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Estratégia
Organizacional
Uma empresa com critérios bem definidos e ajustados em relação à sua missão, visão e valores,
possibilita ao gestor uma análise refinada do ambiente interno e externo do negócio e também
dos seus concorrentes, circunstâncias que permitem a prosperidade do negócio a médio e longo
prazo.
Para preparar uma estratégia eficaz para o negócio, uma empresa deve estudar seu ambiente
interno e externo e também o ambiente no qual se encontram seus concorrentes, além de
estudar o comportamento de seus consumidores atuais e potenciais.
Os administradores devem estar preparados para receber informações atualizadas sobre seus
concorrentes, as forças e fraquezas dessas empresas, e também analisar os consumidores, ver
suas necessidades, seus gostos, e também ter uma equipe bem preparada para formular
estratégias de como reagir a esse mercado.
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CERTO, Samuel C.; CESAR, Ana Maria Roux; MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro; PETER, J. Paul.
Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 2. ed. São Paulo:
Pearson, 2005.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10. Ed. São Paulo: Campus, 2000.
TENCA, Evandro Cesar; SILVA, Helton Haddad Carneiro Da; SCHENINI, Paulo Henrique;
FERNANDES, Sandra Hoelz. Planejamento estratégico de marketing. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2011.
Análise do Ambiente
A Análise do Ambiente é o processo de identificação de Oportunidades, Ameaças, Forças e
Fraquezas que afetam a empresa no cumprimento da sua Missão. Abaixo se elenca
explicitamente as características individuais dos processos que afetam o ambiente dos negócios,
conhecida como ANÁLISE DE SWOT.
Fonte: <https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/agendor-blog-
uploads/2016/05/11102248/matriz-swot-como-fazer-uma.png>. Acesso em: 03.12.2019.
Fonte: <http://sandraelisabeth.com.br/wp-content/uploads/2016/09/ambiente-adm.png>.
Acesso em: 03.12.2019.
Iniciando a Análise do Ambiente Externo, vamos nos pautar nas colocações feitas por
Pagnoncelli e Vasconcellos (1992), segue-se então quais são elas, para que na sequência
possamos descrevê-las:
Considere como referências o Negócio, a Missão e os Princípios definidos nas etapas anteriores.
Negócio atua como uma moldura que delimita o ambiente a ser analisado e a Missão orienta a
concentração da análise.
Imagine-se olhando pelo visor de uma filmadora. O Negócio é o campo de visão formado pelo
visor, enquanto a Missão é o que permite focar a imagem, isto é, concentrar a análise no
essencial. Os Princípios orientam a seleção das Oportunidades.
Considere como limite o horizonte do Plano Estratégico para orientar o alcance que você
pretende dar à sua Análise do Ambiente. Isto é quanto é necessário olhar à frente para
direcionar a atuação de hoje. O horizonte de análise pode ser de curto prazo (1 ano), médio
prazo (5 anos) ou de longo prazo (10, 20, 30 anos).
O que deve ser analisado no ambiente de uma empresa que atua no Negócio X, com uma Missão
Y, com Princípios Z, dentro do horizonte W? Para que essa pergunta seja respondida é preciso
que diversos fatores sejam imbricados, tais como:
Inflação;
Taxas de juros;
Concorrência;
PIB;
Demanda;
Tecnologia;
Dívida externa;
Oferta.
Para facilitar o trabalho de seleção das Informações relevantes sugerimos utilizar o conceito de
Públicos Relevantes, isto é, pessoas e organizações com as quais uma empresa mantém
relacionamentos para cumprir sua Missão. Vejam na imagem abaixo um exemplo dos principais
públicos, levando sempre em consideração que isso é variável em cada empresa.
Fonte:
<http://www.strategia.com.br/estrategia/Imagens/estrategia_corpo_analise_ambiente_pu
blicos.gif>. Acesso em: 03.12.2019.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Para ter uma visão prospectiva dentro do horizonte definido, duas opções são possíveis para se
utilizar em cenários em Planejamento:
Analisar o cenário é um processo que pode ser simples, e do qual se espera simplicidade, pois
isso permite que as empresas, dos mais diversos ramos e tamanhos, possam utilizar tal análise
como parte da sua definição de planejamento estratégico. Isso ocorre porque a construção de
cenários estratégicos de uma empresa se utiliza de fatores que são comuns a todas elas, sendo
necessário somente que cada uma analise o seu ambiente interno e externo, principalmente
focando na concorrência direta.
Abaixo temos uma lista com os principais tópicos para estudos de cenários organizacionais, que
foi elaborada por TENCA, SCHENINI e FERNANDES (2011):
Observação:
Ao listar as Ameaças e Oportunidades de uma empresa, pode ocorrer o que se denomina "faca
de dois gumes", isto é, uma Oportunidade pode, dependendo da ótica, tornar-se uma Ameaça
e vice-versa, por isso procure registrar o que for mais importante como Ameaça ou
Oportunidade ou em ambas as situações.
Fonte: <https://blog.luz.vc/o-que-e/como-desenvolver-uma-matriz-ou-analise-swot-
fofa/#3>. Acesso em: 03.12.2019.
VIDEOAULA 2
Agora partiremos para as questões que envolvem a Análise do Ambiente Interno, que aqui se
relacionam primeiramente a listagem das Forças e Fraquezas que afetam a empresa no
cumprimento da sua Missão, diante das Oportunidades e Ameaças relevantes. Para identificar
as Forças e Fraquezas vários recursos são aceitáveis e passíveis de utilização, tais como:
1. Entrevistas;
2. Questionários;
3. Painéis;
4. Seminários;
5. Caixa de sugestões.
Além dessas técnicas, é possível utilizar as estruturas formais e informais existentes na empresa,
tais como CCQ (Círculos de Controle de Qualidade), Força-Tarefa, CIPA, Comitês, etc. Segundo
Idalberto Chiavenato (2002) os itens abaixo podem ser úteis como marcadores de referência,
então vejamos o perfil da empresa de sucesso, pois é:
Focalizada no Cliente.
Parceria dos públicos relevantes.
Baseia-se em Princípios.
Flexível.
Veloz.
Simples.
Aberta.
Obcecada por "Qualitividade" = Qualidade + Produtividade.
Terceirizada.
Proativa.
Imagem
Qualificação dos funcionários
Tecnologia
Recursos financeiros
Produtividade
Qualidade
Competitividade
Produtos
Serviços
Preço
Propaganda
Equipe de vendas
Informações
Estrutura
Estilo gerencial
Treinamento
Capacidade instalada
Custos
Estoques
Localização
Fontes de matérias-primas
Layout
Prazo de entrega
Distribuição
Motivação
Processo decisório
Delegação
Liderança
Sinergia
Transparência
Liberdade de expressão
Autonomia
Portfólio de produtos
Relacionamento com clientes, fornecedores, sindicatos
Quando se fala em imagem, é natural que se pense em imagem externa. Mas, se o Planejamento
Estratégico é um processo que visa mobilizar as Forças da empresa, a imagem interna não pode
ser esquecida, pois o caminho do sucesso para as empresas é, em primeiro lugar, cuidar da
imagem interna. A imagem abaixo funciona como mais um pequeno exemplo:
Fonte: <https://www.4oito.com.br/blog/claiton-pacheco-galdino/post/o-que-e-uma-
analise-swot-e-por-que-isso-e-importante-907>. Acesso em: 03.12.2019.
Indicação de Vídeo
O canal do Youtube chamado Gestão para Todos tem um conteúdo interessante sobre a Matriz
SWOT.
Esse é o link de acesso ao vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=cYG7_LfOCOw>.
Acesso em: 03.12.2019.
VIDEOAULA 3
Estratégicas Competitivas e Análise do
Ambiente
Essa aula tem como assunto principal o Modelo das Cinco Forças de Porter que pode ser
compreendido como uma ferramenta que auxilia a definição de estratégia da empresa e leva
em consideração tanto o ambiente externo como o interno.
As Cinco Forças de Porter (1986) causam impacto sobre a lucratividade em um dado setor e cada
uma delas deve ser analisada em um nível de detalhamento considerável, pois para uma
empresa desenvolver uma estratégia competitiva precisa estar em consonância com tal
estrutura.
São as Cinco Forças que causam impacto sobre a lucratividade em um setor, determinam a
intensidade da concorrência no mesmo, sendo que a força ou as forças mais acentuadas
predominam e tornam-se cruciais do ponto de vista da formulação de estratégias. Portanto é
importante que cada uma dessas forças seja avaliada, em um nível de detalhamento
considerável, para que uma empresa possa desenvolver estratégias competitivas eficazes.
VIDEOAULA 1
Ameaças de serviços substitutos são a principal variável que define preço no mercado e ativa a
concorrência, pois ela acontece quando os serviços e produtos oferecidos por empresas rivais
aproximam-se das mesmas necessidades dos clientes da mesma oferta de uma determinada
organização, mas de forma diferente. Os substitutos impõem um teto aos preços de uma firma,
podendo diminuir seus rendimentos.
Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos, menor é a atratividade de um dado setor.
Os substitutos reduzem os retornos potenciais, limitando os preços e, consequentemente, a
rentabilidade. Essa ameaça é tanto maior quanto maior for o desempenho relativo de preço dos
substitutos, ou seja, a diferença da razão preço/qualidade dos produtos em um determinado
setor de mercado em relação aos serviços substitutos.
A ameaça também ocorre quando as empresas que produzem substitutos apresentam taxas de
rentabilidade elevadas, o que poderá se tornar uma vantagem competitiva, já que permite a
redução dos preços sem afetar a qualidade. Os pontos de destaque dessa força se referem à:
As inovações tecnológicas;
Os movimentos competitivos de uma empresa dentro de seu setor têm efeitos significativos em
seus concorrentes, que podem, portanto, desencadear esforços para conter esses movimentos
ou ações de retaliação. Quando o setor é concentrado, dominado por um reduzido número de
empresas, estas podem impor a sua disciplina ou desempenhar um papel coordenador no setor.
Quanto maior for a rivalidade maior será a possibilidade de ocorrência de guerras de preços,
disputas publicitárias, investimentos em qualidade, etc.
Ela tende a ser maior quando o mercado está em recessão ou crescendo lentamente, ou ainda
quando existem altos custos fixos. Uma alta rivalidade interna tem consequências negativas na
atratividade da indústria. E ela pode ser reflexo de um baixo grau de diferenciação dos produtos,
fortes barreiras à saída ou ainda da necessidade de grandes investimentos para expansão da
atividade. Esta força é intensa quando:
Esta força refere-se ao grau de competitividade do mercado ou até que ponto as empresas são
capazes de entrar no mesmo e concorrer por clientes. Para Porter, os novos entrantes em um
setor trazem novas capacidades, o desejo de ganhar participações no mercado e, em geral,
recursos substanciais. Por outro lado, existem duas expectativas dos entrantes em relação às
barreiras: a existência já consolidada de barreiras de entrada e a ameaça de reação dos
competidores já estabelecidos.
A ameaça de novos entrantes será tanto menor quanto maiores forem as barreiras à entrada e
a expectativa de retaliação. A concorrência em um setor age de forma a manter sua
rentabilidade próxima à rentabilidade básica de mercado, uma vez que um número maior de
participantes pode implicar na queda dos preços ou aumento dos custos, reduzindo a
rentabilidade. Esse movimento da competição exige um amplo entendimento das barreiras de
entrada existentes e uma estratégia adequada para lidar com elas.
VIDEOAULA 2
Por outro lado, se a importância dos produtos fornecidos para os clientes for baixa, ou se
existirem produtos substitutos para os dos fornecedores, o setor receberá um menor impacto
dessa força. Uma possível estratégia para lidar com o poder de negociação dos fornecedores
seria implementar ou promover uma ameaça de integração para trás pelas empresas no setor.
Essa força é um problema quando:
Segundo Porter (1980), para que uma empresa obtenha vantagem competitiva, ela deve
perseguir táticas específicas e escolher o escopo dentro do qual irá alcançá-la. Com essa
premissa, Porter (1980) descreveu três estratégias competitivas genéricas, argumentando que
elas seriam capazes de proporcionar vantagem às empresas de forma que estas pudessem
superar suas concorrentes em um determinado setor. As estratégias, definidas como liderança
no custo total, diferenciação ou enfoque, permitiriam às empresas enfrentar as cinco forças
competitivas e alcançar um desempenho superior.
Por outro lado, segundo o autor, é improvável que a empresa consiga seguir com sucesso mais
de uma estratégia simultaneamente e, caso ela não consiga se posicionar estrategicamente em
ao menos um desses tipos estratégicos genéricos, estaria fadada a uma baixa rentabilidade.
Porter chamou essas empresas de stuck-in-themiddle (aquelas que não possuem um claro
posicionamento “ofensivo” dentro do mercado) e relacionou a ausência de posicionamento
estratégico a uma provável indefinição da cultura empresarial ou sistemas de motivação
conflitantes.
O canal do Youtube de Cadu Capella Reis traz a imagem utilizada acima. E resume bem qual é a
Estratégia Genérica de Michael Porter.
Segue o link de acesso ao vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=AT-LO15baFk>. Acesso
em: 03.12.2019.
Estratégia Genérica
VIDEOAULA 3
Encerramento
As confecções das estratégias devem ser consideradas um exercício contínuo que requer
reflexão e análise e não um trabalho no qual os gestores obterão sucesso apenas utilizando o
improviso calcado em boas intenções, completo esforço ou criatividade. Infelizmente,
observamos que muitas organizações negligenciam o fato da estratégia (vista como uma opção
deliberadamente estruturada) ser sempre induzida por alguma visão do ambiente, obrigando os
gestores, por consequência, a realizarem uma avaliação correta das influências ambientais sobre
os rumos empresariais.
Do ponto de vista de Porter, observou-se uma forte ênfase em influências externas e uma tênue
discussão acerca das forças internas de um determinado setor. Apesar de que, o autor considera
que a análise do modelo das Cinco Forças é capaz de suscitar uma reflexão acerca do ambiente
interno de uma organização e dessa forma estabelecer estratégias para fazer proveito das
oportunidades e precaver-se das ameaças de mercado.