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Fundamentos da

Estratégia
Organizacional

Caros alunos, as vídeo aulas desta disciplina encontram-se no AVA


(Ambiente Virtual de Aprendizagem).
Unidade 1
Estratégias organizacionais
Introdução da Unidade

Olá, caros(as) alunos(as)!

Ao iniciarmos os estudos de uma nova disciplina ficamos, por vezes, com os seguintes
questionamentos: qual o campo de aplicação desta disciplina? Qual a sua utilidade prática? Ela
fará alguma diferença em minha vida?

Podemos responder essas questões dizendo que o campo de aplicação da disciplina é bastante
amplo, pois suas técnicas são necessárias tanto para compreender a importância da definição
de estratégias de competição no mercado quanto para o planejamento estratégico como
instrumento de implementação da estratégia adotada, ao tempo em que se propõe uma
metodologia de elaboração de planejamento estratégico para tal.

Nossa primeira aula é dedicada ao conhecimento da nomenclatura a ser utilizada ao longo desta
matéria, à explicitação das principais variáveis, cujas relações também serão estudadas na
disciplina, bem como, à conceituação de estratégias organizacionais, com ênfase em controle
dos resultados.

Que tenhamos uma boa disciplina!

OBJETIVOS

A disciplina de Fundamentos da Estratégia Organizacional tem por objetivos principais:

 Proporcionar aos alunos que saibam identificar os aspectos fundamentais do


planejamento estratégico;

 Proporcionar ao aluno conhecimentos científicos sobre os fundamentos teóricos e


práticos da estratégia organizacional;

 Proporcionar conhecimentos científicos de como funcionam os planejamentos e


controles financeiros das empresas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aula 01 – Planejamento estratégico empresarial

Aula 02 – Princípios Fundamentais do Planejamento e Controle de Resultados


Referências

CERTO, Samuel C.; CESAR, Ana Maria Roux; MARCONDES, Reynaldo


Cavalheiro; PETER, J. Paul. Administração estratégica: planejamento e
implantação da estratégia. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2005.

FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial.


2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: matemática


financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 9. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.

JOSÉ, Elisabete da Assunção (Org). Estratégia organizacional: das ideias


empreendedoras à aplicação em organizações brasileiras. Campinas: Alínea,
2005.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico: conceitos,


metodologias e práticas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

PADOVEZE, Clóvis Luís; TARANTO, Fernando Cesar. Orçamento


empresarial: novos conceitos e técnicas. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2009.
Planejamento estratégico empresarial
Começaremos a aula com uma explicação de como funcionam os planejamentos e controles
financeiros das empresas, como funciona especificamente o planejamento de uma indústria e
também de uma prestadora de serviços, retratando o porquê desse tema ser tão importante
para nós, e também o porquê dele ser observado e praticado pelas empresas. Verificaremos,
também, os resultados heterogêneos de empresas que praticam e que não praticam tal
planejamento.

Os estudos sobre planejamento estratégico empresarial apontam que o gerenciamento e


controle eficiente de gestão, tende a alavancar a lucratividade de empresas praticantes desta
metodologia. O planejamento não depende somente do aumento de vendas, mas também de
redução de custos, circunstâncias que as empresas abordam internamente com seus
funcionários, chegando até mesmo a premiá-los caso alguma ideia proposta por eles acarrete
em redução de custos para a empresa.

“O que você quer ser quando crescer?” Esta é a pergunta que fazemos aos nossos filhos e as
crianças, de modo geral, quando eles ainda são pequenos, pois de acordo com a resposta, e se
a mesma for repetitiva e consciente, nós, como pais, poderemos planejar o futuro de nossos
filhos e lapidá-los para tal meta. A mesma pergunta é efetuada a uma empresa quando está sob
situação crescente no mercado – qual é o “lugar” para onde a empresa deseja chegar, quais
coisas e conquistas são almejadas? Para que as perguntas sejam respondidas é preciso que a
empresa tenha um foco, uma estratégia em sua organização, colocando em prática o
Planejamento e o Controle Financeiro.

Como todos sabem é comum que as empresas procurem reduzir, de todas as maneiras, os seus
custos, para que assim possam aumentar os seus lucros. O departamento responsável por essa
ação dentro da empresa é a controladoria, departamento que foi implementado no Brasil
juntamente com a chegada das multinacionais. Por isso, podemos afirmar que esse é um
departamento de importância vital e capital para a sobrevivência, crescimento e consolidação
das empresas. Normalmente, representa um departamento de assessoria à alta administração
nos organogramas das grandes organizações.

CURIOSIDADES

A palavra organograma é derivada do grego. E segundo o Dicionário Brasileiro da Língua


Portuguesa Michaelis quer dizer:

1. Representação gráfica da hierarquia numa organização social complexa, que determina as


inter-relações das unidades e as responsabilidades de cada uma delas.

Por exemplo: “No organograma da empresa, o diretor de tecnologia está no mesmo nível do
diretor de marketing.”

2. Qualquer gráfico que represente operações interdependentes.

Fonte: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/organograma/>.
Além disso, uma das vantagens de um organograma é a possibilidade das empresas conseguirem
ilustrar todos os cargos e setores internos, e também de apresentarem como funciona seu
negócio.

VIDEOAULA 1

Compatível com a importância desse departamento para a empresa é necessário


também que estes cargos sejam conduzidos por profissionais experientes, com larga
vivência em finanças empresariais e também com grandes habilidades
comportamentais de relacionamento com os responsáveis pela gestão das diversas
áreas funcionais da organização; este perfil profissional é caracterizado como controller.

O controller e suas atribuições


O controller é um profissional diferenciado, pois além de processar uma considerável
quantidade de informações sobre o desempenho das diversas áreas da companhia, tem
por incumbência maior análise, maior diagnóstico e proposição das medidas corretivas,
com vistas ao cumprimento dos objetivos e metas traçadas para a companhia.
Dentre as qualificações do controller, no que tange ao conhecimento e à disciplina,
pode-se mencionar a visão do negócio e o conhecimento da empresa em que trabalha,
como sua história, cultura, metas e objetivos, além de conhecimento em alta escala de
princípios contábeis, habilidade na previsão de dificuldades, equilíbrio e ponderação na
tomada de decisão.
Etapas do Planejamento Estratégico Empresarial
As empresas se sustentam obrigatoriamente em três pilares para a sua permanência em
longo prazo, que são:
a) Missão.
b) Visão.
c) Valor.
Uma empresa sem Missão não consegue demonstrar para a sociedade a sua finalidade;
a Visão das empresas é a situação em que a empresa deseja chegar num determinado
período de tempo, para isso estipulam-se metas; e os Valores representam as ideias e
atitudes, comportamentos e resultados que devem estar presentes nos funcionários e
nas relações da empresa com clientes, fornecedores e parceiros. Normalmente, a
palavra ética é muito focada pelas empresas.
A Controladoria, padronizando o planejamento e controle financeiro, com a visão da
continuidade da empresa, precisa estar preocupada e focada em clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, concorrentes, empregados e sociedade geral, em um ambiente
globalizado e de extrema competitividade. Daí se dá a necessidade de pensar em
Controladoria Estratégica, também conhecida como planejamento estratégico, que é
elaborado pela alta administração; porém, a participação do controller nesse processo
é fundamental para produzir um excelente plano estratégico.
Normalmente, essa cúpula traça o plano no início do ano fiscal da empresa, como uma
meta a ser cumprida no decorrer do ano. Esse plano ou meta poderá ou não ser alterado
mediante o cenário financeiro nacional.
Para a controladoria exercer sua função, há necessidade de um sistema gerencial
eficiente e adequado às particularidades da empresa, mas para isso é necessário que a
controladoria esteja dividida em duas grandes áreas:
a) Planejamento e controle.
b) Escrituração contábil e fiscal.
Enquanto a área de planejamento e controle executa e monitora os planos de ação da
empresa, avaliando os resultados das ações planejadas pelos gestores de cada área, a
área de escrituração contábil e fiscal é responsável pela geração de relatórios
tributários, ativos, seguros, etc.
O SIG, Sistemas de Informações Gerenciais, normalmente é um sistema integrado que
gera dados com agilidade e confiabilidade, e está ligado diretamente com o nível de
informação da empresa. Esses sistemas são modulados por processos de negócios. Suas
principais vantagens são a racionalização de processos e eficiência de informações, pois
todos os módulos utilizam a mesma base de dados.
O planejamento e controle são essenciais para a empresa e têm na sua formatação
alguns princípios. O planejamento também é segmentado por módulos, em que há três
tipos:
a) Planejamento Estratégico.
b) Planejamento Tático.
c) Planejamento Operacional.
O planejamento estratégico é um planejamento em longo prazo e é efetuado por etapas
e é de responsabilidade dos níveis mais hierárquicos da empresa, enquanto o
planejamento tático caminha lado a lado com o planejamento estratégico, porém
focado em uma área de resultado, e não na empresa como um todo. Por outro lado, o
planejamento operacional procura facilitar o trabalho das áreas, maximizando recursos.
As estratégias corporativas buscam ampliar a relevância para os clientes e a presença
no mercado busca ganhar participação de forma rentável e acelerar a penetração,
investem em inovações, fortalecendo oportunidades atuais, intensificam a capacidade
para atingir a sua autossuficiência. As estratégias corporativas procuram desenvolver
talentos de alto desempenho e com diversidade global, procuram também direcionar
constantemente altos níveis de excelência operacional.
As empresas, com suas estratégias operacionais, conseguem antecipar tendências e
soluções para encantar seus clientes internos e acelerar as tomadas de decisões, buscam
conhecer a saúde financeira do negócio e de manufatura e, por fim, garantem
credibilidade através da entrega de resultados com precisão, rapidez e valor agregado.
O planejamento e controle financeiro devem ser um time, uma voz, focada para liderar
resultados e sempre elaborando informações para ajudar a cada linha da empresa,
padronizando processos e apoiando cada necessidade, aconselhando e zelando pelo
resultado em cada oportunidade.
As metas de melhoria em uma empresa, com o Planejamento e Controle Financeiro,
buscam:
a) Excelência em comunicação e projeção de resultados com uma única voz da
controladoria de negócios e manufatura.
b) Consistentes ganhos de produtividade, contínua implementação de ferramentas que
agregam valor à empresa e padronização das informações.
c) Excelência em preço.
d) Agressivo controle de orçamento e compliance.
Para entender o conceito de controladoria e informações gerenciais, deve-se antes de
tudo definir o que é a missão da empresa. Aqui há exatamente o fator que diferencia
uma organização da outra, ou seja, a criação de uma identidade. Trata-se de um foco,
escolhido pela companhia.
Talvez você se pergunte: o que aconteceria se a empresa decidisse mudar o foco que
acabou de ser mencionado? Ela seria diferente, haveria então uma empresa com outras
características, outra identidade. Nesse caso, já não seria mais a mesma organização,
pois houve uma alteração em sua missão.
A Controladoria surge como uma ferramenta de grande auxílio no cumprimento da
missão da empresa, de sua finalidade. Trata-se de uma atividade realizada por um
profissional conhecido como controller. Suas funções ganham cotidianamente cada vez
mais espaço no mercado, já que, afinal, apresentam ligação direta com os resultados da
empresa.

VIDEOAULA 2

Funções e Tarefas da Consultoria e do Controller


Diante da competitividade crescente do mercado, alinhada à rapidez das mudanças,
toda empresa precisa estar atenta às mais diversas oportunidades de negócios. Nesse
ponto, pode-se identificar a importância do controller no exercício de atividades
estratégicas, pois elas determinam os meios possíveis para que a empresa consiga
alcançar os seus objetivos.
Ademais, ficam os questionamentos, como se podem definir as estratégias corretas?
Como minimizar os riscos dentro dos negócios da empresa? A gestão de negócios de
uma organização conta diretamente com o apoio do controller. Por meio deste
profissional, são propiciadas as informações necessárias à tomada de decisão eficaz. Isso
porque, ao buscarmos os melhores resultados para a organização, precisamos sempre
de dados e informações que nos demonstrem a situação real desta empresa.
Somente por meio de uma avaliação correta, é possível determinar de quais ações uma
empresa necessita. Os elementos que nos fornecem essa avaliação, ou seja, os dados e
as informações que influenciam no resultado da organização, são aquilo que chamamos
de elementos estratégicos.
É possível identificar, neste momento, com mais facilidade, que a função do controller
não se limita a constantes acompanhamentos. A atuação do profissional a qual estamos
nos referindo baseia-se em características multidisciplinares. Afinal, suas atividades
envolvem o todo da empresa, um conhecimento geral de seus processos. A partir desse
contexto, consegue-se diferenciar, selecionar, direcionar e priorizar as informações
relevantes e indispensáveis ao cumprimento de metas e ao alcance dos objetivos da
empresa.

Controladoria Estratégica
Após compreender a importância do trabalho do controller, o próximo passo para
identificar como deve ocorrer a tomada de decisão em uma organização é conhecer a
Controladoria estratégica. Questões como tempo, custo, identificação de dados, e
mesmo o conhecimento da empresa em sua totalidade, serão sempre relevantes? Pode-
se inverter totalmente este sentido caso não seja adotada uma estratégia correta.

A eficiência de uma estratégia pode ser mensurada de acordo com a concretização dos
objetivos da empresa. Deve-se ressaltar que uma estratégia mal estruturada pode
provocar enormes prejuízos dentro de uma organização (HOJI, 2010). Com o suporte das
atividades de Controladoria, é possível contar com instrumentos que permitem
melhorias constantes no processo de tomada de decisão, logicamente nas estratégias
por este envolvidas.
Independentemente de seu setor ou porte, qualquer empresa busca alcançar o sucesso.
Este depende do planejamento estratégico, foco da Controladoria Estratégica. Em busca
do melhor entendimento dessa área, é preciso atentar-se aos elementos que
determinam a continuidade da empresa, sua permanência e seu desempenho no
mercado. Destacam-se aqui os clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
concorrentes, colaboradores, parceiros e a conjuntura em que a empresa está inserida.
O exercício da Controladoria não se resume a identificar os elementos que
mencionamos, tampouco a acompanhá-los. Trata-se aqui de uma área que estuda como
os seus objetos de análise interagem e em qual proporção cada um deles interfere nos
resultados pretendidos pela organização (HOJI, 2010). Vale lembrar que um resultado
bem-sucedido depende de objetivos alcançados e das estratégias que os viabilizam.
Por meio da Controladoria Estratégica, é possível ter uma percepção de maior
abrangência em relação aos ambientes interno e externo da empresa. Por conseguinte,
torna-se mais fácil e maior a possibilidade de retornos positivos. Além disso, é preciso
ressaltar que essa ferramenta de estudo também é imprescindível na identificação de
erros, antes que estes adquiram maiores proporções. Dessa forma, torna-se evidente
que a Controladoria Estratégica funciona também como um dispositivo de segurança ao
nos referirmos às funções gerenciais.
O destaque e a qualidade das funções de Controladoria Estratégica dependem da
atuação do controller. Dentro das empresas, este é o responsável por conduzir a área. A
multidisciplinaridade, para o caso deste profissional, não representa alguma vantagem,
está, na verdade, determinada como uma característica essencial da função.
Um bom plano estratégico é aquele que permite à empresa alcançar seus objetivos. A
execução desse plano depende do uso dos dados e das informações disponibilizadas
para a gestão da empresa, o que deixa clara a necessidade da participação do controller.

VIDEOAULA 3

É evidente, portanto, a complexidade e a relevância da Controladoria dentro das


empresas. Enfim, é preciso destacar que a interação e o desempenho dos fatores que
interferem nas atividades desta área e nas funções do controlller contam com o apoio
de sistema. O sistema de informações gerencial é exatamente o instrumento que
transforma os dados em informações. Dessa forma, há a possibilidade de integrar os
elementos necessários à avaliação da empresa e naturalmente à tomada de decisão com
qualidade.

Indicação de Leitura
Muitos textos acadêmicos abordam a questão da Controladoria, deixamos o link de
acesso para um artigo que trata da questão em pequenas empresas, pois as mesmas
também têm necessidades específicas. Link de acesso: <https://www.migalhas.com.br
› arquivos › art20170511-04> Acesso em: 03/12/2019.
Princípios Fundamentais do
Planejamento e Controle de Resultados
No mercado, a concorrência é alta e a empresa que não estiver preparada, bem estruturada e
principalmente possuir um orçamento de acordo com a sua capacidade produtiva, financeira e
administrativa, poderá incorrer em grandes riscos. As empresas são reconhecidas como um
sistema que alavanca os recursos nela investidos. Os recursos tem um custo, um valor oneroso
e é por isso que se esperam resultados expressivos financeiros.

Um excelente instrumento para medir, gerar e gerir este controle é o sistema orçamentário. É
um modelo que mensura, avalia e demonstra, através de projeções, o desempenho financeiro
da empresa, segundo conceitua Frezatti (2000).

Além disso, o orçamento deve ser implementado com um plano de ação, visão e principalmente
um acompanhamento gerencial em longo prazo, para que se houver necessidade de um desvio
de projeção futuramente, que assim o faça.

Segundo Padoveze e Taranto (2009), o orçamento pode e deverá reunir vários objetivos
empresariais, esperando como retorno, o plano de controle de resultados. O plano
orçamentário não deverá existir simplesmente para prever o futuro, mas também para
estabelecer e coordenar objetivos na empresa, em geral com a finalidade de estruturar-se e
assim ir para a busca incessante de alavancagem de lucros.

O orçamento é a expressão quantitativa e formal dos planos da empresa, e seu planejamento


cuidadoso é vital para a saúde de qualquer organização. É o orçamento que vai dizer se as
decisões da empresa são compatíveis com a capacidade de geração de caixa da empresa, com a
estrutura de capital de giro ou ainda com as metas de remuneração pretendidas pelos
acionistas. A realimentação do sistema de planejamento corresponde a uma etapa importante,
pois permite aprimorar o próprio processo de planejamento (FREZATTI, 2000).

VIDEOAULA 1

O orçamento rapidamente tornou-se o elo principal na maioria dos sistemas de gestão usados
pelas empresas. O orçamento permite à empresa um gerenciamento central assim como certa
disciplina financeira sobre as diferentes divisões. Isto porque geralmente o plano orçamentário
é elaborado e colocado em prática sem alterações para ser observado pelas divisões no decorrer
do ano. O orçamento não é nada mais que o retrato da estratégia que a empresa quer seguir.

Indicação de Leitura

No ano de 2017, Bruna Maria Garbelini Mendes, como requisito para a conclusão do curso de
Especialização em Controladoria da Universidade Federal do Paraná, escreveu o seguinte
trabalho: ORÇAMENTO COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO EM UMA EMPRESA
MADEIREIRA. Trazemos abaixo o resumo do trabalho para que você o conheça. Sugerimos,
também, que você procure outros trabalhos no Banco de Teses e Dissertações da CAPES.

Resumo: O processo orçamentário é extremamente importante para a tomada de decisão das


empresas uma vez que permite que os gestores tenham uma visão abrangente da situação da
companhia, podendo prever receitas, custos e despesas, tornando-se uma ferramenta de
extrema importância para manter seu objetivo. Em um mundo de alta competitividade, manter-
se alinhado com os objetivos de EBITDA e receita são fundamentais para a manutenção da
empresa e sua colocação e estabilidade no mercado. Empresas com boa gestão possuem uma
gestão orçamentária eficiente e atuante no que diz respeito às tomadas de decisões, sendo que
essas últimas se tornam muito mais rentáveis e acertadas quando alinhadas com a gestão
orçamentária que reflete a situação real da companhia, permitindo assim à alta administração
obter mais clareza nos rumos a dar para a empresa. Todos os benefícios da gestão orçamentária
eficiente podem ser facilmente vistos em momentos de crise em que a demanda cai e só as
companhias bem geridas e sólidas conseguem permanecer em suas colocações, sem que haja
muitos prejuízos. A boa gestão orçamentária não só oferece subsídios para a empresa manter-
se estável e em linha com a estratégia, como também ajuda a minimizar os riscos aos quais a
empresa está exposta interna e externamente. Internamente, devido ao fato de que cada área
deve apresentar um orçamento, alinhando-se aos objetivos gerais da empresa e investindo em
fatores importantes como treinamento e retenção de talentos, que só têm a contribuir com o
desenvolvimento da companhia. Externamente, pois a concorrência nos dias de hoje se mostra
forte e o mercado, principalmente brasileiro, vive épocas de baixas e altas, assim a empresa
pode estar preparada para as situações impostas pelos fatores externos. Neste trabalho iremos
apresentar como uma empresa utiliza o orçamento como base para sua tomada de decisões e
como o orçamento e sua gestão se fazem importantes.

Palavras-chave: Gestão, Orçamento, Tomada de Decisão.

Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/56801>. Acesso em: 03.12.2019.


Planejamento e Controle Orçamentário

Para que a empresa elabore o seu orçamento é essencial que se tenha um plano e um controle
para acompanhar este controle. As demandas e ofertas do mercado oscilam muito, sem contar,
é claro, com a situação financeira do país.

Hoje, determinada empresa poderá fazer um orçamento para este ano, mas se o cenário mudar
de visão daqui a um certo tempo, certamente a empresa terá que mudar seu orçamento. Caso
contrário, o mesmo não será de grande valia para a empresa.

O planejamento orçamentário auxilia a empresa na antecipação de resultados, pois se trata de


um excelente instrumento de controle. Este controle significa acompanhamento e monitoração
do desempenho das atividades executadas no dia a dia, sempre se comparando com o plano
traçado inicialmente. Este controle também tem como função gerar informações para tomada
de decisão e possíveis correções de desvio de desempenho em relação ao plano traçado
anteriormente (FREZATTI, 2000).

Segundo Hoji (2010), a frequência de revisão do planejamento deverá permitir aos responsáveis
e a empresa uma visão plena do que realmente deverá acontecer no futuro. Normalmente,
divide-se em dois períodos de planejamento: a curto e a longo prazo, sendo que o curto prazo
normalmente coincide com o ano fiscal da empresa e a longo prazo deverá acontecer por um
prazo de cinco a quinze anos.

Segundo Sobanski (1994), todo planejamento deve ter um grau de incerteza, o qual provoca
variações nos resultados projetados na medida em que o tempo vai passando, por isso a
necessidade dos orçamentos serem sistematizados e também atualizados. As projeções deverão
ser revisadas sempre em períodos pequenos para que não se perca as várias informações.

VIDEOAULA 2

Indicação de Vídeo

Agora, assista a um vídeo sobre aspectos críticos do orçamento empresarial. Ele está disponível
no Youtube, com uma duração relativamente longa, que você pode assistir de forma fracionada.

Link para o acesso:


<https://www.youtube.com/watch?v=QJMdYWqyG4g&ab_channel=Sysphera>. Acesso em:
03.12.2019.

SUBDIVISÕES DO ORÇAMENTO DE OPERAÇÕES

De maneira sucinta, elencaremos quais são as possibilidades de se dividir um orçamento:

 Orçamento com vendas


O orçamento de vendas deve ser a primeira etapa no processo de elaboração de um orçamento
empresarial. Os outros departamentos só poderão orçar seus gastos após o orçamento de
vendas.

Para elaborar um orçamento de vendas o departamento comercial precisará projetar dois


dados: o preço de venda e a quantidade que quando são multiplicados entre si, fornecem a
previsão de receita bruta para cada produto e serviço.

Segundo Frezatti (2000), a projeção de vendas passa por métodos, como por exemplo, a
apuração da tendência de vendas, por exemplo, aumento, queda, estabilidade nas vendas e até
o ciclo de durabilidade do produto. Como outros métodos, temos as opiniões das equipes de
vendas, dos executivos, análise de segmento do mercado, análise correlacional. As organizações
não devem utilizar um único método de projeção de vendas e sim uma combinação entre eles,
mas para isso deverá observar as características da empresa.

 Orçamentos de produção

O orçamento de produção é a formalização da quantidade de unidades que serão fabricadas


pelo departamento de produção em um determinado período, para atender a demanda
projetada pelo departamento comercial no orçamento de vendas. Além do orçamento de
produção há três outros orçamentos muito importantes relacionados ao processo de fabricação.
São eles: o orçamento de matéria-prima, de mão de obra e dos custos indiretos de fabricação.

 Orçamento de custos

Para elaboramos o orçamento de custos, é necessário primeiramente que se entenda o que são
os custos, despesas, perdas e investimentos. Custos são os gastos ligados diretamente na
produção e podem ser classificados em matérias-primas, mão de obra direta e custos indiretos.

Devemos sempre nos lembrar de que cada empresa organiza e distribui seu orçamento da
maneira como melhor se relaciona, e que os diversos profissionais devem estar em consonância
na trilha desse percurso.

VIDEOAULA 3
Encerramento
Nesta aula você pôde verificar e aprender sobre a grande importância de um orçamento
empresarial na empresa. Empresas procuram alavancar lucros através de um orçamento bem
estruturado e coeso e estes orçamentos devem ser realistas, de acordo com o cenário da
elaboração do orçamento.

O orçamento empresarial é para a empresa o passaporte da estabilidade financeira e serve


como um meio de organização e direção de um grande segmento do processo de
planejamento administrativo. É como uma contínua advertência em procurar desenvolver os
planos e programas, guiando a administração dia a dia. Uma ferramenta que avalia o
desempenho da empresa por um determinado prazo.

Verificou-se também os tipos de orçamentos necessários para as mais variadas expectativas.

Obrigada e bom trabalho!


Esperamos que este guia o tenha ajudado compreender a organização e o
funcionamento de seu curso. Outras questões importantes relacionadas ao curso
serão disponibilizadas pela coordenação.
Grande abraço e sucesso!

Esperamos que este guia o tenha ajudado compreender a organização e o


funcionamento de seu curso. Outras questões importantes relacionadas
ao curso serão disponibilizadas pela coordenação.
Grande abraço e sucesso!

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