da mão-de-obra superior a um décimo do preço
global convencionado, poderá este ser revisto, a pedido do dono da obra, para que se lhe assegure a
diferença apurada.
Art. 621. Sem anuência de seu autor, não pode o proprietário da obra introduzir modificações no
projeto por ele aprovado, ainda que a execução seja confiada a terceiros, a não ser que, por motivos
supervenientes ou razões de ordem técnica, fique comprovada a inconveniência ou a excessiva
onerosidade de execução do projeto em sua forma originária.
Parágrafo único. A proibição deste artigo não abrange alterações de pouca monta, ressalvada sempre a
unidade estética da obra projetada.
Art. 622. Se a execução da obra for confiada a terceiros, a responsabilidade do autor do projeto
respectivo, desde que não assuma a direção ou fiscalização daquela, ficará limitada aos danos
resultantes de defeitos previstos no art. 618 e seu parágrafo único.
Art. 623. Mesmo após iniciada a construção, pode o dono da obra suspendê-la, desde que pague ao
empreiteiro as despesas e lucros relativos aos serviços já feitos, mais indenização razoável, calculada em
função do que ele teria ganho, se concluída a obra.
Art. 624. Suspensa a execução da empreitada sem justa causa, responde o empreiteiro por perdas e
danos.
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III - se as modificações exigidas pelo dono da obra, por seu vulto e natureza, forem desproporcionais ao
projeto aprovado, ainda que o dono se disponha a arcar com o acréscimo de preço.
Art. 626. Não se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes, salvo se
ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro.
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09/10/12
Ø Depósito
1. Essência
2. Abrangência
Segundo o Código Civil, pode-se celebrar o contrato de depósito somente se versar sobre bens
móveis.
Já o Código de Processo Civil, por sua vez, abrange tanto os bens móveis quanto imóveis.
3. Tipicidade – onerosidade?
Não implica na proibição do contrato oneroso, mas, no silêncio das partes, este será um
contrato gratuito.
- Sequestro:
(1) Sequestro: apreensão de um bem específico a fim de evitar que o atual possuidor continue a
dilapidá-lo.
“Entregue-me o bem de uma vez, antes que você o estrague por completo.”
- Depósito
Somente apelar-se-á para o depósito se estiver diante de o mau pagador. Se o bem estivesse
sido pago, não haveria nem mesmo a propositura da ação. Será o devedor nomeado então
como depositário FIEL e somente tornar-se-á infiel se descumprir com a obrigação de
depósito.
5. Personagens
II. Depositário: Detentor, uma vez que segue as instruções do detentor, não possuindo,
portanto, liberdade para utilizar o bem (possuidor). Também denominada como posse
precária.
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Se o bem se perder por caso fortuito ou força maior, o depositário se escusa do dever de
indenizar.
8. Conservação
Depositário é responsável pela conservação, no que diz respeito às despesas mais básicas,
mínimas.
9. Não devolução
II. Caso o bem seja objeto de um embargo (em seu sentido mais amplo).
Ex. Não pagamento de uma dívida no valor de 25.000 reais em que o devedor possui somente o
carro como bem.
Deverá cumprir as ordens do Estado-juiz, que é deixar o bem a disposição do judiciário até que
se resolva a lide.
Nota:
Se o depósito for gratuito, e o bem se perder por culpa do depositário, a culpa será deste.
Se o depositante não pagar a quantia destinada à guarda do bem, poderá o depositário reter o
bem. (Penhora extrajudicial).
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16/10/12
10. Depositário Infiel
OU
IMPORTANTE:
- O Código Civil impede a troca de um bem fungível por outro semelhante nos contratos de
depósito, haja vista que se caracterizar a troca, configura-se o contrato mútuo.
Gera a solidariedade, ou seja, todos são coobrigados pela entrega ou restituição do bem,
cabendo ação de regresso.
II. Bem divisível: Fraciona-se o depósito, sendo cada um responsável pela conservação de sua
parte do bem.
14. Retenção
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15. Benfeitorias
As benfeitorias necessárias são caracterizadas quando alguém realizar uma melhoria a fim de
manter a conservação do bem. A inércia do depositário em relação à realização da benfeitoria
necessária poderá interferir na integridade do bem.
Retenção Indenização
Úteis: boa-fé
IMPORTANTE:
(1) Levantamento: Retirada das benfeitorias voluptuárias realizadas, caso haja possibilidade.
16. Conservação
Dever do depositário.
Por outro lado, as despesas ordinárias podem estar embutidas no contrato, ficando a cargo do
depositário. Se não estiverem embutidas no contrato, o responsável pelo pagamento será o
depositante.
17. Pessoalidade
IMPORTANTE:
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29/10/12
18. Depósito miserável¹
(1) Miserável: Não se trata de miserabilidade econômica e sim de miserabilidade proveniente da
situação de calamidade.
Pode desencadear tanto o depósito fiel quanto o depósito infiel, que, por sua vez, NÃO
autoriza a prisão civil, contudo, a prisão penal é autorizada.
IMPORTANTE:
- Questão de prova:
Será dada a situação de uma pessoa pobre, afirmando-se que se trata de depósito miserável. A
assertiva será FALSA.
19. Legal
Os donos de hotel são depositários legais das bagagens dos hóspedes, vez que, quando se sai
de um hotel e o deixa lacrado, cria-se a expectativa de segurança.
Para o STJ, esta interpretação de bagagem abrange não só o ramo da hotelaria, como também
o dos transportes.
IMPORTANTE:
Não há unanimidade na doutrina no que diz respeito à abertura de lacres e vedações a fim de
formação do inventário.
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Nota:
20. Extinção
20.1. Termo
20.2. Perecimento
20.3. Capacidade
II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o
saque
- Art. 648
Art. 648. O depósito a que se refere o inciso I do artigo antecedente, reger-se-á pela disposição da
respectiva lei, e, no silêncio ou deficiência dela, pelas concernentes ao depósito voluntário.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se aos depósitos previstos no inciso II do artigo
antecedente, podendo estes certificarem-se por qualquer meio de prova.
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Art. 649. Aos depósitos previstos no artigo antecedente é equiparado o das bagagens dos viajantes¹ ou
hóspedes nas hospedarias onde estiverem.
Parágrafo único. Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que
perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos.
Art. 650. Cessa, nos casos do artigo antecedente, a responsabilidade dos hospedeiros, se provarem que
os fatos prejudiciais aos viajantes ou hóspedes não podiam ter sido evitados.
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30/10/12
Ø Mandato
1. Essência
2. Classificação
- Bilateral, haja vista que alguém está representando e alguém está sendo representado.
3. Âmbito trabalhista
4. Casamento
O casamento, quando feito mediante procuração, NÃO EXIGE que o(s) procurador(es) sejam
de sexo distinto.
Todavia, não se podem representar, por meio de um único procurador, os dois noivos.
5. Forma
A forma do mandato será sempre a forma do contrato principal, haja vista que o contrato
acessório segue o principal.
6. Gratuidade
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7. Procuração judicial
CPC - Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial,
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se
funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.
Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por
Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica.
7.2. Urgência
CPC - Art. 37. Sem instrumento de mandato¹, o advogado não será admitido a procurar em juízo.
Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como
intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará,
independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias²,
prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.
(2) Prazo de 15 dias: se este prazo não for cumprido, haverá o desentranhamento da peça do processo.
- Considerações:
8. Procuração-Geral
Trata-se de uma procuração padrão. Ainda que nada mencione, se possuir esta finalidade,
presume-se que o mandatário, o procurador, possui poderes implícitos.
NÃO PERMITE A PRÁTICA DE ATOS ESPECIAIS como, por exemplo, desistir, renunciar.
Ainda que seja branda, é necessária, para segurança, a discriminação dos poderes conferidos.
Nota:
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05/11/12
IMPORTANTE:
O contrato de mandato pode ser verbal, salvo se a forma do contrato principal exigir uma
solenidade.
9. Capacidade
Ex. O simples fato de meu pai ter o poder familiar sobre mim o autoriza a me representar.
Por outro lado, em relação ao mandato explícito, a regra geral é que, para ser mandatário, é
necessária a existência da capacidade de fato.
9.1. Relativa-exceção
Em contrapartida, caso haja algum problema decorrente da representação, não poderá cobrar
do mandatário.
Caso contrário, o mandante pode ingressar em juízo solicitando uma prestação de contas.
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11. Substabelecimento
I. Partes
- Substabelecente: mandatário;
- Substabelecido: terceiro.
II. Classificação
- Com reserva de poderes: aquele em que o mandatário continua atuando. O mandante, portanto, terá
dois procuradores.
- Sem reserva de poderes: O único mandatário que resistirá é o substabelecido. O mandatário original,
então, será excluído. “Todos os poderes do mandatário são transferidos para o substabelecido.”
Define o Código Civil que o substabelecimento sem reservas exige a anuência¹ do mandante.
IMPORTANTE:
Na renúncia, por sua vez, há o abandono do mandante, estando este sem procurador até que faça nova
nomeação.
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I. Extinguir a procuração;
14. Despesas-retenção
As despesas são pagas pelo mandante, sob pena de retenção do bem pelo mandatário.
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Adota-se a Teoria da Expedição na formação do contrato. Alguém aceita algo quando envia
uma comunicação a este respeito.
15.1. Formas
No Brasil, NÃO HÁ A ACEITAÇÃO TÁCITA, haja vista que é considerada como cláusula leonina.
Nota:
16. Compensação
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações
extinguem-se, até onde se compensarem.
Não se pode compensar uma obrigação, pois somente pode ocorrer se tratar do mesmo ramo
do Direito.
Ex. Mandatário tem crédito de 50 mil reais como procurador e tem uma dívida de 100 mil pelas
compras do mês.
17. Conjunto
Gera obrigações solidárias. Ambos têm o dever de prestar cumprimento pleno da obrigação.
18. Analfabeto-forma
O analfabeto somente celebrará contrato de mandato se for por meio de ESCRITURA PÚBLICA,
pois é um ato de muita insegurança.
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- Fim do mandato:
Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à data do
ato.
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o
mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às
obrigações contraídas por menores.
- Considerações:
Menor mandatário responde se houver bens e for uma relação de pai e filho.
Art. 668. O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as
vantagens provenientes do mandato, por qualquer título que seja.
- Considerações:
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Ø Comissão
1. Essência
Tentativa de venda
3. Personagens formais
- Comitente: proprietário;
Nota:
4. Morfologia
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5. Espécies
O próprio contrato estabelece qual será a forma de comissão, sendo que, EM SEU SILÊNCIO,
será considerada a adoção da comissão TRADICIONAL.
- Diferença:
I. Tradicional: Se o contratante for insolvente, o comissário não responderá. O proprietário arcará com
o prejuízo.
As ordens da forma de venda vêm do comitente. Caso este se desvie das ordens, responderá por perdas
e danos.
II. Del credere: Comissário responde pela insolvência do contratante. O risco é maior, logo a comissão
também será maior. Se o comissário se desvia das ordens, responde também por perdas e danos, apesar
de não disposto no Código Civil.
Nota:
Gera comissão del credere atípica, não em virtude de disposição no Código Civil, mas pelos
princípios gerais do direito.
Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de
culpa e no do artigo seguinte.
- Considerações:
Comissão tradicional.
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário
solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo
estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o
ônus¹ assumido.
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12/11/12
6. Descumprimento da ordem
7. Fonte supletiva
IMPORTANTE:
- Os ramos do direito e empresarial se aplicam primariamente. O Código Civil, por sua vez, é
aplicado de forma subsidiária.
Caso o comitente tenha o interesse em modificar as condições, esta deverá ser por escrito
mediante notificação.
9. Previsão Legal
Art. 696. No desempenho das suas incumbências o comissário é obrigado a agir com cuidado e
diligência, não só para evitar qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcionar o lucro
que razoavelmente se podia esperar do negócio.
Parágrafo único. Responderá o comissário, salvo motivo de força maior, por qualquer prejuízo que, por
ação ou omissão, ocasionar ao comitente.
- Considerações
Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de
culpa e no do artigo seguinte.
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário
solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo
estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus
assumido.
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Art. 699. Presume-se o comissário autorizado a conceder dilação do prazo para pagamento, na
conformidade dos usos do lugar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas do
comitente.
- Considerações
O comissário está autorizado a dilatar o prazo, no entanto, não está autorizado a parcelar. Somente
poderá parcelar
Art. 706. O comitente e o comissário são obrigados a pagar juros um ao outro; o primeiro pelo que o
comissário houver adiantado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora na entrega dos
fundos que pertencerem ao comitente.
Ø Agência e distribuição
1. Essência
Promoção do agenciado ou do bem que se tenta vender a fim de que se tenha uma ideia
diferenciada do bem ou pessoa promovida.
2. Profissão
O agente e distribuidor que é credenciado, que atua de forma constante, é regido pela lei
4.886, existindo, também, um conselho profissional com função análoga à do sindicato.
O não credenciados, por sua vez, são tutelados pelo Código Civil.
3. Diferença
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(1) Agente: erro do código civil. Onde se lê agente, deve-se ler distribuidor.
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na
conclusão dos contratos.
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Rafael Barreto Ramos
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13/11/12
Nota:
Contrato pessoal, vez que o agente somente poderá agenciar uma só pessoa à sua escolha. O
agenciado, por sua vez, selecionará uma pessoa que seja de seu agrado para ocupar posição
de seu agente.
Toda agência é uma forma de prestação de serviço, porém há um contrato específico que a
rege.
5. Remuneração – resultado
5.1. Momento
Deste modo, se o contrato diferenciado não for celebrado em virtude de culpa do agenciado,
deverá o agente receber sua devida remuneração.
IMPORTANTE:
O Código Civil obriga o agente a arcar com as despesas do agenciado, devendo, assim, inserir
estes custos no valor cobrado.
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Rafael Barreto Ramos
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8. Previsão legal
Art. 711. Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na
mesma zona, com idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de nela tratar de
negócios do mesmo gênero, à conta de outros proponentes.
- Considerações
O agente não pode, numa mesma circunscrição, agenciar duas pessoas do mesmo ramo.
Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve agir com toda diligência, atendo-se às
instruções recebidas do proponente.
Art. 713. Salvo estipulação diversa, todas as despesas com a agência ou distribuição correm a cargo do
agente ou distribuidor. (DESPESAS)
Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito à remuneração correspondente aos negócios
concluídos dentro de sua zona, ainda que sem a sua interferência.
Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o proponente (agenciado ou distribuído),
sem justa causa, cessar o atendimento das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a
continuação do contrato¹.
(1) Antieconômica a continuação do contrato: “é inviável para mim continuar agenciando uma pessoa
escandalosa como você”.
Art. 716. A remuneração será devida ao agente também quando o negócio deixar de ser realizado por
fato imputável ao proponente.
Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente direito a ser remunerado pelos serviços
úteis prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos prejuízos sofridos.
Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direito à remuneração até então devida,
inclusive sobre os negócios pendentes, além das indenizações previstas em lei especial.
- Considerações:
O agente, se dispensado sem justa causa, terá direito apenas às prestações vencidas e não às vincendas,
conforme ocorre no contrato
Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo de força maior, terá direito à
remuneração correspondente aos serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de
morte.
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante
aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do
investimento exigido do agente.
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do
valor devido.
Art. 721. Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, no que couber, as regras concernentes ao
mandato e à comissão e as constantes de lei especial.
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Rafael Barreto Ramos
© 2012
Ø Transporte
1. Essência
Concretização do destino.
2. Classificação
- Comutativo
- Impessoal (discutível) uma vez que as características pessoais do transportado não são
relevantes para a transportadora. Todavia, analisando sob a ótica do transportado, caso este
tenha preferência por alguma marca, há de se afirmar a existência de aspecto impessoal.
IMPORTANTE:
3. Responsabilidade
Somente vale a cláusula de não indenizar se esta não disser respeito a CONTRATO DE ADESÃO.
O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 51, abole a cláusula de não indenizar.
- Contrato de transporte
A súmula 161 do STF proíbe expressamente a cláusula de não indenizar nos contratos de
transporte.
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Rafael Barreto Ramos
© 2012
19/11/12
4. Culpa do remetente
A transportadora, para se escusar da culpa, poderá SOMENTE alegar o caso fortuito ou força
maior.
A embalagem é um poder-dever, haja vista que o Código Civil não obriga a transportadora a
embalar, todavia, sua responsabilidade é objetiva, sendo assim, é ALTAMENTE
RECOMENDÁVEL que esta embale.
5. Constituição Federal
No transporte interestadual, a Constituição Federal diz que quem tem legitimidade para atuar
nesta seara é a União.
No transporte intermunicipal os estados também têm legitimidade para atuar nesta seara.
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
XI - trânsito e transporte;
6. Excludentes
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Rafael Barreto Ramos
© 2012
7. Declaração
- Problemática:
Caso haja dúvida em relação ao conteúdo transportado, o transportador não pode abrir a bagagem,
devendo-se manter o sigilo. Neste caso, é feita uma analogia em relação ao contrato de depósito.
IMPORTANTE:
- Teoria da culpa presumida: o ônus da prova não é da vítima e sim do autor do dano.
- Duas espécies:
I. Pessoal: intransferível;
- A desistência do transporte pode ocorrer sem justificativa até a hora do embarque, tendo o
transportado direito à indenização.
Caso tenha um bilhete cuja validade não exacerbou o prazo de 1 ano, o transportado terá
direito de trocá-lo;
- Overbooking¹
Nota:
A transportadora deve completar o trajeto, devendo, enquanto este não for completado,
pagar as despesas de alimentação e hospedagem.
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Rafael Barreto Ramos
© 2012
Se no curso da viagem for constatado que o passageiro passou a ameaçar o curso da viagem,
acredita Hugo Rios Bretas que, por analogia, este deverá ser expulso a fim de assegurar a
segurança de todos ao longo da viagem.
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