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Priscila Queiroz Messias. Graduanda em Psicologia pela Universidade do Estado de Minas Gerais
(UEMG), campus Ituiutaba (MG). E-mail: <priscila.queirozm@hotmail.com>.
2
Denise Andrade de Freitas Martins. Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar). Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), campus Ituiutaba (MG).
E-mail: <denisemartins@netsite.com.br>.
1. INTRODUÇÃO
gens, como artes visuais, dança, música, teatro etc., bem como os
sentimentos/sensações/ideais suscitados, tornando-se pessoa ativa
na sociedade em que vive.
De acordo com Held (1980), o ato de se expressar permite
tanto à criança como ao adulto exprimir sua vivência atual, e não
apenas experiências passadas, de maneiras diferentes da linguagem
corrente interpessoal. De acordo com a autora, a leitura do real pas-
sa pelo imaginário, que bem pode ser expressa em forma de poe-
sia, contos, desenho, música, expressões corporais, o que implica a
descoberta dos diversos caminhos percorridos pelo imaginário na
pessoa, despertando a imaginação, a inteligência e a sensibilidade,
que, se não forem cultivadas, atrofiam-se.
Compartilhamos com Granja (2013) a ideia de que as artes,
em especial a música, já foi uma importante disciplina dentro do
currículo escolar. Hoje, contudo, mesmo que presente principal-
mente nas séries iniciais da Educação Infantil (quando presente), à
medida que as séries avançam, ela vai perdendo espaço dentro do
currículo escolar devido à maior importância que a instituição passa
a dedicar às disciplinas conceituais em detrimento das perceptivas.
A percepção, fundamento primeiro da produção artística e,
sobretudo, forma originária de apreensão da realidade (GRANJA,
2013), pode ser entendida como uma dimensão do conhecimento,
processo que confere significação às sensações e dentro do qual es-
tamos arbitrariamente inseridos. Trata-se, segundo Corrêa (1997),
de um dos princípios fundamentais da fenomenologia, a qual afir-
ma ser a intencionalidade intrínseca à consciência, ou seja, a cons-
ciência é sempre diretiva, “consciência de alguma coisa”, dirigida
para um objeto, que, por sua vez, só tem existência em relação a
uma consciência, enquanto “objeto-para-um-sujeito”, ambos se
constituindo a partir dessa correlação.
Para Dartigues (1973, p. 26): “Se a consciência é sempre
consciência de alguma coisa e se o objeto é sempre objeto para a
consciência, é inconcebível que possamos sair dessa correlação, já
que, fora dela, não haveria nem consciência nem objeto”. Nesse
sentido, nosso poder de extensão nos permite nos instalar nos obje-
tos a ponto de fazê-los participar de nosso próprio corpo durante a
REFERÊNCIAS