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Implantação de Sistemas
de Qualidade
Introdução
Objetivos da Unidade
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9000:2015: Sistemas de gestão da
qualidade – fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
GOZZI, M. P. Gestão da qualidade em bens e serviços - GQBS. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2015.
A Gestão da Qualidade Total (do inglês, Total Quality Management (TQM)) pode ser definida
como um sistema administrativo focado no melhoramento contínuo das organizações
empresariais. Um benefício direto obtido pela organização que adota tal sistema é a garantia
de sobrevivência por um longo prazo, além de benefícios secundários, tais como (GOZZI, 2015,
p.20):
Aumento do faturamento;
Redução de custos;
Melhoria da produtividade;
Aumento de lucros;
Tal conceito, considerado como a mais significativa das ideias que surgiram nos últimos anos
no cenário da administração da produção, está fundamentado nos oito princípios da gestão da
qualidade (GOZZI, 2015), os quais estudamos na última aula, sendo eles: Foco no cliente,
Liderança, Envolvimento de pessoas, Abordagem por processos, Abordagem sistêmica para a
gestão, Melhoria contínua, Abordagem factual para a tomada de decisões, Benefícios mútuos
nas relações com fornecedores;
Já Custodio (2015, p.42) define o TQM como um método, impulsionado por Deming, Juran e
Feigenbaum, cujo principal objetivo é o gerenciamento da qualidade com participação ativa de
todos os níveis empresariais, com foco na Inter-relação e integração dos processos:
Planejamento; Organização; Controle e Liderança, que possibilitam a criação de produtos e
serviços com o mínimo de desperdício e maior satisfação dos clientes.
Por sua vez, o conceito denominado Controle da Qualidade Total (do inglês, Total Quality
Control (TQC)) pode ser visto como um sistema administrativo que envolve a participação de
todos os setores organizacionais no estudo e condução do controle de qualidade (GOZZI, p.21),
cujos objetivos são:
Existem especialistas que consideram diferenças entre o TQM e o TQC, neste caso, afirmando
que o primeiro enfatiza a qualidade do ponto de vista do consumidor, enquanto que o
segundo prioriza a questão do envolvimento de todos os elementos de um processo
produtivo. A maior diferença entre os termos, de acordo com Mello (2011, p.63), está em seu
aspecto de origem: TQM é uma abordagem norte-americana, enquanto TQC é uma
abordagem japonesa. Contudo, na prática, não existem grandes diferenças entre os dois
termos, visto que “gestão” e “controle” estão enraizados na administração empresarial.
Segundo Custodio (2015, p.41), alguns princípios norteiam o TQC, sendo eles:
Controle dos processos: trata o processo causador de desvio para a eliminação dos
efeitos negativos (desvios de qualidade), isolando as causas e aplicando planos de ação
para a solução de problemas;
INDICAÇÃO DE LEITURA
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Assista ao vídeo a seguir, que trata rapidamente sobre a “Gestão da Qualidade Total”:
https://www.youtube.com/watch?v=R1CiN6esbkU
Também gostaria de sugerir para você o seguinte vídeo, com o Prof. Fernando Martinelli, que
comenta um pouco sobre a “Gestão da Qualidade”, destacando alguns aspectos históricos e
importância dos processos organizacionais (que estaremos estudando na seção seguinte):
GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Segundo a norma ABNT NBR ISO 9000:2015 (ABNT, 2015), a qual estaremos analisando em
detalhes em uma das aulas de nossa disciplina, a definição de processo é a seguinte: “conjunto
de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos em produtos”. Na
Figura 1, podemos ver um diagrama típico que ilustra o conceito de processos.
Fonte http://2.bp.blogspot.com/-FkqkxdtcYH0/U_-X__l8OVI/AAAAAAAABe4/jl-w-
FNzXmk/s1600/processo01.png
Segundo Gozzi (2015, p.23), no estudo de processos é preciso identificar os clientes, definindo
o processo crítico a ser analisado com maior atenção, delineando-o e verificando sua influência
direta ou indireta sobre os objetivos estratégicos da empresa. Ainda segundo o autor, a
gerência de processos com foco na qualidade precisa prever quatro etapas básicas:
1. Organização;
O gerenciamento de processos pode ser visto, então, como uma análise detalhada de
processos e atividades relacionadas a estes, visando assegurar bons resultados e desempenhos
para uma organização. Deve prever melhorias contínuas com o intuito de aperfeiçoar a forma
com que as atividades são realizadas, de modo a garantir a satisfação do consumidor. Logo, os
gestores empresariais devem fazer uso de metodologias de gerenciamento de processos para
alcançar ótimos desempenhos de uma organização (GOZZI, 2015, p.23).
3. Obtenção de soluções: para cada problema deve haver uma ou mais soluções. Esta
fase constitui-se da análise das informações obtidas na fase anterior e da busca de
soluções para os problemas encontrados;
INDICAÇÃO DE LEITURA
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Em que apresenta tal tópico de uma forma bem geral e que se enquadra no aspecto de gestão
da qualidade, além de apresentar exemplos bem fáceis que ilustram o conceito de processos.
https://www.youtube.com/watch?v=-JKykq7wuwU
Entradas:
o Políticas de qualidade;
o Declaração do escopo;
o Descrição do produto;
o Padrões e regulamentações.
Ferramentas e técnicas:
o Análise de custo/benefício;
o Benchmarking;
o Fluxogramas;
o Projeto de experimentos;
o Custo da qualidade.
Saídas:
o Definições operacionais;
o Lista de verificações;
Por sua vez a garantia da qualidade é conjunto de atividades que permitem a segurança na
satisfação dos requisitos planejados, cujo objetivo é aumentar a confiabilidade tanto na
organização quanto para os clientes/mercado. Dentre alguns elementos da garantia da
qualidade estão (CUSTODIO, 2015, p.37)
Resultados de medições;
Auditorias de qualidade.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Para um melhor esclarecimento dos conceitos que vimos nesta seção, que sugerir a você a
leitura:
-
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Quero indicar a você um vídeo com Ricardo Vargas no qual ele comenta rapidamente sobre o
aspecto de “Gerenciamento de qualidade”:
https://www.youtube.com/watch?v=gs63l_zerag
INDICADORES DE DESEMPENHO
Como sabemos, mais importante do que criar uma organização empresarial é manter tal
organização no mercado, principalmente, nos tempos atuais onde existe muita competição.
Logo, torna-se necessário buscar algumas formas de avaliação de uma empresa, para verificar
se ela caminha no ritmo e na direção correta.
Tais indicadores são geralmente definidos e escolhidos pela alta direção, orientada para
resultados de rendimento, custos, qualidade, entre outros. Tais indicadores podem ser
divididos em classes, sendo elas (CUSTODIO, 2015, p.38):
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Gostaria que você pudesse assistir ao vídeo a seguir que comenta um pouco sobre
“Indicadores de desempenho”, suas principais características e importância, no qual o Ademir
Faria explica de uma forma bem simples tais conceitos e, além disso, ele explica a diferença
entre “métricas” e “indicadores de desempenho”.
FARIA A. Varejo top. Youtube.16 jan. 2015. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TpD56z9L3Mw
https://www.youtube.com/watch?v=lAqAnjcnXb8
Quero pedir que você assista a mais um vídeo, com o Prof. Thiago, do instituto Montanari, que
comenta também sobre “Indicadores de desempenho”: No vídeo, o professor comenta sobre
dois tipos de indicadores. Quais serão eles? Além do mais, ele apresenta exemplos bem fácies
sobre indicadores de desempenho.
https://www.youtube.com/watch?v=I2BfvSGc5t4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta aula visou apresentar-lhe alguns aspectos sobre gestão da qualidade total (TQM) e o
controle da qualidade total (TQC), que como vimos são conceitos muito semelhantes, a não ser
que sejam analisados sobre o ponto de vista regional, não é mesmo?
Nas duas seções seguintes, foram comentados detalhes sobre a abordagem de processos, no
qual se dá tal gerenciamento da qualidade. Analisamos em detalhes como se dão os processos
de planejamento, controle e garantia da qualidade.
Veremos nessa aula as sete ferramentas de controle de qualidade desenvolvidas por Ishikawa
(GOZZI, 2015, p.39), que foram muito empregadas no Japão, sendo elas (MELLO, 2011, p.87):
4. Gráfico de Pareto: distinguir, entre os fatores que contribuem para a não qualidade, os
essenciais e os secundários;
Mão de Obra (MO): aspecto voltado às pessoas que interferem nos processos;
Meio Ambiente (MA): associado aos aspectos ambientais que podem interferir nos
processos, incluindo o meio ambiente.
Conforme podemos notar pela Figura 1, o diagrama é composto por uma linha central (a
espinha dorsal do peixe) que é interligada até a extremidade direita (cabeça do peixe) onde é
associado o problema (efeito) obtido ao fim do processo. Da linha central derivam-se seis
linhas (três para cima e três para baixo) que representam as causas/fatores (costela do peixe)
que são pesquisados e analisados. As costelas podem ser ramificadas em quantas linhas forem
necessárias para descrever as causas do problema.
Fonte
https://universoprojeto.files.wordpress.com/2014/01/diagrama_ishikawa_causa_efeito.png
INDICAÇÃO DE LEITURA
Mais informações, além de um exemplo de aplicação desta ferramenta, são descritas na:
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Para complementar o entendimento sobre o “diagrama de causa e efeito” sugiro que você
assista ao vídeo do Prof. Thiago, do instituto Montanari
https://www.youtube.com/watch?v=BjDt23QmR5A
Em uma folha de verificação geralmente algumas informações devem ser incluídas, tais como
(BARROS; BONAFINI, 2014, p.43):
Período de observação;
INDICAÇÃO DE LEITURA
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Para que você tenha mais informações da ferramenta “folha de verificação” sugiro que você
assista ao vídeo do Prof. Thiago, do instituto Montanari:
Histograma
Fonte https://qualescap.files.wordpress.com/2014/11/sem-tc3adtulo14.png
Como pode ser visto a Figura 3, consiste em um gráfico de barras que ilustra a frequência com
a qual um dado surge em um dado grupo. Surge sempre a partir da coleta de dados, sendo
realizado com a ajuda de uma folha de verificação.
Para que seja elaborado, torna-se necessário colher uma amostra que seja representativa de
toda uma população.
INDICAÇÃO DE LEITURA
Para entender melhor a ferramenta “Histograma” sugiro a leitura das seções seguintes, que
ilustram aspectos importantes, além de passos e métodos para a sua construção:
INDICAÇÃO DE VÍDEO
A seguir, gostaria de lhe indicar um vídeo que ilustra os principais fundamentos sobre a
ferramenta “Histograma”, além de apresentar alguns exemplos que ilustram a construção de
histogramas:
Diagrama de Pareto
Fonte http://www.velaction.com/lean-information/wp-content/uploads/2013/07/Vilfredo-
Pareto.jpg
Estudos sobre distribuição de renda desenvolvidos por Vilfredo Pareto no fim do século XIX
constataram tal distribuição não seguia de maneira uniforme, neste caso, 80% da riqueza de
uma população era concentrada nas mãos de uma pequena parcela: 20% da população. Essa
“metodologia” algum tempo depois foi introduzida no ambiente organizacional e após
estudos, verificou-se que geralmente 80% dos problemas são gerados por 20% das causas.
Sendo assim, convencionou-se denominar tal metodologia como 80/20 (CUSTODIO, 2015,
p.24).
Aplicando este conceito sob o ponto de vista da qualidade, podemos dizer que já que 20% dos
procedimentos de um processo resultam em 80% dos problemas, os gestores devem focar na
melhoria dos procedimentos destes 20% do que tentar modificar o processo como um todo
(BARROS; BONAFINI, 2014, p.47).
http://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/wp-content/uploads/grafico-paretos.jpg
INDICAÇÃO DE LEITURA
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Mais informações sobre o “diagrama de Pareto” são dadas no vídeo a seguir do Prof. Thiago,
do instituto Montanari:
https://www.youtube.com/watch?v=TOifvS3LIrA
https://qualescap.files.wordpress.com/2014/11/sem-tc3adtulo112.png
Uma vez construído o gráfico de dispersão (e identificada uma expressão matemática que o
caracterize), é possível verificar o que acontecerá com uma variável quando a outra for
alterada, e assim poder tomar uma determinada decisão ou ação. Note que este é um
conceito entre causa e efeito!
INDICAÇÃO DE LEITURA
INDICAÇÃO DE VÍDEO
No vídeo a seguir com o Prof. Thiago, do instituto Montanari, são apresentadas algumas
descrições sobre o “diagrama de dispersão”:
Fluxograma
Por se tratar de uma representação gráfica total do processo, o fluxograma é uma ferramenta
que deve ser cuidadosamente desenvolvida. Necessariamente deve conter o início e fim do
processo, assim como o nome dos processos em questão. Além disso, retrata as principais
ações e atividades do processo (geralmente descritas com verbo no infinitivo). Sua maior
vantagem é o fato de propiciar uma visão geral do processo em questão, além de facilitar a
visualização dos pontos críticos do processo, definindo a necessidade de controle destes
(BARROS; BONAFINI, 2014, p.56).
http://colortextintas.com.br/sgc/uploads/images/fluxograma-producao.png
INDICAÇÃO DE LEITURA
Quero sugerir que você leia a seção na sequência que enfatiza os conceitos gerais sobre
“fluxograma”, destacando suas principais vantagens e modo de construção:
A seguir gostaria de sugerir mais um vídeo do Prof. Thiago, do instituto Montanari, que
comenta um pouco mais sobre a ferramenta “fluxograma”:
https://www.youtube.com/watch?v=Z07DvaCajk4
Gráfico de Controle
Também denominado de “Carta de Controle”, proposto por Shewhart no início do século XX,
esta é uma ferramenta de qualidade que permite a análise das variações de variáveis ou
atributos submetidos em um processo, indicando se tais variações encontram-se dentro de um
padrão médio estipulado ou se gera um desvio que necessita ser analisado (BARROS;
BONAFINI, 2014, p.59).
http://www.fabiocruz.com.br/wp-content/uploads/2013/05/grafico-controle.gif
INDICAÇÃO DE LEITURA
Para saber um pouco mais sobre “Gráficos de Controle” sugiro que você leia a:
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Gostaria de sugerir que você possa assista o vídeo seguinte, que comenta mais detalhes sobre
“Gráficos de Controle”, inclusive traz um exemplo prático de como elaborá-lo:
https://www.youtube.com/watch?v=h6wOk-VTruI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos notar que a utilização destas ferramentas nos possibilita um gerenciamento mais
eficiente e específico dos principais fatores que podem afetar a qualidade de produtos e
serviços em organizações.